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segunda-feira, 21 de outubro de 2013

O que é o relativismo cultural?

Texto baseado no discurso de Azar Majedi feito numa conferência em Copenhaga (Dinamarca) em comemoração do dia 8 de Março de 2003

O relativismo cultural é um conceito racista, escondido por trás dum nome bonito, que justifica dois conjuntos de valores, de direitos e de privilégios para o ser humano segundo um conceito arbitrário e subjectivo como a cultura. Dito de forma mais directa, segundo este conceito, devido ao local onde nasci eu devo desfrutar de menos direitos do que uma mulher nascida na Suécia, na Inglaterra ou na França. Eu sou obrigada a ficar contente com o meu estatuto de segunda classe porque eu nasci num pais que está sob o domínio islâmico, e devido ao governo misógino e reaccionário que se encontra no poder. Isto vai mais longe e a segunda geração também se orna vítima desta política racista. Também elas são vítimas de discriminação devido ao sítio de nascimento dos seus pais.

Os defensores do relativismo cultural afirmaram-nos repetidamente que temos que respeitar a nossa assim-chamada cultura, a nossa assim-chamada religião, e aceitar respeitosamente e em silêncio o destino que essas instituições determinaram para nós. É-nos dito que toda a brutalidade, toda a depravação, e toda a opressão fazem parte da nossa cultura - que nós nos devemos submeter à mais brutal forma de misoginia, apartheid sexual, às chicotadas e aos apedrejamentos, porque isso foi-nos ditado pela nossa cultural.

Eu pergunto-me sempre: o que é que eles [os relativistas culturais] pensam de nós? Será que estas pessoas pensam que nós pertencemos a uma nação de masoquistas? Será que eles pensa que nós gostamos de practicar a "nossa cultura" não de livre vontade mas sendo sujeitas ao aprisionamento, tortura, chicotadas, enforcamentos e apedrejamentos?

Se esta é a cultura das pessoas, que foi escolhida livremente e é practicada voluntariamente, será que vocês já se perguntaram do porquê existir uma sofisticada forma de opressão? Porque é que os estados islâmicos são ditaduras brutais impostas sobre as pessoas? Porque é que os grupos islâmicos recorrem ao terror com frequência - sendo até o seu único método de terrorismo?

Vocês já se questionaram do porquê as mulheres estarem vazias de direitos dentro das comunidades islâmicas? Porque é que elas são mantidas na linha através da ameaça da faca, do ácido, dos espancamentos e das matanças de honra? Aquelas que se atrevem a questionar esta regra e questionar a assim-chamada cultural são punidas pelos "bravos" homens da sua família. A maioria silenciosa sofre sozinha?

Estas são perguntas bastante simples mas válidas que têm que ser respondidas. Temos a obrigação moral de as responder.

O terror sempre foi a arma principal do islâo político. [ed: não existe "islão político" porque isso assume a existência do islão não-político. Todo o islão - o islão ortodoxo - é um movimento político mascarado de filosofia religiosa]. Esta força já cometeu crimes incontáveis tanto nos sítios onde se encontra no poder - como a República do Irão, os Mujahedin e os Talibãs no Afeganistão, no Sudão, e na Arábia Saudita - como também nos sítios onde encontra na oposição - como na Argélia, no Paquistão e no Egipto. Aterrorizar a população é a política e a estratégia do islão político para obter o poder.

O 11 de Setembro e as suas consequências colocaram o islão político e o terrorismo islâmico no centro da politica mundial. Na sua forma actual, o islão político, como uma força poderosa dentro do mainstream dos conflitos políticos do Médio Oriente, é um produto do Ocidente. Toda a gente sabe como é que Bin Laden e os Talibãs chegaram ao poder. e obtiveram influência política. Isto é um facto tão comum como o apedrejamento. Mas este terrorismo não se limitou àquela região; ela veio fazer uma visita ao Ocidente também.

As mulheres são as vítimas principais do islão político e dos grupos terroristas islâmicos. O apartheid sexual, o apedrejamento, o véu islâmico obrigatório e a remoção de todos os direitos das mulheres, são os frutos deste movimento reaccionário. O islão político tem que ser relegado para o seu lugar - para a margem das sociedades antes que ele tem vindo a destruir. O islão político tem também que ser subjugado dentro das comunidades islâmicas do Ocidente através da defesa dos princípios básicas da liberdade, igualdade, do respeito pelos direitos das mulheres na sua forma universal, pela defesa dos direitos das crianças e pelo secularismo.

Voltando para o tópico da cultural, tenho que ressalvar que esta não é a cultura das pessoas que vivem no Médio Oriente e nos assim-chamados países muçulmanos; esta é, na verdade, a cultura e a política que está a ser forçada às pessoas pelo Ocidente, liderado pelos EUA. A cultura dominante em qualquer sociedade é a cultura do sistema dominante.

Mas imaginemos, por alguns instantes, que este pressuposto é verdadeiro e que estas atrocidades fazem parte da cultura de certas pessoas. A minha pergunta é: será isso razão suficiente para voltarmos as nossas cabeças e ficarmos indiferentes ao que, para a nossa assim-chamada cultura, parece ser brutal, discriminatório e sexista?  Será que a palavra "cultural" santifica qualquer forma de brutalidade, opressão, violência e discriminação?

Porque é que o conceito de "cultural" é tão santificado que ensombra qualquer sentido de justiça, emancipação, e direitos humanos? Estas questões têm  também que ser respondidas. Todas as pessoas decentes, que amam a liberdade e com algum sentido de devoção à justiça e à equidade e à liberdade, têm que encontrar as respostas certas.

O nosso governo tem defendido valores progressistas, libertários e igualitários. Para nós, uma cultura que é opressora, que denigre as mulheres, que propõe a desigualdade, a violência, a misoginia, e que promove o apartheid sexual não tem qualquer tipo de santidade, não se encontra glorificada, e ela tem que mudar. Esta á a nossa resposta, e esta é a nossa luta. O secularismo é parte integrante desta cultural.

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Embora o texto esteja na sua esmagadora maioria correcto ao afirmar que o relativismo moral é um conceito racista, ele está errado ao afirmar que o islão político é produto das acções do Ocidente. 

Na verdade, o islão ortodoxo - aquele practicado por Maomé e defendido pelas quatro escolas de jurisprudência Sunita - sempre foi um movimento revolucionário (e não "reaccionário", como diz a autora do texto) tendo em vista a aquisição e a manutenção do poder total nas mãos duma minoria não-eleita e não representativa (mais ou menos como o Comunismo).

Para além disso a tese de que o secularismo é uma arma contra o islão é mais uma evidência da suprema ingenuidade da autora do texto; o secularismo que ela defende é o motivo que trouxe milhões de maometanos para a Europa e para outros países do Ocidente. Sem a adopção duma religião secularizante por parte da elite governamental do ocidente, a imigração em massa nunca teria sido adoptada como um dos artigos de fé para a destruição do sentimento patriótico e da homogeneidade cultural dos países ocidentais.

Por fim, ela diz que o relativismo cultural é um termo racista (e é) mas não se apercebe que o relativismo moral é consequência do secularismo que ela defende. Segundo os secularistas, não há forma absoluta para se determinar quais os comportamentos morais "certos" e quais os "errados", para além das nossas opiniões subjectivas, emotivas, prescritivas e utilitárias. Dado isto, um secularista não tem bases lógicas para criticar a forma como os maometanos tratam as mulheres porque segundo os secularistas, cada sociedade decide por si quais os caminhos morais a seguir.

Para além disso, é tremendamente irónico que ela afirme defender a "liberdade" ao mesmo tempo que defende que a sua visão secularista seja imposta sobre os maometanos.
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quinta-feira, 11 de julho de 2013

Sai o Cristianismo, volta o paganismo


"Nem te deitarás com um animal, para te contaminares com ele; nem a mulher se porá perante um animal, para ajuntar-se com ele; confusão é."
Levítico 18:23

Os bordéis de bestialismo estão-se a propagar por toda a Alemanha de uma forma mais rápida do que o "normal" muito graças à lei que tornou a pornografia animal ilegal mas o sexo com animais legal. Quem o diz é uma responsável pela protecção de gado. Madeleine Martin disse ao Frankfurter Rundschau que as leis actuais não protegem os animais dos zoófilos predadores que, de modo incremental, estão a tornar o bestialismo numa "escolha de vida" ou num "estilo de vida".

Ela ressalvou um caso onde um agricultor da região Gross-Geraudo - sudoeste da Alemanha - reparou que um rebanho de ovelhas outrora amigável estava a começar a evitar o contacto com os seres humanos. Como forma de apurar as causas, o agricultor instalou um sistema de CCTV (vídeo vigilância) nas vigas do seu celeiro só para observar múltiplos homens a entrar pela calada da noite, e a abusar sexualmente do seu rebanho.

Madeleine Martin disse ao jornal que "existem bordéis de animais na Alemanha", acrescentando que as pessoas estão a relativizar o assunto qualificando isso de "escolha de vida". Munida com uma gama de vários casos semelhantes. a senhora Martin apela agora ao governo para banir de forma categórica o bestialismo do país.

Devido a um aumento acentuado de incidentes envolvendo sexo com animais, e ao aumento de sites a promover essa aberração sexual, em Novembro do ano passado as autoridades alemãs afirmaram que estavam a planear reinstalar uma lei antiga que proibia o contacto sexual com animais. O parlamento começou a debater as alterações ao Animal Protection Code, e o comité agrícola da Bundestag comprometendo-se a instalar multas até aos £20,000 para a primeira ofensa.

O bestialismo deixou de ser um crime nos livros legais em 1969 mas nos anos recentes o número de pessoas que se crê estarem envolvidas em tais actos aumentou de um modo significativo. Existem até os "zoológicos eróticos" onde as pessoas podem visitar e abusar animais que vão desde lamas a cabras.

Hans-Michael Goldmann, presidente do comité agrícola, disse que o governo tinha como propósito proibir o uso de animais "para actos sexuais individuais e ilegalizar as pessoas que agiam como "proxenetas" [= "cafetão", "chulo"] destas criaturas como forma de outras abusarem delas.'

O grupo zoófilo alemão com o nome de ZETA anunciou que montará uma ofensiva legal se por acaso o bestialiismo se tornar ilegal. Michael Kiok, presidente da ZETA, afirmou:

Meros conceitos morais não têm lugar no nosso sistema legal.

Quando a lei banindo o sexo com os animais foi ela mesma banida, a "Animal Protection Law" foi introduzida mas ela falhou ao não incluir uma proibição específica à zoófilia. Os termos "bestialismo" e "zoofilia" são os nomes formais usados pelo acto sexual entre humanos e animais.

Fonte

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Com a "imprevisibilidade" dum relógio parado, todos os comportamentos sexuais que Deus condenou há mais de 3,500 anos atrás fazem agora o seu regresso à medida que o Cristianismo vai perdendo o lugar no Europa. 

O surpreendente destes incidentes não é o facto do paganismo ocupar o vazio deixado pelo Cristianismo, mas sim a existência de pessoas que realmente acreditam que é possível manter a estrutura moral e a ética sexual provenientes do Cristianismo sem apelo ao mesmo Cristianismo. 

Porque é que o sexo se deve restringir aos seres humanos? Se Deus não existe, qual é o mal em ter relações sexuais com um animal? Se somos todos o resultado dum processo evolutivo sem o ser humano em mente, então o sexo entre humanos e animais é perfeitamente aceitável.

O zoófilo Michael Kiok afirma que conceitos morais não têm lugar na legislação dum país; será que isso inclui o conceito moral que normaliza o bestialismo ou só os conceitos morais que são contra o bestialismo? Note-se pelas suas próprias palavras que Kiok está perfeitamente ciente que o seu "estilo de vida" alternativo nunca poderá avançar enquanto existir um código moral (Cristianismo) que condena o bestialismo. Devido a isso, é de extrema urgência para ele (e para todas as pessoas com estilos de vida "alternativos") reduzir a influência do Cristianismo.

Os idiotas úteis que alegremente lutaram para a "laicização do Estado" (que na boca dum esquerdista significa a remoção total de qualquer influência Cristã da cultura)  descobrirão mais tarde que a sua luta foi contra o seu próprio estilo de vida - e não contra algo estrangeiro à sua vivência diária.

"Com nenhuma destas coisas vos contamineis; porque em todas estas coisas se contaminaram as gentes que eu lanço fora de diante da vossa face. Pelo que, a terra está contaminada; e eu visitarei sobre ela a sua iniquidade, e a terra vomitará os seus moradores."
Levítico 18: 24-25.



sábado, 7 de abril de 2012

A substituição da esquerda secular pela esquerda islâmica

Para a esquerda militante o vício pelo poder e pelo autoritarismo excedem o seu compromisso com o secularismo. Exemplo? George Galloway.

Ele é o fundador e personalidade central dum partido político que ele chama de "Respect". Um veterano da esquerda radical, ele é a pessoa mais proeminente da Grã-Bretanha a fazer a transição do comunismo para o islamismo. Tudo é diferente agora uma vez que Galloway venceu eleições junto do eleitorado de Bradford West e reentrou no parlamento como um independente.

O partido Labour, que tem retido a posição (que Galloway conquistou) desde 1974, esperava continuar a fazê-lo. No entanto, o eleitorado islâmico (na sua maioria provenientes do Paquistão) tomou o lugar dos antigos votantes do partido Labour e eles gostaram do islamismo de Galloway.

Apresentando-se como um pseudo-muçulmano, Galloway falou acerca de Alá, inseriu palavras em árabe nos seus discursos, usou posters em urdu (língua oficial do Paquistão), colocou os apoiantes a louvar a sharia (lei islâmica) e criticou o seu adversário do partido Labour (um muçulmano de nascença) por este último ingerir bebidas alcoólicas.

Seguiu-se uma vitória esmagadora. Galloway obteve uma maioria com mais de 10,000 votos e causou que 36% do eleitorado trocasse o Labour pelo seu partido (Respect). Segundo os órgãos de comunicação (esquerdistas), esta mudança no sentido de voto deve-se ao descontentamento da classe operária visto esta supostamente desejar que o partido Labour agisse mais como socialistas da velha-guarda.

A ressentimento da classe é real mas o separatismo e racismo islâmico são assuntos tabu.

Reportando o resultado das eleições, a BBC nem conseguiu proferir a palavra "muçulmano". Um ex-ministro dos Labour disse apenas que existia um "problema" local mas recusou-se a expandir nesse ponto embora uma multidão de jovens barbudos pudessem ser vistos através da televisão rodeando Galloway.

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Se fosse possível achar cómico o facto da esquerda secular estar a ser substituída pela esquerda islâmica - tal como se esperava - seria bom, mas a longo prazo, isto é mau. O repugnante vácuo deixado pelos antigos eleitores está a ser preenchido.

Obviamente que Galloway é um oportunista político. Olhando para o que se passou em Bradford, só podemos esperar que ele seja um caso isolado, mas é escusado pensar desse modo. À medida que a população maometana vai aumentando na Europa, os esquerdistas, que num passado recente eram totalmente "contra a religião", irão descobrir que falar bem do islão pode ser politicamente vantajoso.

Como todos sabemos, o compromisso da esquerda militante não é com o secularismo mas sim com a eliminação de adversários políticos até que a sua ideologia triunfe. Como o que eles querem é o poder, eles dirão qualquer coisa para ter e manter o poder mesmo que isso seja uma contradição directa com o que eles sempre defenderam.


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