sábado, 2 de janeiro de 2016

O que é a Dialética Hegeliana?

Por Daryush Valizadeh

Uma expressão que vez após vez foi surgindo quando eu fazia a minha pesquisa dos governos modernos é "Dialéctica Hegeliana". Passei algum tempo a estudar o termo não só para saber o que era, mas também para saber como é que o mesmo estava a ser usado pela classe governante como forma de manipular o público de moda atingir um propósito pré-estabelecido.

Inicialmente descrito pelo filósofo iluminista Alemão Georg Wilhelm Friedrich Hegel, a Dialéctica Hegeliana é um mecanismo para se chegar a uma verdade final ou a uma conclusão. É bem provável que vocês usem, actualmente, o método Aristotélico de se chegar à verdade, que é observar todos os factos da situação e inferir a conclusão mais lógica tendo como base essas observações.

Por outro lado, Hegel falou dum processo onde a verdade era atingida através dum processo de fricção e conflicto entre uma força (tese) e a sua oposta (antítese). O resultado final deste confronto - a síntese - é a melhor conclusão.

É bem provável que a síntese não seja a verdade final e absoluta. Esta torna-se na nova tese e é formada uma nova antítese em sua oposição. O conflicto avança então rumo a uma segunda síntese. Este processo repete-se até que a síntese final é revelada, que, teoricamente, é a verdade absoluta.

Dito de forma simples, a Dialéctica Hegeliana é a batalha entre dois extremos como forma de se obter um resultado que se encontra algures no meio. O resultado irá desenvolver uma força opositora e a batalha que se seguirá irá ter outro tipo de resultados. A realidade objectiva que temos actualmente incorporou dentro de si todas as "batalhas" prévias de teses e antíteses desde o princípio; isto significa que - de acordo com a teoria - estamos a viver dentro dum arco progressivo rumo à verdade absoluta e rumo a um mundo perfeito.

Exemplos de teses e antíteses:

Tese
Antítese
Síntese
Hegemonia Francesa e Inglesa depois da Primeira Guerra Hitler Hegemonia
Americana
Conservadorismo Tradicional Marxismo Globalismo
Perda de poder doméstico por parte do governo dos EUA 11 de Setembro "Patriot Act"
O NSA espia os Americanos
Feminismo PUA, MRA
Neomasculinidade
?

A Dialéctica Nacional

Hegel propôs esta dialéctica como uma forma natural de se atingir a verdade, mas tinha em mente que a própria nação era o veículo para se criar a nova síntese. Tal como a maior parte dos pensadores do Iluminismo, Hegel rejeitou a noção de Deus e colocou a nação-estado como Deus. A elite moderna avançou ainda mais com isto ao determinar uma síntese (um propósito específico) e posteriormente, a executar eventos que evoluem artificialmente rumo a tal síntese pré-determinada.

Se a elite tem em vista um leque de resultados - quer seja um governo mais autoritário ou uma guerra que consolida o seu poder - tudo o que eles têm que fazer é gerar uma antítese que os irá levar rumo ao resultado desejado. Isto é normalmente conhecido como ataque "bandeira falsa" ["false flag attack"] onde o governo duma nação ataca a própria nação de modo a que possa responder da forma que sempre quis, visto que é só através desse ataque que os cidadãos concordam com a síntese pré-determinada.

Diga-se de passagem, os ataques bandeira-falsa são, na verdade, uma forma comum que os governos usam para realizar os seus propósitos.

Eis aqui dois círculos Hegelianos dentro dois quais nós podemos estar a viver:

Tese
Antítese
Síntese
Rússia recusa-se entrar na  Nova Ordem Mundial Desestabilizar a Ucrânia e a Síria; Forçar a Rússia a agir de forma agressiva Criar pretexto para remover a elite Russa; Instalar políticos Ocidentais na Rússia.
Nacionalismo na Europa Permitir a entrada de milhões de Afro-Islâmicos Fortalecer as Nações Unidas e a União Europeia como forma de "proteger" as pessoas dos tumultos sociais

É comum as pessoas usarem a dialéctica na sua vida como forma de resolver problemas:

Tese
Antítese
Síntese
Não está a receber atenção. Inventa drama, catástrofes e doenças Recebe atenção por parte da família, amigos e estranhos

O que a elite governante faz, e já está a fazer há séculos, é gerar reacções que requerem as soluções que eles sempre quiseram implementar. Esta reacção (por exemplo, o 11 de Setembro) coloca os cidadãos num estado de medo e de ansiedade, o que permite a fácil implementação de soluções sem que haja qualquer tipo de resistência. Será que os Americanos teriam protestado duma forma mais agressiva ao "Patriot Act" se o 11 de Setembro nunca tivesse ocorrido? Muito provavelmente eles haveriam de se rir desta proposta, tal como se riram das tentativas de George W. Bush de privatizar a Segurança Social no princípio do seu segundo mandato.

Cuidado com as "soluções" governamentais

Uma das formas de se ficar a saber que os governos estão a usar a dialéctica Hegeliana para cumprir com os seus planos é quando eles têm soluções prontas logo após um evento, antes mesmo de haver algum tipo de debate público sobre essas "soluções". Isto é visto com frequência nos Estados Unidos com o tópico do controle de armas, onde após cada incidente de tiroteio e assassinatos, há uma apelo à limitação da venda de armas por parte dos média e por parte do governo.  O forte controle de armas, ou a confiscação das mesmas, é a solução pré-determinada da classe governante Americana que sem dúvida será tentada no futuro.

Desde Nero a queimar Roma a Hitler a queimar o Reichstag, um pouco por toda a História líderes sedentos de poder geraram crises como forma de apresentar ao público situações onde as suas soluções envolvendo um Estado-Policial "faziam sentido"

"Entreguem as vossas armas" - É para vossa segurança...." (....)

Todas as crises financeiras que os Estados Unidos já sofreram foram seguidas pelo mesmo padrão de dialéctica Hegeliana que resultou num passo incremental rumo ao domínio financeiro mundial por parte duma elite restrita. [Fonte]

Um outro uso relacionado da dialéctica Hegeliana é gerar a aparência duma saudável oposição governamental. Nós vemos isso nos Estados Unidos onde tanto os Democratas como os Republicanos são duas cabeças do mesmo corpo. Eles criam uma fachada pública onde passam a imagem de duas forças opositoras a debater e a comprometerem-se a servir os interesses da nação, quando na verdade, ambos os partidos são controlados pelos mesmos globalistas que fazem donativos a ambos os partidos.

O fenómeno "cuckservative" revelou que os conservadores mainstream são virtualmente idênticos à esquerda, com a excepção de alguns pontos quentes tais como o aborto e a religião (eles já convergiram na questão do "casamento" homossexual).

No Ocidente, a escolha basicamente é entre a informação "esquerdista" controlada, e a informação "direitista" controlada. O conflito entre os dois grupos SOB CONTROLE mantém o aparente conflito informacional aceso. Factos indesejados que se enquadram em nenhum dos grupos são convenientemente esquecidos. Livros que não se enquadram dentro de nenhum dos campos são efectivamente neutralizados porque eles irão invocar a ira tanto da "direita" como da "esquerda". (...)

A dialéctica Hegeliana está actualmente a ser aplicada como forma de assegurar e manter o poder mundial absoluto, bem como a autoridade absoluta, nas mãos duma elite. [Fonte] 

A dialéctica Hegeliana exige uma tese e uma antítese, um pró. e um anti.. Será que isto não são absolutos? Será que os próprios conceitos de esquerda e direita, Este e Oeste, preto e branco, etc, exigidos pela dialéctica, não são, em si, uma confirmação do absolutismo? [Fonte]

(Uma política governamental com um título razoável tal como "desenvolvimento sustentável" faz parte da dialéctica que tem como propósito controlar o comportamento humano e a sua reprodução.)

É fácil governar quando os cidadãos encontram-e programados para exigir as mudanças que estão de acordo com os teus planos:

O aspecto perturbador da abordagem de Alinsky para a "mudança social radical" é a sua crença no método Marxista-Leninista de manter sempre as massas desmoralizadas de modo a que elas passem a exigir mudança, ou insistam que o sistema seja abolido de todo. [Fonte]

Muitos de nós estamos cientes do que a elite está a fazer à sociedade como forma de a manter sob controle. A dialéctica Hegeliana permite-nos ver como é que eles estão a fazer, acrescentando uma importante peça no puzzle de modo a que mais facilmente se possam reconhecer os esquemas autoritários. Sempre que ocorre uma crise cuja solução é avançada pelos políticos, pelos governos, pelas organizações mundiais tais como as Nações Unidas, o FMI, o Banco Mundial, a Reserva Federal, ou incontáveis outras entidades semi-governamentais, podemos ter a certeza de três coisas:

1. A solução não irá resolver o problema original.
2. É bem possível que o problema tenha sido criado por uma das instituições citadas em cima como forma delas mesmas avançarem com a sua "solução"
3. O controlado processo Problema-Reacção-Solução está a reduzir a tua liberdade e fazer com que fiques mais dependente do estado.

Depois de catástrofes violentas e eventos globais, pensem por alguns instantes para ver exactamente quais são os seus planos reais tendo como base a reacção daqueles que se encontram no poder, e pensem em resistir a esses mesmos planos se isso estiver ao vosso alcance. Para terem a certeza, podem assumir que virtualmente todas as soluções não-locais avançadas pelo governo fazem parte dum plano de te magoar, e que isso terá o efeito contrário ao declarado se por acaso o mesmo receber permissão para ser implementado.

- http://bit.ly/1TkwEq5




3 comentários:

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