O projecto que teve início em Brighton na costa sul da Grã-Bretanha gere um conjunto de centros que organizam instalações de reabilitação comunitária para as mulheres. A pressão política levada a cabo por este grupo milita de modo a que esta abordagem seja aplicada numa escala mais ampla, visto que o mesmo grupo alega que esta metodologia se revelou mais eficaz.
Um proporção significativa sofreu também violência séria e contínua, ou violência sexual, quer em idade adulta quer em idade infantil.
– Inspire
Women’s Project, Executive Summary.
Qual seria, então, o argumento para que as mulheres evitassem ir para a prisão? Este artigo publicado no ano passado resume muito bem o argumento feminista. O próprio título, "Mães & Prisão: As Alternativas" (“Mothers & Prison: The alternatives”),
começa mal desde o início visto que é injusto alegar que as mães
merecem um estatuto especial na mesma sociedade onde os homens não têm
direitos de custódia iguais.
A partir daqui, o artigo só piora. Tal como muitas feministas, os argumentos usados pelo grupo Inspire usam o truque da
omissão quando tentam justificar o tratamento desigual para os
criminosos do sexo masculino e para as criminosas do sexo feminino. Os
apoiantes desta política afirmam que as transgressoras femininas são
tipicamente de ambientes familiares desfavorecidos e abusivos. Muito
provavelmente estão correctas, mas o que elas deixam de fora é que isto
resume o ambiente familiar de virtualmente todos
os homens na prisão. Uma história de violência e negligência é
frequentemente o que caracteriza a vida inicial dum transgressor
criminal reincidente. De mesma forma, uma larga proporção dos homens
nas prisões sofreram, ou ainda sofrem, de doença mental - precisamente o mesmo argumento que a Inspire usa para as transgressoras do sexo feminino.
Ponderar sobre estes tópicos é tocar
numa questão que deu trabalho aos filósofos e comentadores através dos
tempos. Qual é o propósito do castigo? Será para reformar os
indivíduos, ou infligir um castigo que envolve um sentido de
satisfacção dentro da sociedade mais alargada? Será que é para
intimidar o criminoso, e, através do exemplo, intimidar os outros
membros da sociedade?
Convém ressalvar que a maior parte dos casos que são apresentados como forma de apoiar o argumento feminista são o produto da própria boca da transgressora.
É um cliché bem conhecido que todos os criminosos são peritos na
construção de histórias emotivas. Se eles tivessem essa possivbilidade,
virtualmente todos os homens das prisões iriam alegar terem sido
"vítimas" e que o seu caso merece algum tipo de simpatia. As mulheres
que usam este tipo de argumentação têm a vantagem de ser complicado
andar por uma rua duma cidade sem ver um poster duma mulher a sofrer
algum tipo de injustiça, consequência duma sociedade que é rápida em
olhar para a mulher como vítima.
Custa
£45,000 manter uma mulher na prisão durante o ano inteiro - ao mesmo
tempo que 45% de todas as mulheres que foram libertas em 2010 sob
regime de custódia voltaram a transgredir no espaço de 12 meses.
– site do Ministério da Justiça
É difícil ver de que forma qualquer um destes exemplos que a Inspire
e os apoiantes com a mesma filosofia usam podem, de alguma forma, ser
útil para justificar o tratamento desigual entre homens e mulheres; o
que quer que seja dito das transgressoras e do tratamento que elas
merecem é tipicamente verdade em relação aos transgressores (homens).
Será houve algum conjunto de regras universais feitas para excluir alguns transgressores do tratamento normal?
Se o criminoso tem uma história de vida triste, será que ele deve
evitar a prisão? Ou será que uma história de doença mental é motivo
para não se ir para a prisão? Se sim, então preparem-se para retirar
90% dos transgressores do sexo masculino das prisões e colocá-los
dentro da população geral. Sem dúvida que a curto prazo isso iria
poupar dinheiro, visto que o elevado custo de manter as mulheres na
prisão é um argumento usado pelas feministas para conferir tratamento
especial às mulheres. No fundo, este argumento falha o mesmo teste
básico de todos os argumentos que militam por tratamento injusto visto:
tudo o que possa ser dito das mulheres pode também ser dito dos homens
transgressores.
No fundo, algumas pessoas podem debater
se a sentença comunitária, em oposição à detenção, é uma "opção suave",
e a maior parte da retórica emprega fraseologia tal como "duro esquema comunitário".
Um teste simples seria oferecer a cada criminoso sentenciado a escolha
de ir para a prisão ou cumprir uma sentença comunitária. É preciso
levar em conta que quando chegar a altura do criminoso enfrentar a
cadeia, normalmente ele já está suficientemente familiarizado com o
sistema de justiça de forma a fazer uma decisão informada. Segundo os
apoiantes dos esquemas-específicos-para-as-mulheres, os criminosos não
revelariam qualquer tipo de preferência pela sentença comunitária em
vez da prisão.
E mesmo que sejam encontradas diferenças na eficácia das sentenças comunitárias
para os homens e para as mulheres, isso não mudaria nada. Se ficasse
provado que a taxa de reincidência criminosa entre os homens que haviam
cumprido uma sentença comunitária era mais elevada, as feministas iriam
alegar que isso era uma evidência forte de que o serviço comunitário
não era abordagem correcta para os homens. No entanto, se ficasse provado que a
reincidência das criminosas era maior entre aquelas que haviam cumprido
serviço comunitário, as feministas alegariam que isso era evidência de
que as mulheres criminosas precisavam de um apoio maior. Não há forma
de vencer esta lógica.
Uma experiência intelectual pode ser
usada para esclarecer ainda mais o assunto. Imaginemos que era
descoberto que durante os anos 70, na África do Sul, o governo havia
declarado que os brancos iriam receber um tratamento diferente dos
negros caso ambos levassem a cabo o mesmo crime. Poderia ser alegado
que os brancos eram menos susceptíveis de se envolverem em actividades
criminosas e que a minoria que se envolvia era tipicamente vitima das
dificuldades e da pobreza. Mais ainda, medidas tais como a educação e o
serviço comunitário pareciam ser mais eficazes do que a prisão entre os
criminosos brancos. Será que serias capaz de viver com isso?
Fonte - http://bit.ly/1ke70Wc
* * * * * * *
Um dos propósitos do feminismo é separar as mulheres das consequências do seu próprio comportamento, elevando assim as mulheres para uma artificial posição de impunidade moral que só lhe faz mal. Esse é um dos propósitos do aborto. Agora, ficamos a saber que as feministas não querem que as mulheres sejam presas, mesmo que cometam exactamente o mesmo crime que os homens. Ou seja, as feministas querem "igualdade" de regalias com os homens, mas não querem igualdade de responsabilidade.
Um dos propósitos do feminismo é separar as mulheres das consequências do seu próprio comportamento, elevando assim as mulheres para uma artificial posição de impunidade moral que só lhe faz mal. Esse é um dos propósitos do aborto. Agora, ficamos a saber que as feministas não querem que as mulheres sejam presas, mesmo que cometam exactamente o mesmo crime que os homens. Ou seja, as feministas querem "igualdade" de regalias com os homens, mas não querem igualdade de responsabilidade.
O propósito final disto, obviamente, não é ajudar as mulheres (porque pessoas a quem não são exigidas responsabilidades, mais cedo ou mais tarde, entram em rota de auto-destruição)
mas sim destruir ainda mais os relacionamentos entre os homens e as
mulheres, causando a que os homens comecem a olhar para as mulheres da
mesma forma que todas as pessoas que foram vítimas de injustiça olham
para quem beneficiou com a injustiça.
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