Sendo eu uma mulher forte no lugar de trabalho, estou cansada de ser caracterizada como uma minoria fraca rodeada de homens sanguinários desejosos de me empurrar para baixo a todo o momento. Este tipo de caracterização é uma tentativa oculta de vitimização.
Eu, no entanto, recuso-me a ser uma vítima.
Durante uma conferência na Casa Branca em torno do desenvolvimento económico urbano, Debora Spar, presidente da "Barnard College", alegou:
A existência de mulheres que escolhem a maternidade como uma ocupação válida parece ter sido um dado ignorado por Spar. As mulheres não "caíram num guetto"; algumas apenas escolheram caminhos alternativos.As mulheres caíram para dentro daquilo que eu chamo de o guetto dos 16%. Se olharmos para qualquer sector, quer seja a engenharia aeronáutica, filmes de Hollywood, educação superior, ou as 500 maiores fortunas do mundo, as mulheres são, no máximo, 16% do total de pessoas. . . . Isto é um crime.
Mas o que é que me passou pela cabeça ao dizer o que acabo de dizer?! É claro que para as ultra-feministas a maternidade é uma maldição e não uma bênção. Para esta facção social, o facto de haver mulheres que escolhem empregos menos remunerados - ou negam entrar no mercado de trabalho - como forma de terem mais tempo para os filhos, é simplesmente algo inconcebível. Qualquer decisão tomada neste sentido iria contra a mensagem que as feministas têm propagado estes anos todos: ser mãe é algo inferior e servil, e trabalhar fora de casa é digno. Mas onde estaríamos nós sem as mães?
Eis aqui algumas estatísticas que nunca serão listadas por parte das feministas.
- "Desde Dezembro que o crescimento de emprego tem sido significativamente mais forte entre as mulheres do que entre os homens. O número de homens empregados cresceu apenas 83,000 nos últimos dois meses. . . . O número de mulheres empregadas cresceu em cerca de 192,000" - David Leonhardt, The New York Times
Acrescente-se que a Time magazine reportou:
Na maior parte das áreas metropolitanas dos EUA, as mulheres solteiras e sem filhos na casa dos 20 anos ganham mais por dólar do que os homens na mesma faixa etária.E que dizer do facto de apenas 5,3% dos administradores das casas de apoio infantil serem homens, 3% das escolas primárias serem compostas por homens e 18,2% das escolas preparatórias e secundárias serem homens? Usando a lógica feminista temos que concluir que a recuperação económica, os primeiros empregos e o sistema escolar tornaram os homens em vítimas.
Uma vez que estamos a jogar o jogo do vitimismo, falemos das pessoas feias. Vários estudos económicos revelaram que a boa aparência dá-nos alguma vantagem em relação aos menos fisicamente atraentes.
Num artigo da edição de Julho de 2010 da Newsweek com o título de "The Beauty Advantage," ["A Vantagem da Beleza] Jessica Bennett revelou que "os homens mais atraentes ganham, em média, 5% mais que os seus homólogos (as mulheres bonitas ganham 4% mais que as menos bonitas)."
Uma vez que o mundo chora pelas mulheres vitimadas, o mesmo deveria ser feito em relação aos homens vitimados e às pessoas feias. Quanto a mim, recuso-me a viver num mundo de vitimismo.
Será que por vezes as mulheres são vítimas de descriminação? Sem dúvida. Mas o mesmo se passa com as morenas, as loiras, as gordas e - fechem os olhos feministas - os homens!
Tal como em todas as actividades que envolvem escolhas e selecção de pessoas com as quais nos associarmos. os preconceitos pessoais operam duma forma ou de outra - às vezes de forma consciente mas outras de forma inconsciente. Mas a beleza do capitalismo é esta: a nata eleva-se sempre até ao topo.
Se uma mulher oferece um melhor produto a preços mais baixos que os homens, a realidade do capitalismo levará a que ela faça isso mesmo. O mercado livre do capitalismo permite mais justiça no campo de jogo.
Nunca me senti descriminada no local de trabalho devido ao meu sexo. Em vez de jogar o jogo do vitimismo, resolvi jogar o jogo do capitalismo. Sou uma mulher, sou forte e não sou uma vítima. Como tal, feministas, parem de tentar transformar-me numa.
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