Minto. As mulheres até existiam. Mas eram sempre invariavelmente feias ou absurdamente desinteressantes. Estaria a delirar?
Partilhei com as próprias as minhas impressões sobre o assunto. Recebi insultos mil: a minha suposta misoginia estava a ofuscar-me a razão, diziam elas, com imaculado espírito feminista. Competência era tudo que interessava. Elas, ao contrário dos homens, nunca se deixavam cegar pelas vacuidades da estética.
Pois bem: um estudo veio agora em meu socorro. Conta a revista "The Economist" que dois cientistas sociais israelitas resolveram fazer um teste sobre as vantagens, ou desvantagens, da beleza feminina no mundo laboral.
Eis o "modus operandi": pegaram em dois currículos com informações académicas semelhantes. E enviaram os documentos para mais de 2500 ofertas de emprego. Pormenor revelador: um dos currículos tinha a foto de uma mulher bonita; o outro seguiu sem foto.
Resultado? As mulheres bonitas têm uma desvantagem competitiva no mercado de trabalho e recebem menos entrevistas de emprego do que as restantes (sem foto).
Superficialmente, poderia pensar-se que a discriminação se exerce porque existe o preconceito, aliás, absurdo, de que beleza e inteligência não jogam na mesma equipe.
A razão da discriminação pode ser outra: ao analisarem também a composição dos departamentos de recursos humanos das empresas contratantes, onde é feita a triagem das candidatas, os pesquisadores chegaram à conclusão que 93% deles são compostos por mulheres.
Moral da história? Freud estava errado ao acreditar na "inveja do pénis", um conceito flácido (peço desculpa) e irremediavelmente datado. Se existe inveja nas mulheres, ela nasce entre vaginas.
O que não deixa de ser irónico: foram décadas de luta abnegada contra a opressão falocêntrica dos machos. Mas, no fim de contas, a opressão que existe e persiste mora no mesmo lado da barricada.
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Como é que as feministas explicam esta discriminação? Isto parece indicar que, quando se candidatam para um determinado emprego - e se elas souberem antecipadamente que quem faz a selecção é uma mulher - as mulheres bonitas devem evitar acrescentar a sua foto .
Tanto trabalho a queimar sutiãs como forma de acabar com a "opressão do patriarcado" só para descobrirem horrorizadas que as pessoas mais susceptíveis de exercer descriminação contra elas não são os homens mas sim outras mulheres.
Não há motivos para acreditar que as mulheres (principalmente as mais atraentes) não tivessem conhecimento deste tipo de ocorrências. É fácil aceitar que elas soubessem deste facto mas, como medida de protecção da "irmandade", tivessem guardado silêncio em torno do assunto como forma de evitar infligir um rude golpe a retórica feminista.
No entanto, o que interessa reter deste estudo é que as mulheres bonitas parecem ser vítimas de algum tipo de preconceito por parte de mulheres em lugares de autoridade.
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Parabéns pela postagem.
ResponderEliminarAcho que se tal pesquisa fosse feita aqui no Brasil, o resultado não seria diferente.
Agora e se fosse feita com Homens, será que os nerds teriam preferência?
Enfim, parabéns pelo blog!
Aliás, esta teroria se aplica ao governo Dilma. É só olhar o bruxistério por ela nomeado...
ResponderEliminarSe isto for verdade, acabei de ficar desanimada, pois, vai ser muito difícil para eu conseguir um emprego. Já está sendo difícil conseguir um estágio na área de engenharia, e meu currículo é melhor do q muita gente, mas quando faço uma dinâmica de grupo ou entrevistas com mulheres, não consigo entender oq acontece. Seria apenas uma estranha coincidência, ou seria isto uma verdade? E o que fazer se for verdade?
ResponderEliminarFalo aí bonitona.
EliminarE pra quê colocar foto num curriculum? Isso por acaso é indicativo de capacidade???? Bonita ou feia, a gente não vende os serviços? A menos que vc queira trabalhar como modelo, aí sim né????? Dãããã não entendi...
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