sábado, 2 de julho de 2011

Maria Helena Santos e o rescaldo da marcha das vadias

A marcha das galdérias já lá vai, mas os resquícios da mesma continua, qual comichão nos braços depois de sermos picados por melgas.

Para além de se auto-identificarem como vadias/galdérias, as feministas por trás deste triste exemplo de non-sequitur fazem questão de mostrar ao mundo que não entenderam patavina do que o bom polícia canadiano quis dizer. Para além disso, elas não entendem que o que é não é mudado por aquilo que nós gostaríamos que fosse.

A vadia Maria Helena Santos alegremente diz:

Eu gostei muito de ter participado na SlutWalk de Lisboa e gostei mais ainda de ver que muita gente aderiu a esta luta pelo fim do machismo!
Primeiro, definições:
Machismo:

1. ideologia que defende a supremacia do macho
2. atitude de dominação do homem em relação à mulher baseada na não aceitação da igualdade de direitos

Foi por isto que a vadia Maria Helena Santos "participou" nas marcha das galdérias? Mais valia ter ficado em casa. Onde é que o polícia defendeu a supremacia do macho, ou a usurpação dos direitos e deveres das mulheres? Como ninguém defendeu isso (e as marchas das vadias foram feitas em jeito de resposta a algo) podemos concluir que a "resposta" responde ao que não foi perguntado nem alegado.

Admito que teve mais sucesso do que aquilo que eu esperava, pois sei que ainda são muitas as resistências aos feminismos e ainda mais ao feminismo dito radical.
E com boas razões uma vez que o feminismo prejudica a sociedade, principalmente as mulheres e os bebés intra-uterinos.
Obviamente foram várias as razões que nos levaram à Marcha no sábado.
Estamos ansiosamente à espera de algum motivo válido e existente para fazer uma marcha como forma de protesto contra a sociedade quando o que as feministas alegam não é defendido pela sociedade.
Por mim, não é preciso recuar muito na história para dar alguns exemplos, basta-me recordar 2 ou 3 sentenças muito recentes:

- Psiquiatra absolvido de violação de paciente grávida - Sociedade.

A sociedade não tem culpa daquilo que os tribunais fizeram. A sociedade em larga escala colocou-se do lado da pobre mulher pelo que ela passou durante a violação e pelo facto da "justiça" não ter feito justiça.

Usar um exemplo onde o que falhou foram os tribunais como forma de atacar a sociedade no seu todo é perfeitamente ridículo. É o mesmo que o carteiro entregar as minhas cartas no andar errado e eu criticar o homem da mercearia por isso. Sim ambos fazem parte da sociedade, mas é ilógico eu queixar-me contra um segmento da sociedade quando o culpado pertence a outro segmento da mesma sociedade.

- Treze meses de prisão, com pena suspensa, homem que desde 1969 batia na mulher.
Mais um exemplo onde a justiça falhou. Mais uma vez, a sociedade está do lado da mulher ao exigir uma pena legal que esteja de acordo com o crime.
3º - o caso Strauss-Kahn - Nesta fase, alguém acredita que o Strauss-Kahn vai ser condenado e preso? Talvez! A verdade é que nunca se sabe quando é que a Justiça decide mostrar que funciona, dando um exemplo.
Exacto. A JUSTIÇA e não a SOCIEDADE.

Repito isto para que as vadias entendam: a sociedade não tem culpa dos erros dos tribunais. Se vocês querem desculpa para se vestirem como prostitutas, arranjem outra porque estas não colam. Todos os três exemplos são instâncias onde a justiça falhou. Porque é que as galdérias marcham contra a "sociedade" quando a sociedade está do lado das mulheres em todos esses casos?

Exemplos como os 3 que destaquei mostram bem como é triste e pouco justa a realidade!
Sim, é injusto o que os tribunais fizeram. Como forma de mostrarmos o nosso descontentamento, 'bora lá vestir roupas 3 números mais abaixo e apontar o dedo à sociedade, embora a sociedade não tenha culpa nenhuma dos erros dos tribunais!
O comentário do polícia de Toronto foi a gota de água!
Para quem chegou ao planeta Terra na semana passada, o que o polícia disse foi, essencialmente, "tenham cuidado com o que vestem com forma de evitarem serem vítimas". Para qualquer pessoa normal isto é um bom conselho. Mas não para as galdérias.

No mundo das galdérias, dizer "toma cuidado para não atraíres criminosos" significa "Não tens o direito nenhum de decidir o que vestir, nem hoje, nem amanhã nem nunca!!! E se fores violada, a culpa é 1000000% tua. O homem não tem culpa nenhuma!!".

Por isso decidi participar.
Deveria ter ficado em casa.
Obviamente, ao contrário do que um blogueiro afirmou nos postes anteriores,
Esse "outro blogueiro" deve ser o infame dono deste blogue.

Vejam a idiotice das vadias neste postal e tomem especial atenção às palavras do "vadio" Daniel Cardoso.

nesta marcha, nós não nos dirigimos somente aos violadores (e por mim falo), porque isso seria utópico.
Bolas, mas é a eles que vocês se deveriam dirigir porque são eles que usam da sua força para tomar de vós algo que vocês preferem dar com o vosso consentimento. O resto dos homens da sociedade não está minimamente interessado em violar vadias (ou qualquer outra mulher).
Nós dirigimo-nos a toda a sociedade (homens, mulheres... ): queremos o fim do MACHISMO. Será ainda mais utópico?
Dirigem-se a mulheres e querem o fim do machismo? É culpa das mulheres que há machismo? Porque é que se dirigem a toda a sociedade se a sociedade 1) não defende a supremacia do macho e 2) defende a igualdade de direitos E DEVERES entre os homens e as mulheres?

Este tipo de marcha faria sentido num país como o Irão ou a Arábia Saudita, mas não creio que as galdérias queiram passar por lá usando as roupas das irmãs mais novas.

Conheço, pelo menos, um exemplo de uma mulher que foi à marcha (organizada por um grupo de pessoas com muito esforço) e tirou várias fotografias para depois as colocar na Internet (sem autorização das pessoas) e se divertir a comentá-las com os/as amigos. Acreditam?!
Oh não! Uma mulher tomou a livre decisão para agir de acordo com aquilo que ela acha melhor, e livremente decidiu pôr essas imagens na internet. Isto está errado porque.....porque......ora, porque ela é uma mulher e as mulheres não podem atacar outras mulheres!

Então as vadias marcham na praça pública, e esperam autorização por parte do público para publicar fotos públicas nos seus blogues pessoais? Não, não há utopia nenhuma aí.

Como eu já disse aqui, eu prefiro manifestar-me e lutar por aquilo em que acredito de forma pacífica e limpa. Uma das minhas lutas é a igualdade de género,
Mas o homem e a mulher não são iguais. Uma das diferenças mais óbvias é a capacidade única da mulher de gerar nova vida dentro de si . O homem não tem esta capacidade, portanto lutar por uma igualdade que não existe é ridículo. Há muitas outras diferenças, mas essa é a mais óbvia.

Sabendo o quão "lógico" é o pensamento das feministas, deixem-me dizer que o facto do homem ser diferente da mulher não implica que um seja melhor que o outro. O homem e a mulher são complementares e não iguais. Ambos tem direitos humanos iguais pelo simples facto de serem humanos, mas um tem funções, capacidades e inclinações distintas do outro.

porque acredito que homens e mulheres têm os mesmos direitos e os mesmo deveres e que a sociedade mais igualitária será melhor para todos/as.
Mas então foi por isso que a a vadia Maria foi mostrar o pernil em Lisboa? Que perda de tempo.
Que isto chateia alguns homens não é de admirar
O que chateia a maior parte dos homens não só é receber o mesmo tratamento que os violadores, mas também o mesmo tratamento dado a juízes corruptos e/ou desconhecedores da lei.
mas ver mulheres a chacotear sobre o trabalho das/os outros é, no mínimo, triste!
As mulheres são livres de estarem em desacordo com as galdérias. Pelos vistos a vadia Maria acha que todas as mulheres pensam como ela.
É caso para dizer “o que tu merecias sei eu”!
Não sabemos o que a vadia Maria acha que as não-vadias merecem, mas não parece ser coisa boa. Será isso uma ameaça ou um desejo dirigido às mulheres que são contra as vadias?

1 comentário:

  1. Se eu fosse querer invocar respeito, nem de longe faria parte de algo que já no nome é totalmente contraditório.

    * SLUT, desavergonhada, puta, descarada, vadia, badalhoca, fácil.

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