Na coluna “Tendências / Debates”, da Folha de S. Paulo (08.03.12), a jovem filósofa especialista em Renascença e mestre em ciências da religião pela PUC-SP Talyta Carvalho defendeu verdades que poucos tem a coragem de afirmar em alto e bom som.
Eis alguns tópicos de seu corajoso e clarividente artigo.
Eis alguns tópicos de seu corajoso e clarividente artigo.
O ponto da discussão é: em que medida a consequência do feminismo, para a mulher contemporânea, foi o estrangulamento da liberdade de escolha?
Explico-me.
Por muito tempo, as feministas reivindicaram a posição de luta pelos direitos da mulher, excepto se esse direito for o direito de uma mulher não ser feminista. Ilude-se quem pensa que na academia há um ambiente propício à liberdade de pensamento.
Como mulher e intelectual, posso afirmar sem pestanejar: nunca precisei “lutar” contra meus colegas para ser ouvida, muito pelo contrário.
A batalha mesmo é contra as colegas mulheres, intolerantes a qualquer outra mulher que pense diferente ou que não faça da “questão de género” uma bandeira.
Não ser feminista é heresia imperdoável, e a herege deve ser silenciada.
Outro direito que a mulher do século 21 não tem, graças ao feminismo, é o direito de não trabalhar e escolher ficar em casa e cuidar dos filhos — recomendo, sobre a questão, os livros Feminist Fantasies, de Phyllis Schlaffly, e Domestic Tranquility, de F. Carolyn Graglia.
Na esfera económica, é inviável para boa parte das famílias que a esposa não trabalhe.
Na esfera social, é um constrangimento garantido quando perguntam “qual a sua ocupação?”. A resposta “sou só dona de casa e mãe” já revela o alto custo sóciopsicológico de uma escolha diferente daquela que as feministas fizeram por todas as mulheres que viriam depois delas.
O erro do feminismo foi reivindicar falar por todas, quando na verdade falava apenas por algumas. A nova geração deve debater esses dogmas modernos sem medo de fazer perguntas difíceis.
De minha parte, afirmo: não devo nada ao feminismo.
...Explico-me.
Por muito tempo, as feministas reivindicaram a posição de luta pelos direitos da mulher, excepto se esse direito for o direito de uma mulher não ser feminista. Ilude-se quem pensa que na academia há um ambiente propício à liberdade de pensamento.
Como mulher e intelectual, posso afirmar sem pestanejar: nunca precisei “lutar” contra meus colegas para ser ouvida, muito pelo contrário.
A batalha mesmo é contra as colegas mulheres, intolerantes a qualquer outra mulher que pense diferente ou que não faça da “questão de género” uma bandeira.
Não ser feminista é heresia imperdoável, e a herege deve ser silenciada.
Outro direito que a mulher do século 21 não tem, graças ao feminismo, é o direito de não trabalhar e escolher ficar em casa e cuidar dos filhos — recomendo, sobre a questão, os livros Feminist Fantasies, de Phyllis Schlaffly, e Domestic Tranquility, de F. Carolyn Graglia.
Na esfera económica, é inviável para boa parte das famílias que a esposa não trabalhe.
Na esfera social, é um constrangimento garantido quando perguntam “qual a sua ocupação?”. A resposta “sou só dona de casa e mãe” já revela o alto custo sóciopsicológico de uma escolha diferente daquela que as feministas fizeram por todas as mulheres que viriam depois delas.
O erro do feminismo foi reivindicar falar por todas, quando na verdade falava apenas por algumas. A nova geração deve debater esses dogmas modernos sem medo de fazer perguntas difíceis.
De minha parte, afirmo: não devo nada ao feminismo.