Por acaso já se questionarem do porquê as grandes empresas e os governos esquerdistas frequentemente se encontrarem unidos? Uma pergunta mais profunda será: "Porque é que a direita política e os partidos esquerdistas aparentemente são incapazes ou relutantes de fazer alguma coisa contra a imigração em massa para os países do Ocidente?"
Estas perguntas são respondidas no excelente livro de Kerry Bolton com o nome de ‘Babel, Inc: Multiculturalism, Globalisation, and the New World Order’. O que eu acho de mais valioso no livro de Bolton é a forma como ele demonstra o falhanço dos partidos esquerdistas de proteger os seus principais constituintes da competição económica e da desarticulação causadas pela imigração em massa.
Longe de serem os defensores naturais da classe operária, os actuais partidos esquerdistas estão unidos com as forças da globalização e do Grande Capital, que nada se preocupam com o impacto negativo da imigração em massa na sociedade anfitriã, já para não falar do nada que eles protegem a classe operária (a facção social mais afectada pela imigração em massa e pela desarticulação).
Ironicamente, os trabalhadores naturalmente correm para os braços dos partidos esquerdistas esperando que estes protejam os seus interesses económicos, só para descobrirem que estes partidos, e sem buscarem o consentimento da classe operária, apoiam políticas que diminuem os ordenados e transformam as comunidades.
Mas este livro é extremamente relevante para todas as classes, especialmente para aqueles que visam levar a cabo reformas na imigração, para os que são contra o multiculturalismo, e para os trabalhadores. Colocar no mesmo conjunto todos estes grupos díspares pode parecer algo estranho, mas essa "estranheza" acaba quando nos apercebemos qie TODOS estes grupos foram marcados para substituição e para desarticulação por parte da esquerda Marxista e por parte do Grande Capital.
Esta coligação esquerda-direita revela desprezo pelo seu próprio povo ao abandoná-lo para imoralidade da imigração descontrolada e para a não-democrática transformação social. O valor da obra de Bolton encontra-se na forma como ele mostra que este derrube da tradicional sociedade Ocidental, neste caso dos trabalhadores de colares azuis e brancos, foi planeado há muito tempo atrás, e não é algo que surgiu do nada.
Bolton demonstra que nos finais do século 19 e início do século 20, as forças laborais organizadas eram a vanguarda entusiasta que se opunha à imigração em massa. Na Austrália, eminentes líderes laborais tais como W. G. Spence, Joseph Chifley, e Arthur Caldwell formaram a linha da frente da oposição laboral à mão-de-obra barata do terceiro mundo (Bolton, pp. 20-25).
Longe de serem racistas, estes homens eram os defensores do trabalhador Australiano numa altura em que as organizações laborais desse pais estavam a dar início às suas actividades como força a ser levada em conta. De facto, naquela altura da história da "British Commonwealth", sem dúvida que a oposição mais eficaz à imigração em massa foi feita pelas forças laborais organizadas.
De maneira nenhuma esta liderança era composta por xenófobos e intolerantes, tal como eles seriam retratados pelos politicamente correctos média actuais. Para os líderes laborais, oposição à imigração era como proteger o sustento económico e social da classe operária da competição detrimental e injusta.
De forma bem convincente, Bolton mostra como os líderes do Grande Capital - tanto dentro como fora do governo - intencionalmente buscaram mão-de-obra barata estrangeira como estratégia de baixar os salários dos operários Brancos. Bolton demonstra que o antigo ministro da Columbia Britânica, Dunsmuir, uma pessoa que não era amiga das forças laborais, era um importante defensor da imigração de não-Brancos.
Este magnata do Grande Capital, que fazia parte do governo, buscou formas de importar mão-de-obra barata "coolie" [trabalhadores Hindus ou Chineses] para a B.C. [British Columbia] especificamente para reduzir os salários dos operários Brancos. Com isto, ele planeava ajudar os seus amigos e aliados do Grande Capital a não pagar aos seus operários salarios decentes e que permitissem ter uma vida normal (Bolton, p. 35).
De facto, Bolton cita um artigo publicado pelo Immigration Watch Canada, ‘The 1907 Arrival of Many Low-Wage Labourers Precipitated the September 1907 Vancouver Asiatic Riot’, para mostrar a forma como Dunsmuir inflamou de forma intencional os operários Brancos ao substituí-los pela mais barata mão-de-obra Asiática.
Com frequência, a chegada da mão-de-obra coolie prognosticava outras repercussões negativas para os operários Brancos: violência física e intimidação. Isto normalmente tornou-se realidade para muitos trabalhadores nascidos no Canadá [Brancos]. Onde quer que a mão-de-obra coolie era instalada como forma de reduzir os salários e a subsistência dos Brancos, tal violência era comum na Austrália e no Canadá.
De modo consistente, Bolton reuniu evidências de que a liderança da Direita do Grande Capital era a promotora de tal competição económica e violência cujo propósito final era o de levar as empresas a poupar dinheiro, mesmo que isso fosse feito à custa da ausência de condições de segurança e ausência de salários com os quais se pudesse subsistir. Estas evidências são convincentes visto que mostram a direita política unida às forças da imigração em massa, ao multiculturalismo, e à globalização - num início que remonta pelo menos 150 anos. Um operário pode perguntar hoje:
A resposta: Porque (1) eles não querem perder o voto imigrante, e (2) a imigração não é, de qualquer forma, um legítimo tópico de crítica no sistema democrático actual. Ora, se um direitista fizesse aos Conservadores a mesma pergunta, será que ele obteria a mesma resposta? Parece que os Canadianos não estão no controle dos seus destinos.
De facto, se uma audiência moderna perguntasse qual era a diferença entre Dunsmuir e Stephen Harper, ou entre Justin Trudeau e Thomas Mulcair, sería possível ver que eles são todos espantosamente semelhantes no tópico da imigração. Parece que muito pouco mudou durante os últimos 100 anos.
Para os políticos da sociedade democrática, o dinheiro e os votos são os propósitos finais. Mas será que eles se preocupam com o destino cultural da sociedade anfitriã que eles alegam representar? Bolton responde com um "Não" firme.
Bolton vai mais longe.
Ele mostra como as acções de pessoas tais como Dunsmuir e os proponentes normais do multiculturalismo e da imigração em massa enquadram-se num esquema mais generalizado: o de transformar a humanidade em consumidores intercambiáveis, vazios de qualquer ligação cultural, racial ou religiosa, capazes de se ajustar a qualquer roda dentada financeira - em qualquer lugar do planeta. A verdadeira diversidade não tem lugar neste mundo visto que todas as diferenças humanas serão varridas.
Quão semelhante isto soa da utopia comunista, até que nos apercebemos que as forças de nivelamento do capitalismo democrático são quase idênticas. Sob esta luz, o comunismo e o capitalismo parecem ser lados diferentes da mesma moeda. Isto, obviamente, expõe o carácter verdadeiramente sinistro da agenda globalista.
Bolton mostra que a imigração em massa, o multiculturalismo, e o capitalismo nada mais são que ferramentas arquitectadas para gerar esta humanidade desenraizada - por enquanto camuflada sob o conforto material e as aparentes "escolhas" colocadas à disposição dos eleitores durante o tempo de eleições.
Recomendo vivamente que obtenham uma cópia do livro "Babel, Inc." Se por acaso és membro da classe operária, tens que ficar tremendamente preocupado com os perigos que a imigração em massa causam à segurança do teu emprego, ao teu rendimento, à competição económica, e preocupado com transformação da tua comunidade numa entidade irreconhecível.
Os operários não têm a mesma prosperidade económica que os seus pares das classes média e alta, e como tal, a opção da "fuga Branca" nem chega a ser possível para muitos operários. Para além disso, a falta de recursos económicos dificultam, ou impossibilitam, os trabalhadores de se organizarem com sucesso ao nível político como forma de avançarem com os seus interesses. Devido a isto, eles frequentemente têm que se agachar e aceitar a realidade tal como ela é, e não como eles gostariam que ela fosse. Resumidamente, os nossos líderes traíram-nos através da imigração em massa.
Mas a traição não acaba aqui. Os Canadianos das classes média e alta também sofrem visto que a riqueza e a mobilidade só os podem isolar das realidades da imigração em massa e da substituição económica por um tempo limitado. De modo geral, também eles têm que se agachar e aceitar a realidade não como ela é mas tal como ela foi arquitectada sem o seu consentimento.
Será, portanto, racional, os operários apoiarem a NDP que trabalha em favor desta substituição social e económica? Ou as pessoas da classe média apoiarem os Liberais e os Conservadores que têm a mesma agenda de substituição e competição voltada contra eles? Espero que depois de ler este ensaio vocês sejam capazes de responder com um claro e retumbante "NÃO".
Ofereço como solução para estes males que TODOS os Canadianos de origem Europeia, independentemente da classe, religião ou região, juntem esforços numa causa comum e avancem com os seus interesses. A realidade dos factos é que os políticos que eles elegeram não farão isso por eles visto que a sua preocupação são os ciclos eleitoras de 4 anos, financiamentos eleitorais, e votos - não a preservação da civilização Ocidental perante as forças da globalização.
O mínimo que podemos fazer é trabalhar por um mundo melhor e um sistema melhor do que o temos actualmente. Tal como Bolton mostra, nós no Ocidente estamos em rota de ruína cultural. Espero que este ensaio te tenha motivado a fazer a tua parte para reverter este tendência antes que seja tarde demais.
E essa mesma agenda política(além de económica e social-cultural) está em marcha na Europa desde 1945(em Portugal desde 1974)com grande cumplicidade dos média corporativos(os quais chegam sempre a mais pessoas que os média alternativos da net).
ResponderEliminarA síntese bem explicada http://www.olavodecarvalho.org/convidados/empeco.htm
ResponderEliminarA falta de coesão de um país(e povo)é o início de todas decadências.Em 1975 o projecto político/económico marxista foi derrotado cá,mas o projecto cultural marxista entranhou-se na sociedade(o que convém afinal aos próprios masters da globalização que dominam o capital) e muitos nem deram por isso,um país que perde a sua identidade fica sujeito a imposições de fora(mesmo que em nome do liberalismo ou outro ismo qualquer),foi o que aconteceu e continua a acontecer.
ResponderEliminarQuando Karl Marx escreveu o “Manifesto Comunista” (séc. 19), ficou bem claro que ideologia que nascia assentava em duas vertentes básicas: O Marxismo Económico, que defende a ideia de que a História é determinada pela propriedade dos meios de produção, e o Marxismo Cultural, que defende a ideia de que a História é determinada pelo Poder através do qual, grupos sociais (para além das classes sociais) definidos pela raça, sexo, etc., assumem o poder sobre outros grupos. Até à I Guerra Mundial, o Marxismo Cultural não mereceu muita atenção, que se concentrou praticamente toda no Marxismo Económico, que deu origem à revolução bolchevista (URSS).
ResponderEliminarO Marxismo Cultural é uma sub-ideologia do Marxismo (a “outra face da moeda” é o marxismo económico), e como todas as ideologias, tende inexoravelmente para a implantação de uma ditadura, isto é, para o totalitarismo.
Sem unidade de idéias e de lutas dos povos e lideranças políticas fortes que os conduzam, fica praticamente impossível de barrarmos tais avanços malignos às nações ocidentais.
ResponderEliminarSabotar a coesão dos povos e as lideranças dos países soberanos foi precisamente o objectivo primeiro dos promotores/ideólogos das revoluções socialistas/comunistas que são a outra face do internacionalismo/globalismo e plutocrata-capitalista(ambas as correntes se unem agora no sistema internacional,tal como previu e anunciou Gorbachev quando disse que uma terceira via estava para emergir entre o capitalismo e o comunismo).
ResponderEliminarA sociedade cristã perdeu na verdade a consciência de que a luta entre o marxismo e a democracia,entre o capitalismo de Estado e o capitalismo dos grupos financeiros,não é mais do que a expressão de divergências passageiras dentro da mesma concepção materialista do mundo e da vida.Tomar posição a favor de um ou de outro é sempre aliar-se com o mesmo inimigo,é trair a sua própria frente de batalha em benefício exclusivo de um inimigo com duas faces.A vitória de um ou de outro significará sempre a derrota da nossa concepção do mundo e da vida.(Fernando Pacheco De Amorim in Portugal Traído de 1975)
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