A polaca Irena Sendler, que salvou cerca de 2500 crianças de serem encaminhadas para campos de concentração nazi, morreu hoje, aos 98 anos, informou a sua família.
Sendler foi considerada como uma das grandes heroínas da resistência polaca ao nacional socialismo, tendo estado nomeada para o Prémio Nobel da Paz.
A filha de Irena Sendler, Janina Zgrzembska, anunciou hoje que a sua mãe morreu num hospital de Varsóvia.
Sendler organizou a saída de cerca de 2500 crianças do Gueto de Varsóvia durante a violenta ocupação alemã, na Segunda Guerra Mundial. Ela - que trabalhava como assistente social - e a sua equipa de 20 colaboradores salvaram as crianças entre Outubro de 1940 e Abril de 1943, quando os nazis deitaram fogo ao Gueto, matando os seus ocupantes ou mandando-os para os campos de concentração.
Durante dois anos e meio, Irena Sendler conseguiu ludibriar os nazis e fazer sair do Gueto adolescentes, crianças e bebés - muitos deles disfarçados sob a forma de pacotes - e enviá-los para o seio de famílias católicas, para orfanatos, conventos ou fábricas.
Em Varsóvia viviam 400 mil dos 3,5 milhões de judeus que habitavam a Polónia.
"Fui educada na ideia de que é preciso salvar qualquer pessoa [que se afoga], sem ter em conta a sua religião ou notoriedade", dizia Irena Sendler.
Nascida a 15 de Fevereiro de 1910, a figura de Irena Sendler permaneceu relativamente desconhecida na Polónia, à imagem de Oskar Schindler, que morreu na pobreza, mas que viria a ser imortalizado no cinema pelo realizador Steven Spielberg na película "A Lista de Schindler".
Só em Março de 2007 a polaca foi homenageada de forma solene no seu país, tendo o seu nome sido proposto para o Prémio Nobel da Paz.
Em 1965, porém, o memorial israelita Yad Vashem tinha já atribuído a Sendler o título de "Justo Entre as Nações", reservado aos não-judeus que salvaram judeus.
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Enquanto as feministas matam crianças (na maioria, mulheres) através do aborto, esta mulher honrada enfrentou o nacional socialismo e arriscou a própria vida para salvar outras vidas.
Como as coisas mudaram.
Confrades, discordo da questão de atribuir honradez a esta mulher.
ResponderEliminarO ato dela pode ter sido louvável, mas ele está em conformidade com os instintos maternais femininos. Apenas em favor de sua prole, literal ou metaforicamente, uma mulher é capaz de superar seus instintos naturais de auto-preservação.
Tivesse ela salvado 2.500 HOMENS ADULTOS, e talvez eu pudesse admitir a hipótese de honradez. Talvez.
Eu compreendo uma ação honrada quando a convicção e a lógica conduzem uma pessoa a uma ação, mesmo sabendo que o resultado lhe será prejudicial de forma particular. Reiterando: não foi por convicção nem por lógica, mas sim por instinto.
Desta forma, só podemos falar de honra, vinda de uma mulher, na mais excepcional das circunstâncias.
Força e Honra.
É mais fácil contrabandear crianças do que homens grandes: questão de volume e peso. Antes um pássaro nas mãos do que dois voando.
EliminarInstinto? Note que a prole nem era dela (então não é instinto). E a razão informando que ela seria fuzilada se fosse descoberta? Risco calculado é isso!
Honrada, sim! Teve força e honra!
Ser antifeminista é uma coisa; ser antipático a qualquer mulher é outra. É preciso saber a diferença entre uma Mulher e uma feminista. Essa é Mulher! Essa eu respeito e louvo!
Summa cum laude!
a atitude desta mulher foi louvavel, mas
ResponderEliminarHONRA é algo bem diferente disso.
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se esta mulher tivesse salvo 2500 homens adultos ou 2500 mulheres adultas, ai sim ela mereceria o titulo de mulher honrada.
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foi apenas o instinto maternal em ação.
Pensamento dos dois colegas acima não sem fundamento.
ResponderEliminarNão se pode pensar no que ela deveria ter feito pra ser considerada heroína, mas o que ela poderia fazer na condição em que estava.
Se salvasse apenas 1 criança, qualitativamente já seria um louvor, uma honra, um gesto de amor, o que vocês quisessem.
Pois ela, talvez nos limites de suas possibilidades, com o que tinha à mão, salvou 2500 crianças.
Se fosse pega por salvar apenas 1 certamente já sofreria as consequencias desse ato, até com morte (provalmente).
Conseguir camuflar 2500 crianças dos guardas, da vigilância já deveria ser difícil e arriscadíssimo para ela, vocês reclamam que ela não salvou 2500 homens adultos?
Lamento dizer, mas esses dois colegas comentadores não são propriamente anti-feministas, assim fica parecendo gostarem do oposto, pura e simplismente o machismo, pois demonstram em relação a esse ato, na verdade heróico, de extrema compaixão, falta minima dos sensos de proporções.
Pra mim, cada um que salvou uma pessoa que seja de uma morte cruel, desnecessária, injusta, já é um herói, um honrado.
E quantas notícias aparecem de pessoas que fizeram esse tipo de gesto, além dos desconhecidos que fizeram e não se ficou sabendo e talvez nunca se saberá.
Sem deixar, neste caso, de lembrar das famílias que acolheram essas crianças com amor, quando não tinham obrigação nenhuma de fazê-lo se não quisessem.
Acho que foi honrada. Poucas mulheres da época DELA (nem falo nas modernetes) fariam o que ela fez. Instinto é algo que influencia o comportamento, sim. Mas não ao ponto de proteger 2500 (2500!) crianças!!!
ResponderEliminarSe tivesse o Mulher Honrada do mês, eu indicaria essa aí.
O instinto não é principio contrario a honra, mas sim a favor, um dos princípios básicos da honra é defender o mais fraco, isso inclui todos, até homens honrados colocam crianças e idosos como prioridade por serem mais frágeis e necessitam mais de proteção, isso é instinto familiar, seja a mulher protegendo por ser mãe, ou seja o homem protegendo por ser pai, e saber que essas crianças também são filhas de alguém.
ResponderEliminarParece que há malta que se está a tornar em autênticos "maluqinhos da real".Suponho que essas teorias sobre os instintos maternais que tornam, supostamente, irrelevante uma mulher salvar 2500 crianças, derivam de ideias parvas como "não há mulher excepção ( são todas umas cabras determinadas por mecanismos e instintos darwinistas e tal...)"
ResponderEliminarMulher honrada, sim. Sem discussão.