Por Luiz Fernando Velho - Via: Tradicionalíssima
Misandria é a crença na inferioridade do homem, expressa como ódio, menosprezo ou preconceito. A sociedade atual está cheia de condutas misândricas. Novelas retratam homens idiotizados ao lado de suas esposas, apresentadas como modernas, seguras e bem resolvidas.
Meninos são estimulados a falar sobre seus sentimentos para depois serem ridicularizados. Comerciais de TV veiculam esteriótipos de homens enlouquecidos assistindo a jogos de futebol como se fossem retardados mentais. E assim por diante.
Não admira que muitos homens adultos e meninos acabem por se sentirem culpados por seu gênero e passem a adotar condutas de quem se sente em desvantagem em relação às mulheres: modos de vestir efeminados, adesão ao feminismo, culto da mulher como um ser superior e vergonha da sua própria condição masculina.
Um famoso site de repercussão nacional, cuja uma das autoras é hoje blogueira da revista Carta Capital, se tornou referência da ideologia misândrica no país com o título: "Homem é tudo palhaço".
Há, contudo, mais do que ódio, menosprezo ou preconceito nessa corrente.
Ela é muito útil para os fins políticos da esquerda, pois confere um discurso de combate aos fundamentos da sociedade, apresentada no seu conjunto como opressora, retrógrada, hipócrita e imoral.
Portanto, uma sociedade incapaz de trazer harmonia entre homens e mulheres e que necessita de uma transformação radical.
A misandria serve, assim, a propósitos muito mais amplos, embora não único, de subverter valores em prol de uma causa.