quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Che Guevara - O fracassado

Fonte

Aqui uma boa foto para estampar em camisetas, com todo o charme do "Che".























Che – O mito macabro
por Ipojuca Pontes
"Não sou Cristo nem filantropo; sou todo o contrário de Cristo"
"Che" Guevara em carta familiar

No próximo dia 23 de outubro, em sessão especial, o Senado Federal vai prestar homenagem à memória do mitológico Ernesto "Che" Guevara. Como se sabe, há 40 anos o "Che", tentando levantar uma revolução comunista nas selvas da Bolívia, foi capturado por pequena tropa comandada pelo capitão Gary Prado, do Exército boliviano e logo depois executado pelo tenente Mario Téran - não sem antes implorar pela vida: "Não disparem. Sou Che. Valho mais vivo do que morto".

O requerimento para a estranha celebração política é de autoria do obscuro senador José Nery (PSOL-PA) - que responsabilizou o "imperialismo ianque" pela morte do aventureiro mas cuja desgraça, sabe-se, foi urdida pela vontade de Moscou, Fidel Castro e o PC boliviano – e tem a aprovação de outro político esquerdista, Tião Viana (PT-AC), vice-presidente do Senado.

Como registrei no meu livro "Politicamente Corretíssimos" (Toopbooks, Rio, 2003), o mito Guevara não corresponde nem de longe à realidade dos fatos. Salvo pela "revolução cubana" – efetivada, em parte, pela inação dos Estados Unidos que abandonaram o sargento Fulgêncio Batista e no início ajudaram Fidel Castro nas escaramuças de Sierra Maestra - a vida do cruel revolucionário foi um completo fracasso: na órbita familiar, no amor, à frente de ministério e banco, como comandante, "diplomata" e guerrilheiro, para não falar no "ideólogo do foquismo" - sua trajetória humana e social tributa larga soma de erros e equívocos que nem mesmo os biógrafos mais entusiastas (entre eles, Jon Lee Anderson) conseguem dissimular.

Com efeito, filho de mãe "possessiva" e produto de um lar "excêntrico", desde cedo o "Che" só fez acumular fracassos. Por exemplo: quando, como estudante, aspirava (em Córdoba/Argentina) realizar casamento "burguês" com a prima rica Chinchina Ferreyra, que o repudiou; ou como presidente do Banco Nacional Cubano, levando a moeda e a economia da ilha à completa insolvência; ou ainda como ministro da Indústria de Cuba, quando fracassou miseravelmente ao lado de Fidel, na obtenção de 10 milhões de toneladas de açúcar que nem de longe atingiu; e nas frustradas negociações com a Nomenklatura soviética em que pedia ajuda para industrializar Cuba e teve como resposta um sonoro "não"; e na sua doentia pretensão de criar o "homem novo" e a "sociedade nova" – enfim, em tudo que o desastrado guerrilheiro colocou as mãos, só demonstrou elevado grau de incompetência e insensatez.

No levantamento dos sucessivos fracassos de Guevara, propositadamente escondido pelos criadores de mitos, o que chama atenção, no terreno em que se dizia "especialista", é a sua derrota para os 100 mercenários do Coronel Mike Hoare nas planícies do Congo, em 1965. Vale a pena lembrar.

Excluído da vida política e administrativa de Cuba pelos russos, que sustentavam com bilhões de dólares o banquete de "la revolución" e não o queriam por perto, Guevara saiu mundo afora. Sua idéia era criar "um, dois, muitos Vietnãs" para debilitar o "imperialismo ianque". Julgando oportuno e financiado por Ben Bella (leia-se "petróleo argelino") e contemplado com armas chinesas, rumou para o Congo (ex-belga) e se juntou às tropas rebeldes de Laurent Kabila, o jovem aspirante a ditador que, por sua vez, queria derrubar o governo de Moise Tshombe e tomar o seu lugar.

Com 127 guerrilheiros cubanos e 3 mil soldados congoleses bem armados, Guevara se internou nos charcos do país africano e tentou derrubar Tshombe. Seus objetivos no Congo eram, pela ordem, privar as fontes financeiras do governo provenientes das minas, obrigar a Bélgica a reconhecer o novo Estado revolucionário, controlar os minerais estratégicos para benefício do bloco socialista e, mais tarde, levar sua guerrilha até Angola.

Diante da ameaça, Tshombe contratou os serviços do Coronel Mike "Mad" Hoare, mercenário sul-africano, especialista em guerra de movimento nas selvas. Conforme registra o historiador Miguel A. Faria, em "Escape of from lost paradise" (Hacienda Publishing, 2002), as derrotas dos guerrilheiros do "Che" no Congo, foram "desmoralizantes". Na batalha pela hidrelétrica de Bendela, por exemplo, Hoare eliminou boa parte do exército congolês e botou os guerrilheiros cubanos a correr.

Na batalha de Fizi Baraka, nas proximidades do Lago Tanganica, Hoare encurralou Guevara e suas tropas, atacando-as pela retaguarda, de madrugada, destruindo o serviço de comunicação e o centro de abastecimento da guerrilha. No entrechoque fatal, Hoare eliminou 125 soldados congoleses e deixou pelo chão mais de 600 feridos.

O "Che", que tinha prometido aos seus comandados "devorar" com as próprias mãos os adversários vencidos, bateu célere em retirada. No seu próprio diário sobre a experiência militar do Congo ("Passagens da guerra revolucionária: Congo" - Record, Rio, 2005), diz que a experiência foi um "fracasso absoluto" e justifica a clamorosa derrota pela "indisciplina" dos soldados congoleses - que, por sinal, diga-se de passagem, eram também canibais, pois comiam o fígado e o coração dos inimigos.

(Depois da fuga humilhante, irritado com a derrota incontornável, o "Che", vendo um dos seus guerrilheiros em conversa íntima com uma africana, ordenou que o comandado ficasse de joelhos e, em seguida, deu-lhe malvadamente um tiro bem no meio da testa).

Numa carta dirigida à primeira esposa, Hilda Gadea, o carrasco que de arma em punho matou vários presos políticos na prisão de La Cabaña, e que era movido pelo ódio como fator de luta, escreveu: "Querida velha. Estou na selva cubana, vivo e sedento de sangue".

É uma figura assim, transformada em santo pela eficiente máquina de propaganda marxista, que o Senado Federal, em detrimento dos verdadeiros heróis, vai homenagear.

É o fim!



Ipojuca Pontes é jornalista, cineasta e escritor, nasceu em Campina Grande, na Paraíba, e ao longo de sua carreira conquistou mais de trinta prêmios nacionais e internacionais. Foi também Secretário Nacional da Cultura no governo Fernando Collor de Mello.




Publicado no site "MídiaSemMáscara
Segunda-Feira, 15 de Outubro de 2007.

8 comentários:

  1. Sinceramente o senhor é um ignorante e felizmente nao sabe o que diz. MIto ou nao, vai de cada um, mas é fácil julgar ao proixmo sendo que voce como muito foi secretário de cultura (e quê cultura a sua) de um presidente mais corrupto, mais sujo e menos ativo que Ernesto. Sei que a inveja debe corroer um velho gordo e corrupto como o sr., mas ao invés de profanar más palavras, arrisque-se um terco do que fez Che. Sei que a sua ingorância o impede, mas antes de qualquer revolucao, a mensagem de Che é de nao conformar se com essa miséria, da qual o senhor é milionário. Sinceramente, nao sei como permitem a publicacao de um artigo tao fétido como o senhor. Velho e caduco.

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  2. Gisele, matar pessoas em guerras e atentados terroristas deve ser melhor do que deixar as pessoas sobrevivendo na pobreza, não é?

    Inveja dum assassino? Inveja do fim que ele teve? Sei não...

    Quem são os comunistas para falarem de corrupção? E os corruPTos que governam o Brasil agora? Qual o nome do ParTido PolíTico que mais oferece corruPTos para serem julgados em processos criminais? O PT, partido vermelho com estrelinha russa!

    E a miséria em que os cubanos, coreanos, chineses,etc. foram deixados pelos comunistas? Não foi essa a mensagem do Che e seus asseclas? Acabar com a liberdade, matar as pessoas de fome, prender e fuzilar quem discordar do comunismo ...

    Diga, Gisele, você também não gostaria de fazer isso com o autor do texto? (A sem-cérebro nem percebeu que o blog cita um outro autor.)

    Mais uma brasileira atestando a falta de inteligência e o excesso de mediocridade e ódio, que campeiam entre as mulheres em meu amado Brasil...

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    Respostas
    1. Parabéns pela replica na sua defesa da imoral Gisele que tem a coragem de defender a mediocridade do tal "Che".

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  3. Meu caro Anacoreta, não se espante com o comportamento da senhorita bitolada acima. Há muito, as universidades brasileiras foram convertidas em centros de doutrinação esquerdista - o que seria considerado imoral e total falta de ética em um país realmente civilizado, o abuso de autoridade confiada pelo povo - o cargo de professor - para manipular e adestrar jovens a vandalizar a sociedade em que vivem, em nome de uma utopia que nunca existiu e nunca existirá.

    Enquanto isso, segundo o Inaf - que entre outras coisas, mede o índice de analfabetismo no país, mostra que 38% dos que tem curso superior mal sabem ler e escrever corretamente.

    Educação nunca foi um ponto forte no Brasil, eu admito tristemente, mas depois de 1990, nunca um número tão grande de imbecis metidos a intelectualizados habitou o país do carnaval. Gente que idolatra Mao, Hugo Chavez, Fidel, e o resto do refugo histórico que já teria sido esquecido, não fossem pessoas corruptas e igualmente burras a propagá-lo.

    Ironicamente, nenhum desses jovens pertence à classe "operária" oprimida pelos "burgueses". São, na sua vasta maioria, pequenos burgueses, a quem Che fuzilaria sem sequer pensar duas vezes. Não há como não rir dessas pessoas...

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  4. essa aí já ta com o cérebro estuprado, morro de pena. Roubaram a vida, a vontade, a alma dela.
    Não sei se a cura para ela é tratamento psiquiátrico ou exorcismo. Eu apenas estou muito feliz de não estar na mesma condição que ela.

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  5. "a mensagem de Che é de nao conformar se com essa miséria"

    Você quer dizer que está era a conversa mole que o che mandava também? Essa é a conversa mole e vazia de sempre, os pobres, a desigualdade, isso e aquilo outro social, igualdade disso e daquilo..

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  6. Pensamento igual a da Gisele, logo acima, mostra o quanto algumas pessoas estão cegas pela verdade e os jovens principalmente, que são doutrinados desde criança nas escolas e universidades, nos últimos anos, a pensar que a esquerda é linda e maravilhosa, quem a discorda, são chamados de ELITE, IMPERIALISTAS, etc. Só que se realmente eles soubessem da ficha existencial do tal CHE GUEVARA, iriam pensar duas vezes de o idolatrar e usar uma imagem dele nas camisetas

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  7. CHE GUEVARA é outro lixo made in Argentina

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