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terça-feira, 14 de maio de 2013
Como as mulheres são responsáveis pela sua própria infertilidade
Enquanto ela se sentava na minha
clínica de fertilidade, a mulher, na casa dos 30, chorosamente explicou
a sua confusão do porquê não conseguir engravidar. Todas as amigas,
disse-me ela, tinham engravidado após alguns meses de tentativas. Ela
comia de forma saudável, ia ao ginásio e como tal, não conseguia
entender o porquê de não conseguir engravidar. Seria a FIV
(Fertilização in Vitro)a sua única opção, perguntou-me ela.
Mas após escavar um pouco, tornou-se
claro o porquê dela e do seu marido terem sido capturados na mesma
armadilha na qual eu vejo muitos casais a cair.
Primeiro, ela estava em pânico devido à
sua idade. Ela estava do lado errado dos 35 anos e, segundo ela, tinha
deixado as coisas para demasiado tarde. Obviamente, embora quanto mais
velha sejas, menor seja a qualidade dos teus ovos saudáveis, mais
complicado seja conceber e maiores sejam as probabilidades dumaborto espontâneo, a sua idade não era o problema mais significativo. Se à sua idade acrescentarmos a sua vida social - fins-de-semana preenchidos por uma mistura hebonista
de álcool e calmantes -, as suas longas e estressantes horas de
trabalho - tempo esse durante o qual ela mal tinha tempo para ver o seu
marido e muito menos fazer amor com ele - ficamos com a ideia de que a sua infertilidade não pode ser algo de surpreendente.
Agora, e tal como tudo no seu estilo vida eu-posso-ter-tudo-quando-quiser, ela desejava conceber imediatamente,
mesmo que isso significasse submeter-se a uma FIV. Na verdade, ela
precisava de dar um passo atrás e considerar o que poderia fazer em
relação ao seu estilo de vida.
Eu vejo mulheres assim quase todos os
dias. A verdade dos factos é que elas nem sofrem de problemas de
concepção, mas sim de impaciência, algo que está emoldurado num
panorama onde tudo o resto em torno das suas vidas tem um impacto
negativo. Não acredito nem por um momento que as mulheres deveriam
"obter tudo" ou "ter tudo". Eu gostaria que lhes encorajassem a ter filhos cedo, e preocuparem-se com a carreira mais tarde.
Tem sido feito um grande desserviço a esta geração de mulheres. Foi-lhes dito para irem estudar, obter qualificações e atingir um patamar nas suas carreiras onde pudessem, então, "assentar". Mas a vida nem sempre avança segundo tal padrão, e frequentemente as mulheres não têm um plano de segurança para quando chegam aos seus anos 30 e subitamente se apercebem que estão sozinhas.
Eu digo sempre à minha filha de 23 anos para não deixar a gravidez para demasiado tarde.
Sim, seria ideal se ele tivesse o bebé dentro do casamento e tivesse já
atingido um ponto óptimo na sua carreira, mas, na verdade, a vida nem
sempre é esse paraíso. Acredito que é mais importante dizer às mulheres que não há altura nenhuma das suas vidas onde tudo está perfeito.
Esta é a mensagem que dou à Sophie , e acredito que ela fará o mesmo às suas filhas e assim por diante.
* * * * * * *
Como dito no passado, todas as
ideologias que fomentam o carreirismo e a promiscuidade junto das
mulheres, aumentam as probabilidades dela passar a parte final da sua
vida em arrependimento profundo e mágoa.
O curioso (e o trágico) desta situação não é a existência de pessoas que, por motivos ideológicos/políticos,
promovem junto das mulheres este estilo de vida, mas sim a quantidade
de mulheres que ainda acredita que após 10/15 anos de carreirismo e "sexo livre", e já na casa dos 35/40 anos, pode obter da vida as mesmas coisas que poderia obter quando tinha 23, 25 ou mesmo 27 anos.
A biologia feminina é totalmente
diferente da biologia masculina (e ainda bem que assim é). A mulher, ao
contrário dos homens, tem constrangimentos temporais para a maternidade.
Entregar o seu periodo mais fértil (e de beleza máxima) a movimentos
anti-mulher e anti-vida como feminismo (ou ao carreirismo) só pode ter consequências desastrosas para as mulheres.
Obviamente,
que se isto (feminismo, carreirismo, promiscuidade, etc) é mau para as
mulheres, então é igualmente mau para toda a sociedade visto que é
muito pouco provável que uma civilização permaneça saudável e funcional
quando as mulheres não se encontram felizes.
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Uma realidade que a mulher jovem não quer aceitar... pensa que será 100% sempre. O feminismo é mesmo a destruição. Só depois quando esses problemas começam é que ela para a pensar no que está a fazer ou fez da sua própria vida.
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