quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

A Falsa Bandeira de Paris

Por Jay Dyer

O que foi que realmente aconteceu em Paris? Numerosos padrões já listados na minha análise inicial, bem como outros padrões que estão de acordo com falsas bandeiras, não só se tornaram aparentes no tiroteio de Paris, como também no incidente da tomada de reféns. Também aparentes são os resultados previsíveis que se seguem a estes eventos. Já vimos tudo o que se segue:

1. Período de excitação e preparação, e posterior promoção, por parte dos principais meios de comunicação em massa, com letreiros prontos como forma de chamar a atenção global para o evento.

2. Vídeos e detalhes duvidosos em torno do evento, bem como aumento das iniciativas em torno da segurança depois do mesmo

3. Treino militar por parte dos autores do evento, ao mesmo tempo que suspeitos de "terror" com ligações profundas com o Estado e registos criminais ficam livres.

4. Uma falsa dialéctica da esquerda contra o radicalismo a polarizar o consumo público da propaganda.

5. A vida de investigadores e de pessoas-chaves do evento acaba em "suicídio".

6. Os meios de comunicação rapidamente apontam os seus dedos a ingénuos com IQ baixo com base no aparecimento mágico de bilhetes de identidade.

7. Mais financiamento para a militarização, para a vigilância e para o estado-policia, com os meios de comunicação a repassar ad nauseaum eventos de terror do passado.

Webster Tarpley explica o propósito do terror sintético no seu livro 9/11 Synthetic Terror: Made in the USA:

O terrorismo tem, portanto, ficado conhecido como forma de controle social. Parte da oligarquia dos Estados Unidos encontra-se actualmente quase eufórica com o aparentemente infindável panorama de possibilidades da exploração do terrorismo que eles acreditam ter à sua frente.

Mas actualmente há espaço aberto para se construir uma ordem social e estatal com base no terrorismo. (Synthetic Terror, página 88).

Estão, portanto, os recentes eventos de Paris de acordo com este critério? Sim, eles estão.

1. A CNN já se encontrava no local - com o programa 360 de Anderson Cooper a emitir ao vivo do local - ao mesmo tempo que os média e a segurança Francesa (como é normal) já haviam estado a fomentar novas medidas.

2. Os vídeos e os detalhes do tiroteio de Paris não fazem sentido visto que os vídeos têm muitas discrepâncias que têm que ser levadas em conta, tais como a ausência de sangue (...), ao mesmo tempo que a namorada femme fatale de Couliabily havia sido convenientemente removida do cenário, tal como Patrick Henningsen me disse antes de ter sido reportado que ela havia "fugido para a Síria".

3. Diz-se que os atiradores não só tinham treino militar, como também contactos com células terroristas e com Anwar al-Awlaki (considerado por muitos "agente duplo" da CIA), um conhecido activo dos serviços secretos do Ocidente.

Diz-se também que eles buscavam vingança pela condenação de Rachid Ramda por parte do RER em 1995, como também que eles haviam regressado de treino que havia recebido na Síria, onde os governos Franceses, Ingleses e Americanos estiveram a armar e a treinar o grupo afiliado com a Al-Qaeda com o nome de "Free Syrian Army". Em 2009 Coulibaly encontrou-se com o - então - Presidente Francês Nicholas Sarkozy procurando um emprego.

4. O furor mediático encontra-se na sua máxima força, polarizando o globo para dentro duma falsa dialéctica de 1) ou se estar com Charlie, 2) ou se estar do lado dos terroristas. É impossível não lembrar as famosas palavras de Bush, fomentadoras de medo, onde ele disse "Ou vocês estão do nosso lado, ou vocês estão do lado dos terroristas", como se só existissem sempre apenas duas opções na vida: dum lado a "liberdade" e a sátira provocadora, do outro o islamismo radical.

5. Um investigador-chave dos incidentes foi encontrado morto por - sim, adivinharam- "suicídio". Elementos importantes do evento do 11 de Setembro também apareceram mortos, e membros da estrutura de poder que investigaram as coisas de forma demasiado profunda, desaparecem.

6. Pouco depois do tiroteio, Kouachi supostamente deixou o seu bilhete de identidade no seu carro. Isto não só coloca em causa a sua suposta perícia e o seu alegado treino táctico, como é algo que é faz lembrar o passaporte do sequestrador do 11 de Setembro. O que é mais provável é que eles tivessem um treinador inteligente, provavelmente a femme fatale que desapareceu da narrativa ao mesmo tempo que os dispensáveis jihadistas eram enganados.

7. Na sequência dos eventos, a liberdade de expressão e a monitorização da internet passaram a ser palavras do momento, com o establishment Atlanticista a cantar em harmonia com a narrativa do 11 de Setembro de ser necessária uma maior segurança, uma maior vigilância, mais policias, e uma maior aplicação de medidas duras (quanto mais dinheiro eles tiverem, mais eventos terroristas irão ocorrer) - não aos jihadistas que operam livremente com o conhecimento do Estado, mas a todos os cidadãos.

Como se pode ver, o terrorismo é um ataque psicológico ao público, e o terror assimétrico solitário e isolado, é extremamente raro. O que não é raro é o terror de falsas bandeiras financiado pelo Estado ou por entidades privadas.

No rastro deste evento, o "11 de Setembro" de Paris causou a mesma resposta que observamos após o 11 de Setembro. Podemos esperar o recrutamento de mais radicais idiotas à medida que a "jihad" está a ser cuidadosamente comercializada (por parte dos meios de comunicação mainstream como a CNN) a uma nova colheita the pessoas ingénuas, hipsters, e rappers.

Este ponto de venda de engenharia social e de Relações Públicas que fomenta uma falsa atitude anti-establishment é algo que parece ter sido preparado pelos Ocidentais, e pelos serviços secretos, e pelos seus suseranos que fazem parte de grupos de reflexão tais como a Rand Corporation, e não por um verdadeira oposição.

No meu artigo de Novembro, escrevi sobre a figura fictícia dos filmes de James Bond com o nome de SPECTRE, que é conhecido pelo seu carácter internacional, lançando estados-nação uns contra os outros numa falsa dialéctica, ao mesmo tempo que recebem o seu financiamento dos mercados negros globais. Verdadeiramente, a ficção modela-se à luz da realidade, e a realidade molda-se à imagem da ficção.




sábado, 24 de janeiro de 2015

Como mostrar a uma feminista a superioridade do patriarcado

Por Return of Kings

Apesar dos recentes ataques que tem sofrido, o patriarcado tem sido extremamente bem sucedido ao longo da História.. A maior parte das culturas do mundo são patriarcais; para se encontrar sociedades matriarcais bem sucedidas é preciso regressar no tempo até à História antiga, ou analisar áreas geográficas remotas, ou então entrar dentro do mundo ficcional das feministas. No entanto, isto não impediu o colectivo feminista de publicar livros e até hashtags saudando o fim do patriarcado, num exemplo clássico de amplificação incestuosa.

O que surgirá depois da aparente queda do patriarcado é algo que ainda não foi bem explicado.

Deixando de lado o hamster racionalizador, e surpreendentemente, existem poucos dados do que seria uma sociedade composta só por homens ou uma sociedade composta só por mulheres. Um cientista social empreendedor poderia levar a cabo uma experiência onde grupos de homens e grupos de mulheres eram deixados à sua própria sorte, tendo que trabalhar juntos como forma de sobreviver na sua luta contra os elementos naturais, e tendo que construir a civilização a partir do nada.

No entanto, tal cientista teria grande dificuldade em convencer as comissões de revisão que o inevitável sofrimento dos participantes seria justificado se levássemos em conta o valor dos dados recolhidos posteriormente. 

Felizmente, os "reality shows" não se encontram limitados por constrangimentos éticos, e - na sua busca eterna por índices de audiência - ocasionalmente levam a cabo experiências muito interessantes - experiências essas que os cientistas sociais nunca teriam permissão para duplicar.

Há alguns anos atrás tive o prazer de assistir à versão Holandesa do programa Survivor (Expeditie Robinson) com a minha colega-de-quarto feminista.

Há já algumas semanas que a minha colega-de-quarto estava a promover esta série em especial (perante mim e perante os outros estudantes da casa) porque, segundo ela, o mesmo demonstrar o que uma sociedade gerida pelas mulheres - longe dos males do patriarcado - seria.

E foi isso mesmo que o programa fez. Oh, se fez!

Eis aqui o que aconteceu: inicialmente, ambos os grupos foram deixados nas suas ilhas respectivas com abastecimentos (como forma de terem com o que começar), e depois foram abandonados de forma que tomassem conta de si mesmos. Em ambos os grupos houve algumas querelas à medida que as pessoas tentavam gerar algum tipo de hierarquia.

Os homens resolveram começar a fazer o que eles achavam necessário - não havia ninguém a dar ordens. Os homens que tinham vontade de caçar, acumular comida ou pescar fizeram isso mesmo. Houve um homem que cansou de estar sentado na areia e consequentemente começou a fazer bancos.

Outros homens construíram uma cabana que eventualmente cresceu e evoluiu. Outro homem cozinhava todas as noites. No espaço de alguns dias, estava em florescimento uma pequena civilização, com cada dia que passava a ser mais próspero que o anterior.

As mulheres também geraram a sua rotina; penduraram um varal para secar as suas toalhas, começaram a apanhar banhos de sol e gerar querelas entre si visto que, ao contrário dos homens - elas eram incapazes de fazer coisa alguma sem o consenso de todo o grupo. E uma vez que este era um grupo composto no mínimo por 12 mulheres, o consenso nunca foi atingido [ed: lol].

Durante os episódios iniciais seguintes, as mulheres comeram toda a sua comida inicial, foram encharcadas por diversas vezes pelas tempestades tropicais, foram comidas vivas pelas pulgas de areia, e estavam, de modo geral, num estado miserável. Os homens, por outro lado, estavam bastante satisfeitos. Obviamente que houve discordância em alguns pontos, mas de modo geral, essas querelas foram resolvidas.

Eventualmente, as pessoas que geriam o programa decidiram que alguma coisa tinha que mudar. Como forma de ajudar as mulheres, três homens foram escolhidos e enviados para a ilha onde estavam as mulheres. Em troca, três mulheres iriam tomar os seus lugares na ilha dos homens. O olhar da minha amiga feminista durante este episódio foi impagável.

Inicialmente, os três homens escolhidos para ir para a ilha das mulheres estavam em êxtase - por motivos óbvios - mas quando eles chegaram à ilha das mulheres, foram recebidos pelas mesmas.

‘Onde é que está a vossa cabana?’, perguntaram eles

‘Não temos cabana’, responderam elas.

‘Onde é que estão os vossos mantimentos?’ perguntaram eles, consternados.

‘Nós comemos todo o arroz’

E assim por diante.

Os três homens deram por si a trabalhar que nem cães, usando as habilidades desenvolvidas por tentativa e erro durante as suas semanas iniciais, construindo uma cabana, pescando, e tentando fazer com que as mulheres armazenassem mantimentos. As mulheres continuaram a protestar e tomar banhos de sol. As três mulheres que foram enviadas à ilha dos homens estavam muito contentes - comida, abrigo e imensa atenção masculina. Elas também continuaram a tomar banhos de sol.

E isto, meus amigo, é o patriarcado. Sem surpresa alguma, a minha antiga colega-de-quarto já não é feminista.

Estou bem ciente que isto pode ser um acaso feliz, um corvo branco, um caso excepcional não-representativo da sociedade como um todo, mas essa temporada da versão Holandesa da série Survivor não é um caso único. A CBS emitiu várias temporadas da mesma série nos Estados Unidos, onde os homens e as mulheres começavam em grupos separados.

Na maior parte dos casos, (o Amazon e One World), o resultado foi o mesmo; os homens rapidamente se organizavam, obtendo acesso a comida, fogo e abrigo, ao mesmo tempo que as mulheres passavam a maior parte do seu tempo e da sua energia em querelas mesquinhas, comendo todo o seu mantimento, ficando encharcadas durante as tempesteadas, e de modo geral, a ter uma atitude patética.

A situação inversa - onde os homens não se haviam organizado, e onde as mulheres haviam construído uma micro-sociedade funcional - não foi observada fora do mundo ficcional feminista - e provavelmente nunca vai ser observado.


* * * * * * *

Uma frase a reter:

Eventualmente, as pessoas que geriam o programa decidiram que alguma coisa tinha que mudar.

Tradução: "Como forma de acabar com o sofrimento das mulheres, as pessoas que geriam o programa colocaram homens nas suas vidas". E depois da chegada dos homens, as mulheres passaram a ter abrigo, comida e protecção - precisamente aquilo que o feminismo diz que "oprime" as mulheres.

A realidade dos factos é que as mulheres precisam dos homens, e as mulheres precisam do patriarcado. Sem homens a gerir a sociedade - a proteger e a liderar as mulheres ("e tentando fazer com que as mulheres armazenassem mantimentos") - elas nunca serão capazes de viver num ambiente protector e próspero.

O feminismo, ao atacar a cooperação entre homens e mulheres, não só está a destruir a vida dos homens, como está a fragilizar a qualidade de vida das mulheres, e, de modo geral, e plantar as sementes para o descalabro social. Mas se calhar essa é utilidade (temporária) do feminismo.





quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Sexualidade feminina e a "protecção" do Estado

"eles são cruéis, e não usarão de misericórdia" Jeremias 6:23

As mulheres modernas odeiam de todo o facto da restrição da sexualidade feminina ser um elemento fundamental para a civilização. Mas o facto é que se a sua sexualidade  não for restringida pelos pais e pelos maridos, homens que querem o seu bem, então a sua sexualidade será repetidamente abusada por homens que não querem o seu bem - e não há nada que as mulheres possam fazer em relação a isso.

E elas podem colocar de lado a hipótese do Estado ser seu "protector" porque o Estado tem "outras prioridades"  politicamente mais vantajosas para si. Isto é algo que as mulheres podem começar a ver, levando em conta o que aconteceu em Rotherham:

Vicky, hoje com 27 anos e a estudar para ser paramédica, é uma das inúmeras jovens aliciadas por gangues predatórios de homens Paquistaneses que tiveram permissão para deambular por South Yorkshire  com impunidade quase total durante este tempo todo. 
Ela lembra-se de ser levada de noite de táxi do centro da povoação, na parte final de Ship Hill, onde multidões se juntam perto de takeaways e raparigas menores são vistas como alvos fáceis.

“Nós vínhamos para nos divertirmos na noite, e eles ficavam à nossa espera nos seus carros,” diz Vicky.
 
“As minhas amigas já os conheciam antes de eu os conhecer, e haviam dito que eles tinham cervejas e coisas desse tipo. Nós éramos levadas para aquelas casas grandes em Rotherham e Sheffield e eles tentavam sempre dar-nos algo para beber e drogas. Eu estive "contaminada" algumas vezes, visto que em algumas ocasiões eles deram-me ecstasy e cocaína . Eu sabia o que eles queriam de mim. Ainda me lembro de ser chamada de "gori suja" [Calão Paquistanês em referência à mulher branca] que é o que eles costumavam dizer de nós.

“Houve uma ocasião em que eu fiquei "tocada" com algo e acabei por ficar no estado certo. Tinha 15 anos e tentei caminhar para casa, mas não consegui chegar à porta. O meu pai atirou café sobre mim para ver se eu acordava. Depois disso, eu fugi durante duas semanas.
 
Uma das minhas amigas foi com um homem e acabou por ser levada durante alguns dias e violada. Ela disse o que lhe aconteceu à polícia mas nada foi feito em relação a isso.
Note-se que ela fugiu do único homem que não queria nada dela a não ser o seu bem. À medida que a civilização Ocidental entra em declínio, todas as protecções nas quais a mulher moderna deposita a sua confiança, na sua busca por liberdade sexual absoluta, irão desaparecer.

Se a mulher moderna realmente prefere ser uma gori suja e não uma esposa, uma filha, e uma mãe com a sua sexualidade restrita, então existem milhões de bárbaros dispostos a drogá-la e a violá-la logo de seguida.

Claro que o facto dela ter que ser drogada e sexualmente violada indica que essa não era uma escolha que ela faria com conhecimento de causa se ela realmente entendesse as consequências de se escolher a protecção dum governo indiferente em vez da protecção do homem que quer o seu bem.

O Estado não te vai proteger. Esta é a mensagem que tem que ser dita às jovens mulheres. O Estado não se preocupa contigo e, independentemente do que as tuas líderes feministas te digam, o Estado não te irá proteger.

O melhor protector que a mulher tem - e pode vir a ter - é o homem que quer o seu bem físico, emocional e psicológico (pai, marido, irmão mais velho, etc) - isto é, exactamente a pessoa que as feministas tanto atacam.

Algumas feministas começam a notar que algo não está a correr como planeado, mas recusam-se a identificar a causa do problema (esquerdismo).

Ler também: A autonomia acima da segurança

Modificado a partir do original de Vox Day



sábado, 17 de janeiro de 2015

A Ordem Mundial Andrógena - Parte 3

3ª Parte dum artigo com começou aqui.

Foi durante este ponto baixo da vida de Steinem que Clive S. Gray fez a sua aparição e abriu-lhe as portas da oportunidade. Steinem havia inicialmente conhecido Gray na Índia, Nova Delhi, “onde ele estava a trabalhar ostensivamente numa dissertação de doutoramento em torno do sistema de ensino superior Indiano.” (141). Na verdade, Gray encontrava-se a trabalhar para a CIA, “buscando potenciais agentes para o movimento estudantil” (142).

Gray pediu a Steinem que liderasse o Independent Service for Information durante o Vienna Youth Festival (ISI), que Wilford descreve como “um gigantesco empreendimento estudantil financiado pela CIA iniciado em 1957, com o objectivo de salvar jovens do Terceiro Mundo das garras dos propagandistas comunistas.” (141).

Gray e os outros fundadores do ISI eram antigos oficias da NSA que ansiavam influenciar as jovens e impressionáveis mentes dos participantes do Vienna World Festival of Youth and Students, um evento planeado por um dos chefes do KGB e antigo estudante Alexander Sheljepin (141-142). Segundo Wilford, a proposta de Gray era demasiado boa para Steinem recusar:
A sugestão apelou imediatamente a Steinem, não só porque significava um trabalho remunerado mas também porque oferecia uma saída para o idealismo político que havia renascido dentro dela devido às suas experiências Indianas; poucos depois do chamamento de Gray, ela encontrou-se em New York com outro antigo presidente do NSA transformado em oficial do CIA, Harry Lunn (que, como quase todos os outros jovens homens que haviam entrado em contacto com ela, rapidamente apaixonou-se por ela). 
Depois disto, ela viajou para Cambridge, sítio onde foi entrevistada por dois antigos vice-presidentes para Assuntos Internacionais do NSA, Len Bebchick e Paul E. Sigmund, Jr., bem como com um advogado de Boston chamado George Abrams
Por volta de Janeiro de 1959, ela haVia ocupado a posição de Directora para a Independent Service for Information, com escritórios em Harward Yard, e um salário de $100 por semana, mais $5 per diem visto "as rendas em Cambridge eram muito elevadas" (um subsídio generosa estabelecido pelo apaixonado Lunn). (142)
Steinem não era uma agente involuntária ou uma pessoa mal informada mas sim alguém bem ciente do facto da CIA estar a controlar a sua vida. Wilford elabora:
Em relação à própria Steinem, ela tornou-se mais alerta quando começou a fazer perguntas em relação ao financiamento do ISI; agentes do CIA à paisana explicaram-lhe que os financiadores de Boston e as fundações que aparentemente subsidiavam o empreendimento eram, na verdade, caminhos através dos quais chegavam financiamentos oficiais secretos.(142)
Nas semanas antecedentes ao festival, Steinem e o seu staff do ISI enviaram panfletos e fichas técnicas aos estudantes que planeavam estar presente no evento (143). A ajudar Steinem estava o executivo da Time, Inc., C.D. Jackson, o mestre da guerra psicológica "que secretamente se ofereceu para coordenar uma gigantesca propaganda anti-festival em prol da CIA, envolvendo a Radio Free Europe, repórteres da Time, e ministros Austríacos" (143). Quando a CBS cancelou os planos para um documentário de uma hora sobre o festival, Jackson veio em socorro de Steinem, tentando convencer o presidente da CBS Frank Stanton a reconsiderar (143). Jackson foi muito bem sucedido em gerar apoio para os esforços do ISI no festival (143-144).

Muitos pesquisadores esquerdistas caracterizaram a CIA como uma colecção de arqui-conservadores que inclinações fascistas. No entanto, o relacionamento da CIA com Steinem revela uma imagem totalmente diferente. Falando para o Washington Post em relação à sua relação com a CIA, Steinem declarou:

Segundo a minha experiência, a Agência [CIA] era totalmente diferente da sua imagem; ela era liberal, pacífica e honrada. (147)

Falando do Vienna Youth Festival, Steinem disse ao New York Times:

Fiquei feliz em encontrar muitos esquerdistas no governo desses dias, e eles eram pessoas perspicazes e preocupavam-se o suficiente para fazer com que Americanos com os mais variados pontos de vista políticos viessem ao festival (147).

Aparentemente, Steinem viu poucas diferenças entre a sua mensagem radical e as crenças mantidas por muitos dentro das fileiras da CIA.

Embora ela fosse anti-Soviética, a CIA não era necessariamente contra as ideias radicais e revolucionárias. A colaboração íntima com Steinem claramente ilustra este ponto. O facto de Steinem buscar destruir o casamento tradicional bem como a família nuclear não parecia alarmar a CIA. A Agência não se parecia importar com o facto das pessoas se radicalizarem, desde que a Agência controlasse a campanha de radicalização e seleccionasse a doutrina revolucionária que seria propagada.

A CIA pode até ter desenvolvido um pedigree radical que até incluía ideias Marxistas. Este pedigree teve início com o precursor da CIA, o Office of Strategic Services (OSS). O General William “Wild Bill” Donovan, o chefe do OSS, não se opunha à contratação de comunistas (Smith 9), justificamdo esse ideia invocando a ameaça dos poderes do Eixo (9). Uma vitória Aliada, contendia Donovan, tinha que ser obtida a todo o custo.

Para Donovan, preocupações em torno duma subversão comunista tinham que se subordinar ao objectivo maior de vencer a Segunda Guerra Mundial. Donovan chegou a dizer a um assistente do OSS que "Eu seria capaz de colocar Estaline na folha de pagamentos da OSS se isso nos ajudasse a vencer Hitler" (9). O resultado deste tipo de pensamento foi que a OSSA era "muito tolerante em relação às ideias da esquerda política"  (9). Posições estratégicas e sensíveis durante o tempo de guerra não se encontravam fora do radar para comunistas e Marxistas. O autor Richard Harris Smith elabora:
Um ex-Comunista duma safra mais antiga correctamente declarou: "No Office of Strategic Services… a contratação de pró-Comunistas era aprovado por pessoas ao mais alto nível, desde que eles fossem adequados para um trabalho específico." A OSS frequentemente aceitava os serviços de entusiastas Marxistas desde que eles não fizessem tentativas de ocultar as suas afiliações políticas. (9)
Donovan não só deu pouca importância às afiliações políticas dos empregados do OSS, como buscou de modo activo comunistas para recrutamento e como forma de lhes dar emprego. A dada altura, o Federal Bureau of Investigation (FBI) "presenteou triunfantemente o general com dossiers em torno de três empregados do OSS com afiliações ao Partido Comunista, e exigiu a sua expulsão da organização" (9). Em resposta às evidências apresentadas pelo FBI, Donovan declarou:

Eu sei que eles são Comunistas. É por isso mesmo que eu os contratei

Depois da Segunda Grande Guerra, a OSS passou a ser a CIA.

Dado o seu pedigree revolucionário e radical, não é surpreendente que a Agência tenha contratado Steinem, uma feminista radical que caracterizava a moralidade e o tradicionalismo como maquinações da opressão masculina. Embora tanto o CIA e Steinem fossem contra a União Soviética, eles não eram necessariamente contra o Marxismo. Tal como a CIA a quem ela servia,  abraçou as ideias e os conceitos Marxistas. Steinem chegou a admitir que a sua oposição à cruzada comunista do Senador Republicano Joseph McCarthy levou a que ela adoptasse  o Marxismo (Mitchell 130). O Marxismo Cultural era um elemento importante da campanha de engenharia social  levada a cabo pelos Rockefellers, pela CIA, e por Steinem.

A escolha de aliados por parte de Steinem é especialmente irónica à luz da misoginia endémica presente no Establishment. Por exemplo, os Rockefellers dificilmente podem ser caracterizados como pessoas particularmente simpatéticas com o sofrimento da mulher moderna. Se as palavras de Nicholas Rockefeller ditas a Russo foram realmente proferidas, então torna-se dolorosamente aparente que os motivos da oligarquia dinástica de financiar a ascenção do feminismo foram puramente pragmáticas.

Mais ainda, o feminismo nasceu dum útero com uma perspectiva misógina, uma realidade paradoxal enfatizada pelas inspirações Gnósticas do movimento. Não podemos esquecer que, segundo a criatologia Gnóstica,  a raça humana tem que agradecer a um Aeon feminino (Sofia) pelo seu dilema colectivo. A consciência defeituosa que que supostamente preside sobre o intrinsecamente corrompido cosmos físico emanou do seu ser. Tal criatologia dificilmente é lisonjeira para as mulheres.

Esta misoginia é explicitamente expressada pela revisão Gnóstica de Cristo no pseudepigráfico Evangelho de Tomás:
Simão Pedro disse a todos os outros discípulos: "Deixem Maria Madalena ir embora do meio de nós porque as mulheres não são merecedores de vida." Jesus disse: "Reparem, eu irei orientá-la de modo a que eu a possa transformar num homem; de modo a que ela, também, ao se tornar num homem se possa tornar num espírito vivificador semelhante a vocês machos. Porque todas as mulheres que se transformarem em homens irão entrar no Reino dos Céus.
Portanto, o feminismo originou-se numa heresia misoginia. Não é surpreendente que esta ideologia inerentemente misândrica partilhe tanto com a ordem misógina que ela ostensivamente se opõe. Em última análise, a hegemonia buscada pelos interesses oligárquicos do Establishment não se centram em nenhum dos géneros.

A androginia estipula não só a destruição da masculinidade, mas também da feminidade. Desta forma, a misândria e a misoginia são perspectivas meramente provisórias em seguimento para a androginia.

Nenhuma das duas dá ênfase à dinâmica operacional complementar servida pela outra. Em vez disso, ambas buscam a supremacia. A tensão dialéctica entre as duas tem como propósito minar gradualmente o género como determinante definidor da identidade humana.

Uma vez que a identidade encontra-se indissoluvelmente associada ao género, ela tem que ser destruída. Afinal de contas, servos não precisam de identidades pessoais.

A ordem mundial que está a ser consagrada pelas elites depravadas não será populada nem por machos nem por fêmeas. Essencialmente, se a elite depravada materializar a sua visão escatológica do mundo, ele será populada por uma nova raça desumana. 

Fontes citadas




terça-feira, 13 de janeiro de 2015

A Ordem Mundial Andrógena - Parte 2

Continuação dum artigo iniciado aqui.

Apesar das objecções juvenis, é um facto médico inevitável que relações sexuais depravadas fazem-se acompanhar por certos riscos de saúde. No topo destas formas depravadas de relação sexual encontra-se o sexo anal, práctica exercida prolificamente no meio social homossexual e em certos quadrantes heterossexuais pouco convencionais. Independentemente da forma ruidosa como estes enclaves possam colocar objecções, o facto é que até muitas autoridades médicas seculares concordam que o sexo anal é prejudicial. Uma dessas autoridades é Robert I. Krasner, Professor Emérito no Departamento de Biologia no Providence College. Ele escreve:
Alguns comportamentos sexuais são considerados mais prejudicais e mais arriscados que outros. O sexo anal é o mais perigoso uma vez que o revestimento do  ânus está mais sujeito a rompimentos e lesões que o revestimento da vagina, o que permite que o vírus da SIDA, e outros micróbios, tenham uma passagem mais facilitada para o sangue. (416)
Claro que pesquisas objectivas raramente dissuadem aqueles que acreditam a realidade se irá re-ajustar como forma de acomodar o hedonismo. Esta mentalidade é exemplificada pela auto-declarada "professora do sexo" Debby Herbenick, que promove o sexo anal como "forma de se explorar e realizar as fantasias com o amante"  (11).

À luz dos óbvios riscos médicos inerentes a tal forma de relação sexual, tal promoção revela uma recusa infantil de comungar com a verdade segundo os seus próprios termos. Ao contornarem estes factos inconvenientes em relação a prácticas [sexuais] perigosas, os revolucionários conjuram uma disjunção fictícia entre o género e o sexo. O propósito final é o de racionalizar a rejeição da imutável ordem natural , e consagrar os seus próprios apetites.

A sustentar o divórcio entre o sexo e o género encontra-se uma pervasiva visão disteleológica. Através desta lente interpretativa, a biologia passa a ser um mero acidente do tempo. O facto de alguém ser macho ou fêmea é consequência de forças cegas e sem finalidade a se imporem a elas mesmas sobre máquinas compostas de carne. Ironicamente, os defensores de tal perspectiva dão a sua aprovação à teoria da evolução, que é irredutivelmente teleológica.

Independentemente do quanto que o evolucionista possa levantar objecções, o facto é que o processo evolutivo progride rumo a um telos. Tal progressão pressupõe a orientação dum agente racional. É terrivelmente complicado invocar forças cegas e sem propósito ao mesmo tempo que se postula um sistema com design intricado. Portanto, mesmo que a biologia seja o resultado duma evolução, as classificações biológicas de macho e fêmea dificilmente se qualificariam como acidentes.

Mais ainda, este retrato disteleológico do universo não tem qualquer significado, para além de ser auto-refutante. Aquele que alega que a existência não tem propósito ["meaningless"] tem primeiro que assumir que a sua proclamação disteleológica tem algum sentido. Se o universo realmente não tivesse algum tipo de significado, então ninguém poderia expressar tal ponto de vista de modo significativo.

Claramente, o universo tem um significado porque de outra forma até as argumentações disteleológicas não poderiam ser coerentemente transmitidas. Esta contradição interna da perspectiva disteleológica desmentem os verdadeiros motivos da pessoa que a invoca. Esses motivos são articulados de forma bastante cândida por parte de Aldous Huxley:
Eu tinha motivos para querer que o mundo não tivesse significado. Para mim, e sem dúvida para a maioria dos meus contemporâneos, a filosofia da insignificância era essencialmente um instrumento de libertação. A libertação que desejávamos era ao mesmo tempo a libertação dum sistema de moralidade. Nós éramos contra a moralidade porque ela interferia com a nossa liberdade sexual. Nós colocávamos objecções ao sistema político e económico porque o mesmo era injusto. Os defensores destes sistemas alegam que de alguma forma eles incorporavam o significado - significado Cristão, insistiram eles - do mundo. Havia um método  admirável de confundir estas pessoas e ao mesmo tempo justificar a nossa revolta política e erótica. Era negar que o mundo tivesse algum tipo de propósito. (270)
Os objectivos da "revolta política e erótica" são feitos ostensivamente sustentáveis através da “filosofia da insignificância.” A divisão entre o sexo e o género depende também de tal disteleologia. Essencialmente, "filosofia da insignificância" esconde os objectivos revolucionários. As variadas organizações feministas e lgbti que se encontram actualmente a re-esculpir a civilização Ocidental nutrem objectivos revolucionários semelhantes. Isto ressalva mais uma contradição endémica da dicotomia sexo/género.

A alegação de que o género é uma construção social é auto-refutante visto que ela é, essencialmente, o produto de movimentos (em particular as variadas organizações feministas e lgbti) que estão eles mesmos a avançar com o seu conjunto de construções sociais. Logo, a alegação é ela mesma uma construção social. Uma vez que as construções sociais são vistas, na melhor das hipóteses, como mutáveis, e na pior das hipóteses, falsas, somos levados a concluir que a caracterização do género como construção social é feita insustentável através do seu próprio critério de aceitabilidade.

Ao assumirmos que o género é uma construção social estamos a cometer a Falácia Genética ao pressupor a sua falsidade com base nisso. Ressalvar o possível ponto de origem duma crença não torna essa crença falsa. Podemos alegar que avisar as pessoas para evitar falar com estranhos é uma construção social, mas muito poucas pessoas iriam considerar ignorar tal admoestação paternal só porque a mesma se possa ter originado através da práctica social ou cultural. De facto, as categorias de género podem ter surgido através de prácticas culturais e sociais porque a dada altura a sociedade ou a cultura reconheceram certas verdades imutáveis. Uma dessas verdades imutáveis é que a natureza e a biologia não se re-ajustarão como forma de acomodar os desejos daqueles que tencionam redefinir os parâmetros da sanidade sexual.

Muitas pessoas de todo o espectro político já ressalvam o papel do feminismo como agente destrutivo para mudanças sociais. Fontes tão diversas como o comentarista de rádio direitista Rush Limbaugh e a dissidente feminista Camille Paglia já comentaram as formas através das quais o movimento feminista - em particular a segunda vaga feminista que teve início nos anos 60 - causou uma deserção da sanidade sexual e a erosão da estabilidade social. Poucos, no entanto, escreveram ou falaram das origens do  feminismo juntos das esferas ocultas da politica e dos serviços secretos.

O facto do feminismo moderno ter sido cultivado no invisível mundo das elites depravadas e dos serviços secretos criminalizados não pode ser rejeitado como fantasia paranóica. O Americano Aaron Russo, famoso e falecido produtor de filmes, pode ter aprendido uma porção da história oculta do feminismo durante uma entrevista com que ele teve com Nicholas Rockefeller, membro da infame dinastia Rockefeller. Alguns desmistificadores e cépticos patológicos afirmaram que Nicholas Rockefeller nada mais era que uma invenção da imaginação de Russo, no entanto, Nicholas Rockefeller é uma pessoa real, tal como evidenciado pela seguinte biografia disponibilizada pela  Bloomberg’s Businessweek:
O sr Nicholas Rockefeller tem sido Director da companhia desde 1999. O sr Rockefeller é um advogado na firma legal Troop Meisinger Steuber Pasich Reddick & Tobey, LLP, e tem estado com a firma desde 1997; antes disso, ele esteve envolvido durante 10 anos na práctica privada de Direito. O sr Rockefeller é também o Managing Principal do Rockvest Development Group e a sua afiliada, o Rockefeller International Fund, que susupervisionas investimentos em valores mobiliários negociados publicamente e empresas privadas, para além de manter uma carteira de activos de capital de risco. 
O sr Rockefeller é também Presidente da Rockefeller Asia, uma empresa de serviços financeiros. Ele é também Membro do Conselho Consultivo do RAND Center for Asia Pacific Policy. O sr Rockefeller é membro das barras legais da Califórnia e de Washington, D.C., e tem um J.D. da Yale Law School
O sr Rockefeller é o administrador do SHMNM Investment Trust, que é actualmente accionista da Companhia e que foi estabelecida nos termos dum acordo entre accionistas entre o sr Nicholas Matzorkis e a Kushner-Locke Company. O sr Rockefeller foi eleito director da Companhia, como director designado através da confiança de termos dum acordo entre os accionistas.(“Company Overview of RAND Center for Asia Pacific Policy: Nicholas Rockefeller”)
Para além de provar que Nicholas Rockefeller não é ficção, a biografia da Businessweek dá também aos leitores a ideia do estatuto e da posição que este membro particular da dinastia Rockefeller ocupa junto dos círculos da elite. Nicholas Rockefeller não é um homem de negócios de baixo estatuto ou alguém que é alimentado por último; tal como muitos membros da dinastia Rockefeller, Nicholas é alguém com voz de peso.

Segundo Russo, o Movimento de Emancipação das Mulheres surgiu como tópico durante uma das suas visitas à residência de Nicholas Rockefeller. Alegadamente, Nicholas perguntou a Russo "Qual é o propósito do Movimento das Mulheres?" (“Reflections and Warnings – An Interview with Aaron Russo”). Russo deu a resposta amplamente propagada, declarando que a Emancipação das Mulheres centrava-se "no facto das mulheres terem o direito a trabalhar, receber o mesmo que os homens, da mesma forma que elas ganharam o direito ao voto" (ibid). Russo alegou que Nicholas Rockefeller começou a rir e chamou a Russo de "idiota" (ibid).

Rockefeller disse então a Russo que a dinastia Rockefeller havia financiado a Emancipação das Mulheres com dois objectivos em mente (ibid). O primeiro objectivo era, segundo Russo, trazer as mulheres para o mercado de trabalho de modo a que uma maior percentagem a população pudesse ser tributada (ibid). O segundo objectivo, afirmou Russo, era o de desintegrar a família nuclear de modo a que as crianças começassem a olhar para o Estado como a sua família (ibid).

A comunidade dos Serviços Secretos parece ter desempenhado uma papel significativo na campanha de engenharia social que Rockefeller descreveu a Russo. Durante muitos anos. a dinastia Rockefeller tem estado imersa no mundo dos Serviços Secretos. Durante a Guerra Fria,foram estabelecidos laços íntimos entre a Fundação Rockefeller e os círculos dos Serviços Secretos Americanos. O autor Frances Stonor Saunders partilha alguns detalhes deste casamento profano: 
A convergência entre os milhares de milhões dos Rockefellers e o governo Americano excedeu até a que existia com a Fundação Ford. John Foster Dulles e mais tarde Dean Rusk passaram ambos de presidentes da Fundação Rockefeller para secretários de Estado. Outros nomes pesados da Guerra Fria tais como John J. McCloy e Robert A. Lovett emergiram de modo proeminente como pessoas de confiança dos Rockefellers. 
A posição central de Nelson Rockefeller nesta fundação garantia um relacionamento próximo com os círculos dos Serviços Secretos: ele havia sido o responsável por toda actividade dos Serviços Secretos na América Latina durante a Segunda Grande Guerra. Mais tarde, o seu sócio no Brasil, o Coronel J.C. King, tornou-se chefe da CIA em operações clandestinas no hemisfério Ocidental. 
Quando Nelson Rockefeller foi nomeado por Eisenhower para o National Security Council em 1954, a sua função era a de aprovar as várias operações secretas. Se por acaso ele precisasse de informação adicional em torno das actividades da CIA, ele pura e simplesmente poderia perguntar ao seu antigo e bom amigo Allen Dulles por um briefing directo. Uma das mais controversas destas operações foi o programa de pesquisa em torno do controle mental levado a cabo durante os anos 50 pela CIA com o nome de MK-ULTRA (ou "Candidato Machuriano"). Esta pesquisa recebeu financiamento por parte da Fundação Rockefeller. 
Operando o seu próprio departamento de Serviços Secretos durante a guerra, Nelson Rockefeller havia estado ausente das fileiras da OSS [Serviços Secretos Americanos], e de facto havia formado uma inimizade para toda a vida com William Donovan. Mas não havia qualquer tipo de preconceito contra os veteranos da OSS, que foram recrutados em massa pela Fundação Rockefeller. No ano de 1950, o antigo membro da OSS Charles B. Fahs tornou-se chefe da divisão de humanidades da fundação. O seu assistente era outro veterano a OSS, Chadbourne Gilpatric, que chegou à fundação directamente da CIA. (120-21)
A Central Intelligence Agency (CIA) não desempenhou um papel menor na ascenção duma das mais importantes vozes da segunda vaga do feminismo, Gloria Steinem. Steinem cruzou-se com a CIA durante o Outono de 1958, por uma altura em que a sua trajectória dificilmente sugeria algum tipo de grandiosidade.

Steinem havia regressado recentemente duma viagem de bolsa de estudos para a India (Wilford 141). Durante a sua estadia na Índia, Steinem “havia feito amizade com Indira Gandhi e a viúva do humanista revolucionário M.N. Roy (141).

A sua exposição à grandiosidade não havia, no entanto, resultado numa elevação social. Segundo o autor Hugh Wilford, Steinem “estava a ter dificuldade em encontrar um emprego gratificante” (141). Steinem “viu-se reduzida a dormir no chão dos apartamentos de amigos ao mesmo tempo que buscava um emprego em New York” (141).


(Continua na 3ª Parte)



sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

A Ordem Mundial Andrógena

Por Paul e Phillip Collins

O 144º Congress of Correction, que foi levado a cabo entre 15 e 20 de Agosto, em Salt Lake City, apresentou um workshop em torno do Prison Rape Elimination Act (PREA) e as suas ramificações para os presos que se identificam como lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros e interssexuais (lgbti). O consenso entre os presentes durante este workshop foi o de que os presos com estas orientações particulares se encontravam em risco acrescido de vitimização sexual.

Durante o workshop ninguém levantou a possibilidade dos presos lgbti estarem eles mesmos a levar a cabo esta vitimização. Esta omissão revelou a implícita parcialidade em favor daqueles que abraçaram orientações sexuais inconvencionais. Talvez esta omissão seja, de alguma forma, atribuível à perspectiva global daqueles que se reuniram para o workshop.

A oradora principal foi Bernadette Brown, que, para além de ser uma Senior Program Specialist para o National Council on Crime and Delinquency, é uma lésbica assumida. Durante a apresentação, Brown corajosamente declarou, "O género é uma construção social".

Esta alegação radical, que depende duma alegada disjunção entre o sexo e género, certamente que não é nova. Durante os últimos anos, ela tem sido largamente popularizada por feministas politicamente e socialmente activas. Reconhecendo as igualmente vantajosas implicações da dicotomia sexo/género para o seu próprio movimento social, várias organizações em torno dos direitos dos lgbti adoptaram-na também como análise racional central para a sua plataforma.

Subjacente à alegação encontra-se a tácita promoção de que a androginia é normativa. Por sua vez, a promoção da androginia pode ser rastreada para trás no tempo até a mais pervasiva de todas as heresias: Gnosticismo. O pseudepigráfico Evangelho de Tomás exemplifica este ponto de vista normativo da androginia. No Ditado 11, a revisão Gnóstica de Cristo retrata a androginia como uma união salvadora:
Jesus disse-lhes: "Quando vocês fizerem dos dois, um, e quando fizerem do interior o mesmo que o exterior e o exterior como o interior, o superior como o inferior, e quando fizerem do macho e da fêmea um só, de modo a que o macho não seja macho e a fêmea não seja fêmea, quando fizerem olhos no lugar dum olho, a mão no lugar da mão, um pé no lugar dum pé, uma imagem no lugar duma imagem, então entrarão [no reino].”
Tal como todos os movimentos revolucionários que povoam a modernidade, o feminismo ajusta-se àquilo que Eric Voegelin chamou de religião política Gnóstica. O Gnosticismo ensinava que no princípio, existia uma singularidade espiritual (a “Pleroma”) dentro da qual a divindade funcionava como potência óptima. Esta unidade pura foi dividida em pluralidade devido ao erro dum intermediário deificado conhecido como Sofia (“Sabedoria”).

Emanando do próprio ser da Sofia estava uma consciência defeituosa que eventualmente assumiu a apelação Bíblica de YHWH, que os Gnósticos blasfemamente caricaturaram de “Arconte da Arrogância.” Este misoteísmo era atribuível à caracterização do estatuto ontológico do mal por parte dos Gnósticos. Com o mal não mais atribuído à vontade, a corrupção foi projectada para tudo o que era externo ao Gnóstico. Esta projecção incluía o mundo externo, que invariavelmente se tornou no recipiente de desprezo explícito ou implícito.

Visto que eles acreditavam que o mal possuía substância e forma, os Gnósticos encontravam-se pré-dispostos em favor de algumas variações do dualismo Docistista e Maniqueísta. Esta diminuição da condição humana, que o Cristianismo Bíblico identifica como a Queda dos pais da humanidade [Adão e Eva], foi associada com o próprio acto da criação. Afinal de contas, se o mal possuía forma e substância, só um Deus maligno iria associar a pureza do espírito com a corrupção da matéria.

A exoneração de Deus implicava uma bifurcação arbitrária dos Seus papéis como Criador e como Pai em duas divindades distintas. Deus Pai era docetisticamente caracterizado como totalmente transmudano, onticamente distante da ordem criada. Deus o Criador era caracterizado como um guardião genuíno a presidir sobre a prisão cósmica do mundo material. Portanto, os Gnósticos desprezavam o Deus Bíblico devido ao Seu papel criatológico.

A esfera palpável era um horrível acidente, resultante da divisão pré-cósmica da Pleroma. Como fragmentos corrompidos emanando da essência divina, os limites ontológicos do mundo material eram vistos com uma atitude cosmológica docetistica. Através desta lente interpretativa, o estatuto existencial  da personificação física era   equivalente a uma prisão.

Esta é a base da visão normativa da androginia. Uma vez que a possessão de órgãos sexuais é um traço definidor da personificação física, o Gnosticismo expressou um desprezo tácito pelas categorias genéticas de macho e fêmea. A partir deste pessimismo antropológico nasceu um pessimismo cosmológico mais abrangente.  A esfera temporal-espacial foi considerada uma colónia penal governada pelos agentes demoníacos do tempo e do espaço. A humanidade foi supostamente empurrada para esta prisão cósmica através do acto da criação.

Preso pelas leis físicas da natureza e pela moralidade objectiva codificada como a Lei Mosaica, o pneuma (espirito) do homem deu por si separado do pneuma divino e em perpétuo estado de alienação. Este estado só poderia ser superado através duma acção baseada na gnosis (isto é, sabedoria directa, reveladora da unidade humana com o divino) A Gnosis era considerada superior à pistis (fé).

A concepção Gnóstica da unidade com Deus não pode ser confundida com a concepção ortodoxa Cristã, que é ddestiladaem 2 Pedro 1:4. Nessa passagem, Pedro declara que os Cristãos desfrutam da promessa de se tornarem "participantes da natureza divina". O que Pedro estava a descrever era a theosis, a transformação do todo o ser do Cristão que coloca a sua imagem à Imagem do Cristo Ressurrecto. Em contradição,o Gnosticismo ensinava de facto que o ser humano era parte e parcela de Deus. Como tal, o homem era ontologicamente equivalente a Deus.

Portanto, a promessa de gnosis era a promessa da transfiguração do ser humano para um ser divino, ou apotheosis. No Grego original, o prefixo apo- transmite denotações espaciais tais como "longe", "fora" e "à parte". Este termos indicam uma distinção ou separação. E claro que theos significa “Deus”. Portanto, a apoteose significa uma transfiguração que ocorre totalmente à margem de Deus. A salvação, segundo os Gnósticos, não era a redenção humana das garras do pecado através do Senhor Jesus Cristo, mas a sua redenção da estupefacção do seu isolamento e da sua alienção dentro do cosmos material através da gnosis. O Gnosticismo divorciava o Criador do processo de salvação, opondo-se assim a soteriologia Teocêntria do Cristianismo e colocando em seu lugar uma soteriologia antropocêntrica.

Durante o Iluminismo do século 18, o Gnosticismo religioso tornou-se no Gnosticismo político. Da mesma forma que o Gnosticismo religioso havia-se modificado para o Gnosticismo político, o seu enquadramento político foi invertido. Enquanto que o Gnosticismo ancestral valorizava a transcendência, o novo Gnosticismo valorizava a   imanência. Em contradição aos objectos de experiência transcendental, os objectos de experiência imanente encontram-se dentro dos limites empíricos do homem. Como tal, eles permeiam constantemente o universo físico. A vontade, a consciência, e até o Divino, encontram-se ontologicamente ancorados em agentes materiais. Desta forma, o Gnosticismo imanentista sincroniza-se confortavelmente com o materialismo moderno, o que é irónico à luz da sua antiga atitude docetistica em relação à materialidade.

A codificação da antiga heresia Cristã do Gnosticismo para doutrina revolucionária resultou na secularização da própria escatologia Cristã que os pensadores do Iluminismo ridicularizavam. Para o Gnóstico moderno, o eschaton (isto é, o final dos tempos) habita na própria história. Esta escatologia secular, que assumiu uma míriade de formas entre os modernos movimentos revolucionários socialistas, ofereceu uma história do mundo redentora que culminava com uma imanente Parusia facilitada pela mão humana.

Por exemplo, o Marxismo mantinha que o proletariado iria redimir o mundo de milhares de anos de exploração de classe. Semelhantemente, o Arianismo de Hitler prometia redimir o mundo duma alegada corrupção da humanidade causada pelas assim-chamadas "raças inferiores". O feminismo cultural, que ganhou proeminência nos últimos anos, busca redimir o mundo de milhares de anos de alegado domínio masculino.

A variante Gnóstica que permeia a estrutura feminista é tornada evidente pelas experiências em engenharia religiosa por parte do movimento. Olhando para a religião através da mesma óptica pragmática do luminar do Iluminismo August Comte, as feministas tentam re-esculpir as confissões religiosas tradicionais segundo contornos sociais e políticos expedientes. A teóloga Rosemary Radford Ruether declara:

A teologia feminista não pode ser feita a partir da base existente da Bíblia Cristã (Ruether ix).

Qual é uma das fontes de inspiração mais importates da teologia feminista? A resposta é disponibilizada pela teóloga feminsita Chung Hyun Kyung, que declara candidamente: "As feministas são livres para usar os antigos textos Gnósticos - originalmente rejeitados como heréticos - visto que o cánone Cristão foi criado por homens" e que "as mulheres não são obrigadas a aceitar um livro... cujo enquadramento não as levou em consideração” (citado em Jones 82).

[ed: Seria interessante saber quantas mulheres tomaram parte na construção dos assim-chamados "antigos textos Gnósticos"]

Segundo Voegelin, a moderna soteriologia antropocêntrica Gnóstica só pode obter uma semelhança de sentido na ausência de Deus. Afinal de contas, antes de se criar uma nova ordem é preciso suplantar o criador da antiga ordem. Esta mudança cósmica de regime estipula o acto revolucionário por excelência: decídio. Voegelin reitera:
De modo... a que a tentativa de criar uma nova ordem possa fazer sentido, a naturalidade da ordem do ser tem que se obliterada; a ordem do ser tem que ser interpretada como estando, essencialmente, sob o controle do homem. E assumir o controle do ser requer mais ainda que a origem transcendente do ser seja obliterada: ela requer a decapitação do ser - o assassinato de Deus. (35-36)
O assassinato de Deus é precisamente o que a feminista tem em mente. Naomi Goldenberg, feminista, declarou:

O movimento feminista que se encontra presente na cultura Ocidental está envolvida na lenta execução de Cristo e de JEHOVAH, mas muitos poucas mulheres e poucos homens envolvidos na igualdade sexual dentro do Cristianismo e do Judaísmo se apercebem da extensão da heresia. (Jones 195).

Fazendo uma sinopse do objectivo feminista do deicídio, Goldenberg declara

Nós mulheres iremos levar a cabo o fim de Deus (180).

Onde os antigos Gnósticos reinvidicavam uma gnosis (isto é, sabedoria oculta) como o núcleo da sua soteriologia antropocêntrica, as feministas reinvidicam uma iluminada e fabulosa [de fábula] androginia. A ironia é que, embora a androginia ostensivamente combine traços masculinos e femininos, a feminista trabalha activamente para roubar da mulher a sua feminidade. Este roubo é efectuado através da separação do sexo com o género. Tal como os Gnósticos olhavam para o cosmos e para a sua ordem hierárquica como uma ilusão projectada por parte dum demiurgo malévolo, a feminista caracteriza a masculinidade e feminidade de construções sintéticas impostas à humanidade por parte duma tirania patriarcal quimérica.

A bifucarção do sexo e do género depende da permanentemente debatida dicotomia natureza e criação. Dentro do polarizador enquadramento da divisão sexo/género, o sexo é caracterizado como produto da natureza ao mesmo tempo que o género é classificado como consequência da criação. No entanto, os desenvolvimentos levados a cabo na neurociência estão a fazer da dicotomia natureza/criação algo insustentável. Darlene Francis e Daniela Kaufer declaram:
O enigma “natureza vs. criação” foi revigorado quando os genes foram identificados como as unidades da hereditariedade, contendo informação que direcciona e influencia o desenvolvimento. Quando o genoma humano foi sequenciado em 2001, a esperança era a de que todas estas questões fossem respondidas. Na década que entretanto passou, tornou-se aparente que existiam mais perguntas do que aquelas que previamente se pensava. 
Chegamos a um ponto onde a maior parte das pessoas é suficientemente experiente para saber que a resposta certa não é "natureza" versus "criação" mas sim uma combinação de ambas. No entanto, tanto os cientistas como leigos investem demasiado tempo e esforço em tentar quantificar a importância relativa da natureza e da criação. 
Avanços recentes da neurociência disponibilizam um argumento convincente para finalmente se abandonar o debate "natureza vs criação" como forma da atenção se focar no entendimento dos mecanismos através dos quais os genes e o meio ambiente se encontram perpétuamente entrelaçados através da vida do individuo. (“Beyond Nature vs. Nurture”)
Uma vez que os avanços na neurociência estão a banir rapidamente a dicotomia natureza/criação, é por demais óbvio que a divisão sexo/género está a ser igualmente banida. Se a natureza e a criação não estão dicotomiamente relacionadas, então também não o estão o sexo e o género. Logo, o sexo e o género não podem ser colocados em polaridades extremas num tipo de oposicionamento binário. Tal enquadramento binário oposicional resulta em confusão terminológica relativa tanto às disparidades gerais entre os dois sexos como também as nuances internas que surgem dentro de cada um. No livro Gender, Nature and Nurture, Richard Lippa chama a atenção para esta confusão terminológica:
Alguns pesquisadores alegaram que a palavra sexo deveria ser usada como referência para o estatuto biológico de se ser macho ou fêmea, ao mesmo tempo que a palavra género deveria ser usada como referência a todos os trajes definidos, aprendidos e construídos do sexo, tais como o estilo de cabelo, a vestimenta, os maneirismos não-verbais, e os interesses. 
No entanto, não é de todo claro até que ponto as distinções entre os machos e as fêmeas se devem aos factores biológicos versus os factores sociais. Para além disso, o uso indiscriminado da palavra género tende a obscurecer a distinção entre os dois tipos de tópicos: (a) diferenças entre os machos e as fêmeas, e (2) as diferenças individuais na masculinidade e feminidade que ocorre dentro de cada sexo. (3-4)
Lippa ressalva que "o próprio conceito do género é parcialmente definido através das distinções entre os sexos - diferenças nas roupas, aliciamento [inglês: "grooming"], escolhas ocupacionais, estilo de comunicação, agressão, e comportamentos não verbais dos homens e das mulheres" (4). Verdadeiramente, as diferenças definem o género. Estas diferenças incluem as distinções biológicas. Colocando de lado toda a ginástica semântica, sexo e género continuam a ser sinónimos. Esta sinonimidade axiomática desafia qualquer disjunção que o revolucionário sexual possa querer impor sobre esses termos.

A disjunção imposta ao género e ao sexo é uma disjunção arbitrária, e foi feita para dar ao revolucionário sexual um conveniente grau de elasticidade para a redefinição dos parâmetros da sanidade sexual. Se a identidade sexual da pessoa pode ser divorciada da biologia, então até as mais prejudiciais formas de relações sexuais podem ser justificadas. A forma como esta realidade ofende as delicadas sensibilidades dos politicamente correctos é irrelevante.

(Continua na 2ª Parte)



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