domingo, 25 de março de 2012

Vitimismo feminista

Tornar as mulheres esquerdistas em vítimas perpétuas (as mulheres conservadoras não interessam) é uma obra da engenharia social das feministas. A escritora e activista política Kayleigh McEnany levanta um bocado do véu em torno da indústria do vitimismo feminista.

Se levas em conta o que os média reportam como se fosse um evangelho, provavelmente acreditas que as mulheres são descriminadas, marginalizadas e injustamente impedidas de avançar no local de trabalho.

Sendo eu uma mulher forte no lugar de trabalho, estou cansada de ser caracterizada como uma minoria fraca rodeada de homens sanguinários desejosos de me empurrar para baixo a todo o momento. Este tipo de caracterização é uma tentativa oculta de vitimização.

Eu, no entanto, recuso-me a ser uma vítima.

Durante uma conferência na Casa Branca em torno do desenvolvimento económico urbano, Debora Spar, presidente da "Barnard College", alegou:

As mulheres caíram para dentro daquilo que eu chamo de o guetto dos 16%. Se olharmos para qualquer sector, quer seja a engenharia aeronáutica, filmes de Hollywood, educação superior, ou as 500 maiores fortunas do mundo, as mulheres são, no máximo, 16% do total de pessoas. . . . Isto é um crime.
A existência de mulheres que escolhem a maternidade como uma ocupação válida parece ter sido um dado ignorado por Spar. As mulheres não "caíram num guetto"; algumas apenas escolheram caminhos alternativos.

Mas o que é que me passou pela cabeça ao dizer o que acabo de dizer?! É claro que para as ultra-feministas a maternidade é uma maldição e não uma bênção. Para esta facção social, o facto de haver mulheres que escolhem empregos menos remunerados - ou negam entrar no mercado de trabalho - como forma de terem mais tempo para os filhos, é simplesmente algo inconcebível. Qualquer decisão tomada neste sentido iria contra a mensagem que as feministas têm propagado estes anos todos: ser mãe é algo inferior e servil, e trabalhar fora de casa é digno. Mas onde estaríamos nós sem as mães?

Eis aqui algumas estatísticas que nunca serão listadas por parte das feministas.

  • "Desde Dezembro que o crescimento de emprego tem sido significativamente mais forte entre as mulheres do que entre os homens. O número de homens empregados cresceu apenas 83,000 nos últimos dois meses. . . . O número de mulheres empregadas cresceu em cerca de 192,000" - David Leonhardt, The New York Times

Acrescente-se que a Time magazine reportou:

Na maior parte das áreas metropolitanas dos EUA, as mulheres solteiras e sem filhos na casa dos 20 anos ganham mais por dólar do que os homens na mesma faixa etária.
E que dizer do facto de apenas 5,3% dos administradores das casas de apoio infantil serem homens, 3% das escolas primárias serem compostas por homens e 18,2% das escolas preparatórias e secundárias serem homens? Usando a lógica feminista temos que concluir que a recuperação económica, os primeiros empregos e o sistema escolar tornaram os homens em vítimas.

Uma vez que estamos a jogar o jogo do vitimismo, falemos das pessoas feias. Vários estudos económicos revelaram que a boa aparência dá-nos alguma vantagem em relação aos menos fisicamente atraentes.

Num artigo da edição de Julho de 2010 da Newsweek com o título de "The Beauty Advantage," ["A Vantagem da Beleza] Jessica Bennett revelou que "os homens mais atraentes ganham, em média, 5% mais que os seus homólogos (as mulheres bonitas ganham 4% mais que as menos bonitas)."

Uma vez que o mundo chora pelas mulheres vitimadas, o mesmo deveria ser feito em relação aos homens vitimados e às pessoas feias. Quanto a mim, recuso-me a viver num mundo de vitimismo.

Será que por vezes as mulheres são vítimas de descriminação? Sem dúvida. Mas o mesmo se passa com as morenas, as loiras, as gordas e - fechem os olhos feministas - os homens!

Tal como em todas as actividades que envolvem escolhas e selecção de pessoas com as quais nos associarmos. os preconceitos pessoais operam duma forma ou de outra - às vezes de forma consciente mas outras de forma inconsciente. Mas a beleza do capitalismo é esta: a nata eleva-se sempre até ao topo.

Se uma mulher oferece um melhor produto a preços mais baixos que os homens, a realidade do capitalismo levará a que ela faça isso mesmo. O mercado livre do capitalismo permite mais justiça no campo de jogo.

Nunca me senti descriminada no local de trabalho devido ao meu sexo. Em vez de jogar o jogo do vitimismo, resolvi jogar o jogo do capitalismo. Sou uma mulher, sou forte e não sou uma vítima. Como tal, feministas, parem de tentar transformar-me numa.


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