domingo, 27 de julho de 2014

Os livros eram fachada para a pornografia

Quando eu vivia Austin, Texas, durante o meu tempo de estudante de pós-graduação, existia uma livraria "gay" com o nome de Lobo. O layout era interessante. Olhando de fora para dentro, tudo o que se viam eram livros. Parecia uma livraria normal. Havia uma secção dedicada a escritores de ficção "gay" tais como Oscar Wilde, Gertrude Stein, e W.H. Auden.

Havia também biografias de ícones proeminentes tais como Walt Whitman, que provavelmente aceitaria a etiqueta de homossexual, mas outros, tais como o ídolo de Whitman, o Presidente Lincoln, haviam sido listados à causa com base em nada mais que um mau casamento ou uma intensa amizade com outro homem. Havia apaixonantes memórias homossexuais modernas e relatos históricos das origens e do desenvolvimento do movimento dos "direitos gay". 

A livraria parecia inócua e, de um modo desarmante, muito bourgeois. Mas se entrássemos dentro da livraria, repararíamos imediatamente numa outra secção, escondida para quem olha de fora para dentro.

A secção pornográfica 

Centenas e centenas de vídeos pornográficos, envolvendo apenas homens, mas lidando com todos os gostos possíveis e fantasias imaginárias. Para além disso, notaríamos noutra coisa. Não havia clientes na parte frontal da livraria [onde estavam os livros]. Todos os clientes encontravam-se na parte traseira da livraria, enraizando-se entre os vídeos. Tanto quando sei, eu fui a única pessoa que alguma vez chegou a comprar um livro na livraria Lobo. Os livros eram, de forma bem directa, uma fachada para a pornografia.

Então, para quê gastar milhares de dólares em livros que ninguém iria comprar? Era por demais óbvio através da secção "Saldos" que apenas uma pequeníssima parcela dos livros chegava a ser vendida ao preço original. Os donos da Lobo aparentemente estavam a gastar muito dinheiro em novelas gay e obras da história gay, quando o verdadeiro dinheiro se encontrava na pornografia. Mas o dinheiro gasto nos livros não era mal investido. 

O mesmo era usado para comprar algo que, para a comunidade homossexual, era muito mais precioso que o ouro: a respeitabilidade. Respeitabilidade e a aparência de normalidade. Sem esse investimento, nós não estaríamos envolvidos num debate sério em torno da legalização do "casamento" entre pessoas do mesmo sexo. Durante a altura em que eu vivia em Austin, eu já me identificava como homossexual há 20 anos. Tendo como base a experiência adquirida durante estes anos, reconheci na Lobo a metáfora usada para se vender a ideia dos "direitos gay" ao povo americano, e para a sórdida realidade oculta.

Esta é a forma como eu desconstruo a livraria Lobo. Existem dois tipos de pessoas que olharão através da janela: aquelas que são tentadas a se envolver em actos homossexuais, e aquelas que não são tentadas a esse nível. Para aqueles que não são, as prateleiras com os livros transmitem a mensagem de que os homossexuais não são diferentes do resto da sociedade, e que a homossexualidade não está errada; ela apenas é diferente. Como a maior parte deles nunca saberá muito mais em torno do homossexualismo para além do que observaram através da janela, essa impressão é de uma importância política e cultural enorme uma vez que é sobre essa base que irão reagir sem qualquer tipo de alarme, ou mesmo dando o seu apoio activo, aos direitos dos homossexuais.

Existem milhões de americanos bem-intencionados que apoiam os direitos dos homossexuais porque acreditam que o que vêem quando olham para dentro é o que realmente se encontra por lá. Não lhes passa pela cabeça que o que eles estão a ver é um esforço cuidadosamente construído para os manipular, distraindo-os da verdade com a qual que eles nunca concordariam.

Para aqueles que se sentem tentados em levar a cabo actos homossexuais, a visão que eles têm a partir da rua é consoladora visto que faz com que o estilo de vida homossexual não parece ameaçador, mas sim normal. Mais cedo ou mais tarde, estas pessoas irão parar de olhar pela janela e entrar dentro do estabelecimento. Ao contrário dos compradores de janela, estes não ficarão distraídos com os livros por muito tempo.

Eles irão descobrir imediatamente a existência da secção de pornografia. E independentemente do quão desagradados eles fiquem inicialmente (se eles de facto ficarem desagradados), eles irão notar que a secção de pornografia é onde todos os clientes de encontram, e eles sentir-se-ão ridículos por serem os únicos a ficar entre os livros. Eventualmente, eles irão encontrar o caminho até à pornografia, juntamente com o resto do clientes. E, tal como todos os outros, eles irão começar dedicar a sua atenção aos vídeos.

E, caro leitor, é aí que a maior parte deles ficará para o resto das suas vidas, até que Deus ou a SIDA, as drogas ou o álcool, o suicídio ou a idade avançada solitária, intervenham.

Ralph McInerny disponibilizou uma brilhante definição do movimento em torno dos direitos dos homossexuais: auto-decepção como esforço conjunto. No entanto, a decepção do grande público é também vital para o sucesso da causa, e em nenhuma outra área as formas de decepção são notoriamente e espantosamente mais bem sucedida do que na campanha para persuadir os Cristãos de que, parafraseando o titulo dum livro recente, [removido por motivos de blasfémia], e que as igrejas deveriam abrir as suas portas aos amantes homoeróticos.

O movimento homossexual "Cristão" depende dum estratagema que é audaz e desonesto. Eu sei, porque durante muito tempo eu fui levado por ele. Tal como os donos da livraria Lobo, o seu sucesso depende de se camuflar a verdade que se encontra o tempo todo "escondida" à vista de todos. Não é de admirar que o livro "O Mágico de Oz" seja tão ressonante entre os homossexuais. "Nao liguem no homem por trás da curtina"  poderia ser o lema e o mantra de todo o movimento. 

Nenhum livro foi mais influente na minha decisão de "sair do armário" que o livro "clássico" do, agora, ex-Padre John McNeill com o nome de "The Church and the Homosexual". Esse livro é para "Dignity" o que "O Manifesto Comunista" foi para a Rússia Soviética.  A maior parte do livro centra-se na disponibilização de  interpretações alternativas às passagens Bíblicas que condenam o homossexualismo, e na colocação dos escritos anti-homossexualistas dos Padres da Igreja, e dos escolásticos, num contexto histórico duma forma que os torna irrelevantes e até ofensivos para os leitores modernos. 

A impressão inicial dum leitor ingénuo e sexualmente confuso como eu era a de que McNeill estava a disponibilizar uma alternativa plausível aos ensinamentos tradicionais. Isso fez-me sentir justificado em sair do armário. Eram os seus argumentos persuasivos? Francamente, nem me interessava nisso, e não acredito que a maior parte dos leitores de McNeill também se interessassem. Esses argumentos foram redigidos com a linguagem da erudição e soavam plausíveis. Isso era tudo o que importava.

McNeill, tal como todos os membros do seu campo, tratavam o homossexualismo antes de mais como um debate em torno da interpretação própria dos textos - tais como a história Bíblica em torno de Sodoma e os artigos relevantes da Summa. A implicação é que, mal essas passagens fossem reinterpretadas, ou tornadas irrelevantes, os apologistas homossexualistas teriam prevalecido e a porta estava aberta para que os homossexuais activos andassem de cabeça erguida dentro das igrejas.

E há um certo sentimento de que isto ficou provado como verdadeiro. Visto que o debate focou-se na interpretação de textos, os apologistas homossexuais ganharam para si um nível espantoso de legitimidade. Mas, como qualquer pessoa conhecedora da história do Protestantismo deverá saber, a interpretação de textos é um processo interminável. Os esforços de pessoas como McNeill não têm que ser persuasivos mas apenas úteis.

Esta é a forma como as coisas funcionam: McNeil reinterpreta a história de Sodoma, alegando que ela não condena o homossexualismo mas a violação colectiva. Os teólogos ortodoxos respondem duma forma recomendável mas ingénua, tentando refutá-lo - ingénua porque estes teólogos realmente acreditam que McNeill acredita nos seus próprios argumentos, e escreve como um escolástico e não como um propagandista. McNeill ignora os argumentos dos seus críticos, qualificando as suas objecções de "homofobia", e repete a sua posição original. Os ortodoxos respondem outra vez, como se realmente estivessem a lidar com um teólogo. Para a frente e para a trás durante algumas trocas.

Finalmente, McNeill ou alguém como ele levanta-se e diz:

Sabem duma coisa? Não estamos a avançar. Nós temos a nossa exegese e vocês têm a vossa. Porque é que não concordamos em discordar?

Isto soa tão razoável e tão ecuménico, mas se os teólogos ortodoxos aceitarem, eles terão perdido o jogo visto que os apologistas do homossexualismo ganharam um espaço na mesa de onde eles nunca mais serão removidos. Chegar à verdade em torno de Sodoma e Gomorra, ou fazer a interpretação correcta da ética de São Tomas,  nunca foi o objectivo; obter a admissão para a Santa Comunhão era o objectivo.

Mesmo sendo um jovem ingénuo, um aspecto do livro "The Church and the Homosexual" sempre me soou estranho.

Dado que McNeill estava a sugerir um revisionismo radical à tradicional ética sexual Católica, não havia quase nada sobre a ética sexual. A ética sexual Católica é bem específica sobre o propósito da sexualidade humana e sobre os tipos de comportamentos que estão de acordo com esse propósito. A crítica de McNeill à ética tradicional ocupou a maior parte do livro, mas ele deixou o leitor com uma ideia vaga sobre o que ele propunha em seu lugar. Em relação a isso, não havia nada lá escrito sobre a vida real dos homossexuais.

No seu livro, o homossexualismo foi tratado como uma abstracção intelectual, mas eu estava desesperado para ter uma ideia do que me esperava do outro lado do armário fechado. E sem ninguém para além do [ex-]Padre MacNeill como guia, fui forçado a ler entre as linhas. Há uma única passagem que eu interpretei como pista. (Na verdade, essa passagem foi quase que um nota de rodapé.) A dada altura ele comentou que as uniões homossexuais monogâmicas eram consistentes com os ensinamentos da Igreja, ou pelos menos com o espírito renovado e de renovação da Igreja pós-Vaticano II.

Com nada mais a que me agarrar, interpretei isso no sentido prescritivo e deduzi que McNeill estava a alegar que os actos homogénitos só eram morais se fossem feitos dentro do contexto dum relacionamento monogâmico. Para além disso, assumi o que parecia ser algo razoável, isto é, que o autor conhecia tais relacionamentos; devido a isso, fiquei com a expectativa razoável de encontrar tais relacionamentos. Se assim não fosse, para quem é que McNeill estava a escrever?

Não fui suficientemente ingénuo (embora tenha sido muito ingénuo) para não me aperceber da existência de homens homossexuais promíscuos. Mas colocando de lado McNeill (...) isso levou-me a acreditar que para além dos homens promíscuos que por aí existiam, havia um contingente de homens homossexuais que se encontravam comprometidos em viver uma vida monogâmica. Se assim não fosse, McNeill estaria a defender a promiscuidade e a própria ideia dum padre a defender a promiscuidade era inconcebível para mim. (Sim, eu fui ingénuo até esse ponto).

Há alguns anos atrás McNeill publicou uma autobiografia onde fala abertamente das suas experiências sexuais enquanto era ainda um padre Católico - um padre homossexual Católico sexualmente activo e promíscuo. Ele escreve duma forma quase nostálgica dos tempos em que andava pelos bares em busca de sexo. Embora ele tenha eventualmente acabado por encontrar um parceiro estável (enquanto ainda era padre), ele nunca se desculpou pelos seus anos de promiscuidade, e nem fez qualquer alusão à disparidade entre a sua vida pessoal e a passagem do seu livro que tanta importância teve para mim.

É possível que ele nem se lembre de sugerir que era suposto os homossexuais permanecerem celibatários até estarem dentro dum relacionamento monogâmico. É óbvio que ele nunca teve a intenção de que essa passagem fosse levada a sério, excepto por parte daqueles que nada mais fariam que olhar para a janela - isto é, os Católicos crédulos, bem-intencionados não-homossexuais, de preferência aqueles que se encontravam numa posição de autoridade. Ou ainda, os igualmente ingénuos e crédulos jovens como eu que buscavam por uma razão para agir em conformidade com os seus desejos sexuais - de preferência uma razão que não causasse muita violência às suas consciências (pelo menos não inicialmente).

Estes últimos, presumiu o autor, iriam eventualmente encontrar o seu caminho até à secção da pornografia, onde a sua cumplicidade com o plano maligno os tornaria indistinguíveis do resto dos clientes regulares. Claramente, havia um motivo para o facto dele, no livro inicial, ter escrito tão pouco sobre a verdadeira vida dos homossexuais tais como ele mesmo.

Eu não vejo de que forma é que a contradição entre o livro "The Church and the Homosexual" e a sua autobiografia possa ter sido acidental. Porque é que McNeill iria fingir que acreditava que os homossexuais se deveriam restringir ao sexo dentro do contexto dos relacionamentos monogâmicos quando a sua vida demonstrava que isso foi algo que ele nunca fez? Eu só posso pensar num motivo: porque ele sabia que se contasse a verdade, o seu argumento estaria morto à nascença.

Embora até aos dias de hoje McNeill, tal como todos os propagandistas homossexuais "Cristãos", evite o assunto da ética sexual como se fosse algum tipo de praga, a sua vida revela de forma cabal as suas crenças em relação a isso. Ele acredita na liberdade sexual sem restrições. Ele acredita que os homens e as mulheres deveriam ter o direito de copular com quem quer que seja, onde quer que queiram, quantas vezes quiserem. Muito provavelmente ele acrescentaria algum tipo de brometo sem sentido em torno da forma como ambas as partes se deveriam tratar com respeito, sem que ninguém fosse magoado, mas qualquer pessoa familiarizada com o ninho de cobras que é a cultura sexual moderna (tanto heterossexual como homossexual) saberá o quão a sério levar isso em conta.

Para além disso, ele sabe muito bem que se ele tivesse sido honesto em relação aos seus propósitos, não existiria a "Dignity", e nem existiria o movimento homossexual "Cristão" (pelo menos não um com a mínima chance de ser bem sucedido). Isso seria como deitar fora os livros e deixar que os comuns compradores de vitrina olhem para  dentro e vejam a secção pornográfica. E de maneira nenhuma podemos deixar isso acontecer, certo? Dito de outra forma, o ex-Padre McNeill é um mau padre e um vigarista. E levando em conta as consequências letais de se envolver em actos homoeróticos, o ex-Padre é um vigarista com sangue nas mãos.

Uma coisa quero deixar bem clara: acredito que as verdadeiras convicções de McNeill, tal como deduzidas do seu real comportamento, e diferente dos argumentos que ele avança para o benefício dos ingénuos e crédulos, representam os verdadeiros propósitos e os verdadeiros objectivos do movimento em torno dos "direitos" dos homossexuais. Esses "direitos" são a pornografia que os livros escondem. Dito de outra forma, se tu apoias o que é actualmente qualificado de "a benção das uniões entre pessoas do mesmo sexo", na práctica estás a apoiar a abolição de toda a ética sexual Cristã, e a sua posterior substituição por um mercado sexual "laissez faire", livre e sem limites.

O motivo pelo qual o movimento homossexual conseguiu obter o apoio de tantos heterossexuais é bastante simples. Uma vez abrogado esse tabu, nenhum outro tabu permanece. Eu ouvi uma vez heterossexuais Episcopelianos a colocar as coisas desta forma:

Se eu não quero que a igreja meta o seu nariz no meu quarto, como é que posso apoiá-la quando ela limita a liberdade sexual dos homossexuais?

Isso pode soar escandaloso, mas se ainda acreditam que o assunto se centra no estatuto religioso dos relacionamentos homossexuais, então preparem-se para me indicar uma igreja algures pelos Estados Unidos que tenha aberto as suas portas aos homossexuais activos sem as abrir também a todas as outras formas imagináveis de acoplamento sexual. Sou demasiado velho para ser enganado pelo "Padre" McNeill e pelas suas abstracções. Mostrem-me uma igreja assim.

Há alguns anos atrás subscrevi-me, através da internet, no grupo Yahoo "Dignity". Por essa altura estavam por lá várias centenas de subscritores. A dada altura, um jovem confuso e perturbado colocou uma questão: Será que algum dos subscritores dava algum valor à monogamia? Eu imediatamente escrevi-lhe de volta e disse que sim, que eu  dava valor à monogamia. Uns dias mais tarde este jovem escreveu-me de volta; ele havia recebido dezenas de respostas, algumas delas eram bem hostis e ofensivas, todas menos uma - a minha - a dizer para ele sair para o mundo exterior e ter sexo porque isso era o que significava ser homossexual. (Este grupo era "Católico".)

Este jovem não sabia o que fazer com estas respostas porque nenhuma da propaganda a que ele havia sido previamente sujeito o haviam preparado para o que realmente era o outro lado do "armário". Eu não sabia bem o que lhe dizer porque por essa altura eu mesmo ainda estava apanhado na mentira. Se fosse hoje, a solução seria bem óbvia. O que eu deveria ter dito na altura era algo do tipo:

Mentiram-te! Pede perdão a Deus e volta para Kansas o mais depressa possível. A Tia Em está à tua espera.

À luz da legítima preocupação com a pornografia na internet, pode parecer irónico afirmar que a internet ajudou-me a ver-me livre do homossexualismo. Durante 20 anos eu pensei que havia algo de errado comigo. Dezenas de pessoas bem intencionadas asseguraram-me que havia por aí um mundo de homens homossexuais totalmente diferente, um mundo que por alguma razão eu nunca fui capaz de encontrar, um mundo repleto de homossexuais tementes a Deus, agindo como heterossexuais, defensores da monogamia, e practicantes da fidelidade.

Essas pessoas asseguraram-me que eles mesmos sabiam (factualmente e de verdade) que tais homossexuais existiam. Eles mesmos conheciam homens assim (ou pelo menos tinham ouvido falar deles por parte de pessoas que conheciam homossexuais tais como esses). E eu acreditei, embora com o passar dos anos tenha ficado cada vez mais difícil. Foi então que eu comprei um computador e subscrevi-me na AOL. Foi então que eu pensei:

Então vamos lá! Claramente os homossexuais moralmente conservadores são tímidos e assustadiços e pessoas que temem movimentos bruscos. Eles não gostam de bares nem de balneários [homossexuais]. Nem eu. Eles não se fazem presentes em encontros na "Dignity" e nem nos cultos da "Metropolitan Community Church" porque essas "igrejas" homossexuais são, na verdade, balneários homossexuais mascarados de lugares de oração. Mas não há motivo que impeça um homossexual moralmente conservador de se subscrever a AOL e submeter o seu perfil. Se eu posso fazer isso, qualquer pessoa pode.

E foi isso que eu fiz. Criei um perfil a descrever-me como um Católico conservador (mais ou menos) que gostava de música clássica, teatro, bons livros e conversas cintilantes sobre esses tópicos. Disse que gostaria muito de conhecer homossexuais com o mesmo tipo de pensamento tendo o vista uma amizade e romance. Tentei ser o mais claro possível. Não estava interessado em encontros só de uma noite. Passados alguns minutos depois de ter publicado o meu perfil, obtive a minha primeira resposta. Essa resposta tinha apenas três palavras: "Quantos centimetros tens?" A partir daí, a minha experiência com a AOL foi sempre a descer.

Quando eu me assumi como homossexual (no princípio dos anos 80), era comum os apologistas do movimento homossexual afirmar que a promiscuidade entre os homens homossexuais era resultado da sua "homofobia internalizada". Os homens homossexuais, tal como os Afro-Americanos, internalizaram e agiram em conformidade com as mentiras que eles haviam aprendido na cultura Americana mainstream. Para além disso, os homossexuais eram forçados a buscar por amor em bares com luzes fracas, balneários e parques públicos devido ao medo da perseguição feita pelo mainstream homofóbico. Foi-nos dito que a solução para este problema era permitir que os homossexuais viessem a público, sem medo de retribuição.

Uma variante deste argumento é ainda avançada por activistas tais como Andrew Sullivan como forma de legitimar o "casamento" entre pessoas do mesmo sexo. Há trinta anos atrás isto parecia razoável, mas já se passaram 35 anos desde os infames tumultos de Stonewall, em 1969 (New York), o "Lexington" e "Concord" do movimento de emancipação dos homossexuais. Durante estes anos, os homossexuais encontraram o seu espaço público nas maiores cidades Americanas, bem como em muitas das cidades menores. Eles tiveram a hipótese de criar o que eles quisessem nesses espaços, e o que foi que eles criaram? Novos espaços e novas formas de encontrar novos parceiros sexuais.

Para além do valor propagandístico, as livrarias tais como a Lobo, que disponibilizam poesia e pornografia, existem por outro motivo: sem a pornografia, estas livrarias rapidamente fechariam por falta de clientes. De facto, apesar da pornografia, a maior parte das livrarias [homossexuais] fecharam precisamente por falta de clientes. Depois do eclodir do entusiasmo que ocorreu nos anos 70 e 80, as publicadoras homossexuais entraram em declínio, e não revelam sinais de "sair do armário" da bancarrota financeira. 

Mal o brilho da novidade acabou, os homens homossexuais aborreceram-se de ler sobre outros homens a ter experiências sexuais com outros homens, preferindo em seu lugar usar as suas posses para buscar as suas próprias experiências. Os centros comunitários gays e lésbicos têm grande dificuldade em manter as suas portas abertas. As "igrejas" homossexuais sobrevivem como lugares onde os adoradores podem ir apagar o que está nas suas mentes e limpar suas consciências sujas depois de passarem o dia anterior em bares em busca de sexo. E aí não há o perigo de alguma vez ouvir uma palavra do púlpito sugerindo que saltar de bar em bar em busca de sexo não está de acordo com a Bíblia.

Quando eu vivia no Reino Unido, fiquei espantado com o quanto que a cultura homossexual de Londres replicava a cultura homossexual dos Estados Unidos. O mesmo acontecia em Paris, Amesterdão e Berlim. O homossexualismo é uma das mais bem sucedidas exportações dos Estados Unidos. E o foco dos espaços sociais homossexuais Europeus é idêntico ao foco dos espaços homossexuais Americanos: sexo. O ciberespaço é actualmente a mais recente conquista do espantoso e mais novo Magalhães: o homem homossexual em busca de novas conquistas sexuais. 

Mas por esta altura, de que forma é que é possível culpar a promiscuidade entre os homens homossexuais à homofobia, internalizada ou não? Com base nas evidências  pouco mais robustas que wishful thinking, Andrew Sullivan quer que acreditemos que a legalização do "casamento" homossexual irá domesticar os homens homossexuais, e toda aquela energia dedicada à construção de bares e balneários homossexuais será canalizada para a construção de cercas e garagens para dois carros. 

O que Andrew Sulllivan se recusa a aceitar [bem como todos os idiotas úteis do homoerotismo] é que os homens homossexuais não são promíscuos devido à "homofobia internalizada", ou devido a leis que proíbem o "casamento" homossexual. Os homens homossexuais são promíscuos porque, quando têm a liberdade para escolher como agir, eles escolhem em larga maioria viver como promíscuos. E destruir o tijolo de construção mais importante da nossa civilização, a família, não irá alterar isso.

Certa vez, li um irrefutável e honesto desabafo de Andrew Sullivan onde ele admitia o verdadeiro propósito do seu apoio à causa do "casamento" homossexual. Ele encarou a natureza sórdida da sua vida sexual, que é mais do que a maior parte dos activistas homossexuais está disposto a fazer, e lamentou-se por ela. Ele desejava ter vivido uma tipo de vida diferente, e aparentemente ele acredita que se o casamento fosse uma opção, ele teria sido capaz de viver um outro tipo de vida.

Eu tenho mais respeito por Andrew Sullivan do que pela maior parte dos activistas homossexuais. Acredito que ele realmente gostaria de reconciliar os seus desejos sexuais com as exigências da sua consciência. Mas com o devido respeito, será que estamos preparados para sacrificar a instituição da família com base numa esperança (sem evidências) de que se assim fizermos, pessoas como Sullivan estarão mais dispostas a não abrir os fechos das suas calças?

Mas será que não é teoricamente possível que os homossexuais se possam conter dentro de algo parecido com a ética sexual Católica, excepto na parte em torno da procriação - isto é, relacionamentos monogâmicos para toda a vida? Claro que é teoricamente possível. Em 1968 também era teoricamente possível que o uso dos contraceptivos pudesse ser restrito aos casados, e que o revoltante declínio para a anarquia sexual dentro da qual vivémos hoje pudesse ter sido evitado. É teoricamente possível, mas é practicamente impossível. E é impossível porque toda a noção da orientação sexual estável sobre a qual todo o movimento homossexual se baseia não tem fundamento nos factos.

René Girard, o crítico literário Francês e sociólogo da religião, alega que toda a civilização humana se baseia no desejo. Todas as civilizações rodearam os objectos de desejo (incluido desejo sexual) com uma elaborada e insuperável parede de tabus e restricçôes. Até hoje. O que estamos a observar actualmente no mundo ocidental não é a legitimização de, até hoje, formas de amor desprezadas mas honradas, mas sim a redução da humanidade ao mínimo denominador comum: desejo desenfreado e irrestrito. Afimar que abrimos a Caixa de Pandora seria um gigantesco eufemismo. Apertem os vossos cintos de segurança, senhoras e senhores, porque parece que vamos ter um milénio cheio de perturbações.

Quando eu estava em idade de crescimento, era suposto todos nós sermos heterossexuais. Foi então que o homossexualismo foi introduzido. Inicialmente, isto não parecia ser uma revisão de dimensões consideráveis porque, exceptuando a procriação, o homossexualismo, pelo menos em teoria, deixava o resto da ética sexual intacta. Duas pessoas com o mesmo sexo poderiam (teoricamente) gostar uma da outra e viver uma vida de compromisso monogâmico.

Foi então que o bissexualismo foi introduzido e as implicações reais da revolução sexual tornaram-se claras. A monogamia foi lançada fora. As normais morais foram também rejeitadas. A sexualidade faz-o-que-quiseres tornou-se padrão. Se alguém quer saber o que é isso, nada mais precisa de fazer do que ficar online. A internet disponibiliza de forma bem clara lugares privilegiados para quem quer observar o circo da desintegração da nossa civilização. Tomemos como exemplo a Yahoo; esta organização tornou possível que pessoas com interesses comuns criassem grupos com o propósito de estabelecer contactos e partilhar informação. Se isto gera em ti a imagens de genealogistas e coleccionadores de selos, estás enganado. Existem actualmente milhares de grupos da Yahoo que atendem a todo o tipo de pervesão sexual possível e imaginária. Muitos desses grupos iriam provavelmente desafiar a imaginação do Marquês de Sade.

Pessoas que até poucos anos atrás nada mais poderiam fazer que fantasiar, hoje podem-se entreter sabendo que há a possibilidade de realizarem as suas taras. Certa vez conheci um homem online cujo desejo mais valioso era o de levar palmadas com uma carteira de couro. Tinha que ser de couro. Tinha que ser uma carteira. E tinha mesmo que levar palmadas dessa forma. A antiquada fricção genital era opcional. Este homem queria uma etiqueta Gucci tatuada no seu traseiro. Ele não conseguia imaginar ponto de paixão mais elevado. E ele insistia que o seu desejo era tão fundamental para a sua natureza sexual como ir para a cama com um homem o era para mim. Para além disso, ele criou um grupo Yahoo que tinha mais de 300 membros, todos eles com a mesma paixão.

Não há um objecto no mundo, nenhuma parte corporal humana ou animal que não possa ser eroticizada. Dito isto, é o desejo de levar palmadas com uma carteira de couro uma "orientação sexual"? Se não, qual é a diferença? Houve uma período da minha vida durante o qual eu teria dito algo do tipo:

Mas é claro que é diferente. Tu não podes partilhar uma vida comum com uma carteira de couro. Não podes amar uma carteira de couro. Tu estás a falar dum fetiche e não duma orientação sexual. Isso são coisas completamente diferentes.

Mas a realidade dos factos é que todos os homens homossexuais que eu encontrei tinham um fetiche pela pele masculina, com toda a objectificação e despersonalização que ela envolve, e eu hoje olho para essa distinção um sofisma. Afinal de contas, o couro também é pele. A diferença real entre o homem da internet e o homossexual comum é que o primeiro preferia que a sua pele fose italiana, bovina e bronzeada.

Através dos anos, frequentei várias "igrejas" homossexuais ou simpatéticas com o homossexualismo. Todas elas partilhavam duma característica comum: era acordo tácito nunca dizer nada do púlpito - ou de qualquer outra localização - sugerindo que deveria haver restrições ao comportamento sexual humano. Se alguém está familiarizado com as igrejas "Dignity", "Integrity" ou a "Metropolitan Community", ou pode-se dizer, com o Protestantismo mainstream e maior parte do Catolicismo pós-Vaticano II, deixem-me fazer uma pergunta: Quando foi a última vez que ouviram um sermão em torno da ética sexual? Será que alguma vez ouviram um sermão em torno da ética sexual? Assumo que a resposta seja negativa. Será que os nossos pastores e padres honestamente acreditem que os Cristãos Americanos não precisam de sermões em torno da ética sexual?

Eis aqui um facto assustador: se nós, como nação e como Igreja deixamo-nos levar pela vigarice das duplas homossexuais monogâmicas, estaremos a aceitar no nosso Trilho da Comunhão (assumindo que eles ainda existem) não só o estatisticamente irrelevante número de duplas homoeróticas que vivem juntas há mais do que alguns anos (a maioria das quais comprou a "estabilidade" afrouxando a monogamia); estaremos também a aceitar e a dar legitimidade a todo os tipos de gosto sexual - desde a antiquada masturbação e o adultério, até a mais estranha forma de fetiche sexual. Estaremos, dito de outra forma, a abençoar o suicídio da civilização Ocidental.

Mas o que dizer de todos aquelas duplas homossexuais que estão desejosas de se "casar", e que são objecto de devoção incessante por parte dos média? Dantes, isto era confuso para mim. Parece que o New York Times não tem dificuldade em encontrar duplas homoeróticas bem sucedidas para fotografar e entrevistar. Mas apesar dos meus esforços, eu nunca fui capaz de encontrar o tipo de duplas que regularmente aparecem no programa da Oprah. Os média são preconceituosos e não têm interesse em dizer a verdade sobre o homossexualismo.

Conheci online o Wyatt (nome falso) e durante 5 anos ele esteve num relacionamento desastroso. O seu parceiro era infiél, alcoólico e tinha problemas com a droga. O relacionamento era dum tipo que daria pesadelos a Strindberg. Quando Vermont legalizou o "casamento" homossexual, Wyatt olhou para isso como uma última oportunidade de salvar o seu relacionamento: ele e o seu parceiro voariam para Vermont para se "casarem".

Esta notícia chegou aos ouvidos do jornal local, e ele levou a cabo uma história em torno da dupla com fotos da recepção do "casamento". Na história contada pelo jornal. Wyatt e o parceiro foram caracterizados como uma dupla feliz que finalmente tinha a chance de celebrar publicamente o seu compromisso. 

Nada foi dito das drogas ou do alcoolismo ou da infidelidade

Mas o "casamento" foi um fracasso, e "acabou em chamas" poucos meses depois. E nenhum jornal seguiu com história. Por outras palavras, o jornal mais importante de uma das cidades mais importantes dos Estados Unidos publicou uma história enganadora em torno dum relacionamemto [homossexual], história essa que provavelmente persuadiu um jovem rapaz a pensar que era possível ele um dia vir a ser tão feliz como Wyatt e o seu "parceiro". E essa é a parte mais triste.

Mas nós raramente ouvimos falar de pessoas como o meu amigo "Harry" (nome falso). Harry era um homem de meia-idade em processo de envelhecimento e com uma barriga proeminente. Ele era casado e tinha duas filhas crescidas. Mas ele não era feliz. Harry convenceu-se de que o motivo da sua infelicidade era o facto de ser homossexual. Harry divorciou-se da esposa, que está agora casada com outro homem, as suas filhas deixaram de falar com ele, e ele descobriu agora que homens barrigudos, carecas e de meia-idade não são populares nos bares gay. De alguma forma, Oprah esqueceu-se de mencionar isso. Actualmente Harry toma anti-depressivos como forma de impedir o suicídio.

Houve também aquele caso de outro conhecido meu, que tinha o mesmo nome que o homem acima mencionado. Harry (nome falso) tinha cerca de 30 anos (mas facilmente passava por alguém com 20 anos), e vinha dum lar Mórmon, com toda a ingenuidade que isso sugere. Ao contrário do primeiro Harry, este Harry não tinha dificuldade em obter encontros amorosos, ou mesmo relacionamentos. 

O problema é que esses relacionamentos não duravam mais do que algumas semanas. Para além disso, Harry tinha também um problema com a bebida. (Lá se vai a tese das palavras sábias Mórmon.) Se por acaso tu te encontrasses no bar por volta das duas da manhã, era bem provável que pudesses possuir o Harry, se estivesses interessado. Ele estava tão bêbado que nem se lembrava de nada no dia seguinte, e o que ele queria por essa altura era alguém para abraçar.

A cultura homossexual é um paradoxo; a maior parte dos homossexuais tende a ser Democrata-liberal, ou apoiantes do Partido Trabalhista no Reino Unido. Eles gravitam rumo a estes Partidos porque acreditam que as políticas destes são mais compassivas e mais sensíveis para com as necessidades dos fracos e dos oprimidos. Mas não há nada há nada de compassivo dentro duma bar homossexual. Esses sítios representam o livre mercado laissez fairedo tipo mas Darwiniano imaginável. Não há espaço para aqueles que não estão prontos a competir, e as regras do jogo são impiedosas e implacáveis. 

Lembro-me dum incidente que ocorreu quando eu estava num bar homossexual  no centro de Londres. A maior parte dos homens eram musculados e tonificados, e tinham idades que se encontravam entre os 20 ao princípio dos 30. Por essa altura entrou um homem mais velho, que parecia estar na casa dos 70. Quando ele entrou no bar, parecia que o Anjo da Morte tinha entrado. Nesse bar repleto, abriu-se um espaço à sua volta e ninguém queria ficar por perto. A sua sombra transmitia contágio. Era óbvio que a sua presença causava nervosismo nos outros clientes. Ele permaneceu quieto no seu canto, e pediu uma bebida. Ninguém falou com ele e ele não falou com ninguém.

Quando eventualmente ele acabou a sua bebida e abandonou o bar, quase que se podai ouvir um suspiro de alívio de todos aqueles homens musculados e tonificados. Agora eles podiam voltar a fingir que os homens homossexuais são jovens e bonitos eternamente. Caro leitor, sabes o que é um "bug chaser"? Um "bug chaser" é um jovem homem homossexual que quer contrair o HIV de modo a que ele nunca venha a envelhecer. E esse foi por esse mundo que Harry abandonou a sua esposa, e o outro Harry abandonou a sua Igreja, como forma de encontrar felicidade.

Eu conheci muitas pessoas como os dois Harrys mencionados em cima, mas conheci muito poucos que tinham pouco mais que a aparência superficial com as imagens idealizadas que vemos em filmes vencedores de Óscares, tal como o filme Filadélfia, ou na secção magazine do jornal New York Times. O que eu acho suspeito é o facto dos média ignorarem a existência de pessoas como os dois Harrys. A infelicidade tão comum entre os homossexuais é varrida para debaixo do tapete, ao mesmo tempo que exemplos irrealístas são oferecidos para consumo público. Creio que, pelo menos, há motivos para um debate sério em torno da proposição "gay is good," mas tal debate não está a ocorrer, muito devido ao facto dos média já terem tomado a sua (e a nossa) decisão.

Mas é difícil esconder a pornografia para sempre. Quando eu vivia em Lonres, tive uma amiga maravilhosa. Maggie (nome falso) era uma esquerdista; o seu enorme coração doía-lhe em prol dos oprimidos. Tal como a maioria dos esquerdistas, ela tinha orgulho no facto de ter uma mente aberta e usava isso como uma medalha de honra. Maggie vivia numa casa do tamanho do seu coração e todos os seus filhos tinham crescido e saido de casa. Ela tinha dois quartos para aluguer, e aconteceu que ambos os jovens homens que se tornaram seus inquilinos eram homossexuais.

A primeira reacção de Maggie foi de entusiasmo. Ela nunca havia conhecido homossexuais, e pensava que a experiência de alugar quartos a dois homossexuais iria confirmar nela mesma o quanto que ela tinha uma mente aberta. Ela acreditava que seria um momento de aprendizagem. De facto, isso foi o que veio a acontecer, mas não da maneira que ela pensava. Um dia ela contou-me dos seus problemas e confessou as suas dúvidas. Ela falou do que era acordar todas as manhãs rumo à mesa do pequeno almoço, e encontrar dois estranhos sentados lá, os dois estranhos que os seus dois inquilinos haviam trazido para casa na noite anterior. Raramente eram os mesmos dois estranhos todas as manhãs.

Um dos inquilinos estava envolvido num relacionamento de longa distância, mas durante a ausência do parceiro, sentiu-se com a liberdade de buscar consolo noutro lugar. Maggie falou do que era ter que lidar diariamente com o tumulto emocional que eram as vidas tumultuosas dos dois inquilinos. Ela disse-me o que era abrir a porta de casa uma tarde, e encontrar um polícia a entrada - polícia que buscava um dos seus inquilinos que havia sido acusado de tentar vender drogas a crianças. O mesmo inquilino estava envolvido na prostituição.

A Maggie não sabia como ordenar estas coisas no seu pensamento. Ela tentou desesperadamente manter uma mente aberta, acreditando que os homossexuais não eram piores que as outras pessoas, mas apenas diferentes. Mas ela não conseguia harmonizar a sua experiência com essa suposição "tolerante". A realidade do factos é que quando os dois finalmente se mudaram, evento que ela aguardava com algum entusiasmo, e chegou a altura de colocar um anúncio para o aluguer dos quartos, ela queria incluir a seguinte provisão:

Os homossexuais não precisam de enviar aplicação.

Eu não sabia o que dizer à Maggie uma vez que eu estava tâo confuso como ela. Apesar de todas as evidências, eu queria agarrar-me à minha ilusão.

Tenho a profunda convicção de que a maioria, se não todos, que estão familiarizados com o estilo de vida homossexual sabem da verdade, mas recusam-se a aceitar. O meu melhor amigo envolveu-se com o movimento homossexual quando era um estudante em pós-graduação. Ocasionalmente, ele e a sua colega lésbica davam aconselhamento a jovens homossexuais que tinham problemas com a sua sexualidade. 

Um dia, os dois conheceram um jovem rapaz que estava excessivamente acima do seu peso, para além de ter acne. O jovem rapaz falou de um modo eloquente em torno da felicidade que ele esperava encontrar mal ele "saiu do armário". Ele iria encontrar um parceiro, e os dois iriam viver felizes e juntos para sempre. Enquanto o rapaz falava, o meu amigo só pensava que, se alguém assim tão gordo e pustulento entrasse num bar, seria dobrado, empalado e mutilado antes mesmo de se sentar. Depois do rapaz se ter indo embora, a amiga lésbica virou-se para ele e disse:

Sabes, às vezes é melhor ficar dentro do armário

O meu amigo disse-me que, para ele, esse foi o momento decisivo. A lésbica alegava amar e admirar os homens homossexuais. Ela nunca parava de louvar a bondade deles, bem como a sua compaixão e criatividade, mas com esse comentário ela disse de modo efectivo o que ela sabia que era a vida homossexual. Essa vida centra-se na carne, e se tu não tens boas carnes, nem te dês ao esforço de ires ao supermercado.

Noutra ocasião, enquanto eu me queixava das minhas desilusões a uma amiga lésbica, ela fez uma confissão espantosa. Ela tinha um filho adolescente que, até essa altura, não tinha exibido interesse sexual por nenhum dos sexos. Ela sabia que como lésbica não se importaria com qualquer que fosse o caminho que ele escolhesse. Mas ela confessou-me que ela importava-se sim com o caminho que ele viesse a escolher. Baseando-se nas vidas dos amigos homossexuais que ela conhecia, ela dava por ela a orar secretamente para que o seu filho viesse a ser heterossexual. Como mãe, ela não queria que o seu filho vivesse o estilo de vida homossexual.

Uma definição de insanidade é continuar a fazer as mesmas coisas vez após vez, esperando obter algum tipo de resultado diferente. Foi isso que aconteceu comigo durante o período em que batalhava para me tornar num homossexual feliz. Eu era lunático. Por várias vezes eu busquei aconselhamento junto de homens homossexuais que pareciam melhor ajustados que eu. Primeiro, eu queria confirmação de que as minhas percepções estavam certas e de que a vida dos homens homossexuais realmente era tão horrível como parecia ser. Depois eu queria saber o que é que eu poderia fazer em relação a isso. Quando é que as coisas melhorariam? O que é que eu poderia fazer para melhorar as coisas?

Obtive dois tipos de reacções a estas questões, e ambas deixaram-me magoado e confuso. A primeira reacção foi a negação, normalmente negação amarga, em relação ao que eu estava a sugerir. Foi-me dito que havia algo de errado comigo, que a maior parte dos homossexuais estavam a viver duma forma maravilhosa, que eu estava a generalizar com base na minha própria experiência (com base em que experiências é que eu deveria generalizar?), e que eu me deveria calar e parar de perturbar os outros com a minha "homofobia internalizada".

Quando eu era um estudante de pós-graduação, comecei a visitar um conselheiro. Matt (nome falso) era um homem casado e feliz, com filhos em idade universitária. Tudo o que ele sabia do homossexualismo havia sido aprendido com outros membros da sua profissão, que o haviam assegurado que o homossexualismo não era doença mental e que não havia motivos para que os homossexuais não tivessem vidas vidas felizes e produtivas. 

Quando eu lhe comecei falar do mal que me apoquentava, Matt disse que eu nunca havia verdadeiramente saído do armário. (Até hoje, eu não faço ideia do que é que ele estava a falar, mas suspeito que era algo do tipo "uma vez salvo, sempre salvo" que os Baptistas usam para responder aos que se afastam da fé, dizendo-lhes que eles nunca haviam sido realmente salvos.)

Matt disse-me que eu precisava de voltar atrás, voltar a tentar, e continuar a procurar as experiências positivas que ele estava seguro existirem, segurança essa fundamentada   em nada mais que as decisões da "American Psychiatric Association". Ele quase que não tinha experiência com homossexuais, mas os seus colegas garantiram-no que a secção de livros da livraria Lobo era a verdadeira iamgem da vida dos homossexuais. Eu sabia que ele não fazia ideia nenhuma do que falava, mas mesmo assim eu quis acreditar que ele estava certo.

O Matt e eu desenvolvemos uma relação terapêutica, e durante o ano que passamos juntos, ele aprendeu mais comigo do que eu com ele. Tentei seguir o seu conselho. Por essa altura eu partilhava a casa com outro aluno pós-graduação que se encontrava no processo de sair do armário e a experimentar as suas próprias desilusões. Uma vez que eu havia sido o seu único amigo homossexual, e o havia encorajado a sair do armário, a sua amargura foi dirigida a mim, e o nosso relacionamento sofreu devido a isso.

Entretanto, desenvolvi uma amizade com um membro do corpo docente que era abertamente homossexual. Quando eu disse isto ao Matt, ele ficou estático, e pensou que eu estava finalmente a sair do armário como deveria ser. O membro do corpo docente era o tipo de amigo que eu precisava, mas, como fiquei a saber mais tarde, e apesar da sua imaculada fachada profissional, ele era um homem profundamente perturbado que fazia todos os seus amigos passar por um inferno emocional, algo que, obviamente, eu partilhei com um silencioso e chocado Matt. (Tentei ter encontros amorosos, mas, como era normal, tive as mesmas experiências que caracterizavam os meus relacionamentos homossexuais.A amizade durou o mesmo tempo que durou a excitação sexual. Mal esta última esfriou, o interesse do meu parceiro por mim como pessoa dissipou-se.)

Foi um bom ano. No final do mesmo, lembro-me de ver o Matt a olhar para mim, com olhos vidrados, e com um olhar de quem está em estado de choque, e a admitir:

Sabes duma coisa? Ser homossexual é muito mais difícil do que eu pensava

Nem todas as pessoas com quem eu falei através dos anos rejeitaram à partida o que eu tinha para lhes dizer. Certa vez correspondi-me com um Inglês ex-Domincano. Eu estava estático por ficar a saber que ele era homossexual, e que eventualmente ele foi expulso da sua ordem por se recusar a manter no armário. Ele incluiu a sua morada num do seus livros, e eu escrevi-lhe, querendo saber se as suas experiências de vida como homossexual eram significativamente diferentes das minhas. Presumi que deveriam ser, visto que ele havia escrito alguns livros apaixonantes defendendo o direito dos homossexuais terem o seu lugar na Igreja.

A sua resposta foi um dos últimos pregos da minha vida como homossexual. Para surpresa minha, ele admitiu que as suas experiências não eram de todo distintas das minhas. Tudo o que ele poderia dizer era que eu continuasse a tentar que eventualmente as coisas iriam funcionar. Dito de outra forma, este homem brilhante, cujos livros haviam significado muito para mim, não tinha nada mais para sugerir para além de me dizer para continuar a fazer as mesmas coisas esperando um resultado diferente. Só havia uma conclusão razoável: eu seria louco se eu seguisse o seu conselho. Demorei 20 anos, mas cheguei finalmente à conclusão de que não queria ser louco.

Então, onde é que me encontro hoje? Estou a frequentar uma paróquia militantemente ortodoxa em Houston, e ela é uma das dádivas mais espectaculares da minha vida. O meu melhor amigo, o Mark (nome falso), é, tal como eu, um refugiado do manicómio homossexual. Ele é também um crente fervoroso, embora seja Presbiteriano (ninguém é perfeito). Com o Mark aprendi que é possível dois homens amarem-se mutuamente de um modo profundo mantendo sempre as suas roupas.

É-nos dito que a Igreja opõe-se ao amor entre pessoas do mesmo sexo, mas isto é falso. A Igreja é contra o sexo homogenital, que segundo a minha experiência, não se centra no amor, mas na obsessão e numa compensação resultante duma masculinidade comprometida.

Não sinto orgulho da vida que levei. De facto, sinto-me profundamente envergonhado com ela. Mas se ler estas palavras impedirem que um homem ingénuo e crédulo faça os mesmos erros que eu fiz, então com a assistência da Nossa Senhora de Guadalupe, de São José, o seu esposo casto, do meu santo padroeiro Edmund Campion, de São Josémaria Escrivá, dos abençoados mártires Carmelitas de Compiégne; e, por fim, do meu guia e mentor sobrenatural, o Venerável John Henry Newman, eu posso pelo menos esperar a prorrogação de alguns dos muitos séculos de Purgatório que me aguardam.

Dito isto, o que é que nós como Igreja e como cultura temos que fazer? Destruir a fachada respeitável e revelar a pornografia que se encontra por trás dela. Começar a pressionar os homossexuais de modo a que eles digam a verdade sobre as suas vidas. Parar de debater a interpretação correcta de Génesis 19. Deixar os homens de Sodoma e Gomorra enterrados no enxofre que eles merecem. Actualmente, Sodoma encontra-se escondida à vista de todos.

Por uma vez, quando  preparava uma palestra sobre o Cardeal Newman, resumi o seu clássico "Essay on the Development of Christian Doctrine" desta forma: a Verdade amadurece, o erro apodrece. O movimento dos pelos direitos dos homossexuais está podre até o seu centro. Ele não tem futuro e nem há vida nele. Mais cedo ou mais tarde aqueles que foram apanhados por ele irão acordar do sonho do desejo desenfreado ou morrer. A pergunta é: quanto tempo? Quantas crianças serão sacrificadas a este Moleque?

Até há alguns anos atrás havia também uma livraria Lobo em Houston. Sem surpresa alguma, o seu layout era idêntico ao layout da livraria em Austin, e ela encontrava-se a apenas alguns quarteirões do posto de gasolina onde eu levo o meu carro para assistência. Recentemente, estava eu a andar pela vizinhança enquanto os pneus do meu carro estavam a ser rodados quando reparei numa coisa: havia um cadeado no porta da livraria Lobo, e um sinal lá colocado dizia:

O inquilino anterior foi despejado por falta de pagamento da renda.

Os livros e a pornografia, a fachada e tudo o que ela esconde, desapareceram. 

Glória a Deus.


--Ronald G. Lee é um bibliotecário em Texas.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Juízes ordenados a dar tratamento preferencial às mulheres

Foi dito aos juízes [Britânicos] que tratassem as criminosas de uma forma mais branda que os homens no momento em que eles vierem a estabelecer uma sentença. As novas directrizes declaram que as mulheres sofre "desvantagens" e que os tribunais "têm que levar estes assunto em conta".

As novas regras declaram que as criminosas normalmente têm uma má saúde mental ou têm pouca educação formal, não cometeram violência e têm crianças para cuidar. Segundo a "Equal Treatment Bench Book",

As experiências femininas como vitimas, testemunhas, e infractoras são, em muitos aspectos, diferentes das experiências masculinas. Estas diferenças ressalvam a importância dos sentenciadores terem estas coisas bem cientes quando estabelecem uma sentença.

A controversa sugestão veio do Conselho de Estudos Judiciários ("Judicial Studies Board"), que é responsável por treinar a judiciária. No passado, o conselho causou comoção ao sugerir que os Rastafaris têm crenças religiosas que os permite usar  canabis. Para além disso, o conselho tentou também banir dos tribunais palavras tais como "imigrante", "requerente de asilo", e até "Indiano Ocidental" alegando que são palavras ofensivas.

As últimas directrizes causaram também irritação, mas desta vez junto dos activistas que militam em prol das vítimas masculinas da violência doméstica. O "Bench Book" diz aos juízes que o problema "centra-se essencialmente na violência dos homens contra as mulheres", acrescentando ainda que "a realidade dos factos é que alguns dos incidentes físicos mais violentos são cometidos por homens contra as mulheres". O documento sugere ainda que os actos agressivos das mulheres contra os homens são "raros", afirmando também que "os homens e os parceiros em relações homossexuais podem também ser vítimas de violência".

No entanto, os activistas pelas vítimas masculinas da violência doméstica alegaram que os homens estão a ser tratados como cidadãos de segunda classe nestas novas directrizes. Eles ressalvam também uma análise aos números oficiais feitos pelo grupo "Parity", que concluiu na semana passada que 4 em cada 10 vítimas de violência doméstica são homens. Mark Brooks, do grupo ManKind, afirmou:

Para um documento que se centra na igualdade sexual, ele claramente deixa a impressão de que as vítimas masculinas são vistas como cidadãos de segunda classe quando, obviamente, todos deveriam ser vistos da mesma forma. É inaceitável que os homens, muitas vezes sofrendo em silêncio em casa, sejam exibidos como vítimas de segunda por parte daqueles que controlam o sistema legal. Admitir com má vontade que os homens podem também ser vítimas é varrer o problema para baixo do tapete, quando os próprios números do governo mostram que anualmente centenas de milhares de homens sofrem.

O estudo feito pelo grupo "Parity" baseia-se nas estatísticas do "Home Office" e da "British Crime Survey", as medidas criminais mais fiáveis por parte de Whitehall. O grupo disse que a proporção média de vítimas de violência doméstica do sexo masculino tem sido de 40%.

As directrizes actualizadas em torno da forma como as criminosas devem ser sentenciadas foi distribuída em Abril último na secção da "igualdade de género" [sic], e elas dizem:

As mulheres permanecem em desvantagem em muitas áreas públicas e privadas das suas vidas: elas estão sub-representadas na judiciária, no Parlamento, e em cargos de chefia um pouco por todos os empregos; e ainda existem diferenças salariais substanciais entre os homens e as mulheres.

Em relação às mulheres acusadas de crimes, o documento-directriz cita a Juíza Baronesa Hale, a única mulher entre os 11 do Tribunal Supremo, que se descreve como "ligeiramente feminista":

Actualmente é amplamente reconhecido que uma concepção de igualdade mal orientada resultou num tratamento desigual para as mulheres e para as raparigas.

As regras foram preparadas por uma equipa liderada pela juiza Dama Laura Cox, que escreveu:

Dificilmente pode ser considerado revolucionário o facto dos juízes terem que saber dos assuntos fulcrais para as vidas daqueles que se fazem presentes nos tribunais, e buscar formas de gerar juízes com esse conhecimento.

Fonte:  http://bit.ly/bwGZJD

* * * * * * *

Duas feministas colocadas em lugares-chave exercem o seu poder para perverter o normal curso da justiça (que deveria ser cega) de modo a que pessoas com uma configuração genética específica (XX) sejam tratadas de uma forma mais privilegiada do que pessoas com outra configuração genética (XY). Imagine-se a comoção que seria se um tribunal Europeu usasse outra configuração genética imutável (a quantidade de melanina na pele) para favorecer um grupo de pessoas acima de outras.

Mas então, porque é que um país Europeu, ou qualquer país, considera justo tratar melhor pessoas com um alinhamento cromossómico em detrimento das outras? O que há de tão especial no cromossoma XX que faz com que os crimes levados a cabo por pessoas com essa genetica vejam os seus crimes punidos com penas mais leves?

Este texto revela-nos um pouco mais da mentalidade por trás do "Equal Treatment Bench Book".





segunda-feira, 21 de julho de 2014

Tomada de terras africanas por parte do Banco Mundial e das Nações Unidas

Por Alex Newman

Sob a máscara de combater as "alterações climáticas", os programas de "carbono" das Nações Unidas e do Banco Mundial estão a causar uma tomada de terras maciça, uma deslocalização forçada dos povos indígenas sob ameaça de armas, e a causar aquilo que alguns críticos chamam de "genocídio cultural". Agora, uma coligação de organizações activistas estão a exigir um ponto final nos controversos esquemas das Nações Unidas que estão a devastar comunidades ao mesmo tempo que estão a colocar em perigo os povos indígenas e as culturas já em risco de extinção. As críticas em torno da contínua promoção dos "créditos de carbono" estão também a escalar a nível mundial por todo o espectro político.

A acusação mais recente de actos de terror e de brutalidade levados a cabo contra civis inocentes, supostamente para combater o "aquecimento global" - que está em modo "pause" há 18 anos, segundo dados meteorológicos indisputáveis - chegam do Quénia. Embora expulsões forçadas por parte das Nações Unidas não sejam novidade, elas estão a acelerar. No ano passado, por exemplo, a ONU revelou um gigantesco programa a eugénico para o Leste Africano com o propósito de diminuir a população. Ainda não é claro se as impiedosas maquinações de dióxido de carbono da ONU e do Banco Mundial se encontram de alguma forma relacionadas.

As vítimas do mais recente abuso foram as comunidades Sengwer da floresta Embobut e das Cherangany Hills do Quénia. Segundo informação veiculada pelo "Forest Peoples Programme", uma organização Britânica sem fins lucrativos que apoia os direitos dos moradores da floresta, no princípio deste ano mais de 1 milhar de casas Sengwer foram queimadas pelas autoridades financiadas pelo Banco Mundial à medida que o governo Queniano desenvolve esforços para desalojar cerca de 15,000 membros das suas terras ancestrais. Erradamente referindo-se aos povos indígenas de "posseiros", os oficiais alegam que o esforço tem como propósito promover a  "sustentabilidade".

Em relação às atrocidades, pessoas ligadas ao grupo "Forest Peoples Programme" afirmaram o seguinte:

Vimos dezenas de casas a arder à medida que andávamos pelas das terras comunitárias de Sengwer. Vimos mais de cem casas ou a arder ou que já haviam ardido, e a área estava assustadoramente vazia de pessoas. As pessoas fugiram com medo..... Quando as suas casas são queimadas, os cobertores, a comida e os utensílios de cozinha são também queimados, e consequentemente, as crianças e os idosos ficam expostos ao frio e à fome.

O grupo entrevistou também alguns dos locais cujas comunidades haviam sido arrasadas por parte do "Serviço Florestal" do Quénia, financiado pelo Banco Mundial. Uma viúva de 25 anos, mãe de 4 crianças pequenas, disse o seguinte ao mesmo tempo que a sua casa ardia:

Todos os uniformes escolares, panelas, recipientes de água, copos, foram queimados. . . . As crianças estão muito tristes porque perdemos tudo. Isto causará a que as crianças e os idosos apanhem pneumonia porque não temos nada com que lhes cobrir durante a noite.

Ela disse também que não houve qualquer tipo de consulta aos locais, ou algum tipo de compensação pela apreensão da propriedade.

Numa carta que denuncia o que uma coligação de 65 grupos sem fins lucrativos qualificou de "genocídio", um porta-voz dos Sengwer, Yator Kiptum, qualificou de "desastre" a destruição das propriedades, a brutalização e os despejos forçados. Ele é citado, dizendo:

O governo do Quénia está a levar-nos à extinção.

A carta ressalva também que os esquemas são uma violação da lei Queniana, da constituição, dos acordos em torno dos direitos humanos, e de várias ordens legais.

Também este ano, o grupo "Survival International", grupo que opera junto dos povos tribais por todo o mundo, documentou atrocidades governamentais semelhantes na floresta Mau do Quénia. Nesse local, oficiais governamentais destruidores, apoiados por organizações globalistas, têm estado a perseguir e a forçar a expulsão dos membros da tribo Ogiek, descrita como a última tribo caçadora-colectora em África. As tribos podem desaparecer por completo se não forem tomadas medidas para limitar as autoridades e os seus embustes de "carbono". Informações locais sugerem que as pessoas envolvidas na resistência à expulsão forçada dos Ogiek estão também a ser alvo execuções extra-judicias por parte das autoridades.

Aparentemente, os políticos Quenianos e os seus comparsas estão a ficar ricos com os esquemas de tomada de terras - à custa dos pobres povos indígenas cujas comunidades estão a ser queimadas até ao chão. Para além da corrupção local, a dimensão do problema chega até às Nações Unidas, ao Banco Mundial, ao establishment global, e aos vários esquemas "climáticos" internacionais.

De facto, as expulsões que estão a ocorrer são um "resultado directo" dum esquema do Banco Mundial, e "são, efectivamente, financiadas pelo Banco Mundial", segundo uma queixa formal dos Sengwer contra a infame organização. A maior parte do programa em questão, entretanto, deriva do “Reducing Emissions From Deforestation and Forest Degradatio«” da ONU, ou REDD encurtado. Segundo o esquema global, a compra de "créditos de carbono" - alegamente com o propósito de reduzir as emissões de CO2 como forma de parar o "aquecimento global" - está ligada à quantidade de carbono contida nas florestas. Apesar de ser absurdamente demonizada pelas Nações Unidas como "poluição", o CO2 é exalado por todos os seres humanos e é descrito pelos cientistas como "o gás da vida".

Num artigo explosivo publicado este mês no jornal "The Guardian" (em torno da tomada de terras por parte do governo Queniano) o jornalista Nafeez Ahmed explicou:

O sofrimento devastador dos povos indígenas do Quénia é sintomático da abordagem falha para a preservação por parte das agências internacionais. . . . Na práctica, os esquemas do programa REDD permitem, em larga escala, que as companhias acelerem a poluição ao mesmo tempo que compram, a preço de banana, terras e recursos no mundo em desenvolvimento.

Terra essa que foi etnicamente limpa dos seus habitantes prévios.

A brutalização dos Quenianos e a maciça tomada de terras começou a acelerar em 2007, quando os "Serviços Florestais" do Quénia deram início a altamente controversa parceria com o Banco Mundial como forma de implementar o assim-chamado projecto “Natural Resource Management”. Desde então, os activistas reportam que as casas de Sengwer têm estado sob um ataque virtualmente sem intervalo por parte das autoridades (com o propósito de desenraizar os povos indígenas). Mal a união entre o Banco Mundial e o governo Queniano foi aprovado, sem qualquer tipo de input por parte dos Sengwer, as comunidades aprenderam subitamente que as suas casas ancestrais encontravam-se dentro duma "reserva florestal", sujeita à destruição e à confiscação.

Numa declaração por si feita, o Banco Mundial tentou distanciar-se das atrocidades, afirmando não estar envolvido e estar "preocupado" com as notícias:

O Banco Mundial encontra-se pronto para dar assistência ao Governo do Quénia com o seu aconselhamento de desenvolvimento fundamentado nas experiências de projectos globais e locais, e para partilhar as melhores prácticas de restabelecimento em linha com as suas políticas de salvaguarda. . . . . Estas [políticas] buscam formas de melhorar ou restaurar os padrões de vida das pessoas afectadas pela recolocação involuntária.

O Banco Mundial afirmou estar a levar a cabo uma investigação, mas entre os críticos esta semi-negação gerou uma repercussão furiosa. A organização com o nome de "No REDD in Africa" (NRAN) - grupo composto por 66 organizações dos direitos humanos que se encontram em oposição ao plano da ONU - emitiu uma declaração onde se lê:

A causa e o efeito são perfeitamente claros: o Banco, no seu altamente controverso papel tanto de financiador do crédito carbono como de corrector, está a ajudar e a ser cúmplice da recolocação forçada duma População Indígena inteira através do seu "Natural Resource Management Plan" (NRMP) que inclui a REDD (Reducing Emissions from Deforestation and Forest Degradation).

A NRAN afirmou que o facto mais perturbador da resposta do Banco Mundial foi a disponibilidade do mesmo em ajudar o governo do Quénia no realojamento "involuntário":

O Banco Mundial está, ao mesmo tempo, a admitir a sua cumplicidade no realojamento forçado do Povo Sengwer bem como a disponibilizar-se para pactuar com o governo Queniano para ocultar o genocídio cultural.

O Povo Sengwer, afirmou a NRAN, enfrenta agora "a aniquilação completa sob a fachada de "conservação" levada a cabo pelo REDD.”

A rede No REDD qualificou o que se está a passar de "colonialismo carbono", para além de alegar que o plano da ONU está "a emergir como uma nova forma de colonialismo, subjugação económica e um fomentador de confiscação de terras tão gigantesca que ela pode ser considerada uma confiscação continental." 

A carta, assinada por mais de 300 organizações focadas nos direitos humanos e mais de 5 dúzias de organizações internacionais, forneceu às autoridades Quenianas, bem como as entidades planetárias envolvidas no esquema e outras mais, uma lista de exigências:

Exigimos que os governos, as companhias, os negociantes de carbono, o Banco Mundial e as Nações Unidas, incluindo a UN-REDD, UNEP, UNDP [United Nations Development Programme] bem como outras organizações, que cancelem imediatamente estes prejudicias esquemas REDD, bem como outros esquemas de carbono.

Até oficiais internacionais envolvidos com as maquinações REDD da ONU manifestaram indignação com os desenvolvimentos. Tony La Vinã, antigo presidente da REDD ONU, disse o seguinte ao The Guardian:

Os mercados de carbono, quando estiverem operacionais, têm que dar o seu apoio à administração florestal das pessoas que lá vivem, e não dar apoio aos governos nacionais com mais uma ferramenta com a qual desapossar os cidadãos dos recursos naturais que eles trataram e dos quais dependem há várias gerações.

Tal como a "The New American" reportou, as atrocidades a decorrer no Quénia dificilmente são as primeiras que os esquemas de "compensação de carbono" que as Nações Unidas, a União Europeia e outras organizações ocidentais fomentam, geram repercussão devido à brutalização das pessoas e destruição das suas casas. No Uganda, por exemplo, dezenas de milhares de camponeses inocentes viram as suas povoações queimadas de modo a que as instituições [globalistas] pudessem plantar árvores de "crédito de carbono" nas suas terras. Reportagens de crianças a serem assassinadas e espancamentos brutais fizeram manchetes de jornais. Dezenas de assassinatos Hondurenhos ocorridos em 2011 foram também ligados à tomada de terras apoiada pela ONU em esquemas de "carbono".

Outras tomadas de terras gigantescas apoiadas por múltiplas instituições globalistas estão a ocorrer em todo o mundo, ironicamente, algumas delas sob o disfarce de serem formas, segundo tratados da ONU, de "proteger" os povos indígenas. No Brasil, por exemplo, aldeias inteiras foram recentemente esvaziadas sob ameaça de armas por parte de tropas federais com logotipos da ONU, sob o facilmente refutável pretexto de "devolver" as terras a um punhado de índios que nunca haviam vivido nessas terras.

Com as acusações de genocídio cultural no Quénia actualmente nas manchetes dos média de maiores dimensões no Ocidente, a revolta contra os vendedores de esquemas de "compensação de carbono" - a ONU, o Banco Mundial, a União Europeia, os governos Europeus, políticos corruptos do Terceiro Mundo, e muitas outras organizações internacionais - está a crescer rapidamente. No entanto, ao mesmo tempo que as teorias em torno do alarmismo climático continuam a cair, tornou-se claro que sem um clamor enorme, as atrocidades e a tomada de terra por todo o mundo irá continuar sob qualquer pretexto.


* * * * * * *

Basicamente, o que isto significa é que o alarmismo climático nada mais é que uma das muitas formas através da qual as organizações globalistas concentram nas suas mãos porções cada vez maiores de terras. A teoria da Nova Ordem Mundial (a unificação política, económica e religiosa forçada das nações do mundo) torna-se difícil de negar quando as evidências em seu favor estão absurdamente patentes aos olhos de quem quer ver.





domingo, 20 de julho de 2014

Pausa para compromissos publicitários

A todos os machistas leitores que se interessam por desporto e indústria automóvel recomendamos o excelente blogue Diário Automóvel «Diário Automóvel, as últimas novidades em primeira mão.»







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