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sábado, 2 de novembro de 2013

Misandria


Misandria é a crença na inferioridade do homem, expressa como ódio, menosprezo ou preconceito. A sociedade atual está cheia de condutas misândricas. Novelas retratam homens idiotizados ao lado de suas esposas, apresentadas como modernas, seguras e bem resolvidas.

Meninos são estimulados a falar sobre seus sentimentos para depois serem ridicularizados. Comerciais de TV veiculam esteriótipos de homens enlouquecidos assistindo a jogos de futebol como se fossem retardados mentais. E assim por diante.

Não admira que muitos homens adultos e meninos acabem por se sentirem culpados por seu gênero e passem a adotar condutas de quem se sente em desvantagem em relação às mulheres: modos de vestir efeminados, adesão ao feminismo, culto da mulher como um ser superior e vergonha da sua própria condição masculina.

Um famoso site de repercussão nacional, cuja uma das autoras é hoje blogueira da revista Carta Capital, se tornou referência da ideologia misândrica no país com o título: "Homem é tudo palhaço". Há, contudo, mais do que ódio, menosprezo ou preconceito nessa corrente.

Ela é muito útil para os fins políticos da esquerda, pois confere um discurso de combate aos fundamentos da sociedade, apresentada no seu conjunto como opressora, retrógrada, hipócrita e imoral.

Portanto, uma sociedade incapaz de trazer harmonia entre homens e mulheres e que necessita de uma transformação radical.

A misandria serve, assim, a propósitos muito mais amplos, embora não único, de subverter valores em prol de uma causa.



quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Feminismo e Marxismo

Por Luiz Fernando Velho - http://alturl.com/ekmnx.


A relação entre feminismo e marxismo é espantosamente simples: a infraestrutura econômica capitalista criaria uma superestrutura na qual uma das instituições é a família burguesa. Os papéis de homens e mulheres refletiriam a mesma luta de classes entre opressores e oprimidos, estando a reprodução da força de trabalho a cargo da família.

Portanto, a derrubada do capitalismo não seria possível sem antes acabar com ela. É dessa forma que conceitos feministas se ligam à ideia marxista da luta de classes. O alvo é a estrutura familiar. Então, vale tudo: marcha das vadias, casamento gay, liberalização sexual, defesa da legalização do aborto e denuncismos de toda ordem.

O objetivo é pré-determinado e coerente com a visão marxista da família tradicional como uma dura linha de defesa, talvez a mais forte, do sistema capitalista. Segundo a teoria de Engels exposta em “A origem da família, da propriedade privada e do Estado”, em 1884, a família monogâmica tal como hoje a conhecemos foi um produto do capitalismo.

De acordo com ele, tratava-se de algo não natural, contrastando com as antigas formas preexistentes de união tribal onde a regra seria a promiscuidade. A razão profunda por trás dessa ficção (estudos históricos e antropológicos desmentem cabalmente o livro de Engels) é que a família sempre esteve do lado da esfera privada do indivíduo e é um local onde o Estado só consegue entrar com muita dificuldade. Cada casal e filhos possui uma identidade que se transmite ao longo de gerações e os valores preservados são patrimônios atemporais.

Eles representam uma história que proporciona um sentimento de existir, de fazer parte. Portanto, nada mais nefasto que a família para um sistema que ambiciona tornar a sociedade homogênea e controlada por uma única ideologia de caráter ultra-racionalista como o marxismo.

Correntes feministas atuantes nem sempre fazem parte de partidos comunistas. Esses não raro criticam o “feminismo burguês” de mera luta por igualdade de gênero na ausência de uma posição crítica ao sistema capitalista. Mas não deixam de utilizar muito bem o discurso, venha de onde vier.

A palavra opressão é largamente empregada e seu alcance é ampliado para abranger “todas as formas”, incluindo, é claro, o conceito de luta de classes. Assim, cria-se uma linguagem de espectro difuso que vai do mais ao menos radical, muito útil para atingir diferentes setores da sociedade.

No entanto, há uma forma eficiente de se contrapor ao feminismo marxista, que é cultivar e valorizar justamente aquilo que ele pretende destruir: a família.




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