Um livro de auto-ajuda fundamentado em
princípios da Bíblia Hebraica - escrito por uma jornalista de 43 anos,
casada e mãe de 4 filhos - que aconselha as mulheres a serem submissas
aos seus maridos dentro do casamento está a causar uma comoção
internacional por parte de feministas de todo o mundo.
O livro, com o
nome de "Cásate y sé sumisa", traduzido para "Casa-te e Sê Submissa", causou também a ira duma figura política espanhola com nome de Ana Mato, que segundo o The Telegraph, disse:
Acho isto desapropriado e desrespeitoso para as mulheres.
Não parece que a Ana Mato tenha explicado o que há de "desrespeitoso" em ser submissa ao marido.
Segundo uma reportagem, logo desde o princípio do livro a autora Costanza Miriano declara às mulheres que, "nós não somos iguais e não reconhecer isto é garantir uma fonte de sofrimento." Ela aconselha também às mulheres a forma de lidar com os maridos dentro do casamento:
Tens
que te submeter a ele. Se tiveres que escolher entre o que tu gostas e
o que ele gosta, escolhe em favor dele...quando o teu marido te disser
algo, ouve com atenção como se fosse Deus a falar contigo.
Miriano,
que está há 15 anos casada com o mesmo homem, explicou às suas leitoras que:
O
marido não resiste a esposa que o respeita, que reconhece a sua
autoridade, e que se dedica de forma leal a ouvi-lo, permanecendo do
seu lado.
Partes do livro que aconselham as mulheres a lidar com problemas domésticos não foram traduzidos para o inglês:
Se
não és uma cozinheira experiente ou a dona de casa perfeita, qual é o problema se ele assim o disser? Diz que ele tem razão, e que é verdade,
e que vais aprender. Quando ele observar a tua doçura e a tua
humildade, bem como o teu esforço para te tornares mais na pessoa que
ele quer, ele também mudará. (...) As
mulheres esquecem-se que não podem ter tudo: trabalhar como um homem e
ficar em casa como uma mulher. O poder não foi feito para as mulheres.
Francisco Javier
Martinez, o Arcebispo ode Granada, chamou o livro de "muito interessante, do ponto de vista Cristão",
mas o mesmo deixou os grupos feministas espanhóis enraivecidos, levando
a que algumas viessem às ruas e rasgassem cópias do livro.Activistas do grupo Anonymous
deram também a sua opinião sobre o livro através duma mensagem de
vídeo, qualificando-o de "misógino" e "opressor". Uma activista disse o
seguinte:
Estamos fartas de ver a Igreja a olhar para nós como meros objectos feitos para satisfazer os homens, reproduzir e limpar.
Numa entrevista dada à BBC,
Miriano defendeu a sua posição explicando que quando fala da mulher ser
submissa no seu livro, ela não está a caracterizar a submissão como
algo de negativo.
Não
gosto da forma como a palavra é entendida em inglês, mas eu não a uso
com conotação negativa; ela é uma palavra extraída do Livro de Efésios
e de maneira nenhuma significa ser um tapete do marido. Eu uso-a no
sentido etimológico de ser alguém abaixo, ou debaixo, fornecendo apoio
tal como uma coluna apoia o telhado visto que nós, como mulheres, somos
mais fortes. Nós somos capazes de colocar a personalidade na relação.
João Paulo II escreveu que a mulher tem o génio e o talento do
relacionamento, e como tal, nós somos capazes de ser o coração da
família. A submissão é uma coisa muito, mas muito boa para a a mulher.
Quando lhe foi perguntado do porquê a
ministra da Saúde Espanhola querer que o livro seja retirado, ela
explicou que se calhar ela tem problemas com a palavra "casar".
Sinceramente,
não sei. Eu pensava que era por causa da palavra "sumisa" [submissa]
mas fiquei a saber que há muitos livros com a palavra "sumisa" que são
vendidos nas lojas espanholas, tais como 'Diario de una sumisa'.
Portanto acho que o problema talvez seja com a palavra 'cásate'
[casa-te] visto que ser submissa ao marido é visto como algo terrível.
Não sei bem porquê.
A mesma autora escreveu um livro com o título de "Marry Her and Die for Her" [Casa-te Com Ela e Morre Por Ela], mas não há notícia de manifestações masculinas acusarem-na de promover a morte dos homens.
Respondendo a uma questão do porquê algumas mulheres ficarem tão zangadas com o livro, ela disse:
Talvez
nós não sejamos livres da necessidade de sermos reconhecidas. Quando
uma mulher está em paz com ela mesma, e está totalmente realizada, ela
não tem necessidade de ter reconhecida e como tal, ela pode escolher
tomar uma posição de menor autoridade, não no sentido de ser o tapete
mas sim no sentido de ser uma coluna.
Quando lhe perguntaram se o seu livro alegava que o feminismo havia destruído o casamento, ela respondeu:
Eu
trabalho. Sou jornalista durante o dia, e à noite escrevo livros. Tenho
4 filhos. Acho que as mulheres que querem os mesmos direitos que os
homens têm falta de imaginação e ambição uma vez que nós somos tão
diferentes dos homens.
Ao tentar explicar o porquê do livro de
Miriano se ter tornado tão popular na Espanha e em Itália, Sam Owen,
psicólogo e profissional ligado aos relacionamentos, disse que isso
prende-se com o desmoronar da sociedade:
Actualmente
há muitas casas só com um parente e muitas famílias desfeitas, e os
casais que ainda estão juntos tendem a ser pais ou avós. Se as pessoas
têm um desejo ardente pelo casamento à moda antiga é porque muitos
deles funcionaram tão bem. Quando se fala dos papéis dentro dum
casamento, nós somos uma sociedade perdida.
Devido ao mundo em rápida
mudança, ao desejo de colocar as mulheres iguais aos homens, e ao
desejo de ter tudo - crianças, uma carreira bem sucedida e um marido
satisfeito - os maridos e as esposas sentem-se confusos em torno do seu
papel dentro do casamento e dentro da unidade família, e isto cria discórdia.
* * * * * * *
As feministas acabam sempre por
revelar a sua natureza comunista sempre que uma mulher se atreve a dar
uma opinião que não está de acordo com "O Partido".
Se algumas mulheres se sentem felizes competindo com os homens dentro e fora do casamento, que o façam - ninguém as impede. Por outro lado, se as mulheres se sentem satisfeitas e felizes em serem as "colunas" que apoiam o "tecto" do casamento (isto é, submissas ao seu marido), então a escolha destas mulheres tem que ser respeitada. Se estas mesmas mulheres escolhem escrever sobre a sua experiência de serem submissas ao homem que amam, então elas não podem sofrer ataques por parte das feministas.
Se algumas mulheres se sentem felizes competindo com os homens dentro e fora do casamento, que o façam - ninguém as impede. Por outro lado, se as mulheres se sentem satisfeitas e felizes em serem as "colunas" que apoiam o "tecto" do casamento (isto é, submissas ao seu marido), então a escolha destas mulheres tem que ser respeitada. Se estas mesmas mulheres escolhem escrever sobre a sua experiência de serem submissas ao homem que amam, então elas não podem sofrer ataques por parte das feministas.
Mas não é isso que acontece. Segundo o feminismo, as mulheres são livres para dar a sua opinião, desde que a sua opinião esteja de acordo com a ideologia.
Imaginem a comoção internacional que aconteceria se um homem (padre, de
preferência) tentasse censurar um livro só porque não concorda com a
tese do mesmo. Mas é precisamente isso que as feministas estão a fazer
ao tentarem censurar um livro só porque não concordam com a sua
mensagem.
Isto revela de modo bem óbvio que o feminismo é um movimento inimigo da liberdade de expressão, e, como tal, todas as pessoas que valorizam a liberdade devem-se colocar contra o feminismo.
Isto revela de modo bem óbvio que o feminismo é um movimento inimigo da liberdade de expressão, e, como tal, todas as pessoas que valorizam a liberdade devem-se colocar contra o feminismo.