Há alguns anos atrás, quando ela tinha 44 e ainda era solteira, Bibi disse:
Actualmente, nos EUA, 25% das mulheres com educação universitária com idades compreendidas entre os 40 e 44 estão sem filhos. Isto é uma variação enorme, se considerarmos que no período pós-guerra, essa percentagem centrava-se nos 10%.
Crê-se que os 30 anos sejam o momento crítico para as mulheres da classe média, mas será mais sensato recuar ligeiramente esse numero como forma de dar tempo de encontrar alguém. conhecerem-se, passar pelo noivado, casar e começar a ter filhos.
Isto faz muito mais sentido que entrar em correrias nos momentos finais, quando as mulheres e os homens provavelmente já se habituaram ao estilo de vida de solteiros, quando as mulheres têm que competir com mulheres mais jovens, e quando não foi dado aos homens qualquer sinal para se prepararem para o papel de marido e pai.
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Estou a olhar para dentro do longo barril dum futuro solitário sem marido, abandonada, sozinha e sem filhos. Como é que eu me meti nesta posição tão delicada? Um dos motivos é o facto dos homens gostarem das mulheres mais novas. Sim, eu também já fui jovem e tudo o mais. Quando estava na casa dos 20 e dos 30, eu não era propriamente uma super-modelo, mas estava constantemente rodeada de homens. O problema é que na altura eu não queria "assentar".Ela agora teve que aceitar que é demasiado velha para ter filhos, e isto deixou-a desolada:
Não consigo verbalizar o quão doloroso é não ter filhos. Sinto dores físicas precisamente onde o bebé haveria de crescer [útero].Esta história ressalva um dos problemas da maternidade adiada. As mulheres da classe média têm apenas uma pequena janela de oportunidade (30 a 35 anos) onde é suposto elas tornarem-se sérias na sua busca dum parceiro, e ter filhos no momento em que a sua fertilidade começa a decair. É inevitável que muitas mulheres, e sem necessidade alguma, deixem passar esse breve período - especialmente aquelas que vagueiam durante essa pequena janela de oportunidade.
É sobrepujante saber que o meu legado começa e acaba comigo. Portanto, não haverá fotografias de reuniões familiares minhas e dos meus irmãos; não haverá momentos onde observarei, orgulhosa, os filhos a crescer; não há lugar natural no ciclo da vida.
Vocês, mães, criaram a próxima geração. Uma nova linhagem - filhos e provavelmente netos. que são vossos e vocês são deles. Se vocês pensam que estas são palavras duma mulher amargurada que destruiu a sua própria vida e que agora está com inveja . . . então estão 100% correctas. Fico morta por dentro saber que vocês [as mães] têm o bebé e eu não. Porque é que não aconteceu comigo? Sempre quis crianças, sempre assumi que teria crianças e que só não as tinha tido ainda porque só estive num relacionamento suficientemente sério para as ter.
Com 40 anos, e ainda sozinha, descobri que era demasiado velha para a NHS IVF [National Health Service, In Vitro Fertilization]; não tinha dinheiro e como tal enterrei a minha cabeça na areia. Leio com frequência histórias de mulheres que engravidam na casa dos 40.
Foi então que o meu pai morreu. A dor reavaliou a minha a voltei a centrar-me em mim. (As pessoas querem sempre criar algo quando alguém morre. Um livro, uma pintura, uma criança) Enchi-me de coragem e fiz os meus testes de fertilidade. Os mesmos revelaram que, com 46 anos, as minhas probabilidades de ter um filho eram virtualmente nulas.
Foi então que me apercebi o quanto eu queria um bebé, e que nada do que eu tinha na altura significava alguma coisa porque esse amor é o amor, e eu não o tenho e nem vou tê-lo, e como tal, não tenho nada.
Esse amor é a chave de tudo, não é? Esse é o motivo que me leva a estar tão frustrada e o motivo pelo qual as mães devem estar agradecidas. Foi-nos dito que o amor entre uma mãe e o seu filho é a emoção mas linda e mais realizadora que existe no mundo - o sentimento que finalmente da sentido à nossa existência. Eu pessoalmente não sei porque nunca o experimentei. No entanto, se a agonia de saber que nunca vou sentir esse amor serve de forma de medição, então eu alteraria todas as decisões que alguma vez tomei que me levaram a este lugar horrível.
Já tive pessoas que amava morrerem à minha frente, mas mesmo esse horror não se compara. A dor que eu sinto rasga-te por dentro (e ao teu futuro) porque, como me disse uma amiga que passou por esta situação e a quem, chorosa, contei toda a minha historia "Nunca vais sarar porque isto está bem dentro de ti. Isto é o que era suposto tu fazeres. Foi para isto que tu nasceste mas tu não o fizeste."
Nunca vou ficar grávida, nunca vou ser protegida pelo pai do meu filho, nunca serei amada por ele como a mãe do seu filho, nunca amarei como vocês [as mães com filhos] amam, nunca serei amada como vocês são amadas. Eu nunca significarei para alguém aquilo que vocês significam.
Actualmente, nos EUA, 25% das mulheres com educação universitária com idades compreendidas entre os 40 e 44 estão sem filhos. Isto é uma variação enorme, se considerarmos que no período pós-guerra, essa percentagem centrava-se nos 10%.
Crê-se que os 30 anos sejam o momento crítico para as mulheres da classe média, mas será mais sensato recuar ligeiramente esse numero como forma de dar tempo de encontrar alguém. conhecerem-se, passar pelo noivado, casar e começar a ter filhos.
Isto faz muito mais sentido que entrar em correrias nos momentos finais, quando as mulheres e os homens provavelmente já se habituaram ao estilo de vida de solteiros, quando as mulheres têm que competir com mulheres mais jovens, e quando não foi dado aos homens qualquer sinal para se prepararem para o papel de marido e pai.
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Nunca é demais relatar histórias em torno da forma como as mulheres foram, e estão, a ser enganadas pela forma de pensar feminista: carreira primeiro, filhos depois. Embora isto possa parecer cruel, a verdade é que estes relatos têm que ser amplamente publicitados e mostrados às mulheres actuais que ainda pensam que "podem ter tudo".
A lógica e a razão não entram da mente feminista e como tal, pode ser que os relatos de outras mulheres façam aquilo que a lógica e a razão não conseguem.
Bibi tem razão quando diz que não é actualmente uma super-modelo, mas olhando para a sua foto, e extrapolando alguns anos para trás, não é difícil construir um cenário onde ela está rodeada por homens. A tragédia da história é que muito provavelmente qualquer um desses homens estaria disposto em ser seu marido.
Mas ela decidiu que "não estava pronta" ; primeiro era preciso investir na carreira e em si própria ao mesmo tempo que esbanjava os seus melhores anos com homens não-voltados para o casamento.
Pois bem; ela agora está pronta, mas o corpo dela já não está.
Como disse o autor do texto, as mulheres têm uma janela de oportunidade relativamente reduzida para encontrar o futuro pai dos filhos, travar conhecimento, casar e gerar as crianças.
Se, pelo contrário, a mulher moderna resolve "esperar" durante os anos de beleza máxima (18-27), quando ela decidir que "está pronta", o tempo pode não jogar a seu favor. Por essa altura, não só ela tem contra si a idade [os homens estão programados para dar preferências às mulheres mais jovens], como tem a biologia.
O feminismo enganou e continua a enganar as mulheres.