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22:20. Saí da garagem e entrei em casa, poisando a mala do portátil e a pulseira e entrando na cozinha. Seis horas atrás, a panela de barro funcionou ao preparar a refeição para a família ao mesmo tempo que eu saía para ir dar a minha aula . . . na baixa. Agora, esta mesma panela encontrava-se no lavatório (inglês: "sink"), cheio de água e de sabão, húmida.
Pratos sujos encontravam-se no balcão. A panela com a broa de milho encontrava-se em cima de tudo, descoberta. Ouvi alguém a ressonar. Olhei para a sala-de-estar, e vi o meu marido deitado no sofá, a televisão ao fundo. Lágrimas de exaustão, raiva e mágoa escorreram pelos meus olhos.
Tirei o meu casaco, arregacei as mangas, e comecei com as limpezas. A cada prato que levava, ficava cada vez mais rancorosa. "Porque é que ele era incapaz de ver isto?" pensei. "Trabalho o dia inteiro, antes de ir dar aulas preparo um jantar caseiro para ele e para as crianças, e ele nem é capaz de se certificar que as coisas estão limpas".
O barulho do lava-louças acordou o marido dorminhoco. "Eu ia fazer isso antes de ir para a cama," disse ele, sentindo a minha irritação. "Bem, tu já foste para a cama, não?" respondi, tentando saber quanto tempo ele tinha sido abençoado com um sono, sabendo que ambos estávamos acordados desde as 5 da manhã. "Deixa-me ajudar-te," disse ele. "Já estou quase a acabar. Não preciso da tua ajuda," menti. A sua testa franziu. "Faz como quiseres. Eu vou lá para cima," disse ele.
Eu não sabia que ele tinha mesmo intenção se lavar os pratos mas que acidentalmente tinha adormecido no sofá porque também ele estava exausto. Não sabia que eletinha amorosamente passado o seu tempo com cada uma das crianças, lendo-lhes histórias antes de os colocar na cama, orando com eles antes deles dormirem.
Nessa noite ele foi para a cama sentindo-se desrespeitado. Eu fui para a cama sentindo-me mal amada.
Pequenas interacções como esta ocorreram com frequêmncia suficiente para criar uma divisão entre nós. Estes pequenos conflitos ficaram sem resolução, ou foram lidados de forma pouco saudável, o que causou que o nosso relacionamento fosse ficando cada vez mais estéril e no caminho da destruição.
***
Cresci como produto da segunda vaga do feminismo, tendo aprendido dos média que os homens eram opressores, disparatados, e incompetentes. Talvez como consequência disso, passei quase uma década do meu casamento a "lutar pelos meus direitos" com o meu marido. Criticava-o e mandava nele sempre que podia.
Não se dava o caso dele ser má pessoa, mas sim o caso de eu ter sido treinada a ver opressão e dominação em potência nos homens. Eu ficava irritada com a sua falta de atenção em relação aos detalhes em casa, ou em relação aos detalhes em torno do bebé. Fiz questão de lhe mostrar com regularidade os seus erros, esperando que o seu comportamento mudasse.
Os meus métodos tornaram-no defensivo e destruíram o nosso relacionamento. Rapidamente vi-me num casamento com um homem que havia parado de partilhar os seus pensamentos e sentimentos comigo.
Sendo um Cristã practicante, eventualmente cruzei-me com um versículo da Bíblia que, inicialmente, me irritou: Efésios 5:33, "e a mulher reverencie o marido." Outro verso sugeriu que eu me "submetesse" ao meu marido, e a minha reacção foi a mesma. Nem queria acreditar que Deus tencionava que eu reverenciasse um homem que, aos meus olhos, não tinha interesse em fazer o nosso relacionamento funcionar.
Uma década mais tarde, posso dizer que esses dois conceitos - "reverência" e "submissão" - salvaram o meu casamento. E isto não aconteceu porque eu passei a ser um capacho, ou parei de partilhar os meus sentimentos. Aprendi que a submissão Bíblica, essencialmente, significa "não sejas uma concorrente contenciosa com ele."
Depois de aprender isso, passei a discutir menos com ele. Parei de rodopiar os meus olhos com descontentamento sempre que ele tinha algo a dizer - mesmo que eu pensasse na altura que o que ele dizia não era a melhor das ideias. Passei a practicar o verso Bíblico que diz para estar "pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar." [Tiago 1:19]
Comecei a perguntar-lhe sobre a sua vida e comecei a ter interesse nele como pessoa. Decidi que ele era mais importante para mim, quer houvesse loiça para lavar ou peúgas espalhadas pelo chão. Houve algumas coisas que ele fez que poderiam ser consideradas falhas graves mas que já não pareciam ter importância quando eu passei a olhar para ele como pessoa de valor. Eu conseguia perdoá-lo - e passei a ver a minha natureza falha mais claramente.
Decidi também que passaria a fazer todas estas coisas para a Glória de Deus, e não como forma de obter algum tipo de resposta do meu marido. O meu marido levou alguns anos a notar a diferença no meu comportamento, mas por essa altura, já não importava. A minha relação com Deus havia, entrentanto, crescido, e eu já não tinha uma necessidade assim tão grande da afeição do meu marido. Deus preencheu o vazio no meu coração, o mesmo que eu havia tentado preencher com o meu marido.
Rapidamente, o comportamento do meu marido começou também a mudar; ele começou a levar-me mais frequentemente para jantares românticos, começou a fazer mais trabalhos variados dentro de casa, e até "raptou" uma das minhas aulas nocturnas.
Num dos gestos mais românticos que alguma vez vi, ele deu uma mini-palestra de 10 minutos para cerca de 100 pessoas onde ele disse a amiga e esposa espectacular que eu era. Para além disso, ele deu-me de presente uma linda pulseira, cheia de encantos, e disse o que cada um de nós representava.Não havia um único olho seco no local.
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Correndo o risco de soar subserviente e anacrónica, eu sugiro às esposas que respeitem os seus maridos como forma de melhorar os seus casamentos. O nosso ministério sem fins lucrativos Greater Impact Ministries, ensina um curso às mulheres casadas, e eu escrevi um livro, The Respect Dare, que ensina às mulheres a forma de se unirem a Deus e aos seus maridos de forma mais profunda, aprendendo a comunicar o respeito.
Muitas das sugestões são bastante simples. Nós sugerimos às mulheres que não critiquem os seus maridos, mas em vez disso demonstrem apreciação diária e tomem atenção às coisas boas que ele faz. Ensinamos a forma de discordar sem ser competitiva ou sem gerar atitude defensiva no marido. . . . Encorajamos as mulheres a investir nelas mesmas e nas amizades, a serem arrojadas, valentes e encontrar o propósito de Deus para as suas vidas (e a segui-lo).
Quando elas fazem isto, elas notam que todos os seus relacionamentos melhoram - e não só o seu relacionamento com o marido.
Muitas delas, como eu, têm agora casamentos onde elas e os respectivos esposos buscam a opinião um do outro, tomam decisões juntos e são mais felizes. Nenhum deles é perfeito, mas o casamento é melhorado devido ao esforço de ambos.
Escolhi dar uma chance ao respeito porque sou Cristã e tento (ênfase em "tento") seguir os ensinamentos Bíblicos em torno da forma como devo viver. Mas mesmo que não tivesse esta confiança na Bíblia, aprender a comunicar o respeito e o amor tem um impacto profundo nos casamentos.
( . . . . )
Que bonita a mudança dela. Ainda bem que ela teve a percepção verdadeira de mudar o seu olhar perante o seu Homem e sem esperar 'coisas' em troca, foi a melhor das atitudes que poderia ter. Ele, por sua vez, também soube olhá-la de forma mais especial.
ResponderEliminarA submissão AO Homem, é/foi/será, uma das melhores sensações que uma mulher pode ter. É quase inexplicável. Sentimo-nos inteiras. Se temos um Homem que se dedica para nós, o prazer em nos dedicarmos para ele é infinito... e não para por aí. Há prazer em cuidar dele e fazer tudo que é necessário tanto dentro da casa quanto aos outros pormenores que nem preciso citar.
Amar é isso, nos submetermos dessa forma especial e linda. A felicidade é dos dois!
O respeito, é tudo!
Bravo!
ResponderEliminarEntão ela achava que insultando o marido, ela conseguiria algo melhor?
Mas elas se acham as psicólogas , hem?
Ele vai se dedicar a ele mesmo se a patroa continuar a torrar a paciência.
Fácil fazer um casamento funcionar, hem?
Basta cumprir sua parte e deixar o orgulho de lado.
é sério, onde você arranja esses testemunhos?
ResponderEliminarSandro comenta:
ResponderEliminarE o que vemos hoje? a maioria das mulheres, doutrinadas pela propaganda feminista, perderam a auto-crítica, a noção de limites, o entendimento. Se veem como seres sem defeitos. Tem casais em que o homem já se tornou um verdadeiro capacho, vejo medo nos olhos deles. Por qualquer coisa a esposa olha de canto de olho, como se fosse um guarda que estivesse tomando conta de prisioneiros. O feminismo trouxe consequências desastrosas para o casamento, mas era isso o que elas queriam não é mesmo? o casamento heterossexual tem que ser destruído porque elas odeiam os homens e veem o casamento como uma relação dominação-opressão. Tudo isso foi planejado senhores e senhoras. Tudo calculado.
Qualquer pequena falta do homem em casa é digna de "cartão vermelho", talvez "amarelo". E o inferno por um pequeno esquecimento ou algo que não saiu 100%?
ResponderEliminarHá milhões de maridos que deixaram de fazer atos de gentileza por suas esposas simplesmente porque nada do que fazem é bom o bastante para elas. Fazer pra quê? Para ouvir que ela merecia algo melhor e maior? Que desmotivação!
A autora resolveu apreciar o marido como pessoa, e não como uma fonte de renda? Parabéns! Que outras sigam seu exemplo!
Ser submissa não é ser um capacho; é parar de ser contestadora, crítica, rebelde, agressiva, hostil. É ser colaboradora, amiga, não sabotadora.
A autoridade do marido se exerce dentro dos limites da vontade de Deus; ninguém é obrigado a concordar com abusos. Ser submissa não dá ao marido o poder de abusar de sua esposa nem de seus filhos com violações à lei natural e divina da caridade e da boa moral.
Tão simples! Basta sorrir, agradecer, reconhecer a boa intenção, parar de ridicularizar e de colocar o marido na defensiva com insultos.
"Nós sugerimos às mulheres que não critiquem os seus maridos, mas em vez disso demonstrem apreciação diária e tomem atenção às coisas boas que ele faz.
Ensinamos a forma de discordar sem ser competitiva ou sem gerar atitude defensiva no marido. . . . Encorajamos as mulheres a investir nelas mesmas e nas amizades, a serem arrojadas, valentes e encontrar o propósito de Deus para as suas vidas (e a segui-lo).
Quando elas fazem isto, elas notam que todos os seus relacionamentos melhoram - e não só o seu relacionamento com o marido".
Decorem isso, feministas, e pratiquem-no!
Ah, a Bíblia! como sempre, a Bíblia!
ResponderEliminarNela encontramos resposta para tudo!
A quanto tempo Paulo escreveu isso, e até hoje a resposta é a mesma?
Aos que não são cristãos aqui, eu recomendo: se arrependam, creiam no Senhor Jesus, leiam a Bíblia!
Jesus está voltando pessoal e, daqui a pouco, pode ser tarde demais!
Shalom
Melhor relato do Marxismo Cultural até agora.
ResponderEliminarMuito bonito esse testemunho!
ResponderEliminarTem mulheres que aprendem muito tarde e outras que não aprendem nunca, o q aprendi ainda com 18 anos: quando não somos gratas pelo que recebemos, por todos os gestos de carinho e atenção, a pessoa que fez se sente desmotivada a fazer de novo e esses gestos acabam.
ResponderEliminarPodemos aplicar isso aos homens com suas esposas sempre insatisfeitas mas, na verdade, serve pra qualquer um.