quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Mais de 4300 cristãos foram mortos em 2018 devido às suas crenças

Até Outubro de 2018, pelo menos 4305 cristãos foram assassinados em todo o mundo devido às suas crenças, mais 40% que no mesmo período de 2017.

Uma organização não-governamental indicou hoje que mais de 4300 cristãos foram mortos no ano passado, a grande maioria na Nigéria, o que representa um aumento expressivo pelo sexto ano consecutivo.

Até Outubro de 2018, pelo menos 4305 cristãos tinham sido assassinados em todo o mundo devido às suas crenças, o que representa um aumento de 40% em comparação com os 3066 mortos registados nos primeiros 11 meses de 2017, indicou a Missão Portas Abertas francesa.

A ONG publicou o seu relatório "índex 2019", no qual lista os "50 países onde os cristãos são mais perseguidos".

Cerca de 90% das mortes ocorreram na Nigéria (3731 mortes em solo nigeriano, contra 2000 em 2017). Neste país, "os cristãos enfrentam uma dupla ameaça", observou a ONG, referindo-se ao grupo jihadista Boko Haram e aos pastores Fulani.

Um total de 245 milhões de cristãos - católicos, ortodoxos, protestantes, batistas, evangélicos, pentecostais, cristãos expatriados, convertidos - são perseguidos, ou "um em cada nove cristãos", contra 1 em 12 no ano passado, acrescentou a organização.

Por "perseguição", entende-se tanto a violência cometida como a opressão diária mais discreta.

"O índice revela uma perseguição contra as minorias cristãs que aumenta de ano para ano. Em 2018 isto continua", escreveu o diretor da Missão Portas Abertas, Michel Varton, no preâmbulo do texto.

Num ano, "o número de igrejas visadas (fechadas, atacadas, danificadas, incendiadas...) quase duplicou, passando de 793 para 1847". "O número de cristãos detidos aumentou de 1905 para 3150" no mesmo período, sublinhou a organização.

A Coreia do Norte está novamente no topo deste ranking anual, tal como nos anos anteriores, embora não seja possível saber o número de mortes neste país devido à falta de "dados fiáveis".

A ONG observa, no entanto, que "dezenas de milhares de cristãos (...) estão presos em campos de trabalhos forçados" naquele país.

Seguem-se o Afeganistão, a Somália, a Líbia, o Paquistão, o Sudão, a Eritreia, o Iémen, o Irão, a Índia e a Síria.

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