Por Lauren Pringle
A censura não é comum na Argentina, no entanto um filme tornou-se alvo de censura prévia. O documentário
Borrando a Papá
(Apagando o Pai) iria estrear no dia 28 de Agosto, mas foi subitamente cancelado devido
às críticas duma organização não governamental que criticou o
lançamento do mesmo.
Dirigido por
Ginger Gentile e
Sandra Fernández Ferreira, e produzido pela
San Telmo Productions (donos do blogue
Filming in Argentina),
Apagando o Pai
fala do apuro dos pais que são "apagados" das vidas dos filhos depois
dos divórcios, ou separados dos mesmos pelo tribunal familiar, que tem
tendência de julgar contra os pais e em favor das mães.
A que é que se deve a controvérsia em torno do divórcio? Segundo Ginger Gentile, o filme denuncia
"os milhares de advogados e psicólogos que subsistem prologando os casos apresentados aos tribunais familiares", bem como as organizações que recebem subsídios
ao exagerarem as estatísticas em torno da violência doméstica. Os produtores do filme alegam que os recursos não estão a ser usados para protegr as verdadeiras
vítimas da violência doméstica, mas sim para separar os pais cujos
crimes têm sido falar Russo com o filho ou facto da mãe temer que "ele
faça alguma coisa", como demonstram dois casos citados no documentário.
"Problemas técnicos" foram citados como
a causa do cancelamento da estréia do documentário mas algumas semanas
antes desta data, uma ONG havia dado início a uma petição no site Change.org
pedindo que o filme fosse censurado. Esta mesma ONG, bem como outras,
fizeram pressão junto do conselho cinematográfico Argentino (INCAA) -
que financiou o filme - para que este não desse permissão à exibição
do filme.
Muitas das pessoas que exigiram a censura do filme foram entrevistas para o mesmo, e elas admitem que irão fazer todos os possíveis para impedir que os pais vejam os seus filhos. Essas pessoas querem também que a presunção de inocência seja revertida nestes casos. Nas palavras duma psicóloga:
Se eu digo que o pai é culpado, ele é culpado até ele provar o contrário.... Temos que alterar a constituição para que em casos como este o ónus da prova esteja do lado do pai.
Depois da estreia do filme ter sido
cancelada, os produtores do filme organizaram as coisas de modo a que
houvesse uma exibição pública do mesmo no dia 2 de Setembro, no Colegio Público de Abogados
mas o mesmo foi cancelado poucos dias antes da exibição. Foram citadas
"dificuldades técnicas" mas foram obtidos emails que mostravam que duas
funcionárias governamentais, incluindo uma congressista, tinha pedido
pessoalmente que o filme fosse proibido, citando como justificação o
"foco errado". A congressista, Gladys Gonzalez,
já debateu com Gentile na rádio, defendendo a sua posição e já recebeu
uma avalanche de críticas no Twitter e no Facebook devido ao seu ponto
de vista.
O caso chegou à imprensa, e várias
agências noticiosas emitiram o seu comentário em relação ao tópico.
Falando da oposição ao filme, o jornal
Perfil afirma:
Elas dizem que não querem censurar o filme, mas só impedir a sua exibição. Isto é o mesmo que dizer que não querem que uma pessoa morra, mas só que deixe de respirar.
Nenhuma
projecção cinematográfica deve ser censurada a pedido daqueles que
ainda não o viram. Isto ajudou a que o debate fosse aberto em torno dum
assunto há muito esquecido: os pais.
Esta censura apenas causou a que o
filme ganhasse mais popularidade e mais apoio um pouco por todas as
redes sociais - tanto localmente como internacionalmente -ganhando mais de 17,000 Likes no
Facebook, mais de 60,000 visualizações do
trailer,
“30 a 40 pais em sofrimento a entrar em contacto connosco diariamente”, tal como mencionou o co-director
Fernández Ferreira numa entrevista para o jornal
La Nación, que também falou na
"enorme controvérsia".
Na Argentina, este nível de cobertura mediática e seguimento através
das redes sociais é algo novo em torno dum pequeno documentário.
Os produtores e os protagonistas do filme (pais
e peritos) têm estado nas notícias televisivas e falar não só da
censura mas também do negócio por trás dos casos de divórcio. Advogados, juízes e políticos têm também
estado em contacto com os produtores do filme e com os peritos de modo
a que se possa ver como é que o actual sistema pode ser mudado, visto
que a reacção ao filme mostrou que existe uma massa crítica de famílias
afectadas.
O apoio ao filme
Apagando o Pai é muito maior que
o número de pessoas que são contra ele, visto que a censura é altamente
impopular na Argentina (durante a ditadura de 1973 a 1983, filmes e
livros foram banidos do país). Para além disso, muitos pais começaram a
falar mais sobre um problema que até há pouco tempo era tabu: que eles
não conseguem ver os filhos depois dos divórcios porque os tribunais
não obrigam que as mães permitam as visitas, ou porque eles foram vítimas de
falsas acusações.
Nos tribunais familiares as acusações não são investigadas porque não
chegam a julgamento; em vez disso, a lei declara que uma acusação por
parte da mãe tem que resultar na remoção do pai da casa por um período
de 90 dias, que pode ser renovado de um modo indefinido.
Embora o filme se foque na Argentina, o
mesmo demonstra que este tópico é mundial. Recentemente, a estrela de
cinema de Hollywood
Jason Patric levantou o
tópico da alienação paternal, educando o público e fundando um ONG como
forma de ajudar as famílias que se encontram em situações deste tipo:
“Stand Up for Gus”.
O
Artigo 14 da Constituição Argentina declara que todos os habitantes
nacionais têm "o direito de publicar as suas ideias sem qualquer tipo
de censura". Gentile disse:
É estranho, para mim, como produtora de filmes, ver comentários ao meu filme feito por pessoas que ainda não o viram.
Embora
Borrando a papá, Apagando o Pai,
ainda esteja inédito, os seus directores continuam a negociar com
outras entidades tendo em vista a sua eventual exibição em cinemas, e
afirmam que muitas organizações apresentaram-se dispostas a
disponibilizar outras formas de visualização do mesmo. Quando
o filme
for exibido publicamente pela primeira vez, certamente que causará uma
repercussão nos tribunais familiares ao alegar que as crianças têm o
direito de amar ambos os pais.
(...)
* * * * * * *
A "revolução social" levada a cabo contra a familia natural tem raizes ideológicas,
mas é mantida pelos interesses financeiros. As consequências desta revolução social são cada vez mais claras. No seu excelente ensaio
‘Divorce as Revolution’, Steven Baskerville descreve
as implicações políticas e económicas mais abrangentes desta situação:
Mais do que qualquer outro factor individual, virtualmente
todas as patologias pessoais e sociais podem ser rastreadas até a ausência dum pai [
"fatherlessness"]:
crime violento, consumo de substâncias, filhos fora do casamento,
evasão escolar, suicídio e muito mais. A orfandade paterna supera em
muito a pobreza e a etnia como o predictor de desvio social.
A
consequência de 3 décadas de divórcio incontrolável é a existência dum
grande número de pessoas - muitas delas oficiais do governo - com
interesse profissional e financeiro em encorajá-lo. Hoje em dia o
divórcio não é um fenómeno, mas um regime - um enorme império
burocrático que permeia os governos nacionais e locais, com parasitas
no sector privado.
Qualquer
que seja a devoção que eles possam vocalizar em torno do sofrimento dos
órfãos de pai, dos pobres e das crianças violentas, o facto é que
estes practicantes têm um forte interesse em criar o maior número possível destas crianças.
A forma de fazer isto é retirar o pai de casa. . . Enquanto o pai
estiver com a família, os profissionais do divórcio não ganham nada.
Mal o pai é eliminado,
o Estado ocupa o seu lugar como o protector e o provedor.
Ao remover o pai, o Estado cria
outros problemas
que ele mesmo tem que resolver: pobreza infantil, abuso sexual de
crianças, crime juvenil, e outros problemas associados a crianças que
crescem sem um pai. Desta forma, a maquinaria do divórcio é
auto-perpetuadora e auto-expansora.
O divórcio involuntário é uma ferramenta maravilhosa que permite uma expansão infinita do poder governamental.
A crescente histeria em torno da "violência doméstica" parece ser largamente fomentada para atingir os mesmos propósitos. ‘
Toda esta indústria da violência doméstica centra-se em retirar as crianças dos pais,’ escreve o colunista do Irish Times John Waters. ‘
Depois de terem tirado os pais, eles vão tirar as mães.’
Donna Laframboise do "National Post" do
Canadá investiou os abrigos das mulheres vítimas de algum tipo de
violência e concluiu que eles mais não são que ‘
lojas de divórcio de uma só paragem’, cujo propósito não era proteger as mulheres mas promover o divórcio.
Estes
abrigos, muitas vezes financiados pelo governo federal, emitem
depoimentos contra os pais (sem chegar a vê-los) que são aceites pelos
juízes como justificação para retirar os filhos; muitas vezes isto é
feito sem evidências que confirmem as alegações.
Os
pais são adicionalmente criminalizados através do fardo da pensão
alimentícia, que são o combustível financeiro da maquinaria do
divórcio, subscrevendo o divórcio unilateral e oferecendo a todos os
envolvidos maiores incentivos para retirar as crianças da presença dos
pais.
No Verão passado a revista Liberty publicou evidências documentais de que os "pais caloteiros"
[inglês: ‘deadbeat dads’] são,
em larga medida, uma criação dos funcionários públicos e agentes da lei
tendo em vista o aumento de criminosos para processar.
Conclusão:
Unindo
todos estes elementos num só, o que começou como uma ramificação do
radicalismo da era Comunista, cresceu, e passada que está uma geração,
ela é hoje uma indústria internacional multi-bilionária e misândrica,
um monstro que existe apenas e só para destruir a família. É contra isto que lutamos.
Um site obsceno: Marxismo cultura.
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