quarta-feira, 31 de agosto de 2016

«Quer fazer um juízo sobre o Estado Novo à luz da História?

«Um juízo sobre o Estado Novo à luz da História? Mas a História é uma mão-cheia de interpretações de factos que existiram ou que se supõe terem acontecido.

Eu considero este período, de quase quarenta anos, como um dos poucos em que houve ordem em Portugal, onde se conseguiu trabalhar eficazmente. Foi o único período desde D. João V em que não obedecemos a pressões dos credores e batemos o pé às grandes potências. É que nós andávamos muito atrasados e não me parece que os passos na Primeira República tivessem avançado muito...

Nos principais anos da minha longa vida fui duas dezenas de vezes intimado a voltar para casa por uns senhores com cartucheiras e espingardas às costas, que exerciam a profissão de revolucionários civis: "Hoje não há escola", "Hoje não há liceu"... Já professor de liceu, via as aulas do Pedro Nunes interrompidas por outros profissionais que já ostentavam petardos nos cintos.

O Rato era o local interdito nesses tempos em que não existia a Avenida Álvares Cabral. Como passar para as Avenidas Novas? Lá ia eu, chapéu de coco e bengala, distribuir garotagem que morava para lá do Parque Eduardo VII. Outros professores chefiavam outros grupos. De vez em quando encontrávamos patrulhas, ora de revolucionários civis, ora de "outros" revolucionários. Obrigavam-me a gritar "Viva a República" ou "Abaixo a militança!".

Viveram-se assim dezoito anos! Não venham com "teorias" os que os não sofreram!. Não evoquem o mito da liberdade! Não tínhamos Armada, não tínhamos Marinha Mercante, não tínhamos Exército! Teimámos em ir à guerra contra o parecer da nossa Velha Aliada, que sabia que nada iríamos fazer à Flandres.

Durante três ou quatro anos vi as ruínas das "régions devastées", como um turista que visitasse as ruínas de Pompeia. Havia mesmo comboios especiais com horários diários. Com o coração amargurado só ouvi falar da intervenção da nossa tropa em Armentières e em La Couture. Vi as ruínas de Espanha. Vi ruínas novamente em França, na Alemanha, em Inglaterra, na Bélgica, na Holanda.

O Estado Novo conseguiu equilibrar-se numa neutralidade que permitiu acolher crianças austríacas e gentes em fuga temerosa. Numa terra de solo paupérrimo e de subsolo desconhecido, iniciámos uma marcha para a prosperidade que ia impante por sermos dirigidos pelo único Homem de Estado surgido em Portugal desde os começos do século passado. Um homem honrado, não egoísta, missionário da ideia de que qualquer sociedade tem de ser hierarquizada para poder trabalhar com método na execução de um plano.

Do que aconteceu depois da revolução de 1974, pouco sei. Nestes últimos anos passei a França e daí ao Brasil, onde fui encontrar duas centenas de milhar de Portugueses fugidos da Europa e de Angola. Alguns milhares de fugitivos conseguiram transportar consigo móveis, tapeçarias, loiças, pratarias, quadros, livros, obras de arte... Como foi isto possível, não sei... 

Portugal ficou imensamente mais pobre, mas deu ensejo à formação de fortunas de antiquários portugueses nascidos da competição.

(...) Desde a Revolução Francesa que Portugal sempre obedeceu aos seus credores ou às potências poderosas no mar. Salazar não obedeceu aos credores porque acabou com eles. "Orgulhosamente só", conseguiu poupar Portugal à guerra que destrói choupanas e monumentos, museus e bibliotecas, florestas, pomares e prados; que mata gado e populações que surgem amalgamadas num número e sob a designação de "mortos de guerra".

Ficam heróis, ficam mitos, renascem ódios. Espera-se que o tempo esfarele essas realidades momentâneas. Ficarão Histórias e historietas, que são tentativas de interpretação, convicções de historiadores!».

Francisco de Paula Leite Pinto (in «Salazar visto pelos seus próximos - 1964-68»).



sábado, 27 de agosto de 2016

Red Symphony: O interrogatório dum comunista financiado pelos banqueiros

Por Daryush Valizadeh

Um documento com o nome de "Red Symphony" é tido como uma transcrição do interrogatório feito por um agente da KGB a um comunista Trotskista que tentou subverter Estaline. O mesmo é tido como autêntico mas, obviamente, não há forma de ter certezas absolutas. O comunista detalha uma conspiração levada a cabo pelos banqueiros com o propósito de controlar o mundo.

Texto integral: http://mailstar.net/red-symphony.html

O Comunismo irá obter a vitória graças às contradições do Capitalismo [...] ...uma maior concentração dos meios de produção corresponde a uma maior massa proletária, uma força mais numerosa para a construção do Comunismo. Não é assim?

Esta contradição declara que, com o passar do tempo, o capitalismo vai ficando mais centralizado no topo, onde cada vez menos homens detém os meios de produção. Isto aumento o número dos que nada têm, que, consequentemente, se movem em favor do comunismo porque não têm riqueza. Portanto, a longo prazo, o capitalismo irá gerar as condições que irão causar a que o comunismo se torne numa boa ideia para aqueles que se encontram na base da escala do poder económico.

Tal como sabemos, o propósito único de qualquer luta dentro da esfera económica é em favor de se ganhar mais e trabalhar menos. Tal é o absurdo económico, mas  segundo a nossa terminologia, tal é a contradição que não foi notada pelas massas, que ficam cegas quando, a dada altura, há um aumento de salários, que é rapidamente anulado pelo aumento dos preços.

E se os preços são limitados pela acção governamental, então a mesma coisa acontece, isto é, a contradição entre o desejo de gastar mais, produzir menos, é qualificada aqui pela inflação monetária. E devido a isto, entramos num ciclo vicioso: greve, fome, inflação, fome.

Controlar o dinheiro é apenas uma forma através da qual os banqueiros operam para atingir os seus objectivos: poder.

G. - Mas se, segundo você - e eu sou da mesma opinião - eles já têm poder político global, então qual é o poder que eles ainda querem obter?

R. -Já lhe disse: Poder total, tal como aquele que Estaline tem na URSS, mas a nível global.

As pessoas que nós vêmos em posições proeminentes parecem ter poder, mas essas pessoas não se encontram no topo da escala:

...nenhum "Deles" é a pessoa que ocupa uma posição política ou uma posição dentro do Banco Mundial. Tal como eu passei a entender depois do assassinato de Rathenau em Rapallo, eles dão posições politicas ou financeiras aos intermediários. Claro que são pessoas de confiança e leais, e pessoas que dão imensas garantias: logo, pode-se dizer que os banqueiros e os políticos nada mais são que homens-palha .... apesar destes ocuparem posições elevadas e parecerem ser os autores dos planos que são levados a cabo.

A ajuda da Maçonaria dentro desta conspiração:

Todas as organizações maçónicas tentam fomentar e gerar todos os pré-requisitos necessários para o triunfo da revolução Comunista; este é o propósito óbvio da maçonaria; é bem claro que tudo isto é feito sob vários pretextos; mas eles escondem-se sempre por trás do seu bem-conhecido triplo-slogan. (Liberdade, Igualdade, Fraternidade).

Hitler nada mais era que um peão dentro deste jogo, até que eles passou a ter a ideia de imprimir o seu próprio dinheiro (...)

Como forma de controlar Estaline, a finança internacional viu-e forçada a ajudar no crescimento de Hitler e do Partido Nacional Socialista. Rakowsky confirmou que financiadors Judeus ajudaram os Nazis embora Hitler não estivesse ciente disso.

O livro é intrigante, e parece confirmar o que sabemos sobre a forma como a elite opera.

http://bit.ly/2bOiRe

* * * * * * *

Isto confirma também o que já havia sido dito no passado: a "guerra" entre o comunismo e o capitalismo é uma fachada visto que a mesma Alta Finança controla ambas as ideologias. (Convém salientar que "capitalismo" e "livre mercado" podem ter pontos comuns mas uma não é idêntica à outra)

O motivo que levou a Alta Finança mundial (os assim-chamados globalistas) a tentar destruir Estaline prende-se com o facto deste último avançar com o Comunismo "Nacionalista" (se é que isso existe) enquanto que os banqueiros desejavam o Comunismo Internacionalista. Visto que Estaline aparentemente não estava a cooperar com quem havia financiado a Revolução "Russa", os banqueiros resolveram removê-lo do poder.

Quando Estaline se tornou uma ameaça demasiado grande para ser contida, os globalistas elevaram Hitler como forma de o usar contra Estaline.

Mas Hitler começou a imprimir o seu próprio dinheiro e a desenvolver um sistema económico que diminuía a dependência da banca internacional, o que, desde logo, fez dele uma ameaça económica ainda maior que Estaline, levando os internacionalistas a buscar formas de avançar com uma guerra para destruir a sua influência.

Resumidamente, "Red Symphony" revela a forma como os agentes activos das guerras e das "mudanças de regime" são os mesmos banqueiros que há já algum tempo escravizam as nações através da dívida.

Chaim Rakover ("Christian Rakovsky", o homem que revelou o que se leu em cima) diz que as cinco pontas da estrela comunista são os cinco irmãos Rothschild e os seus bancos. Para os idiotas úteis que olhavam para o comunismo como forma de "lutar contra os banqueiros", fica a revelação de que o comunismo sempre foi financiado pelos mesmos banqueiros que eles dizem ser contra.

Por fim, Chaim Rakover identifica o único verdadeiro inimigo do sistema comuno-globalista:
Na verdade, o Cristianismo é o nosso único inimigo real visto que todo o fenómeno político e económico dos Estados Burgueses emana dele. O Cristianismo, ao controlar o indivíduo, é capaz de anular a projecção revolucionária do neutral Estado Soviético ou Ateísta.
A ler: 1 e 2



ShareThis

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

PRINT