A foto tornou-se viral - com mais de 16 milhões de visualizações no Facebook - e gerou mais de 12,000 comentários. E embora a maior parte dos comentários tenham sido de apoio, ao estilo "assim é que é, miúda!", muitas outros foram enervados ataques pessoais ao assunto da foto, qualificando Maria com nomes que iam desde "detestável" e "falsa", e até péssima mãe e até intimidadora.
Mas Kang, numa entrevista exclusiva à Yahoo Shine, disse que fazer com que as mulheres se sentissem mal com elas mesmas é exactamente o contrário do que ela queria. "Queria inspirar as pessoas," disse ela, acrescentando que as palavras "Qual é a tua desculpa?" nada mais eram que populares palavras emprestadas que têm sido usadas em várias campanhas de “fitspiration”.
Maria Kang, do Sacramento, Califórnia, é uma antiga pageant queen e concorrente de aptidão ["fitness competitor"] que em 2007 fundou uma organização sem fins lucrativos com o nome de "Fitness Without Borders". Ela é também uma bulímica em recuperação. Kang diz que entende o porquê de algumas pessoas terem reagido duma forma tão defensiva:
Mas mesmo assim, diz Kang, "Senti uma frustração enorme. Ser chamada de péssima mãe e má pessoa realmente causou mágoa em mim."
Embora ela tenha postado a sua foto no Facebook há mais de um ano, Kang reparou que ela começou a ser mais partilhada nos últimos tempos e que ela estava a gerar um turbilhão de comentários negativos dirigidos a Kang. Devido a isso, ela voltou a postar a sua foto na sua conta do Facebook, para os seus 72,000 seguidores, associando a ela um pedido de desculpas - que, diz ela, na verdade é uma "não-desculpa":
Este post gerou um frenesim de respostas negativas, incluindo:
- "Não é que eu precise duma desculpa, sua idiota hipócrita, mas eis a minha . . . fibromialgia."
- "Tu fazes parte do problema de envergonhamento de corpos que está a ocorrer na América do Norte e em outras partes do mundo."
- "Tu és uma intimidadora com um sentido super inchado de ti própria"
Muitos outros, no entanto, colocaram-se do lado de Kang afirmando coisas como "Nunca peças desculpa" e "Deixem a mulher em paz e cuidem das vossas vidas" e "Muito bem!" Como consequência do dilúvio de mensagens, Kang viu-se forçada a uma página FAQ sobre a sua vida pessoal, lugar onde ela respondeu a muitas das críticas e acusações que já se tornaram comuns na sua vida. Por exemplo,
* "Tu trabalhas?" (Sim, ela tem duas pequenas instalações residenciais para os idosos).
* "Tens alguma ama-seca?" (Não)
* "Esses filhos são teus?" ("Tenho que admitir que este foi o comentário mais cómico. Obviamente, os meus filhos têm tanto a aparência da mãe como do pai", escreve ela. "Tenho origens Malais, Chinesas e Filipinas. O meu marido é branco com origens Alemãs, Francesas, Norueguesas e Espanholas. Todos eles são meus filhos.")
Kang diz que faz exercício entre 5 a 6 dias por semana, o que inclui meia hora de treino muscular e meia hora de cárdio - correr, escadas, spin ou a aula de Zumba. Ela acrescenta ainda que, embora possa parecer espantoso que ela consiga fazer exercício de maneira regular ao mesmo tempo que educa 3 crianças, ela estrutura o seu tempo de maneira que tudo funcione. Ela não vê televisão, acorda às 6 da manhã, e enquanto está no parque com as crianças, "Estou a treinar. Não chego lá e sento-me com o meu iPhone." Para além disso, ela obtém bastante ajuda do seu marido David Casler.
Casler, que sofreu uma traumática lesão cerebral num ataque bombista no Iraque, onde ele trabalhou como segurança privado, já não é capaz de trabalhar. Em vez disso, ele faz voluntariado com a organização "Team Rubicon", que oferece ajuda em zonas de calamidade.
Esta não foi a primeira vez que uma mãe voltada para o treino físico causou comoção nas redes sociais. No mês passado, uma mãe-caseira de Los Angeles recebeu uma enxurrada de críticas depois de ter postado fotos suas a levantar pesos durante o treino CrossFit.
Kang conclui dizendo que muitas coisas da vida envolvem o controle da mente sobre a matéria - quer seja a recuperar de uma ataque como aquele que o seu marido sofreu, ou permanecer em forma ao mesmo tempo que se educam três rapazes. "Realmente, tudo se centra no sítio onde tu tens a tua mente," disse ela em referência às variadas formas como a sua foto foi interpretada.
* * * * * * *
Maria Kang foi vitima da polícia de pensamento feminista e "feministizada" que monitoriza as redes sociais - e a sociedade em si - de modo a que nenhum pensamento ou imagem que de alguma forma coloca responsabilidade sobre os ombros das mulheres se torne demasiado popular ou "aceite". Responsabilizar algumas mulheres pelo facto delas terem peso a mais não é mais aceitável.
Boa colocação. Não me passa pela cabeça que outros ditem o que é mais ou menos atraente para mim, simplesmente porque isso é "o melhor para a sociedade". Cada povo e cultura tem o seu padrão de beleza, alguns acham que mulheres de pescoço longo são mais bonitas, outros pensam que as mulheres gordas são, outros que as cheias de adereços merecem mais prestígio, etc. Sei que a beleza varia de acordo com a cultura e época, queria que as pessoas entendessem essa colocação. Se eu gosto de mulheres x, y ou z, eu gosto e pronto! Não tenho que me comover com "causas sociais".
ResponderEliminarA beleza não "varia de acordo com a cultura e época". Isso é um mito muito propagado, mas facilmente refutado. Procura as imagens de BELEZA (e não fertilidade) do mundo antigo, e vais ver mulheres elegantes e bonitas, e homens fisicamente fortes e elegantes.
EliminarMulher bonita é mulher saudável: corpo nas devidas proporções, sinais de vitalidade, bom humor, sorridente, bem cuidada (limpa e arrumada - sem excessos), voz agradável, rosto sereno e descansado, traços faciais harmoniosos, sem exageros, artificialismos e nem falta dessas qualidades. Isso em qualquer época e lugar. Gordas, Barbies super-maquiadas, rostos de traços grosseiros ou magricelas não se encaixam no perfil. Qualquer mulher com um mínimo razoável dessas qualidades é uma mulher bonita.
EliminarDe uma vez por todas: beleza é simetria e proporcionalidade, independentemente de etnia. É verdade que o sobrepeso destrói a beleza (por acabar com a harmonia do corpo), mas há certas pessoas tão-tão belas que suplantam todos arquétipos do peso (essas pessoas, no entanto, são as consideradas não somente bonitas, mas lindas, e são uma porcentagem minúscula da população mundial).
EliminarBom, eu não sou fã de mulheres saradas. Prefiro até que tenha uma certa barriguinha. Mas o fato de uma estar com corpo em forma apesar de ter tido 3 (!) filhos, deveria ser motivo pra encorajar outras mulheres a não ficarem com vergonha de si mesmas e tomarem uma atitude se não estiverem satisfeitas com seus corpos. Agora, querer nivelar por baixo o padrão de beleza feminino e querer impor isso a todos os homens, com ataques vis à essa corajosa mulher, aí beira à histeria e, principalmente, falta de vergonha na cara de impedir a liberdade das pessoas.
ResponderEliminarNao gosto de mulher com abdomen definido mas essa asiatica ai ta linda!
ResponderEliminarNo mais, o choro eh livre pras gordas.
Chego a conclusão de que se você é mãe, mulher-forte [tanto fisicamente quanto mentalmente], batalhadora e não depende exclusivamente da renda do marido, MAS é "gostosa", você não serve para causa feminista e então será visceralmente atacada por quem jura lutar por seu direito de fazer o que quiser com seu corpo - você pode até fazer um aborto e não raspar o cabelo do sovaco, mas ter corpo torneado, ah isso não, isso é crime!
ResponderEliminarResumindo: toda feminista é feia.
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