sábado, 14 de maio de 2011

Psiquiatra absolvido de violação de paciente grávida

O Tribunal da Relação do Porto considerou que o psiquiatra João Villas Boas não cometeu o crime de violação contra uma paciente sua, grávida de 34 semanas, pois os actos não foram suficientemente violentos, apesar de este forçar a vítima a ter sexo com base em empurrões e puxões de cabelo.

O tribunal deu como provado os factos, que têm início com a vítima a começar a chorar na consulta e com o médico a pedir para esta se deitar na marquesa. O psiquiatra começou então «a massajar-lhe o tórax e os seios e a roçar partes do seu corpo no corpo» da paciente, como se pode ler no acórdão.

A mulher, que estava grávida e numa situação de fragilidade psicológica, levantou-se e sentou-se no sofá, tendo o médico começado a escrever uma receita. Quando voltou, aproximou-se da paciente, «exibiu-lhe o seu pénis erecto e meteu-lho na boca», agarrando-lhe os cabelos e puxando a cabeça para trás, enquanto dizia: «estou muito excitado» e «vamos, querida, vamos».

A mulher tentou fugir, mas o médico «agarrou-a, virou-a de costas, empurrou-a na direcção do sofá fazendo-a debruçar-se sobre o mesmo, baixou-lhe as calças (de grávida) e introduziu o pénis erecto na vagina, até ejacular».

Para o colectivo de juízes, o arguido não cometeu o crime de violação, porque este implica colocar «a vítima na impossibilidade de resistir para a constranger à prática da cópula». Diz o acórdão que para que tal acontecesse era preciso que «a situação de impossibilidade de resistência tivesse sido criada pelo arguido, não relevando, para a verificação deste requisito, o facto de a ofendida apresentar uma personalidade fragilizada».

O colectivo de juizes considera que o «empurrão» sofrido pela vítima por acção física do arguido não constitui «um acto de violência que atente gravemente contra a liberdade da vontade da ofendida» e, por isso, «impõe-se a absolvição do arguido, na medida em que a matéria de facto provada não preenche os elementos objectivos do tipo do crime de violação».

Mas um dos três juízes, José Manuel Papão, não concorda com a absolvição e juntou ao acórdão uma declaração de voto em que considera «que a capacidade de resistência da assistente estava acrescidamente diminuída por estar praticamente no último mês de gravidez, período em que se aconselha à mulher que na prática de relações sexuais observe o maior cuidado para evitar o risco da precipitação do trabalho de parto».

Fonte


A destruição do sistema legal como forma de causar que as pessoas percam a fé nos agentes de autoridade faz parte do plano gramsciano. É por isso que vêmos com frequência o esquerdume a colocar-se do lado dos assassinos, violadores e traficantes de drogas.

Não só os esquerdistas os consideram como "oprimidos" como também os usam como forma de subverter o normal funcionamento das instituições sociais.

A mentalidade gramsciana é doentia .

3 comentários:

  1. Pela postagem não é nos esclarecido se a referida mulher é casada. Se for eu pergunto: o que resta a este marido ultrajado? Aceitar a infame decisão da (in)Justiça, ou, apelando para um direito básico de restituição, fazer justiça com as próprias mãos, já que aqueles encarregados de faze-la estão muito ocupados sendo omissos?
    Realmente, a sociedade ocidental se desmancha diante de nossos olhos!

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  2. Mats, acrescenta aí ao teu comentário que esse médico foi catequista integrado em congregação religiosa jesuíta até ao início da idade adulta (procura a palavra catequista no acórdão em http://www.dgsi.pt/jtrp.nsf/d1d5ce625d24df5380257583004ee7d7/1c550c3ad22da86d80257886004fd6b4?OpenDocument). Se eu usasse neste caso a lógica da maioria dos teus posts no que toca a correlação e causalidade teria tanto para dizer.

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  3. Jeremias,
    Mats, acrescenta aí ao teu comentário que esse médico foi catequista integrado em congregação religiosa jesuíta até ao início da idade adulta

    E de que forma isso muda a gravidade do que foi feito? Mesmo que ele tivesse sido papa antes de ser psiquiatra, o tribunal não tinha o direito nenhum de libertá-lo, especialmente quando as evidência são tão claras.

    Se eu usasse neste caso a lógica da maioria dos teus posts no que toca a correlação e causalidade teria tanto para dizer.

    E que "lógica" é essa, para vêr se estamos a falar a mesma língua?

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