terça-feira, 18 de setembro de 2012

Jessica Hopper "O meu feminismo nasceu a partir da raiva"


Como é o teu mundo emocional se tu és uma feminista radical? Deparei-me com este interessante e corajoso artigo onde uma (antiga) feminista radical descreve a sua transição dum lugar cheio de ódio, para outro onde ela desenvolveu uma visão mais compassiva dos assuntos em torno do género.

Primeiro, ela descreve como era a sua vida emocional:
Quando eu era mais nova, talvez com 10, 12 ou 15 anos, eu costumava afirmar que odiava os homens. Provavelmente até odiava. O meu feminismo nasceu a partir da raiva - dirigida a eles num mundo onde eles pareciam ser demasiado poderosos e demasiado felizes em obter algum tipo de vantagem perante a fraqueza das outras pessoas.

Em segundo lugar, na minha lista de raiva feminista, encontravam-se as mulheres que aparentemente dificultavam a vida das outras mulheres ao sucumbirem perante os homens, usando a sua aparência e o seu apelo sexual como forma de obter uma parcela desse poder.
Este é um lugar terrível para se estar uma vez que fica-se em luta e ódio constante contra os homens, bem como contra as mulheres que "sucumbem" perante os homens.

No entanto, e enquanto lia um livro duma feminista negra, esta feminista radical teve um vislumbre:

Perto do final da introdução havia uma linha onde ela escrevia que, inconscientemente, e de modo a que ela pudesse sentir que as mulheres poderiam ser livres, ela esperava que os homens morressem. Depois de ler esta linha, fiquei sem fôlego. Não me consegui conter e desatei a chorar.

Eu havia dedicado muito tempo e muita energia a reforçar esta ideia na minha cabeça - de que os homens eram meus inimigos - e isso tinha-me transformado numa pessoa amarga e desconfiada em relação aos homens e em relação às mulheres que eu qualificava como alguém que estava "do lado deles."

Eu tinha tanta dor enrolada na minha visão política que eu estava ciente que não poderia continuar desta forma.
Esperar que os homens morram parece algo insano, mas eu acredito nela. Se tu és uma feminista radical, a única solução aceitável é o desaparecimento dos homens uma vez que, enquanto eles estiverem por perto, eles irão oprimir as mulheres.

Saúdo esta mulher em particular (Jessica Hopper) pela sua honestidade e fico realmente feliz por ela ter deixado o ódio para trás. Ao mesmo tempo, é preciso levar em conta que ela não é um caso isolado. O feminismo radical encontra-se razoavelmente disseminado e algumas características importantes desta ideologia fazem parte do feminismo "mainstream". Isto significa que o ódio aos homens faz parte da esfera das políticas de género.

Isto, obviamente, é terrível para os homens, mas tal como Jessica Hopper demonstra, a pessoa tem estes sentimentos também se encontra numa péssima posição.A solução é abraçar uma nova visão em torno dos assuntos de género - uma que inclui os assuntos que afectam tanto as mulheres como os homens, e que demonstre que ambos os sexos possuem os seus problemas (e não só as mulheres).


3 comentários:

  1. Ela ficou com inveja de 1% feliz, bem-sucedido, poderoso e vencedor?

    Por que não ficou com inveja de 99% às vezes felizes, às vezes tristes, com alguns sucessos e muitas frustrações, inúmeras vezes contando com a mercê dos outros para "empatar o jogo"? Esses são os homens comuns, que elas (feministas) querem destruir, muitas vezes a serviço dócil, submisso, obediente e leal aos 1%, que elas nunca chegarão a ser...

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  2. Essa cultura de competição homens x mulheres é muito mais daninha do que se pensa. Ela não apenas cria feministas revoltadas e neuróticas, seguidoras fanáticas de uma ideologia doentia e doutrinadora, mas também é responsável por muitos dos casos de homossexualidade e/ou desejo de troca de gênero.

    O fato é que essa ideologia cria animosidade e uma dualidade doentia entre homens e mulheres, como se fossem inimigos e não parceiros. Não raro, essa situação expõe muitos jovens a um contexto em que o sexo oposto ou o seu próprio é visto como algo negativo, um problema para a sociedade. Cria-se assim um estigma psicológico que, consciente ou inconscientemente, leva essas pessoas a verem o sexo oposto como algo repulsivo (passando a se relacionar com seu próprio sexo) ou a não se sentirem confortáveis dentro de seu próprio gênero (e assim desejarem pertencer ao gênero oposto).

    Nem tudo que envolve homossexualidade e conflito de gênero ocorre, obviamente, por essa razão, mas trata-se da raiz de boa parte dos casos. De um lado vemos homens que foram criados por mães solteiras (feministas e/ou abandonadas) e que passam a vida toda acompanhando o sofrimento e/ou as reclamações da mãe e sem uma presença masculina saudável por perto, de modo que começam a ver o masculino como algo ruim, um defeito, algo que eles não querem ser (e daí os pensamentos de incompatibilidade de gênero) ou mulheres que, passando por essa mesma situação, adquirem repulsa pelo sexo oposto e buscam em relacionamentos homossexuais algo que elas creem não ser possível encontrar num relacionamento hétero normal. De outro, temos filhas de maridos frustrados, que passam a não gostar de pertencer ao sexo feminino em vista das opiniões do pai, bem como homens criados em tais condições e que, em vista disso, começam a procurar no mesmo sexo o comprometimento que acham que não vão encontrar com mulheres.

    Aqueles que não seguem por esses caminhos e permanecem héteros, por outro lado, geralmente se tornam machistas ou feministas militantes, passando a querer "se vingar" do sexo oposto por meio de uma sucessão de relacionamentos abusivos e/ou de casos casuais, nos quais os outro é tratado como mero objeto de uso pessoal, algo que pode ser usado e descartado, como se isso de certa forma a/o "compensasse". Em outros casos, vemos também o oposto: homens e mulheres que criam tanta aversão pelo sexo oposto que passam a temer relacionamentos, evitando a todo custo se envolver com alguém por medo de se decepcionarem.

    Em todo caso, contudo, o resultado é a destruição da família e, consequentemente, da fé, da moral e dos princípios. Como se sabe, o diabo não dorme em serviço. Suas ideologias (e aqui sobretudo as de origem comunomarxista) são como bolas de boliche: miram um alvo definido, mas sempre objetivando atingir indiretamente tudo o que estiver ao redor... Enquanto isso, o ser humano caminha feliz e contente em sua ilusão de liberdade, seguindo a brilhante e fabulosa estrada de tijolos amarelos...

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  3. Eis um exemplo da furada sem volta que o feminismo criou:

    https://www.facebook.com/notes/caioetati-abreu-bernardi/o-homem-dif%C3%ADcil-tati-bernardi/198601103589384/

    Fatalmente, a maioria cai em si uma hora ou outra, mas aí já é tarde, porque esse tipo de homem (dedicado, bom moço, para casar, que provoca uma vontade profunda e verdadeira de ser sua parceira) também procura por alguém assim e, depois dos 30, ou já encontraram e estão casados, ou ainda estão procurando, mas querem igualmente uma mulher sem um passado de "Mercado Livre" nas costas. Ou seja, também não querem aquelas que passaram a juventude toda na mesma farra desenfreada dos franco-atiradores e só estão querendo parar porque chegaram aos 30 e estão desesperadas...

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