terça-feira, 2 de outubro de 2012

O sistema legal está construído para destruir o casamento


No blogue "Dalrock", o editor reporta uma história presente num jornal inglês, e posteriormente faz os seus comentários aos comentários presentes na notícia.

O comentador Feminist Hater colocou um link para um artigo presente no Daily Mail com o título "Half of women delay starting a family because they don’t want to give up their freedom" ("Metade das mulheres adia a formação de família porque não quer abdicar da sua liberdade").
O que me deixou perplexo foram os comentários, especialmente este que se segue feito por uma mulher com o nome/nick belblac:
Estava com medo de nunca chegar a conhecer o Senhor Certo e ter filhos e como tal, parvamente casei-me com alguém que não amava. Mas, no fim, não estava feliz com. . . a troca? Os meus dois belos filhos, que amo de todo o coração.
Será que hoje faria o mesmo? Sim, porque não trocaria os meus dois filhos por nada deste mundo. Acho que a doação de esperma seria ou deveria ter sido uma opção mas na altura isso não estava disponível como está hoje. Além disso, acho que, apesar do que sentia em relação ao meu ex-marido, os meus filhos beneficiaram do facto de terem tido dois pais durante os seus anos de crescimento.
Eu gostaria muito de ter tido os meus filhos e ter tido um casamento "Felizes para sempre" com o o seu pai. Isso, sim, teria sido bom.
A comentadora JJ tem a sua própria explicação para o problema. São os machos-alfa, que se focam nas mulheres mais novas, mais atraentes e mais férteis, que impedem as mulheres carreiristas envelhecidas de se tornarem mães:
Esta situação não é ajudada pela existência de homens como o meu colega na casa dos 30 que não aceita saídas românticas com mulheres depois da casa dos 30 devido ao facto delas quererem filhos. Ele não quer ser "amarrado". Fico chateada com o facto das mulheres serem culpadas por não terem filhos no momento clinicamente aprovado. Os homens também estão envolvidos.
Acho que o que ela quer dizer é "façam-se homens e casam-se com aquelas vadias" ["man up and marry those sluts"].
A comentadora Big Mama Mia explicou que o problema centra-se no facto das mulheres estarem receosas de serem manipuladas pelo sistema como belblac foi:
Talvez seja o medo de ficar com o bebé nos braços. Há tantas mulheres que são mães solteiras. Só isso é motivo suficiente para permanecer sem filhos. Não é assim tão mau se tu tens várias pessoas ao teu lado e muito dinheiro.
A isto, o comentador Completely Average respondeu:
No Reino Unido, as mulheres iniciam o divórcio 70% das vezes. Portanto, 70% das mulheres que são mães solteiras tomaram a decisão de serem mães solteiras. Se estás com medo de ficar sozinha, há uma solução simples: pára de abandonar o teu homem.
A comentadora Tifa Lockheart não gostou de ler isto, explicando que não existem divórcios frívolos:
Tu poderias perguntar o porquê de 70% das mulheres pedir o divórcio. Certamente que isso seria mais revelador em torno da dissolução dos casamentos? Ou será que sugeres que tanto o homem como a mulher permaneçam com o parceiro bêbado, abusivo e adúltero? O número de mulheres que pede o divórcio nada nos diz para além do facto delas terem tido um motivo para tal. Esses números não dizem o porquê; portanto, eles são insignificantes. A menos que queiras defender a sugestão de que estas 70% das mulheres que pede o divórcio fá-lo porque era de alguma forma divertido?
O sistema está construído para ser jogado como a belblac descreve. Desafio qualquer pessoa que discorde com este ponto que aponte as leis que impedem qualquer mulher de 1) casar com um homem que não ama, 2) usá-lo para estatuto, concepção e educação de crianças na fase inicial das suas vidas, e 3) chutá-lo para fora de casa, retendo uma enorme proporção dos seus bens e rendimento?

Nada impede as mulheres de fazer isto. Isto apenas é o sistema a funcionar normalmente. No entanto, há uma negação quase perfeita disto, e tal como belblac, as mulheres que fazem este golpe frequentemente olham para elas como vítimas.

* * * * * *

Dalrock correctamente afirma que este "golpe" é apenas consequência lógica da forma como o sistema está construído.

Existem pelo menos duas formas de quebrar o sistema - e nenhuma delas é boa para as mulheres: 1) os homens resolvem não casar [algo que já está a acontecer], ou 2) em caso de divórcio, o homem e a mulher saem do casamento apenas e só com aquilo que é legalmente seu (ou seja, a mulher não fica com metade dos bens do marido). Que mulher aceitaria isto?
Portanto, por mais que as carreiristas, as envelhecidas, as que se tornam voluntariamente mães solteiras, as "ex-vadias" e outras mulheres "fortes e independentes" se queixem do sistema - e se coloquem na posição de vítima (tanto do agrado da maioria das mulheres modernas) - a verdade dos factos é que o sistema, tal como está feito, é mais vantajoso para elas do que para eles (embora, no seu todo, não seja vantajoso para ninguém excepto para o governo e para os engenheiros da Nova Ordem Mundial).
A chave do casamento foi entregue à parte mais volátil do casamento precisamente porque o sistema legal actual está construído para destruir o casamento. O que a maior parte das mulheres não sabe é que o "poder" de pedir o divórcio foi um presente envenenado gentilmente oferecido pela elite governamental como forma deles [a elite esquerdista] aumentar a sua área de influência sobre a vida familiar.

Não é acidental o facto das mães solteiras serem um dos maiores blocos votantes da esquerda militante. Essencialmente o que a elite política fez foi instalar um sistema jurídico misândrico, com o expresso propósito de remover o homem da sua própria casa, ao mesmo tempo que essa mesma elite esquerdista se disponibilizou para "ajudar" as mulheres que se encontram na situação em que estão precisamente devido às políticas dos mesmos esquerdistas.

Quem dá o seu apoio incondicional aos partidos com intenções totalitárias não se pode queixar quando estes mesmos partidos criam sistemas legais que, gradualmente, vão aumentando a influência que o governo tem na vida familiar.

A forma de reverter esta subversão social é a reimplantação (voluntária, e não coerciva) do código moral no qual se fundamentou o casamento ocidental durante os últimos 2000 anos: o Cristianismo. Mas quantos homens e, principalmente, quantas mulheres estão dispostos a fazer isso?

Não erreis; Deus não se deixa escarnecer;
porque tudo o que o homem semear, isso, também, ceifará.

Gálatas 6:7

6 comentários:

  1. A dura verdade que as feministas e as mulheres em geral negam é que não é preciso motivos fortes para uma mulher pedir a separação hoje em dia. Alguém com uma certa lógica acredita que 70% das mulheres que pedem o divórcio o fazem porque o marido é violento, bêbado ou adúltero? Não creio! E se fizermos estatísticas veremos que as mulheres simplesmente não tem a necessária firmeza pra aguentar as dificuldades que um casamento acarreta ena primeira oportunidade caem fora e é claro, culpam os homens como se o casamento dependesse apenas deles. A realidade é que a maioria das mulheres se separa sem ter um motivo forte para tal.

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    1. Esse motivo é aproveitar enquanto ainda estão jovens , para ver se ainda conseguem um macho alfa.

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  2. Muita gente hoje defende a instituição famíliar como célula-máter da sociedade.

    Eu, a bem da verdade, não tive boa vida no seio de minha família nuclear e já na fase adulta tive que resolver psicoterapicamente muitos dos traumas que minha família me inflingiu e que me impediam, inconscientemente, de sentir-me bem com minha vida e realizações.

    Hoje eu me pergunto que tipo de família maravilhosa essa gente teve para achar que os futuros cidadãos serão melhor formados pelas suas famílias nucleares e não pelos educadores estatais.

    Lembro-me de quando criança que uma mulher até quis me adotar na frente de minha mãe eu, temendo represálias por parte dela, disse não à mulher.

    Enfim, muitos como eu que tiveram mais experiências traumáticas no seio da família do que prazerosas concordam que o Estado deve tomar as rédeas da formação de seus futuros cidadãos, delegando às famílias apenas a geração dos filhos e não sua formação moral e cívica.

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    1. Se o Estado estivesse preocupado com a psicologia infantil, ele não estaria trabalhando para que o número de crianças que sofrem assim aumentasse.
      Pense bem antes de falar em "Estado", pois esse mesmo "Estado" trabalha para a Nova Ordem Mundial, que por sua vez te vê como uma pessoa descartável.

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  3. Lindo, João! Será que todas as famílias são tão fracassadas assim?

    Você espera isso tudo do Estado? Por que não largou sua família e não pediu para entrar em um orfanato estatal, então?

    Você acha mesmo que o ser humano é igual a bicho, põe no mundo que o Estado educa?

    Por que isso não existia antes do marxismo?

    No Brasil, 80% de mulheres iniciam seus divórcios pelos motivos mais estúpidos possíveis. Não aguentar a barra de ser fiel, amar e respeitar na alegria e na tristeza, ser contrariada em suas vontades quando há outras prioridades e infernizar o marido até que o mesmo caia em alguma tentação (elas praticamente emprurram o infeliz para os braços de outras, para ausências do lar ou para o alcoolismo)são as principais causas. Pergunte a qualquer advogado de vara judicial de família...

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  4. João Labrego

    Também tive sérios problemas na minha família (para se ter uma idéia, já até estive em pronto socorro ao impedir uma tentativa de assassinato do meu pai pela minha mãe, dentre muitos outros problemas). Recentemente consegui superar os problemas decorrentes da minha criação, principalmente pelo entendimento que tive da origem dos problemas DELES, causados em boa parte por uma mídia que glamourizava o homem "cafajeste, cujo sucesso é medido pelo números de mulheres que pega", e a mulher "independente, bem sucedida profissionalmente, dona de si e que faz o que quer, a qualquer custo". Curiosamente, as pessoas que promoviam e produziam esta mídia destruidora de famílias (como a minha e, talvez, a sua) compartilhavam a mesma ideologia das que controlam o Estado HOJE (na verdade, algumas são as mesmas...). Não quero isentar os meus pais da parcela de culpa deles, afinal, eles tinham a escolha de serem como quiserem, mas é difícil acertar quando você está mergulhado em um mundo onde as boas escolhas e os bons exemplos são deliberadamente ocultos ou rotulados como "caretas", "ultrapassados", "preconceituosos", etc.
    A propósito, quando percebi que os psicoterapeutas que procurei me induziam quase aos mesmos erros que os meus pais cometeram, abandonei-os...
    Hoje, formei uma família baseada em princípios conservadores, e temos sido felizes a maior parte do tempo; já percebo que a minha filha (2 anos) tem mais segurança, confiança e felicidade do que eu tive na maior parte da minha vida. Problemas temos, mas não deixamos princípios "modernos" nos guiarem para resolvê-los, e tem dado certo a maior parte do tempo. É cedo ainda para dizer que o nosso futuro será sempre assim, até porque não tenho experiência de viver em famílias estruturadas, apenas em observar; mas o que deu certo até agora na minha já vale, ainda mais levando em conta a família que tive.
    João, o mesmo Estado que você defende que tome conta da formação dos cidadãos, é o mesmo Estado que identifiquei como co-autor da desgraça da minha família; cuidado...
    Me desculpe o tamanho do texto, teria muitas coisas mais a dizer. Procure saber mais sobre a formação dos problemas da sociedade atual pelo o que realmente aconteceu, com fatos comprovados, e não por opiniões alheias...
    Uma pergunta: o seu texto me lembra muito os livros "1984" e "Admirável Mundo Novo"; você os leu?
    Abraços!

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