domingo, 14 de fevereiro de 2016

A Escola de Frankfurt: Revolução Cultural

Por Arnaud de Lassus

Do forma geral, podem-se identificar dois tipos de Revolução: Primeiro, temos a revolução política, a conquista do poder através da violência e do uso do terror. A revolução de 1789-93 na França e a revolução de 1917 na Rússia disponibilizam-nos boas ilustrações deste tipo de revolução. Segundo, temos a revolução cultural onde se destroem a partir do interior as bases civilizacionais do país que se quer conquistar - a sua cultura, o seu modo de vida, as suas crenças, a sua moralidade, a sua escala de valores, etc. É uma acção a longo prazo que é levada a cabo sem violência visível aplicando a fórmula, "As formas modernas de subjugação são caracterizadas pela sua mansidão." [1]

Qual é a importância de se estudar o processo da revolução cultural, que é, de modo geral, menos conhecido que o processo da revolução política? A importância disto é que ela se revela particularmente eficaz nos países Católicos. A Polónia dá-nos um exemplo típico disto: Eis aqui um país que durante 50 anos resistiu ao poder político Marxista e, que, apesar desse poder político, conseguiu preservar a sua religião e a sua moralidade. No entanto, no espaço de alguns anos, depois da chegada da revolução cultural proveniente do Ocidente, a moralidade e os costumes foram invadidos por influências anti-Cristãs, havendo sido modificados segundo padrões ocidentais o que nos fez temer por uma rápida de-Cristianização do país.[2]

A revolução cultural não é um fenómeno novo. No inicio do século 19, Joseph de Maistre, caracterizou-a da seguinte forma:

Até hoje, as nações eram mortas através da conquista, isto é, pela invasão. Mas uma importante questão emerge: será possível que uma nação possa morrer no seu próprio solo, sem qualquer tipo de relocação ou invasão, permitindo que as moscas da decomposição corrompam até ao seu âmago aqueles princípios cardinais, e constituintes, que a tornam como ela é?

A revolução cultural tem sido sistematizada de modo particular desde os anos 20 do século passado, seguindo uma iniciativa de Lenine e a criação da que ficou conhecida como a Escola de Frankfurt. Propomos produzir alguma informação básica em torno desta iniciativa e em torno da Escola de Frankfurt, para além de propormos também demonstrar como isto contribuiu de forma poderosa em favor da contracultura que triunfou nos dias de hoje.

Marx e a Maçonaria

No ano de 1843, cerca de 5 anos antes do Manifesto Comunista, Marx escreveu o seguinte a um amigo:

Eis o que temos que conseguir levar a cabo: crítica impiedosa a tudo o que existe. Impiedosa de duas formas: a crítica não deve nem ter medo das suas conclusões, nem medo do conflicto com os poderes estabelecidos.

A "crítica impiedosa de tudo o que existe" da qual ele falava não era só a crítica à política, à religião, à lei e à família, mas a todos elementos da cultura Ocidental. Estas ideias de Marx correspondiam com aquelas colocadas em acção pela Maçonaria na mesma altura. É suficiente citar dois textos escritos por membros da Alta Vendita Italiana.[4]

Para propagar a luz, é, ao mesmo tempo, adequado e útil ajustar tudo o que aspire mover-se na mesma direcção. A parte essencial é isolar os homens das suas famílias, causar a que ele perca a sua moral. Piccolo Tigre [5] (1822) [6]]

O Catolicismo não tem mais medo da faca afiada que as monarquias, mas estas duas bases da ordem social podem ruir através da corrupção: não nos cansemos então de corromper. Corações pervertidos e vocês não terão mais que lidar com Católicos. [Vindice [7] (1838) [8]]


Depois da Manifesto Comunista de 1848, o Marxismo concentrou-se na acção política e económica. O seu ataque à cultura Ocidental passou para a segunda fase, e só durante os anos 20 é que começamos a ver os Marxistas a tomarem de forma metódica as ideias de Marx avançadas por este em 1843.

Os Falhanços Comunistas e o Projecto de Revolução Cultural

Depois da Revolução Russa de Outubro, uma das ideias de Lenine era a de exportar a revolução para a Europa Central e para a Europa Ocidental como forma de a salvar na Rússia mas estas tentativas foram um fracasso total. A revolução quase falhou na Rússia, mas foi salva devido ao apoio financeiro Americano. A revolução falhou na Hungria, onde em 1919 Bela Kun não foi capaz de manter o regime Comunista por mais de 133 dias. Falhou na Alemanha, onde a Liga Espartaquista, fundada em 1916, organizou uma insurreição em Berlim (em 1919), que foi ferozmente suprimida. Falhou na Itália, onde os partidos e os sindicatos Comunistas foram sujeitos a uma derrota esmagadora por parte do ex-socialista Mussolini.

Uma reflexão em torno destes fracassos gerou algumas conclusões em torno da metodologia.

Primeiro, Marx previu que a industrialização iria causar condições intoleráveis para a classe trabalhadora e iria eliminar a classe média-baixa. Estas previsões revelaram-se erróneas. O aumento da produtividade melhorou a qualidade de vida de todas as classes.

Segundo, tornou-se claro que o proletariado nunca poderia ser a ferramenta com a qual derrubar o Ocidente industrializado e permitir com isso a importação da revolução para lá.

Terceiro, era necessário abandonar a ideia dum ataque frontal a burguesia e ao capitalismo nos países desenvolvidos do Ocidente.

Quarto, o Ocidente só poderia ser derrubado depois da destruição das suas forças vitalizadoras através da traição dos seus intelectuais.

Devido a isto, os Comunistas foram levados a redescobrir as intuições que Marx havia tido antes do Manifesto de 1848, e deram início a uma revolução cultural do tipo Marxista ao explorarem todas as formas de dialéctica. Para dar um efeito concreto às reflexões prévias, no final de 1922 foi organizado um encontro no Instituto Marx-Engels de Moscovo segundo iniciativa de Lenine. Esse mesmo encontro esclareceu o conceito da revolução cultural e as bases da sua organização.

"Este encontro foi muito provavelmente mais prejudicial para a civilização Ocidental que a própria Revolução Bolchevique", escreve Ralph de Toledano.[9] Entre os participantes do encontro incluiam-se nomes tais como Karl Radek, o representante de Lenine; Felix Dzherzhinsky,[10] para garantir que qualquer que fosse a estratégia emergente, ela fosse integrada na rede mundial Soviética de assassinato e de subversão; Willi Munzenberg; e Georg Lukacs.

Consideremos os dois membros mais influentes do encontro: Willi Munzenberg e Georg Lukacs. Willi Munzenberg desempenhou um papel importante na criação do  Comintern.[11] Ele era um Comunista Alemão, líder do período entre as guerras, e alguém que deu um sentido organizacional à revolução cultural proposta. Ele foi mais tarde assassinado por homens enviados por Estaline.[12]

Georg Lukacs (1885-1971) era duma família Judaica Húngara e ele foi o Comissário Popular para a Cultura e para a Educação durante o governo Comunista de Bela Kun na Hungria. Como um bom teórico Marxista, ele desenvolveu o conceito da "Revolução e do Eros", isto é, o uso do sexo como arma de destruição. Dentro do projecto da revolução cultural, o seu papel foi decisivo. Ele trouxe as suas ideias para dentro da revolução cultural, e foi beneficiado com o facto de conhecer o campo cultural e de ter boas relações com os artistas e com os intelectuais de língua Alemã.

O Poder do Número Reduzido

Tanto Munzenberg como Lukacs sabiam que as sociedades e as civilizações não eram avançadas através de movimentos em massa. A Revolução Bolchevique não havia ocorrido devido a manifestações em massa, mas sim devido 1) à desintegração o Czarismo. 2) à corrupção da classe governante, e 3) à erosão da fé dessa classe nela mesma e na sua capacidade de manter o poder. A revista teórica de Lenine, Iskra, que havia sido instrumental na destruição do regime imperial, tinha uma circulação de 3,000 exemplares - e todos eles entre os intelectuais.[13]

Sendo a via que iria causar a desintegração, corrupção, e erosão do Ocidente, a revolução cultural só poderia produzir as condições pré-emptivas para a revolução Comunista. O obstáculo era a própria civilização Ocidental e a cultura que ela havia criado.

A civilização Ocidental era composta por muitas mansões: a moralidade que deriva da religião [Cristianismo], a família, o respeito pelo passado como linha orientadora do futuro, a restrição dos instintos primários do homem, e uma organização social e política que garantia a liberdade sem convidar a licenciosidade. E de todos estes obstáculos, os maiores eram o Deus Imanente e a família.

Esta havia sido a mensagem de Marx em 1843, antes de se ter dedicado a história económica pseudo-científica. O seu apelo então foi um em favor da crítica impiedosa de tudo o que existia, mas particularmente da religião [Cristianismo], da ciência, e da família. Depois disso, e com o homem Ocidental "emancipado" da sua humanidade e enraizado na lama, a sociedade politicamente correcta haveria de surgir.[14] Como é que isto seria levado a cabo? A primeira ideia-chave era a acção junto dos intelectuais:

Temos que organizar os intelectuais e usá-los para fazer com que a civilização Ocidental cheire mal. Só então, depois de termos corrompido todos os seus valores e ter tornado a vida impossível, é que podemos impor a ditadura do proletariado. [15]

A segunda ideia era a de explorar a ideias de Freud duma forma Marxista:

O início da depreciação conceptual dos instintos sexuais do homem havia iniciado com Sigmund Freud..... O sexo, o aspecto mais explosivo da psicologia humana, deveria ser libertado. Uma amálgama de neo-Freudianismo e neo-Marxismo deveria destruir as frágeis defesas do sistema imunitário da civilização Ocidental. [16]

A Fase Alemã da Escola de Frankfurt (1923-32)

Para incarnar esta visão do mundo, em 1923 foi fundado um Instituto para o Marxismo em Frankfurt, que rapidamente adoptou o nome mais neutral "Institudo para Pesquisa Social". [17] A cidade de Frankfurt não foi escolhida acidentalmente visto que desde a Idade Média que ela era um dos centros de influência mais importantes da Alemanha. Frankfurt era também o berço de muitas dinastias financeiras.

Durante o século 18, Frankfurt foi o centro dos Illuminati Bavarianos, aquela Alta Maçonaria que desempenhou um papel-chave na preparação da Revolução Francesa. Foi perto de Frankfurt que, em 1781, uma reunião Maçónica tomou a decisão de matar o rei Luis XVI e o Rei da Suécia. Durante o século 20:

... Frankfurt era a cidade Alemã com a mais elevada percentagem de Judeus dentro da população de qualquer povoação Alemã; a comunidade Judaica a residir por lá era a mais conhecida e, depois de Berlim, a segunda maior comunidade Judaica da Alemanha..... Era uma cidade onde as pessoas da classe média que simpatizavam com o socialismo e com o comunismo eram em número anormalmente elevado. [18]

Portanto, faz sentido que tenha sido em Frankfurt que o instituto de pesquisa para o estudo da fase de planeamento da revolução cultural - o Instituto para a Pesquisa Social, e que depois de 1960 passou a ser conhecida como a "Escola de Frankfurt" - tenha sido estabelecido.

O Instituto Para a Pesquisa Social

Entre 1923 a 1930, o Instituto foi dirigido por Carl Grünberg, conhecido e respeitado junto dos círculos académicos, e um homem de origem Austríaca e de convicções Marxistas. Entre 1930 a 1958, a escola foi dirigida por Max Horkheimer, doutor em filosofia e homem de orientação Marxista. Depois de ter disponibilizado um certo número de ideias básicas ao Instituto, foi dito o seguinte em relação a Georg Lukacs, que depois o abandonou:

Quaisquer que fossem as diferenças de opinião que levou à sua separação nos anos subsequentes - e elas eram sérias - o Instituto e Lukacs falaram de assuntos semelhantes dentro da tradição comum. [19]

As outras personalides importantes dentro de Instituto eram:  Erich Fromm (1900-80); Theodor Adorno (1903-69), autor do livro "A Personalidade Autoritária", que vai ser falado mais embaixo; Karl Korsch (1886-1961); Wilhem Reich (1897-1957); Friedrich Pollock (1894-1970); Walter Benjamin (1892-1940); e Herbert Marcuse (1898-1979), que foi aceite no Instituto em 1932.

É importante levar em conta que a chegada de Herbert Marcuse fortaleceu o grupo daqueles que, dentro do Instituto, haviam adoptado "um entendimento dialéctico em vez de mecânico do Marxismo." [20] Isto significa que os Marxistas que se encontravam dentro do Instituto eram mais adeptos das ideias de Trotsky (propagação da revolução por todo o lado como um vírus) em vez do monolitismo de Estaline.

A Escola de Frankfurt nos Estados Unidos

Quando em 1933 Hitler se tornou Chanceler da Alemanha, o Instituto fechou as suas portas em Frankfurt e reorganizou-se nos Estados Unidos. O que se segue é a descrição feita por Jeffrey Steinberg no seu (ainda por publicar) estudo "Draft Report on Manchurian Children"[21] em torno da instalação do Instituto nos Estados Unidos e em torno do seu campo de acção entre 1932 a 1950.

No início dos anos 30, a Escola de Frankfurt [22] abandonou a Alemanha pós-Hitler, onde já haviam desempenhado um papel poderoso na decadência cultural que fomentou a Nacional Socialista, e, depois de um breve tempo na Suiça, fixou-se nos Estados Unidos, cortesia das Universidades da Columbia e de Princeton, da  "London School of Economics", da Sociedade Fabiana Britânica, do subversivo cultural John Dewey, e das fundações da família Rockefeller; figuras importantes da Escola de Frankfurt receberam posições privilegiadas nas universidades Americans de elite, e a Universidade da Columbia tornou-se na "casa Americana" da Escola de Frankfurt.

Na Universidade de Princeton, Paul Lazarsfeld, membro da Escola de Frankfurt, dirigou o "Radio Research Project", um esforço primitivo de engenharia social e de perfilagem social, financiado pelas fundações Rockefeller e pelo Exército Americano

Theodor Adorno, um dos líderes da Escola de Frankfurt, tornou-se director da unidade dos estudos musicais, operando sob Lazarsfeld, e nos anos 30 e 40 escreveu sobre a possibilidade de emitir música atonal e outras formas de música como armas de destruição social. Na sua influente obra com o nome de "The Theory of Modern Music", Adorno propôs o uso de formas de música tão degeneradas que ela seria um meio de promover a doença mental - incluindo a necrofilia - em larga escala.

Ele  escreveu também que os Estados Unidos poderiam ser colocados de joelhos através do uso da radio e da televisão como forma de promover o pessimismo cultural, o desespero, e o auto-ódio.


No princípio dos anos 40, o Comité Judaico Americano contratou Horkheimer e Adorno, bem como a maioria dos refugiados da Escola de Frankfurt, para dirigir um Estudo em Torno do Preconceito - estudo esse com a duração de uma década e que gerou cinco trabalhos importantes.

O mais famoso destes Estudos, "A Personalidade Autoritária" [23] atacou a moralidade Americana do pós-guerra, alegando que, visto que a vasta maioria dos Americanos ainda acreditava nas virtudes de Deus [isto é, no Cristianismo], da nação e da família, a América estava pronta para ser tomada pelo fascismo autoritário.

Para os revolucionários sociais da Escola de Frankfurt, qualquer crença [Cristã] num Deus Transcendente era fascista. Foi através desta luta contra o "preconceito" que o "politicamente correcto", que hoje reina supremo, nasceu.

Pelos finais dos anos 30, algumas figuras importantes da Escola de Frankfurt, tais como Adorno and Max Horkheimer, haviam migrado para Hollywood, onde se haviam aliado com Aldous Huxley, Christopher Isherwood, Igor Stravinsky, e Alexander Korda, ao darem início ao uso da emergente "indústria da cultura em massa" como veículo de subversão cultural em massa, e para avançarem com o seu projecto de "Pessimismo Cultural".

Não por acaso, Korda foi um dos graduados do Ministério de Cultura e Educação do governo Bolchevique de Bela Kun, na Hungria, onde ele serviu sob as ordens directas do fundador da Escola de Frankfurt e espião de topo do Comintern, Georg Lukacs. Os Ingleses Huxley e Isherwood eram veteranos dos projectos de guerra psicológica dos Fabianos Britânicos.[24]

Anti-Comunistas ingénuos, ignorantes da agenda de "guerra cultural" do Comintern da Escola de Frankfurt, passaram imenso tempo em busca de mensagens revolucionárias subliminares nos filmes de  Hollywood, errando ao não repararem no facto da indústria estar de modo gradual a publicar filmes de pouca qualidade que glorificavam o sexo, o assassínio, e o uso de drogas.

Se eles tivessem estudado os escritos depravados de Horkheimer e de Adorno, ou de Huxley and Isherwood, seus colegas de viagem, há muito tempo que se teriam apercebido que o jogo agora era o de subversão psico-cultural.

Já na década de 50, Adorno escrevia em várias publicações centradas na "teoria crítica" que, mal a maioria dos Americanos estivesse aprisionada em passar o seu tempo de diversão em frente à televisão, ou nos cinemas, o processo de destruição da "sociedade burguesa capitalista" estaria completo. Aldous Huxley descreveu este processo de lavagem cerebral, realçado através do uso de drogas psicadélicas, como um "tipo campo de concentração sem lágrimas", e como "a revolução final."

Ao mesmo tempo que Hollywood estava a ser invadida por membros da Escola de Frankfurt e pelos seus companheiros de viagem, o sistema educacional Americano -  desde os jardins de infância até à pós-graduação - estava também a ser atacado com o mesmo aparato.

Os autores deste relatório disponibilizaram uma análise aprofundada da forma como a Escola de Frankfurt, aliada a John Dewey e os seus colegas dentro da "National Educational Association", e também aliada a "Training Labs" de Kurt Lewin, subverteram o sistema educacional Americano. (a ler: "The Crisis in American Education", 1995, por Jeffrey Steinberg e Paul Goldstein).

A realidade dos factos é que, quando a 2ª Grande Guerra acabou, a transformação das nossas escolas públicas de instituições educacionais dedicadas a preparar os jovens a operar como cidadãos duma república democrática, para laboratórios experimentais onde eram testadas teorias assassinas de controle mental das massas e de revolução social Marxista-Freudiana, já se encontrava a caminho.

A Universidade de Chicago, viveiro da subversão levada a cabo pela Escola de Frankfurt e pelos seguidores de Dewey, contribuiu com um dos estudos mais importantes em torno do como transformar a educação Americana, editado pelo Professor Prof. Benjamin Bloom, e com o nome de "Taxonomy of Educational Objectives".

Muitos anos depois, Lorde Bertrand Russell escreveu o seguinte no "The Future of Science",

Sou de opinião de que o tópico que, politicamente, será de maior importância é a psicologia em massa..... Os psicólogos sociais do futuro terão um certo número de turmas de crianças em idade escolar sobre as quais serão testados métodos diferentes de causar a que elas tenham uma firme convicção de que a neve é preta. Vários resultados serão atingidos inicialmente:

1) Que as influências domésticas são obstrutivas [isto é, a família é um impedimento]
2) Que muito pouco pode ser feito a menos que a indoutrinação comece antes da criança ter 10 anos.

Cabe ao cientista do futuro fazer com que estas máximas se tornem exactas, e descubra quanto é que custa, por cabeça, causar a que a criança acredite que a neve é preta. Quanto a técnica tiver sido aperfeiçoada, os governos que tenham sido responsáveis pela educação por mais de 10 anos serão capazes de controlar os subditos com segurança sem qualquer necessidade de exércitos de policias."[25]

Temos que entender de modo claro o que Jeffrey Steinberg está a declarar no texto que precede. Não se trata aqui de atribuir a totalidade da subversão nos domínios da música, dos filmes, da televisão, e do sistema de ensino à Escola de Frankfurt, mas sim mostrar que, em vários destes domínios, a Escola de Frankfurt já havia explicado antecipadamente o que tinha que ser feito, e havia liderado o processo.

Por volta de 1950, 3 dos membros principais da Escola de Frankfurt, Horkheimer, Adorno, e Pollock, deixaram os Estados Unidos e regressaram para Frankfurt como forma de instalarem um novo "Instituto para Pesquisa Social", que continuou com as suas actividades até à morte de Theodor Adorno em 1969. Parte da equipa, que incluia Herbert Marcuse, ficou nos Estados Unidos.

O trabalho principal da Escola de Frankfurt foi, portanto, estendido durante um período de 46 anos - desde 1923 a 1969, e por volta deste ano o movimento estava bem estabelecido e homens jovens estavam a continuar com o trabalho.

Continua na 2ª Parte.



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