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sexta-feira, 1 de agosto de 2014

A autonomia acima da segurança

Por Mark Richardson

Dois professores americanos apontaram para uma pesquisa que revela claramente que as mulheres que se encontram casadas com os pais biológicos dos seus filhos estão em posição muito mais segura que as demais mulheres:
Esta avalanche de informação proveniente das redes sociais claramente revela que alguns homens são uma ameaça real para o bem estar físico e psíquico das mulheres e das raparigas. Mas obscurecido dentro da conversa pública em torno da violência contra as mulheres encontra-se o facto de que- directa ou indirectamente - outros homens são mais susceptíveis de proteger as mulheres da ameaça da violência masculina: os maridos e pais biológicos.

A conclusão é a seguinte: as mulheres casadas encontram-se notavelmente mais seguras que as suas equivalentes solteiras, e as raparigas criadas em casa com o pai [biológico] casado com a mãe são marcadamente menos susceptíveis de serem abusadas ou atacadas do que as crianças a viver sem o seu pai [biológico].
Quão robusta é esta pesquisa? O gráfico que se segue é bastante claro. A primeira coluna mostra a incidência de violência (dirigida às crianças) em famílias com os progenitores biológicos casados; a incidência mais elevada (mais de dez vezes mais elevada) mostra a violência que ocorre com a mãe solteira que vive com um parceiro.


E depois temos este gráfico:


Desta vez o gráfico mostra a violência feita às mulheres. As duas linhas mais baixas - aquelas que mal são registadas - mostram os níveis de violência doméstica dentro dum casamento, e as linhas mais elevadas mostram a violência que as mulheres solteiras com filhos sofrem. É difícil dizer com toda a certeza, mas parece que as mães solteiras sofrem cerca de 30% mais violência doméstica que as mulheres casadas com os pais biológicos dos filhos.

As evidências são irrefutáveis: as mulheres estão mais seguras dentro do casamento. Mas esta não é a conclusão que as feministas querem e como tal, urge perguntar: o que é que uma feminista pode dizer? Por esta altura, entra a feminista Clementine Ford, que permanece imóvel na sua posição, alegando:
O conceito da "protecção" outorgada pelos homens é um que causa danos às mulheres em vez de as ajudar. Uma sociedade que opera segundo linhas paternalistas é uma sociedade que fragiliza o direito das mulheres exercerem a sua autonomia e se protegerem a elas mesmas. Em vez de propor às mulheres que se amarrem a um "homem decente", que lhes protegerá dos vilões do mundo, deveríamos, em vez disso, aplicar políticas de tolerância zero para aquelas pessoas que cometem os abusos. Os homens não são os administradores das mulheres, e não é a sua obrigação moralmente outorgada nos proteger. Como seres humanos, é a obrigação de todos evitar causar danos aos outros.
A lógica desta feminista segue mais ou menos assim:

1. Como feminista e modernista esquerdista, ela acredita que a autonomia é bem maior da vida.
2. Não é "autonomia" a mulher depender dos homens para a sua segurança física.
3. Logo, a sociedade tem que ser reconstruída de modo a que as mulheres se possam proteger a elas mesmas e não precisem da ajuda masculina.
4. Isto requer que a sociedade garanta que nenhum homem venha a cometer actos de violência contra as mulheres.
5. Desde logo, é bom que a sociedade se certifique que nenhum homem venha a cometer actos de violência contra as mulheres.

A coisa mais moral, segundo Clementine Ford, é as mulheres serem autónomas, e como tal, temos que insistir que as pessoas vivam as suas vidas de maneira que se conformem com este imperativo moral.

Note-se que a preocupação maior de Clementine Ford não é a segurança das mulheres e das crianças, mas sim a independência feminina. É precisamente por isso que ela nunca irá aceitar a "protecção outorgada pelos homens", mesmo que ela seja eficaz em termos de minimizar os riscos da mulher vir a sofrer violência.

O problema com a abordagem da Clementine Ford é básico, nomeadamente, que ela coloca o "bem" da autonomia acima de tudo, mesmo acima do propósito moral. Isto obviamente, não é bom para as mulheres, e é perigoso pensar que há um bem único que toda a sociedade deve adoptar coercivamente. O melhor é reconhecer que há um leque de bens que têm que ser trabalhados dentro dum enquadramento operacional.


* * * * * * *

Basicamente, o que isto significa é que o propósito do feminismo (ou pelo menos, um deles) é o de isolar as mulheres dos homens, mesmo que isso aumente a violência contra as mulheres. Quando as feministas falam em "independência das mulheres", o que elas têm em mente é a independência das mulheres perante os homens (mesmo que isso signifique maior dependência do Estado e maiores índices de violência doméstica).

[ ACTUALIZAÇÃO - 2 de Agosto - 23:25 ]





sábado, 29 de março de 2014

A hipocrisia de Jessica Valenti


Jessica Valenti é uma feminista americana popular, autora do post com o nome de "The Marriage Con" onde ela explica o porquê dela ser contra a instituição do casamento. Nele, ela começa por ressalvar que os conservadores têm defendido o casamento alegando que o mesmo ajuda a canalizar a agressividade e a sexualidade masculina para formas socialmente produtivas, e que isto gera benefícios emocionais para as mulheres. Ela não se preocupa em refutar estas alegações, preferindo em seu lugar afirmar:
A realidade dos factos é que esta nostalgia desesperada pelo casamento tradicional e pelos papéis sexuais antiquados nunca será mais forte que a vontade que as mulheres têm de serem livres das normas restritivas.
Mais uma vez, esta é a teoria da autonomia tal como promovida pelo liberalismo. Jessica Valenti decidiu que o bem primário da vida é ser autónoma (de se auto-determinar), consequentemente, ela não gosta do casamento tradicional uma vez que ele inclui papéis sexuais que são, de certa forma pré-determinados (e não auto-determinados).

Jessica Valenti escreveu noutro lugar o seguinte:
Os meus pais têm uma casamento maravilhoso, mas eles têm estado juntos desde que a minha mãe tinha 12 anos, casaram-se quando quase adolescentes e  raramente estão longe um do outro. Eles trabalham juntos. Como resultado disto, eu sempre vi o casamento como instituição que envolve a perda parcial da autonomia.
Note-se como o princípio da autonomia está acima de tudo o resto. Não interessa se o declínio do casamento coloca os homens num percurso errado; não interessa se o declínio do casamento deixa muitas mulheres sozinhas e tristes; aparentemente, também não interessa o facto dos seus pais terem desfrutado dum casamento maravilhoso baseado num forte sentido de fidelidade. O facto é que o casamento tradicional tem o potencial para restringir a sua autonomia, e como tal, Jessica rejeita a instituição do casamento, qualificando-a de "antiquada".

Mas a história tem um outro ângulo. Por volta de 2009 Jessica Valenti conheceu o homem do seus sonhos e casou-se. Ao tentar justificar a forma como ela harmonizou o seu feminismo anti-casamento com a sua decisão pessoal para se casar, ela disse:
Chegamos a um ponto da nossa vida onde desistimos de viver segundo um ideal feminista perfeito visto que nos sentimos sufocadas.
Não será esta uma excepção sem princípios? A realidade dos factos é que a maioria das pessoas nem sempre coloca a autonomia em primeiro lugar visto que, na vida, existem outros valores que podem ser levados em conta. Um desses valores é o desejo de casar e formar família e isso é necessariamente uma "norma restritiva" visto que ela envolve um compromisso só com uma pessoa, excluindo todas as outras. Isto significa também que aceitamos responsabilidades paternais que, em certas ocasiões, podem ser bem dispendiosas. Mas fazemos tudo isto com os olhos postos num bem maior. 

Jessica Valenti não consegue admitir isto visto que isso colocaria buraco enorme na sua crença na autonomia como o bem maior da vida, e como tal, ela justifica o seu casamento afirmando que se cansou de tentar viver segundo um ideal.





quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Camille Paglia e as virtudes masculinas


Camille Paglia está muito longe de ser uma tradicionalista. Ela é uma erudita feminista que eu já critiquei no passado devido ao seu niilismo vitalista (ver aqui e aqui). Mas mesmo assim, ela é uma pensadora independente que tece críticas válidas ao modernismo liberal.

Na sua mais recente entrevista, Paglia voltou a criticar a ideia liberal de que as distinções sexuais são uma construção opressora que têm que ser abolidas. Mesmo quando ela era um jovem académica, ela não aceitou a negação das distinções biológicas entre os homens e as mulheres:
Houve um momento em que ela [Paglia] "mal conseguiu suportar todo o jantar" quando saiu com um grupo de professoras de estudos femininos do "Bennington College", local onde ela teve o seu primeiro emprego como professsora, que insistiram que não havia qualquer tipo de diferença hormonal entre o homem e a mulher. "Eu saí antes da sobremesa." 
Paglia acredita que a negação das distinções sexuais levaram à desnaturação do homem e da mulher, e a uma cultura que "não permite que as mulheres sejam mulheres" e que deixa os homens "sem exemplos de masculinidade."

Eu já falei um bocado sobre isso aqui neste blogue. O que é diferente é que a Camille Paglia prossegue, fazendo uma ligação entre a "neutralização da masculinidade" com o declínio civilizacional. Segundo Paglia, "O que estamos a observar é a forma como uma civilização comete suicídio." Para Paglia, o mundo seria bem melhor se mais políticos fizessem serviço militar:
Dentro da classe elitista, quer seja nas finanças, na política e assim por adiante, nenhum deles fez serviço militar - quase nenhum, porque ainda há uns poucos. Mas já não há prestígio associado ao serviço militar. Isso é receita para desastre.
Por razões que irei explicar de seguida, acredito que os seus instintos estão no caminho certo aqui, embora ela não dê uma explicação convincente para a sua posição. Ela diz o seguinte da actual colheita de políticos:
Estas pessoas não pensam de uma forma militar, e como tal, há esta ilusão de que as pessoas são basicamente simpáticas, e que se nós formos gentis e benevolentes com todos, eles também o serão. Eles não têm percepção nenhuma do mal e da criminalidade.
Eu não acredito que este seja o ponto fulcral em jogo. Primeiro, deixa-me dizer que, desde que a ideologia estatal seja o liberalismo, não interessa qual é o calibre do líder que existe. Um melhor líder colocaria o seu talento ao serviço dos propósitos errados.

No entanto, eu sou de opinião de que a sociedade moderna tende a produzir líderes que estão presos no nível material. Eles tendem a ser tecnocratas: "homens económicos" que estão mais fortemente orientados para os resultados materiais tais como o PIB, e que olham para a nação como um veículo para estabelecer poder e influência internacionalmente ou remodelar a sociedade doméstica segundo linhas orientadoras fortemente ideológicas. Estes líderes querem estabelecer um estado administrativo que, em prol dum funcionamento racional e equitativo, preferem lidar com as pessoas como unidades abstractas e intercambiáveis​​.

Portanto, mesmo que se consiga substituir o liberalismo como ideologia estatal, nós ficamos mesmo assim com a tarefa de produzir líderes com uma mentalidade melhor que esta. Precisamos duma classe de elite que tenha sido educada para ascender para cima do crude nível de pensamento material  (a para cima da ideologia reducionista).

A pergunta é: como é que isto pode vir a ser feito?

Uma das formas é permitir que os rapazes e os jovens pertençam a fraternidades dos mais variados tipos visto que isto tende a desenvolver virtudes tais como a lealdade, a coragem, a honra, a auto-disciplina, bem como um sentido de história e tradição. O exército é uma das instituições que têm algumas das características duma fraternidade (pese embora o facto dos exércitos dos países Ocidentais estarem a ser feminizados) - e é por isso que eu penso que o instinto de Camille Paglia está parcialmente correcto.

As escolas também podem agir como fraternidades, embora apenas sob algumas condições. Se uma escola para rapazes tem uma história longa, boas instalações, uma boa tradição desportiva, funcionários maioritariamente machos (e masculinos), e a habilidade de executar disciplina, então ela é mais susceptível de ter as raízes duma cultura fraternal entre os rapazes. As equipas desportivas funcionam como fraternidades; o mesmo pode ser dito de organizações de actividade tais como os escuteiros; tal como os cadetes; tal como organizações de serviços; tal como organizações de ajuda tais como os salva-vidas. Até as ocupações masculinas e locais de trabalho podem ter o mesmo efeito.

Não é de estranhar que o sentido da virtude masculina esteja em declínio, dado que a maior parte das fraternidades foram feminizadas. Até os escuteiros ["boy scouts"] tiveram que abdicar da parte "boy" da sua existência.

Não estou a sugerir que as fraternidades são suficientes para gerar uma elite com maior qualidade, no entanto, eu acredito que elas fazem parte do processo que pode atingir este objectivo - de colocar os homens a pensar para além do materialismo ou individualismo hedonista. Essa foi parte da razão da sua existência - o cultivo da virtude masculina - dentro da tradição Ocidental.

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O problema é que que a destruição da masculinidade faz parte da agenda politica globalista - principalmente, ou quase exclusivamente, da masculinidade do homem branco. E é aí que entram a agenda feminista e a agenda gayzista.



sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

A vida de Paul Julien Robert numa comuna

Oz Conservative

Há algum tempo atrás escrevi um post em torno da comuna Oneida com o título de "Was free love really so free?". O post lidava com uma comuna instalada nos EUA durante os 1840 onde o casamento foi abolido e substituído pelo "amor livre". Apesar de ter tido como propósito a liberdade, a comuna acabou por ser um sistema autoritário onde 300 pessoas eram governadas por 27 comités e onde os homens mais velhos decidiam quem é tinha autorização para formar pares (e estes homens mais velhos decidiram formar pares com meninas bem novas).

Agora, um documentário revela uma tentativa semelhante de estabelecer uma comuna na Áustria, durante os anos 70 e 80 do século 20. O documentário foi feito por um homem que cresceu na comuna com o nome de Friedrichshof chamado Paul Julien Robert. A comuna Friedrichshof foi fundada por um artista chamado Otto Mühl, e tinha como propósito dissolver o casamento e a família, para além de abolir a propriedade privada. "A comuna centrava-se no livre sexualidade e na propriedade comunal," tal como um dos participantes descreveu.

A mãe de Paul Julien Robert inscreveu-se porque ela pensou que se estava a juntar a uma "comuna simpática". Paul Julien, que não recebeu permissão para conhecer o seu pai biológico, viveu com a sua mãe até aos 4 anos, altura em que ela foi enviada pela comuna para a Suiça para ganhar dinheiro. Ele foi forçado a cantar slogans tais como:

"A minha mãe foi para a Suiça. Desde então, eu estou cada vez melhor a cada dia que passa."

Os membros da comunidade tinham que levar a cabo actos simbólicos de matricídio e patricídio como forma de superar a "sua geração autoritária". O fundador da comuna, Otto Mühl, falando com os membros da comuna, dizia coisas como "Já nos conseguimos libertar e salvar alguns desta coisa nojenta que é a família nuclear."

Mas destruir a família não gerou o amor livre ou a ausência de autoritarismo. Em vez disso, substituiu a amorosa autoridade de pais carinhosos pela autoridade dum só homem: Otto Mühl. Ele foi descrito como um homem "cruel, controlador e autoritário." Ele estabeleceu uma estrutura hierárquica com ele mesmo no topo, e com várias mulheres abaixo dele a competir entre si por mais poder. Ele deu permissão a ele mesmo de ter uma esposa, e era o único com autoridade para disciplinar as crianças. Quando a comuna se dissolveu em 1990, ele foi preso e condenado por vários casos de abuso de menores.

Um livro que fala da comuna pinta em traços gerais o dia-a-dia de Friedrichshof:
A realidade dos factos é que a experiência comunitária dos anos 70 foi gerando cada vez mais um sistema totalitário onde as pessoas se espiavam mutuamente, e onde ocorria o abuso de menores e o aborto forçado....
Para além disso, este modelo de amor livre também não gerou amor. Paul Julien Robert fala do tempo na comuna depois que a sua mãe se foi embora:
Eu estava muito solitário. Outras mulheres ocuparam o seu lugar, mas elas nunca foram realmente próximas. A ideologia existente era a de que todos os relacionamentos eram maus para o grupo, e como resultado, não era possível estabelecer vínculos com alguém.
Será que Robert sentiu-se amado?

Nunca. Cresci a pensar que o amor era uma coisa má. O sentimento de ser amado, e a expressão do amor, foram coisas que eu realmente tive que aceitar e aprender mais tarde. ... Havia uma ausência geral de afeição por parte dos adultos. Nunca ninguém me pegou ao colo ou foi terno comigo quando eu era criança.

Existe por aqui uma lição para todos aqueles que pregam o amor universal sem distinção: isso pode levar a algo que não é, na sua essência amor verdadeiro. O verdadeiro amor brota dentro de relações particulares, e é particularmente promovido dentro das relações familiares próximas. Se por acaso nós crescemos dentro duma família amorosa, somos mais susceptíveis de amar o vizinho e a comunidade, o que nos torna mais susceptíveis de amar a nação e as pessoas, o que nos torna capazes de amar outros membros da humanidade mais alargada.

Se, por outro lado, cortamos a ligação com os nossos próximos, não pavimentamos o caminho para o amor universal pela humanidade mas diminuímos sim a capacidade de amar no seu todo.

Fontes: The Guardian, Live For Films

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As consequências trágicas da vida na comuna para Paul Robert são um caracterização perfeita do que é o totalitarismo estatal (qualquer que seja o seu nome). A elite decidiu privar Robert da sua mãe e do seu pai por motivos puramente ideológicos, tal como os governos vêem com bons olhos a destruição da família como forma dele (o governo) mais facilmente manipular a sociedade.

Convém notar também a óbvia dualidade de critérios na forma de agir de Otto Mühl: enquanto ele proibia os outros membros da comuna de terem uma esposa ou um marido, ele tinha essa benesse. Isto é análogo ao que acontece nos regimes totalitários, onde as massas são forçadas a condicionar a sua vida em favor duma ideologia em perpétua busca de validação histórica (o assim chamado "verdadeiro" <introduza_nome_da_ideologia_aqui>), ao mesmo tempo que elite vive como bem acha e como bem quer - tendo acesso a tudo do bom e do melhor:

O Khmer Vermelho disse que estava criando uma nação utópica onde todos seriam iguais. Eles reiniciaram nossa nação reassentando todos e levando nossa situação à estaca zero. A nação inteira foi lançada na pobreza de forma igualitária. Mas enquanto toda a população morria de inanição, fome e abandono, o Khmer Vermelho criava uma nova classe de poderosos. Seus soldados e os membros do Partido Comunista podiam escolher qualquer homem ou mulher para se casarem. Além de mantimentos à vontade, eles adoravam ouro, jóias, perfumes, relógios importados, medicina ocidental, carros, motocicletas, seda e outros produtos importados.

Conclusão:

As ideologias que promovem as "comunas" ou outra forma de organização familiar não o fazem para o bem estar das pessoas mas sim para fragilizar a instituição da família em si (como se viu nas palavras de Otto). A família serve de protecção contra a ditadura da minoria elitista e muito provavelmente é por isso que essa mesma elite tem tanto interesse em destruir a nossa família.


sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Os brinquedos sexistas e o ataque às qualidades femininas


Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem da escuridade luz, e da luz escuridade; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!
Isaías 5:20

Por  Mark Richardson

No ano de 2009 a Toys R Us envolveu-se em alguma polémica na Suécia depois de ter sido acusada de "sexismo" por produzir brochuras mostrando raparigas a brincar com brinquedos para meninas, e rapazes a brincar com brinquedos tradicionalmente para rapazes. Eis agora, passados que estão alguns anos, e a Toys R Us declarou não voltará a comercializar os brinquedos segundo o género no Reino Unido.
Toys R Us concordou hoje com as exigências dos grupos que lutam contra o sexismo ao se comprometer a deixar de identificar o público-alvo dos seus produtos. A empresa declarou que desta forma, eles seriam mais "inclusivos" na comercialização dos brinquedos para raparigas e para rapazes, e disse ainda que desenvolveria planos para remover das suas lojas "referências explícitas" ao género. 
Este gesto acontece depois da empresa ter sofrido pressão por parte do grupo "Let Toys be Toys". Uma porta-voz do grupo disponibilizou a justificação clássica liberal para as exigências do seu grupo:
Megan Perryman, activista do grupo Let Toys Be Toys, afirmou: "Mesmo no ano de 2013, os rapazes e as raparigas ainda crescem a ouvir que certos brinquedos são para eles e outros não são para eles. Não só isto é confuso, como extremamente limitador uma vez que molda de forma bem vincada as suas ideias em torno do que eles se podem tornar."
Esta é a teoria da autonomia liberal (TAL), a ideia de que nós temos que ser indivíduos auto-determinantes e, como consequência, qualidades pré-determinadas tais como o "sexo" são limitadoras e como tal, não deveriam ser levadas em consideração.

Esta é a diferença chave da forma de observar liberal e a forma de observar dos tradicionalistas. O tradicionalista nunca descreveria as distinções sexuais como "limitadoras"; para nós, ser homem ou ser mulher é parte central da nossa identidade - uma que nos liga a um bem maior ou ao princípio de vida da masculinidade ou da feminilidade que nós buscamos formas de realizar com as nossas vidas.

Para além disso, a posição liberal não é assim tão dialogante como Megan Perryman sugere. O seu grupo, "Let Toys be Toys", faz parte dum movimento internacional, "The Brave Girls Movement", que encoraja as raparigas a cultivar as seguintes qualidades:
independência, ambição, vontade de enveredar por aventuras, coragem, vontade de correr riscos de forma saudável, força, intelecto, resolução de conflitos, auto-conhecimento, criatividade, atleticismo, liderança, capacidade de pensamento crítico, generosidade, camaradagem e amabilidade.
É uma lista que, com um ou outra excepção, foca-se em levar as raparigas adoptar qualidades tradicionalmente masculinas. É como se o grupo estivesse a sugerir que existe algo de errado ou inferior com as raparigas que adoptam comportamento tradicionalmente feminino.

Porque é que este grupo tem ese foco mas qualidades masculinas? Uma forma de ver a resposta e levar em conta que as feministas assumiram que os homens instalaram o patriarcado de modo a que eles pudessem obter privilégio não-merecido sobre as mulheres. Devido isto, diz a teoria. o padrão de ouro da vida tem sido desfrutado pelos homens; como tal, as mulheres têm que buscar o que os homens têm e o que os homens fazem.

A outra forma de olhar para esta questão é vendo que os liberais não são tão neutrais em torno dos objectivos de vida como eles alegam. O liberalismo evoluiu para tratar as carreiras profissionais como o grande objectivo de vida, e como tal, acredita-se que as mulheres têm que ser orientadas de modo a que elas entrem em competição com os homens nos locais de trabalho. É por isso que há um foco na ambição, na capacidade de correr riscos, na liderança e aí por adiante.

De qualquer das formas, nós tradicionalistas vamos continuar a celebrar as diferenças entre o homem e a mulher, pode ser que um dia desses essa promoção das distinções sexuais seja um argumento forte para levar a promover as comunidades tradicionalistas.


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Sem surpresa alguma, a nova ética moral e sexual da esquerda militante produz o tipo de mulher esperado:


O acto de separar a mulher da sua natural e desejável natureza feminina causa a que ela se torne numa paródia de si mesma.



terça-feira, 1 de outubro de 2013

O aumento do número de mulheres nos cargos de liderança aumenta a produtividade?

O que dizer desta manchete provocativa do Daily Mail:
Mais mulheres em posições de liderança significa mais lucro: empresas cujos conselhos administrativos são compostos com pelo menos 1/3 de mulheres têm um aumento de 42% nos lucros.
Isto parece muito pouco provável, como tal eu verifiquei. A fonte para a estatística é um grupo com o nome Catalyst. Uma das missões do grupo é aumentar o número de mulheres na liderança das empresas. Obviamente que isto não significa que a estatística é falsa, mas levanta a questão do potencial viés.

Depois de ter olhado para outras pesquisas em torno deste assunto, apurei que os dados não estão de acordo com as alegações da  Catalyst. Por exemplo, houve uma pesquisa levada a cabo aquando da altura em que o governo Norueguês forçou as companhias a ter conselhos directivos administrativos por 40% de mulheres:
Amy Dittmar, professora-adjunta de finanças na "Ross School of Bussness" da "University of Michigan" analisou recentemente o impacto da decisão Norueguesa .... O estudo de Dittmar e de Ahern apurou que quando um conselho directivo duma empresa tem um aumento de 10% no número de mulheres, o valor da companhia caia. Quanto maior fosse a mudança na estrutura dos conselhos administrativos, maior era a queda consequente.
Uma fonte de informação alternativa ainda melhor em torno deste assunto é o artigo escrito por dois sociólogos da Universidade de Harvard sumariando as pesquisas até hoje. Segundo o seu estudo, a maior parte das pesquisas apuraram que acrescentar mulheres nos conselhos administrativos não melhora a performance da companhia:
Os analistas exploraram os efeitos da diversidade nos conselhos, tanto nos lucros como na valorização das acções. O padrão geral do que foi apurado através de dezenas de artigos que foram já publicados até hoje suportam a tese de que a diversidade sexual inibe a  performance (p.10).
Os sociólogos de Harvard reconheceram o facto da pesquisa da empresa Catalyst fazer uma ligação entre as mulheres que estão nos conselhos administrativos e  rentabilidade:
Muito provavelmente, o estudo mais publicitado que faz a conexão entre a diversidade e a rentabilidade é a comparação levada a cabo pela Catalyst junto de 500 empresas americanas de topo, durante o período compreendido entre 2001 e 2004.
No entanto, os sociólogos criticam esta pesquisa por não considerar a possibilidade da causalidade reversa. Dito de outro modo, será que colocar mulheres nos lugares de topo aumenta os lucros da empresa, ou será que o aumento dos lucros da empresa levam a que mais mulheres sejam colocadas nos lugares de topo?

Segundo os sociólogos de Harvard, os projectos de pesquisa que examinam o tópico da causalidade reversa apuram que 1) ou não há qualquer diferença na rentabilidade quando as mulheres são nomeadas para os conselhos directivos, 2) ou há um declínio nos lucros. Eis aqui alguns dos projectos de pesquisa que eles listam:
  • Zahra e Stanton descobriram que, no geral, não há qualquer tipo de efeito, mas revelam alguns efeitos negativos entre algumas empresas americanas de dimensões consideráveis durante os anos 80.

  • Os países escandinavos eram os líderes na promoção da diversidade sexual nos conselhos administrativos. Estudos recentes não revelaram qualquer tipo de efeito na diversidade sexual na performance nos mercados de acções junto de 443 empresas Dinamarquesas.

  • Smith, Smith, e Verner usam dados recolhidos junto de 2500 empresas Dinamarquesas para explorar explorar várias medidas de desempenho. Directoras externas causam efeitos negativos, mas directoras internas causam efeitos positivos.

  • No seu estudo de 2009, Adams e Ferreira usam dados recolhidos entre 1996 e 2003 junto de 1939 grandes empresas Americanas. A sua análise é provavelmente a mais sofisticada e a mais transparente publicada até aos dias de hoje. Embora eles tenham apurado que os conselhos com mais mulheres têm um desempenho superior nas empresas de monitorização, eles apuraram também efeitos negativos junto das mulheres pertencentes aos conselhos tanto do q de Tobin q como da ROA (retorno sobre activos). 

    De modo particular, eles apuraram efeitos positivos como consequência da diversidade sexual nos modelos OLS [Método dos mínimos quadrados ou MQO], mas duas técnicas distintas para lidar com a endogeneidade (efeitos fixos e efeitos fixos com variáveis instrumentais) produziram significativos efeitos negativos (para os lucros e para o valor no mercado das acções) e uma terceira técnica produziu efeitos negativos insignificantes nos dois resultados (pp.11-12)
A conclusão é a seguinte:
Levando tudo em conjunto, estes estudos são consistentes em demonstrar que empresas que estão a ser bem sucedidas são mais susceptíveis de contratar mulher para os lugares de liderança, mas que por sua vez esta liderança feminina tem efeitos neutrais ou negativos na  performance da empresa.
Vários estudos lidam com este ponto de modo mais directo. Farrell e Hersch examinam uma amostra de 300 empresas (presentes na lista Fortune-500) durante o período 1990-1999, revelando que as firmas com lucros fortes (ROA) são as mais susceptíveis de nomear mulheres para cargos de directoria, mas que a directoria feminina não tem qualquer tipo de efeito na performance subsequente. 
A Adams e Ferreira apurou que através do valor do q de Tobin, mas não do valor do ROA, dava para prever a susceptibilidade duma empresa nomear uma mulher para o cargo de directora, mas, como notado, as mulheres directoras geram efeitos negativos subsequentes. 
Eles concluem: "Embora uma relação positiva entre a diversidade sexual nos conselhos administrativos e a performance da empresa seja frequentemente citada na imprensa popular, isso não está manifesto em qualquer dos nossos métodos de examinação da endogeneidade da diversidade sexual  (p.12)."
Esta última frase é a forma académica de dizer "não acreditem em tudo o que lêem nos jornais em torno deste assunto". O problema é que a estatística da  Catalyst é bastante útil para forçar as empresas a adoptar quotas para mulheres nos cargos de liderança, e como tal, é bem provável que esta mesma estatística sejam lida com frequência daqui para a frente.


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Aparentemente, as únicas empresas que se aventuram a nomear mulheres para cargos de liderança são, na sua maioria, empresas que já têm uma condição financeira estável. Ou seja, só aquelas que se podem dar ao luxo é que nomeiam mulheres para cargos de liderança.

Os estudos sérios levados a cabo por entidades competentes produzem uma imagem totalmente oposta àquela desejada pela Catalyst: não só a nomeação de mulheres para cargos de liderança não aumentam os lucros, como podem, sim, ter efeitos económicos negativos. Mas para quem tem uma agenda a seguir, isso é irrelevante; o que interessa é forçar as empresas a admitir pessoas com base na sua composição genética (XX) e não com base na sua capacidade, aptidão e conhecimento.

Via notificação por parte da editora do blogue "Tradicionalíssima".



segunda-feira, 3 de junho de 2013

O jogo de espera que as mulheres nunca irão vencer

Fonte

Existe um número considerável de mulheres ocidentais de boa aparência e com boa formação académica que está a perder o comboio do casamento e da maternidade. O  Daily Mail tem mais um artigo a falar disto mesmo, tomando como exemplo algumas mulheres que não conseguiram o Sr Certo e, como consequência, decidiram ser mães solteiras quando se encontravam na casa dos 30 ou dos 40 usando doadores de esperma anónimos (e às vezes doadoras de óvulos estrangeiras).

Uma das mulheres cujo perfil foi analisado é uma tal de Jessica McCallin. É bem provável que não se consiga ter uma ideia mais real dela a partir da foto, mas parece que ela é uma mulher muito atraente, isto é, alguém que não deveria ter tido dificuldade em encontrar um pai para os filhos. Então, o que foi que correu mal?

Ela não tenta dar uma explicação, mas outra das mulheres perfiladas, Caroline Saddington, disse o seguinte:
Quando és adolescente, pensas em casar e ter dois filhos, mas quando eu cheguei à casa dos 20, foquei-me na carreira profissional; quando cheguei aos 30 não encontrei um homem suficiente bom para ser um pai. Todos eles estavam abaixo das minhas expectativas.
Esta é uma combinação de atitudes que só gera perdas uma vez que, ela não só atrasa a formação duma família para uma altura bem adiantada da sua fertilidade, como mantém uma expectativa bem elevada para o homem que pode vir a ser o pai dos filhos. As mulheres que conseguem sair da prisão "atrasar a formação duma família" razoavelmente imaculadas são aquelas que não são demasiado criteriosas nas suas escolhas, e que estão dispostas a entrar em algum tipo de acordo consigo mesmas quando estão no início dos seus anos 30. Mas falaremos disto mais tarde.

Dennis Prager escreveu uma columa onde ele fala dos problemas (para as mulheres) em adiar a formação duma família:
Eu estava na universidade e na escola de pós-graduação durante o momento alto do feminismo moderno. A mensagem central entregue às mulheres era clara como o dia: "Vocês não são diferentes dos homens. Devido a isto, e entre outras coisas, vocês podem desfrutar do sexo tal como eles desfrutam - por pura diversão e com muitos parceiros."

A noção de que quase todas as mulheres anseiam por algo mais profundo quando tem relações sexuais com um homem foi colocada de lado e catalogada de "propaganda patriarcal". A cultura pode-lhe dizer para restringir o acto sexual de modo a que ela só tenha intimidade com o homem que a ama e que pode até casar com ela, mas a mulher emancipada sabe mais do que isso: o sexo sem qualquer tipo de conexão emocional ou possibilidade dum futuro compromisso pode ser "empoderador" (inglês: "empowering").

O feminismo ensinou - e os professores da colunas de opinião do New York Times continuam a escrever - que não há diferenças naturais entre o homem e a mulher. Portanto, não é exclusivo da natureza masculina querer ter sexo com muitas parceiras. Supostamente, a "Cultura Playboy" "pressiona" os homens a ter muito sexo frequentemente e sem compromisso. E como isto faz parte da natureza masculina, então o mesmo é verdade para a natureza feminina.

Outra mensagem feminista entregue às mulheres foi a de que, tal como a mulher pode ter tanto sexo como os homens, ela pode também obter uma carreira profissional tão realizadora como os homens têm. Logo, procurar ser uma "SRA." [esposa] durante os anos de universidade era mais um resíduo do patriarcado. As mulheres têm que se interessar numa carreira tal como os homens se interessam. Qualquer noção de que, mais do que qualquer outra coisa, as mulheres querem casar e construir uma família é sexismo, humilhante e falso.
Não concordo na plenitude com a forma como as coisas foram descritas em cima, mas Prager está certo ao afirmar que as mulheres passaram a ser muito pressionadas para rejeitar o amor e o casamento quando se encontram nos anos 20 em favor duma carreira profissional e do sexo casual. O problema com isto não é só o facto de negar os melhores aspectos da natureza feminina, mas ser também para as mulheres (a longo prazo) uma estratégia condenada ao fracasso.

De certa forma, o maior inimigo das mulheres Anglo-Saxónicas da classe média é o feminismo. E porquê? Um país com fronteiras abertas como a Austrália tem actualmente muitos grupos étnicos distintos. Entre as mulheres destes grupos, os homens Anglo-Saxónicos da classe média-alta são altamente requisitados e competidos. Eu já conheci algumas destas mulheres provenientes de outros países que estão, com sucesso, a competir pelos homens Anglo-Saxónicos da classe média-alta. Elas são, frequentemente, femininas (raramente agressivas), vestem-se de forma estilosa (pensem em Paris), são amigáveis e pacíficas. Para além disso, elas estão prontas para encontrar o futuro marido quando elas ainda estão na universidade.

Enquanto isto acontece, o que é que está a ser dito às mulheres Anglo-Saxónicas da classe média-alta? Elas são educadas com ideais feministas, tais como a noção de que a  mulher tem que se provar competindo com os homens por uma carreira profissional; que ser feminina é uma fraqueza; que a formação duma família é algo para ser deixado para os anos 30; que, quando se está na casa dos 20, é "empoderamento" emular (imitar) o comportamento promíscuo dos homens; que tudo o que se deve aos homens é uma relação sexual, e que mesmo esta tem que ser feito segundo os termos das mulheres.

Isto faz com que as mulheres Anglo tenham dificuldades em competir. Uma mulher Anglo da classe média-alta que queira ter algum tipo de hipótese com um homem da sua idade e do mesmo estrato social tem que abandonar o feminismo que lhe é martelado no pensamento na escola (e pior ainda, muitas vezes reforçado pelo próprio pai). Eu acho que algumas começam a tentar isto, e estão a tentar competir com as mulheres não-Anglo na forma como vestem e nos modos, mas isto pode não ser suficiente.

Finalmente, as mulheres devem ler isto e pensar: "Ok. Porque é que nós entraríamos em competição por um homem? Eles é que deveriam estar em competição por nós." Para os homens que não estão numa posição sócio-económica tão boa, sem dúvida que isto é verdade, mas os homens mais requisitados encontram-se numa posição onde eles é que têm o poder de escolha, e eles raramente escolhem mulheres que não chegam a horas, e que preferem passar os seus anos 20 focadas na sua carreira, contando o tempo em que se tornará respeitável tentar ter um relacionamento.

(...)

Honestamente, eu gostaria que as mulheres Anglo libertassem a sua alma feminina e se entregassem na busca por um homem do seu estrato social. Sem dúvida que esta opção é preferível que a alternativa - chegar aos 35 anos e admitir que a família é importante, mas descobrir que não tem um marido com quem ter um filho.

* * * * * * *

Esta conjugação "imigração em massa + feminismo" sem dúvida que é prejudicial para as mulheres da Europa Ocidental e Anglo-Saxónicas: enquanto as mulheres europeias sob o feitiço do feminismo dedicam-se à carreira profissional e ao "sexo livre", as mulheres da Europa do Leste que imigram para o Ocidente vão espalhando a sua feminidade junto de homens sedentos por genuína feminidade, e casando com os melhores dentre eles.

Enquanto as mulheres suecas se vestem como homens, e rapam a cabeça como soldados (para além de não se depilarem), as mulheres asiáticas vão casando com os homens suecos e formando famílias felizes. Enquanto as mulheres inglesas vão adoptando o pior comportamento masculino, e consequentemente sendo rejeitadas por eles quando estes pensam em formar família, as mulheres indianas e paquistanesas vão tendo 2, 3 ou 4 filhos, muitas vezes com homens ingleses - os mesmos que rejeitaram as mulheres britânicas.
Disto se pode concluir uma coisa mais ou menos óbvia: visto que a mulher feminista não se reproduz em número suficiente, a melhor forma de exterminar uma civilização é promovendo o feminismo dentro dela. É bem provável que este seja mesmo um dos propósitos da promoção do feminismo junto das mulheres europeias: o extermínio da etnia branca...



terça-feira, 16 de abril de 2013

A inveja da feminista Clementine Ford



Uma agência de pesquisa australiana apurou que 42% das mulheres locais colocam a família como o objectivo mais elevado das suas vidas, à frente da segurança, prosperidade ou uma vida importante. Este resultado é disconcertante para a feminista Clementine Ford. Mas porquê?  A essência da sua resposta é: não há de mal em querer uma família, desde que ela seja construída à volta da mulher e não como objectivo de vida. Se a família é o teu objectivo de vida, então isso é algo que te define como pessoa e retira a tua autonomia. Os homens, segundo Clementine Ford, não têm a família como objectivo de vida e como tal, são livres para viver vidas excitantes, importantes e prósperas.

Ela diz:

Não há nada de mal em querer uma família ou considerar a formação duma família como algo integral para a felicidade. Certamente que não querer mais nada que ter filhos e um ambiente familiar é um objectivo tão admirável como outro qualquer. Mas primeiro é preciso ver que, de modo geral, a "família" é algo que acontece à volta do homem, e não algo que eles buscam como propósito de vida. Os valores sociais permitem que os homens persigam vidas "importantes", excitantes e prósperas, vidas essas que as mulheres naturalmente estão a perder visto que é entendido que, para os homens, estas escolhas não são incompatíveis com a formação duma família. 
Sem dúvida que este é um sistema de crenças curioso, que assenta de modo parcial na equivocada inveja direccionada ao estilo de vida que os homens levam. Aparentemente, Clementine olha para os homens como seres livres para levar vidas excitantes e prósperas. (Isto é o mesmo que um homem olhar para um grupo de mulheres jovens, bonitas e alegres, e assumir que as suas vidas estão perfeitas. Felizmente, o bom senso entrará em acção e esse pensamento sera banido da mente, mas a Clementine parece agarrar-se ao seu momento de inveja. Note-se que, embora tenha um emprego confortável como escritora autónoma ("freelance writter"), ela persiste em acreditar que o mediano homem trabalhador, quando comparado com ela, tem carta branca.

Para além disso, Clementine não parece entender o quão importante a família é para os homens. Casar e fazer filhos é um objectivo de vida para a maioria dos homens, objectivo esse que os homens conscientemente tentam atingir.

Clementine adoptou também a teoria esquerdista da autonomia, que defende que nós não podemos ser definidos por factores prédeterminados tais como a biologia e os costumes (e, desde logo, a maternidade), mas sim pelas coisas que nós mesmos escolhemos (tal como a carreira profissional).

Ela lamenta:
As crianças, e o acto de as ter, ainda é visto como algo que eleva as mulheres para o patamar da pessoalidade. As suas vidas sem filhos são precurssores para o propósito real - ter filhos e descobrir O Que Era Suposto Fazerem Com os Seus Corpos . . . Também as mães sofrem a indignidade de se assumir que houve perda de parte essencial da sua identidade autónoma como mulher.

Sinceramente, as mulheres deveriam fazer da família parte central das suas vidas, se essa é a sua escolha. Mas é perigoso olhar para a família como um objectivo de vida, como um acto que irá garantir a felicidade, à custa das buscas que irão garantir a liberdade, a independência e a autonomia.
Reparem na forma clara como ela revela as coisas: o objectivo de vida da mulher tem que ser a liberdade, a independência e a autonomia. E isso não é algo que se obtenha através duma família.

Ela aceitou de tal forma a ideia da autonomia individual que se recusa a reconhecer os propósitos partilhados entre os maridos e as mulheres. Devido a isso, somos surpreendidos com ideias curiosas como as que se seguem:
Posteriormente, o custo de criar os filhos ainda é suficientemente elevado para as mulheres e devido a isso, encorajá-las a olhar para tal como um objectivo de vida - algo que elas buscam e atinjem, e não algo que é construído e gerido à sua volta - tem potenciais consequências prejudiciais. Infelizmente para as mulheres, o peso financeiro de cuidar de crianças ainda cai na sua maioria sobre elas.

Deixando de lado as diferenças salariais por sexo que afecta a maioria das mulheres a trabalhar em posições remuneradas, as suas perspectivas de reforma são ínfimas. A aposentadoria feminina, já de si estimada como cerca de metade da aposentadoria dos homens, é estragada ainda mais pelo facto dela ficar longe do emprego por longos períodos de tempo.
Aqui a Clementine repete a ideia de que a família deveria ser algo "construído e gerido" à volta das mulheres, e não algo que elas tentem atingir. Ela acredita também que, quando comparada com os homens, a mulher casada será prejudicada pela perda da aposentadoria. Mas de que forma? Será que ela pensa que o marido reserva a aposentadoria para si, deixando a mulher financiar-se a ela mesma?

Parece que a Clementine Ford tenta encontrar uma forma de dar às mulheres permissão para ter uma família, ao mesmo tempo que retém a liberdade, a independência e a autonomia como objectivo de vida. Mas se tu fosses sincero na tua busca da liberdade, independência e autonomia, então nunca te casarias, independentemente de seres um homem ou uma mulher. Tu ficarias solteiro/a.

O que a Clementine Ford tem que entender é que nem todas as pessoas olham para a autonomia como o único e primordial objectivo de vida. Ela não tem nada que assumir que os homens olham para a autonomia como o bem maior, e trabalham para a obter.

Ela deveria reconhecer também o quão estranho é 1) olhar para os maridos e para as mulheres como pessoas que não partilham os recursos financeiros, e 2) pensar que a família pode ser "construída e gerida" à volta das pessoas e não como o objectivo de vida.

Foto pública: https://twitter.com/clementine_ford



quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Que tipo de mulheres os homens esquerdistas preferem?


Hoje de manhã cliquei no site da Laura Wood só para descobrir mais uma história duma mulher inglesa da minha geração que teve que aceitar que vai ser uma solteirona. Desta vez é a jornalista de 46 anos chamada Claudia Connell:
Acho . . . que é uma verdade desconfortável saber que o tipo de macho alfa bem sucedido que nós esperávamos não quer mulheres como nós. Todos os homens de sucesso que conheço casaram-se com mulheres doces e descomplicadas que ficam perfeitamente satisfeitas em deixar de lado as suas carreiras para apoiar o marido.
É interessante que a Claudia Connell faça esta observação, uma vez que hoje eu [Mark Richardson] estava em vias de fazer uma observação semelhante.

Como deve ser do conhecimento dos leitores habituais, eu trabalho como professor e devido a isso, estou numa posição que me permite acompanhar as vidas de cerca de 60 membros do quadro de funcionários. Há cerca de 5 anos atrás a escola contratou 3 jovens professores masculinos - todos altos, bem parecidos, socialmente afáveis, inteligentes e desportivos. Nos últimos 2 anos todos eles casaram-se e dois deles estão em vias de se tornarem pais.

Qual é o propósito disto? Bem, o tipo de pessoas com quem trabalho são na sua  maioria esquerdistas politicamente correctos. Os três homens que se casaram recentemente são apoiantes apaixonados do feminismo e de outros aspectos da política "progressista".

Portanto, estes homens são precisamente o tipo de homens com quem as feministas das universidades gostariam de formar parceria romântica / matrimonial. De facto, eles seriam os companheiros mais desejáveis que uma feminista liberal esquerdista poderia ter.

Mas eis como a história fica interessante: já conheci as três esposas destes 3 homens, e elas são todas do mesmo tipo: muito femininas, modestas, acanhadas, reservadas e muito voltadas para a família. De facto, elas são o tipo de mulher que eu, como conservador tradicionalista, me sentia atraído quando era solteiro.

Portanto, apesar de abraçarem o feminismo de forma apaixonada, os "machos alfa liberais" [esquerdistas] preferem as mulheres tradicionais. Afinal, eles continuam a ser homens.

A moral da história é que é pouco sábio as mulheres mais jovens acreditarem na ideia de que elas devem ser combativas, assertivas, andróginas, agressivas, masculinizadas, bêbadas e com personalidades dominantes ao mesmo tempo que acreditam que podem esperar calmamente até depois dos 30 anos para casar.

As mulheres nunca serão prejudicadas se adoptarem comportamento feminino como forma de atrair um homem, e os pais deveriam encorajar as suas filhas a cultivar essas qualidades o melhor que elas conseguirem. Estes homens foram agarrados a meio dos seus anos 20 e encontram-se agora fora do mercado para aquelas mulheres que escolhem esperar até depois dos 30 anos para casar e ter filhos.

* * * * * * *

O Mark não falou sobre isso, mas há aqui uma certa dose de hipocrisia por parte destes homens esquerdistas uma vez que eles fomentam/apoiam o feminismo junto das OUTRAS mulheres, mas quando isso afecta a SUA vida pessoal (casamento), eles escolhem as mulheres que menos adoptam o comportamento feminista que eles dizem ser o comportamento que todas as mulheres deveriam adoptar. Mas hipocrisia é algo inseparável do esquerdismo.

Por outro lado, e em mais uma confirmação de que a Biologia supera a ideologia, é perfeitamente normal que os homens (mesmo os militantes esquerdistas) prefiram mulheres mais tradicionais visto que 1) esse é o modelo de casamento que funciona, 2) quando se fala em relacionamentos sérios, os homens estão  construídos precisamente para buscar esse tipo de mulheres (tradicionais, femininas, jovens, etc) em detrimento da "Mulher Moderna"; não parece que isso possa ser modificado através da engenharia social.

Certamente que se alguém perguntasse aos três homens aludidos em cima os motivos que os levaram a casar com as suas respectivas esposas, nenhum deles usaria o termo "tradicional", mas todos eles de certeza que listariam qualificativos mais femininos como "apoiante", "presente", "gentil", "tranquila", etc. É pouco provável que algum deles citasse termos como "forte", "independente", ou "dominadora" (!).

Ser uma mulher tradicional não se encontra de maneira nenhuma em oposição a ser forte, independente ou dominadora. O que parece, no entanto, ser uma dinâmica que aumenta as probabilidades do casamento ser mais saudável é a adopção voluntária  por parte da mulher duma posição mais submissa em relação ao marido.

Claro que para uma feminista militante a noção de ser submissa ao marido não só é anátema como é totalmente contrária a tudo a que as suas líderes lhe ensinaram. Mas tudo bem. O que não faltam nas ruas ocidentais são gatos para cuidar.

Uma coisa que as feministas deveriam levar em conta é o seguinte: se nem os homens esquerdistas querem ter algum tipo de relacionamento sério e longo com elas, o que é que isso diz delas e do movimento que elas subscrevem? (Isto, claro, assumindo que elas são heterossexuais, e não lésbicas, como parece ser obrigatório dentro do feminismo). Se os homens que marcham ao seu lado - gritando os mesmos slogans, combatendo pelas mesmas causas - se recusam a ter qualquer tipo de compromisso sério com elas (preferindo, no seu lugar, as mulheres mais conservadoras) não será isto uma evidência muito forte de que a adopção do estilo de vida proposto pelo feminismo é prejudicial para as mulheres?



segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Julie Bindel: "Muitas mulheres são inadvertidamente heterossexuais"


Julie Bindel é uma feminista inglesa com 50 anos. Para o bem ou para o mal, ela é do tipo intelectual - significando que, quando luta em favor das suas escolhas políticas, ela rege-se mais pelos seus princípios. A primeira coisa a notar é que ela é uma lésbica que acredita que as outras mulheres deveriam também ser lésbicas. Isto faz sentido se acreditas na FTP - Feminist Patriarchal Theory ["Teoria Patriarcal Feminista"].

Segundo esta teoria, os homens organizaram a sociedade de modo a que eles possam beneficiar com a opressão dirigida às mulheres, e os homens, como classe, colocam este privilégio em práctica através dos actos de violência. Se isto é verdade, então faria muito pouco sentido que as mulheres desenvolvessem sentimentos amorosos dirigidos aos homens uma vez que estariam a amar aqueles que as oprimem.

Devido a isto, Julie Bindel apelou às mulheres bissexuais que parassem de dormir com o inimigo (isto é, os homens):
Sempre que escrevo em torno do facto de ter feito uma escolha positiva para ser lésbica, e que não acredito na existência do "gene" gay (ou bissexual), sou acusada de ser um robot ideológico e portanto, não ter uma genuína atracção pelas mulheres. Isto não faz sentido nenhum. (...) Para as mulheres bissexuais a viver sob a tirania do sexismo, escolher ser lésbica é um acto libertador.

Aquelas que como nós cresceu durante um tempo e contexto onde existia uma análise política da sexualidade foram capazes de fazer uma escolha positiva em favor do lesbianismo. Acreditava na altura, e ainda acredito, que se as mulheres bissexuais tivessem um pouco de política sexual, elas nunca mais dormiriam com homens.
Esta opção não a tornou muito bem vista entre as mulheres bissexuais, chegando-se ao ponto duma delas a acusar de colocar limites à sua autonomia:
Remover a autonomia de escolher com quem se pode ou não ter sexo não é feminismo, e nunca vai ser.
E eis aqui Julie Bindel afirmando o mesmo ponto para não amar o inimigo:
O motivo que leva muitas feministas da nova vaga repetir vez após vez a necessidade de incluir homens no movimento feminista prende-se com o facto de muitas delas serem heterossexuais inadvertidamente. As mulheres são o único grupo oprimido a quem se exige que ame o seu opressor, sexualmente e de muitas outras formas.
Mais uma vez, esta posição faz todo o sentido se se concordar com o ponto de vista que se segue, citado de favorável por Julie Bindel:
Finn Mackay, activista e académica feminista que durante os últimos seis anos organizou a marcha Reclaim the Night em Londres, acredita que os homens têm um papel a desempenhar dentro do feminismo, mas - não é tomando parte dos encontros e fazendo parte do processo de decisão.   “Eles podem parar a violação não violando, e podem destruir a indústria do sexo não pagando por sexo.” afirma  MacKay, sem qualquer ponta de ironia. “A opressão pura e simplesmente não acontece às mulheres, como o mau tempo. Os homens, como grupo, sistematicamente oprime e explora as mulheres, e o feminismo é o movimento político que existe para desafiar e alterar isso.”
Se isso é o que tu acreditas, porque não ser uma feminista radical, separatista e lésbica? E porque não defender que o casamento, como uma instituição patriarcal, deveria ser abolida:
Estou perfeitamente convicta que lutar pelos direitos do casamento [sic] entre pessoas do mesmo sexo é levar as coisas demasiado longe. Se fosse eu, tornaria ilegal o casamento, mesmo entre os heterossexuais..
Temos pela frente dois caminhos:
  • 1. Aceitar as alegações da FTP - onde faz sentido que as mulheres evitem ter relacionamentos amigáveis com os homens;
  • 2. Examinar estas alegações.
Será mesmo verdade que os homens, como classe, sempre agiram de modo a perpetrar violência e opressão contra as mulheres? Não pode o contrário disto ser alegado, isto é, que os homens, como classe, sempre agiram de modo a proteger as mulheres da violência, e sempre trabalharam para melhorar a vida da mulher?

Tradicionalmente, nas sociedades Ocidentais existia um ethos muito forte entre os homens que qualificava de desonroso os actos de violência cometidos contra as mulheres. Portanto, se os homens agiam como classe, essa acção movimenta-se no sentido de repudiar a violência contra as mulheres, e não a cometer violência contra as mulheres.

Semelhantemente, existia entre os homens um ethos muito forte que dizia que eles deveriam trabalhar duramente para sustentar as esposas e as famílias. Dezenas de milhões de homens trabalharam em prol das suas famílias quando poderiam ter tido vidas mais facilitadas se tivessem trabalhado para si.

Existe uma leitura muito mais positiva do masculino que aquela que é normalmente levada a cabo pelas feministas como a Julie Bindel - e essa é uma leitura que permite às mulheres que aceitem abertamente a sua heterossexualidade.




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