segunda-feira, 21 de julho de 2014

Tomada de terras africanas por parte do Banco Mundial e das Nações Unidas

Por Alex Newman

Sob a máscara de combater as "alterações climáticas", os programas de "carbono" das Nações Unidas e do Banco Mundial estão a causar uma tomada de terras maciça, uma deslocalização forçada dos povos indígenas sob ameaça de armas, e a causar aquilo que alguns críticos chamam de "genocídio cultural". Agora, uma coligação de organizações activistas estão a exigir um ponto final nos controversos esquemas das Nações Unidas que estão a devastar comunidades ao mesmo tempo que estão a colocar em perigo os povos indígenas e as culturas já em risco de extinção. As críticas em torno da contínua promoção dos "créditos de carbono" estão também a escalar a nível mundial por todo o espectro político.

A acusação mais recente de actos de terror e de brutalidade levados a cabo contra civis inocentes, supostamente para combater o "aquecimento global" - que está em modo "pause" há 18 anos, segundo dados meteorológicos indisputáveis - chegam do Quénia. Embora expulsões forçadas por parte das Nações Unidas não sejam novidade, elas estão a acelerar. No ano passado, por exemplo, a ONU revelou um gigantesco programa a eugénico para o Leste Africano com o propósito de diminuir a população. Ainda não é claro se as impiedosas maquinações de dióxido de carbono da ONU e do Banco Mundial se encontram de alguma forma relacionadas.

As vítimas do mais recente abuso foram as comunidades Sengwer da floresta Embobut e das Cherangany Hills do Quénia. Segundo informação veiculada pelo "Forest Peoples Programme", uma organização Britânica sem fins lucrativos que apoia os direitos dos moradores da floresta, no princípio deste ano mais de 1 milhar de casas Sengwer foram queimadas pelas autoridades financiadas pelo Banco Mundial à medida que o governo Queniano desenvolve esforços para desalojar cerca de 15,000 membros das suas terras ancestrais. Erradamente referindo-se aos povos indígenas de "posseiros", os oficiais alegam que o esforço tem como propósito promover a  "sustentabilidade".

Em relação às atrocidades, pessoas ligadas ao grupo "Forest Peoples Programme" afirmaram o seguinte:

Vimos dezenas de casas a arder à medida que andávamos pelas das terras comunitárias de Sengwer. Vimos mais de cem casas ou a arder ou que já haviam ardido, e a área estava assustadoramente vazia de pessoas. As pessoas fugiram com medo..... Quando as suas casas são queimadas, os cobertores, a comida e os utensílios de cozinha são também queimados, e consequentemente, as crianças e os idosos ficam expostos ao frio e à fome.

O grupo entrevistou também alguns dos locais cujas comunidades haviam sido arrasadas por parte do "Serviço Florestal" do Quénia, financiado pelo Banco Mundial. Uma viúva de 25 anos, mãe de 4 crianças pequenas, disse o seguinte ao mesmo tempo que a sua casa ardia:

Todos os uniformes escolares, panelas, recipientes de água, copos, foram queimados. . . . As crianças estão muito tristes porque perdemos tudo. Isto causará a que as crianças e os idosos apanhem pneumonia porque não temos nada com que lhes cobrir durante a noite.

Ela disse também que não houve qualquer tipo de consulta aos locais, ou algum tipo de compensação pela apreensão da propriedade.

Numa carta que denuncia o que uma coligação de 65 grupos sem fins lucrativos qualificou de "genocídio", um porta-voz dos Sengwer, Yator Kiptum, qualificou de "desastre" a destruição das propriedades, a brutalização e os despejos forçados. Ele é citado, dizendo:

O governo do Quénia está a levar-nos à extinção.

A carta ressalva também que os esquemas são uma violação da lei Queniana, da constituição, dos acordos em torno dos direitos humanos, e de várias ordens legais.

Também este ano, o grupo "Survival International", grupo que opera junto dos povos tribais por todo o mundo, documentou atrocidades governamentais semelhantes na floresta Mau do Quénia. Nesse local, oficiais governamentais destruidores, apoiados por organizações globalistas, têm estado a perseguir e a forçar a expulsão dos membros da tribo Ogiek, descrita como a última tribo caçadora-colectora em África. As tribos podem desaparecer por completo se não forem tomadas medidas para limitar as autoridades e os seus embustes de "carbono". Informações locais sugerem que as pessoas envolvidas na resistência à expulsão forçada dos Ogiek estão também a ser alvo execuções extra-judicias por parte das autoridades.

Aparentemente, os políticos Quenianos e os seus comparsas estão a ficar ricos com os esquemas de tomada de terras - à custa dos pobres povos indígenas cujas comunidades estão a ser queimadas até ao chão. Para além da corrupção local, a dimensão do problema chega até às Nações Unidas, ao Banco Mundial, ao establishment global, e aos vários esquemas "climáticos" internacionais.

De facto, as expulsões que estão a ocorrer são um "resultado directo" dum esquema do Banco Mundial, e "são, efectivamente, financiadas pelo Banco Mundial", segundo uma queixa formal dos Sengwer contra a infame organização. A maior parte do programa em questão, entretanto, deriva do “Reducing Emissions From Deforestation and Forest Degradatio«” da ONU, ou REDD encurtado. Segundo o esquema global, a compra de "créditos de carbono" - alegamente com o propósito de reduzir as emissões de CO2 como forma de parar o "aquecimento global" - está ligada à quantidade de carbono contida nas florestas. Apesar de ser absurdamente demonizada pelas Nações Unidas como "poluição", o CO2 é exalado por todos os seres humanos e é descrito pelos cientistas como "o gás da vida".

Num artigo explosivo publicado este mês no jornal "The Guardian" (em torno da tomada de terras por parte do governo Queniano) o jornalista Nafeez Ahmed explicou:

O sofrimento devastador dos povos indígenas do Quénia é sintomático da abordagem falha para a preservação por parte das agências internacionais. . . . Na práctica, os esquemas do programa REDD permitem, em larga escala, que as companhias acelerem a poluição ao mesmo tempo que compram, a preço de banana, terras e recursos no mundo em desenvolvimento.

Terra essa que foi etnicamente limpa dos seus habitantes prévios.

A brutalização dos Quenianos e a maciça tomada de terras começou a acelerar em 2007, quando os "Serviços Florestais" do Quénia deram início a altamente controversa parceria com o Banco Mundial como forma de implementar o assim-chamado projecto “Natural Resource Management”. Desde então, os activistas reportam que as casas de Sengwer têm estado sob um ataque virtualmente sem intervalo por parte das autoridades (com o propósito de desenraizar os povos indígenas). Mal a união entre o Banco Mundial e o governo Queniano foi aprovado, sem qualquer tipo de input por parte dos Sengwer, as comunidades aprenderam subitamente que as suas casas ancestrais encontravam-se dentro duma "reserva florestal", sujeita à destruição e à confiscação.

Numa declaração por si feita, o Banco Mundial tentou distanciar-se das atrocidades, afirmando não estar envolvido e estar "preocupado" com as notícias:

O Banco Mundial encontra-se pronto para dar assistência ao Governo do Quénia com o seu aconselhamento de desenvolvimento fundamentado nas experiências de projectos globais e locais, e para partilhar as melhores prácticas de restabelecimento em linha com as suas políticas de salvaguarda. . . . . Estas [políticas] buscam formas de melhorar ou restaurar os padrões de vida das pessoas afectadas pela recolocação involuntária.

O Banco Mundial afirmou estar a levar a cabo uma investigação, mas entre os críticos esta semi-negação gerou uma repercussão furiosa. A organização com o nome de "No REDD in Africa" (NRAN) - grupo composto por 66 organizações dos direitos humanos que se encontram em oposição ao plano da ONU - emitiu uma declaração onde se lê:

A causa e o efeito são perfeitamente claros: o Banco, no seu altamente controverso papel tanto de financiador do crédito carbono como de corrector, está a ajudar e a ser cúmplice da recolocação forçada duma População Indígena inteira através do seu "Natural Resource Management Plan" (NRMP) que inclui a REDD (Reducing Emissions from Deforestation and Forest Degradation).

A NRAN afirmou que o facto mais perturbador da resposta do Banco Mundial foi a disponibilidade do mesmo em ajudar o governo do Quénia no realojamento "involuntário":

O Banco Mundial está, ao mesmo tempo, a admitir a sua cumplicidade no realojamento forçado do Povo Sengwer bem como a disponibilizar-se para pactuar com o governo Queniano para ocultar o genocídio cultural.

O Povo Sengwer, afirmou a NRAN, enfrenta agora "a aniquilação completa sob a fachada de "conservação" levada a cabo pelo REDD.”

A rede No REDD qualificou o que se está a passar de "colonialismo carbono", para além de alegar que o plano da ONU está "a emergir como uma nova forma de colonialismo, subjugação económica e um fomentador de confiscação de terras tão gigantesca que ela pode ser considerada uma confiscação continental." 

A carta, assinada por mais de 300 organizações focadas nos direitos humanos e mais de 5 dúzias de organizações internacionais, forneceu às autoridades Quenianas, bem como as entidades planetárias envolvidas no esquema e outras mais, uma lista de exigências:

Exigimos que os governos, as companhias, os negociantes de carbono, o Banco Mundial e as Nações Unidas, incluindo a UN-REDD, UNEP, UNDP [United Nations Development Programme] bem como outras organizações, que cancelem imediatamente estes prejudicias esquemas REDD, bem como outros esquemas de carbono.

Até oficiais internacionais envolvidos com as maquinações REDD da ONU manifestaram indignação com os desenvolvimentos. Tony La Vinã, antigo presidente da REDD ONU, disse o seguinte ao The Guardian:

Os mercados de carbono, quando estiverem operacionais, têm que dar o seu apoio à administração florestal das pessoas que lá vivem, e não dar apoio aos governos nacionais com mais uma ferramenta com a qual desapossar os cidadãos dos recursos naturais que eles trataram e dos quais dependem há várias gerações.

Tal como a "The New American" reportou, as atrocidades a decorrer no Quénia dificilmente são as primeiras que os esquemas de "compensação de carbono" que as Nações Unidas, a União Europeia e outras organizações ocidentais fomentam, geram repercussão devido à brutalização das pessoas e destruição das suas casas. No Uganda, por exemplo, dezenas de milhares de camponeses inocentes viram as suas povoações queimadas de modo a que as instituições [globalistas] pudessem plantar árvores de "crédito de carbono" nas suas terras. Reportagens de crianças a serem assassinadas e espancamentos brutais fizeram manchetes de jornais. Dezenas de assassinatos Hondurenhos ocorridos em 2011 foram também ligados à tomada de terras apoiada pela ONU em esquemas de "carbono".

Outras tomadas de terras gigantescas apoiadas por múltiplas instituições globalistas estão a ocorrer em todo o mundo, ironicamente, algumas delas sob o disfarce de serem formas, segundo tratados da ONU, de "proteger" os povos indígenas. No Brasil, por exemplo, aldeias inteiras foram recentemente esvaziadas sob ameaça de armas por parte de tropas federais com logotipos da ONU, sob o facilmente refutável pretexto de "devolver" as terras a um punhado de índios que nunca haviam vivido nessas terras.

Com as acusações de genocídio cultural no Quénia actualmente nas manchetes dos média de maiores dimensões no Ocidente, a revolta contra os vendedores de esquemas de "compensação de carbono" - a ONU, o Banco Mundial, a União Europeia, os governos Europeus, políticos corruptos do Terceiro Mundo, e muitas outras organizações internacionais - está a crescer rapidamente. No entanto, ao mesmo tempo que as teorias em torno do alarmismo climático continuam a cair, tornou-se claro que sem um clamor enorme, as atrocidades e a tomada de terra por todo o mundo irá continuar sob qualquer pretexto.


* * * * * * *

Basicamente, o que isto significa é que o alarmismo climático nada mais é que uma das muitas formas através da qual as organizações globalistas concentram nas suas mãos porções cada vez maiores de terras. A teoria da Nova Ordem Mundial (a unificação política, económica e religiosa forçada das nações do mundo) torna-se difícil de negar quando as evidências em seu favor estão absurdamente patentes aos olhos de quem quer ver.





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