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sábado, 19 de março de 2016

A Escola de Frankfurt: Revolução Cultural - Parte 2

Por Arnaud de Lassus - (Esta é a segunda parte dum artigo que começou aqui)

A ideias-chave da Revolução Cultural.

Na secção prévia, delineamos o conceito geral da revolução cultural tal como ela foi concebida pela Escola de Frankfurt. O que se segue é uma explicação mais sistemática extraída das obras de Herbert Marcuse. E porquê Herbert Marcuse? Porque ele explicou de maneira clara as ideias principais concebidas e colocadas em práctica por ele e pelos seus colegas da Escola de Frankfurt. Marcuse disse o seguinte em relação ao conceito da revolução cultural:

Pode-se legitimamente falar duma revolução cultural, visto que o protesto está voltado contra todo o establishment cultural, incluindo a moral que hoje existe. A ideia tradicional de revolução e a estratégia tradicional do que é uma revolução chegaram ao fim. Estas ideias são antiquadas...... o que nós temos que entender é o tipo de desintegração difusa e dispersa do sistema. [26]

Em relação ao processo da revolução cultural, especialmente o facto dela ser "silenciosa", ele escreve que a subversão cultural será amplamente difundida mas não através de processos terroristas mas lentamente, subtilmente e pacificamente. É daí que vem a ideia da revolução cultural vir a ser uma "revolução silenciosa". [27]

Se a clássica guerra de classes será abandonada porque a classe operária já não será revolucionária, isto jogará em favor duma nova sensibilidade revolucionária. A revolta terá que ser desenvolvida em duas novas áreas, aquelas centradas nas necessidades imateriais (de auto-determinação, relações humanas) e nas dimensões fisiológicas da existência (raça, sexo, etc).

Em conformidade com esta recente sensibilidade revolucionária, as ideias de Freud serão exploradas segundo uma óptica Marxista e não segundo um ponto de vista burguês. Este sistema recebe o nome de "Marxismo Cultural", sendo que a parte ideológica da mesma é conhecida como "Teoria Crítica".

Temos que nos lembrar que o livro já citado com o título de "A Personalidade Autoritária", de Theodor Adorno (1950) pode ser considerado como um tipo de manifesto da "Teoria Crítica". Queremos salientar este ponto, que nada mais é que uma das ideias básicas da Escola de Frankfurt. Marcuse resumiu as teorias de Freud da seguinte forma:

a) A essência do ser é o "eros"; a busca pelo prazer, isto é, o "pansexualismo";

b) O indivíduo tem que aceitar o controle cultural das suas necessidades instintivas porque se isto não acontecer, não há possibilidade de se viver numa sociedade civilizada.

c) Disto surge o conflicto entre o princípio do prazer (livre satisfação das necessidades instintivas) e o princípio da realidade (onde as necessidades são controladas).

O Marxista está interessado no conflicto, na dialética, e em tudo que possa incitar estas coisas. A sua ideia de civilização é diferente da de Freud. Dentro do esquema de coisas Freudiano resumidas em cima, ele irá aceitar a) mas não b).

As ideias Freudianas serão usadas como um elemento dialéctico para destruir a civilização existente e servir de apoio "à civilização que se desenvolve a partir dos relacionamentos libidinosos e que são sustidos por eles." O pansexualismo tem que ser, então, desenvolvido de forma metódica com todos os seus efeitos destrutivos.

Freud sistematizou o pansexualismo mas as origens do mesmo remontam até à Cabala e às religiões pagãs. É uma teoria relativamente complexa, mas os elementos principais podem ser resumidos da seguinte forma: Segundo a Cabala, Deus pode ser levado em conta Nele mesmo ou nas Suas manifestações. Nele Mesmo, Deus é um Ser Indefinido, vagamente chamado de "En Sof" (que não tem limites) ou Ayin (o não-ser).

Nas Suas manifestações, Deus revela-Se através das "emanações" através das quais Ele Se aperfeciona, de onde surge a ideia dum Deus evolutivo bem como a ideia do panteísmo (a noção da criação a ser substituída por aquela da emanação). Estas emanações são 10 em número, e têm o nome de "Sefiroth". Três delas são masculinas, e três são femininas. A "Sefiroth Victory" (masculina) e a "Sefiroth Glory" (feminina") estão concentradas na "Sefirah Foundation" [29] cujo símbolo é o órgão da geração.

Nestas condições, entende-se que o princípio sexual, apresentado como parte integral da divindade, tem a tendência de permear tudo. Uma vez que se encontra fundamentado na Cabala, o pansexualismo da Escola de Frankfurt e o da revolução cultural para a qual a Escola de Frankfurt contribuiu de forma tão poderosa, tem, portanto, conotações religiosas. [Ver "Angelus Press English Edition" of SiSiNoNo, The Angelus, May 2006, No.69–Ed.]

Explorando a Dialética Macho-Fêmea

O "pansexualismo" - isto é, o desencadeamento das paixões básicas do homem - é a primeira exploração das diferenças entre os sexos. Outro aspecto da diferença entre os sexos será explorada de forma sistemática como forma de causar a destruição do relacionamento tradicional entre o homem e a mulher. Isto será levado a cabo atacando a autoridade do pai, negando os papéis específicos do pai e da mãe, suprimindo as distinções na educação dos rapazes e na das raparigas, abolindo todas as formas de superioridade masculina (daí a presença das mulheres nas forças armadas), e qualificando as mulheres e as crianças como "classes oprimidas" e os homens como "classe opressora". Como forma de apoiar este derrube, existe uma ideologia: o feminismo radical.

Usando o pansexualismo como forma de derrubar o relacionamento entre homens e mulheres, os fundadores da revolução cultural têm dois meios poderosos através dos quais destruir a família. A Escola de Frankfurt soube como lucrar duma forma espantosa com o progresso científico dos seus dias - progresso em termos de meios de comunicação (a sua acção em termos da música e dos filmes), e o progresso das ciências psicológicas.

Na disciplina da psicologia, Abraham Maslow, um protégé da revolução cultural, desempenhou um papel importante no aperfeiçoamento dos métodos de condicionamento psicológico conhecidos como "dinâmica de grupo" e "treinamento de sensibilidade." [30]

Resultados no Ocidente

Os princípios da Escola de Frankfurt ficaram encapsulados na que veio a ficar conhecida como a "contracultura", o "movimento cultural" que dominou de forma específica a altamente influente esquerda Americana até ao final dos anos 60, e que foi descrita da forma que se segue:

A contracultura é a base cultural da nova esquerda. Ela inclui o esforço para se descobrirem novos tipos de comunidades, novos modelos familiares, novos costumes sexuais, novos tipos de vida, novas formas estéticas, novas identidades pessoais opostas aos poderes políticos, opostas ao estilo de vida burguês, e opostas à ética laboral Protestante. [31]

Esta descrição é de 1968, mas hoje em dia, a contracultura caracterizada pelo pansexualismo, pela destruição da autoridade paterna [do pai], e pelo feminismo radical, não só são a base cultural da esquerda Americana, como também de toda a sociedade por todo o Ocidente.

Voltemos ao pansexualismo.

Dada a sua origem religiosa, certamente que o pansexualismo é o elemento mais perigoso. Ele invadiu a sociedade como um todo, o que explica as modas indecentes, os cartazes, as publicidades, as revistas, os filmes, os programas de televisão, e as emissões de rádio excitantes, o comportamento degradante dos novos e dos mais velhos, a educação sexual; o pansexualismo tem o apoio do Estado, e chegou até a afectar os círculos Católicos mais tradicionais.

Como exemplo, eis aqui o testemunho recente dum padre a exercitar o seu ministério no Líbano:

É importante olhar para as evidências: que a pessoa seja Católica, Ortodoxa ou muçulmana, não ficamos com a impressão de que as autoridades religiosas deste país (Líbano) se apercebam da galopante degradação da moral que têm ocorrido, particularmente através da linguagem e dos exemplos Americanos e Anglo-Saxónicos.

As autoridades eclesiásticas deveriam, pelo menos, reagir. Mas como é que se pode buscar a censura de publicações sórdidas (na sua maioria, em inglês), ou a censura de programas televisivos repugnantes, quando os pastores têm o costume de permanecerem calados nas suas próprias igrejas quando se deparam com a reluzente carne nua disponibilizada pelos seus paroquianos blasé, que não são aversos a aceitar o que está à sua disposição?

Mas o que é impressionante no Médio Oriente é que esta onda de pornografia, estes desvios dúbios e esta exposição de imoralidade, só aparecem nas regiões "Cristãs". Não é nos países vizinhos, com uma maioria muçulmana, que se encontrariam visas e vistos de residência oferecidos a mais de 7,000 prostitutas que chegam da Europa do Leste e que cujo cabelo loiro pode desencaminhar alguns jovens (e não só) Libaneses.


Ao mesmo tempo, é alarmante ouvir dizer, por parte dum piedoso monge de Damasco: "Aqui, o islão protege o Cristianismo porque não permite a importação de corrupção moral."

Seria bom ler mais uma vez, no Livro do Apocalipse, o que o Nosso Senhor disse ao anjo da Igreja de Laodiceia (Apoc 3:14-22), e concordar.[32]

Cibernética

O que é a "cibernética"? Ela é definida como "o estudo da comunicação e dos processos de controle nos sistemas biológicos, mecânicos e electrónicos." Esta "ciência," desenvolvida nos Estados Unidos, assenta na falsa hipótese da semelhança essencial da comunicação e do controle (entendido no sentido de comando) entre as máquinas e os seres humanos.[33]

A cibernética é apresentada como uma mistura de teorias científicas bem fundamentadas (essencialmente, a teoria da informação) com a ideologia materialista (que defende que o homem nada mais é que uma máquina sofisticada, e que as máquinas irão permitir duplicar a operacionalidade da mente humana, e até ultrapassá-la).

Foi em Nova York (1942), numa conferência organizada pela Josiah Macy Foundation, que o brain-trust teve o seu início. Mais tarde, ficou conhecido como o Cybernetics Group. A actividade inicial, conhecida como "Man-Machine Project," teve como um dos seus objectivos...

....reunir um grupo de engenheiros electrónicos, biólogos, antropólogos, e psicólogos como forma de conceber experiências de controle social, fundamentadas na crença de que o cérebro humana nada mais era que uma máquina de input-output, e que o comportamento humano poderia, para todos os efeitos, ser programado - tanto à escala individual como à escala social.[34]

O trabalho do grupo ganhou forma depois da Segunda Grande Guerra com o apoio do Massachusetts Institute of Technology (MIT).[35] Entre 1953 a 1964 foram organizadas 10 conferências por parte da Macy Foundation, para além de terem sido assinaladas as suas fases.

É aqui que vêmos o aparecimento dos membros da Escola de Frankfurt, que, desde o princípio, haviam entendido a importância do projecto cibernético para o seu empreendimento mais generalizado de revolução cultural. Enquanto comandava os grupos focados no estudo do preconceito, Max Horkheimer, director da Escola de Frankfurt, colaborou com o Cybernetics Group. Em 1948, ele participou da fundação da "World Federation of Mental Health" (WFMH), em Paris, um dos projectos mais prejudicias que emanou do Cybernetics Group.

Kurt Lewin, colega de viagem da Escola de Frankfurt, desempenhou um papel importante dentro deste mesmo grupo. No MIT, ele havia fundado o "Research Center for Group Dynamics" e posteriormente criado os "National Training Laboratories", que também estavam activos em MIT. Juntamente com Karl Korsch, outro membro da Escola de Frankfurt, ele havia estabelecido uma fundação que tinha como propósito desenvolver a inteligência artificial. Eis aqui como Jeffrey Steinberg apresenta o papel da Escola de Frankfurt e do grupo associado, o Tavistock Institute,[36] no projecto cibernético:

O que Lukacs e os seus protegidos da Escola de Frankfurt odiavam em relação ao Cristianismo Ocidental era a sua crença na santidade da alma individual, a ideia de que todo o ser humano havia sido criado por Deus à Sua Imagem e Semelhança, e que todo o indivíduo tinha a chama Divina da criatividade que poderia ser usada para a melhoria de toda a humanidade. Lukacs e companhia entendiam muito bem que nenhuma revolução poderia ser bem sucedida no Ocidente por muito tempo até que o  princípio da "imago viva Dei" (o homem à imagem viva de Deus) tivesse sido destruído, e no seu lugar tivesse sido colocada uma noção mais bestializada e pessimista da humanidade.

Foi aqui que a "Kulturkampf" de Lukacs, Adorno, Horkheimer, e Marcuse impactou de forma directa a revolução tecnológica da comunicação em massa do pós-guerra. O ponto de convergência foi um projecto pouco conhecido iniciado nos anos 40 por uma fundação desconhecida e isenta de impostos com o nome de "Josiah P. Macy Foundation". Macy financiou o projecto "Man-Machine Project," com a duração de uma década, que veio a ficar conhecido entre os seus iniciantes como o "Cybernetics Group".

Embora as duas pessoas mais famosas associadas à invenção do termo "cibernética" tenham sido John Von Neumann e Norbert Wiener, muitas outras individualidades eram, na verdade, dominantes dentro do grupo. Os verdadeiros "pioneiros" da assim-chamada "revolução da informação" foram Margaret Mead, Gregory Bateson, Kurt Lewin, Max Horkheimer, e o Dr. John Rawlings Rees - todos eles figuras importantes da Escola de Frankfurt, do Instituto Tavistock, ou de ambos.

O "Cybernetics Group" copiou uma página do plano de jogo para revolução social de Georg Lukacs. Eles alegaram que não havia nada divino no ser humano. De facto, máquinas feitas pelo homem poderiam num breve espaço de tempo ser "máquinas pensantes" superiores à mente humana.[37]

A Revolução Cultural nos dias de hoje

Passados que estão 40 anos desde a morte de Adorno em 1969, quase 30 anos depois da morte de Marcuse em 1979, a revolução cultural prossegue, impregnada que está com as ideias de Escola de Frankfurt, cuja ideia-chave foi expressa por Willi Munzenberg, "Iremos corromper o Ocidente de tal forma que ele irá cheirar mal."[38]

Já falamos do tópico do pansexualismo, que é mais popular que nunca nos dias de hoje. Iremos dedicar a nossa atenção ao projecto cibernético e aos videogames como outros elementos da actual situação onde o legado da Escola de Frankfurt está demonstrado. Tal como dito em cima, a Escola de Frankfurt havia inspirado de forma colossal o Cybernetics Group durante as décadas 1940 e 1950. Em entidades presentes neste grupo encontramos a mesma inspiração. Eis aqui o exemplo proveniente da Media Lab:

Por volta da década 80, a MIT gerou a Media Lab, outro projecto que emergiu directamente do Cybernetics Group dos anos 40 e 50. Aqui, os engenheiros sociais trabalharam lado a lado com os engenheiros e os criadores de máquinas que estavam a desenvolver computadores de alta velocidade, gráficos para computadores, holográficos, e a primeira geração se simuladores informáticos. Segundo a proposta inicial, era suposto o laboratório disponibilizar "uma mistura intelectual de duas áreas em crescimento acelerado: tecnologias de informação e ciêncais humanas." (Steve Joshua Heims, The Cybernetics Group).[39]

Qual era o estado de espírito destes pesquisadores? No seu livro "The Cybernetics Group", Steve Joshua Heims afirma que, por volta dos anos 80, o meio social cibernético havia criado a sua própria religião, um sistema pagão em acordo total com o que Timothy Leary chamou de "paganismo científico". O paganismo científico dos pesquisadores era uma coisa, mas mais sério foi o facto de que os resultados obtidos por estes pesquisadores permitiu que eles desenvolvessem o paganismo científico em grande escala, e, de forma mais geral, permitiu que eles desenvolvessem a revolução cultural da qual o paganismo científico é um elemento.

O Media Lab do MIT e o Stanford Artificial Intelligence Lab foram dois dos ímãs deste dinheiro e do trabalho de pesquisa que fomentou tanto os programas de simulação-treino do Pentágano, bem como a indústria dos videogames em evolução.[40]

A Escola de Frankfurt, o Cybernetics Group, o Media Lab bem como outras entidades, a indústria dos videogames; eis aqui um dos relacionamentos que permitiu a perfeição técnica de um dos instrumentos mais eficazes da actual revolução cultural: os videogames. Obviamente que isto não quer dizer que o Media Lab é responsável pela orientação essencialmente imoral da maior parte dos videogames.

A segunda geração de videogames está em rápida expansão nos Estados Unidos. Segundo Jeffrey Steinberg ("Draft Report," p. 93), jogos de "aponta-e-dispara" geram, anualmente, entre 9 a 11 mil milhões de dólares. Estes jogos representam o aperfeiçoamento dos "role-playing games" [RPG] que têm sido desenvolvidos desde o final da década 70.

Estes jogos permitem que as pessoas passem tempo num mundo virtual, hora após hora, onde podem ser quem eles quiserem e agir de forma com que não se tenha que lidar com as consequências dos próprios actos. Qualquer pessoa - jovem ou não jovem - pode ser gradualmente condicionada a divorciar-se da realidade e ser facilmente manipulada rumo à direcção sugerida pelo jogo. Mesmo que a orientação do jogo seja boa, ele pode mesmo assim ter consequências negativas resultante do tempo (frequentemente longo) gasto dentro do mundo virtual.

Mas é frequente a orientação do jogo ser má. Dentro deles há vários tipos de violência. Há simulações de tiro bem realistas (úteis para treino de soldados, mas claramente perigosas para jovens deixados a si mesmos), aspectos pornográficos (o pansexualismo está em todo o lado), incitamento ao uso de magia (o espectador-actor lança feitiços que, no jogo, são bem eficazes), Satanismo, e, de forma geral, a excitação do desejo de poder associado à concepção materialista da vida.

Eis aqui um exemplo da forma como uma companhia produtora apresenta o videogame "Gangsters" (que, segundo alguns, parece inofensivo):

Ele dá-te a oportunidade de seres um gangster numa cidade ao estilo da Chicago dos anos 20, controlando uma organização clandestina, lidando com a extorsão, bebidas alcoólicas ilegais, prostituição, violência, intimidação, chantagem, jogos de azar, suborno de oficiais, eliminação permanente de pessoas, e uma vasta gama de actividades gerados de dinheiro. [41]

Isto dá-nos uma ideia do jogo, mas eis aqui o que o jogador tem que fazer:

O propósito do jogo é construir o teu gangue e o teu império de negócios de forma a dominar a cidade. Para levar isto a cabo, vais ter que superar os outros gangues que operam na cidade, evitar ser preso pelas autoridades. [42]

Um jovem que jogue de forma activa em tal cenário durante horas sem fim, sentir-se-á tentado a transladar alguma da sua experiência virtual para o mundo real.[43] Foi isto que aconteceu recentemente nos Estados Unidos com os assassinatos brutais de jovens, levados a cabo pelos seus colegas escolares. Investigações oficiais revelaram que os jovens assassinos dispararam tal como atiradores profissionais e que eles haviam adquirido a sua perícia na arte do tiro, e o seu desejo de colocar em práctica o que haviam aprendido, através do uso dos videogames que continham esse tipo de simulação.[44]

Temos que reconhecer que um vasto número de videogames corresponde de forma perfeita com os objectivos da Escola de Frankfurt de propagar uma "cultura" baseada no pessimismo, na depravação, na imoralidade sexual, na violência e nas drogas.

Conclusão:

Em 1923 a Escola de Frankfurt deu início ao seu trabalho, e embora ela não tenha sido exclusivamente responsável, a revolução cultural que ela inspirou, começando nos anos 50, começou nos Estados Unidos e mais tarde avançou para a Europa. Cerca de 20 anos mais tarde, a revolução cultural de 1968, sob influência de Marcuse, foi uma etapa importante. Cerca de outros 30 anos depois de 1968 foram necessários para testemunharmos o triunfo da contracultura que teve início 80 anos antes.

Estamos a lidar com uma operação a longo prazo brilhantemente concebida. Os homens de acção e de pensamento que a maquinaram tiveram a visão de entender o que teria que ser feito, e como é que ela deveria ser levada a cabo, escolhendo de forma selectiva os sectores mais importantes - as universidades, a música, os média, a acção psicológica e educacional - como forma de colocar ao seu serviço as redes que lhes foram oferecidas.

Eles não só foram bem sucedidos, como o foram duma forma que está para além do que alguma vez poderiam ter imaginado.

Como é que podemos explicar o facto deste plano ter tido sucesso nos países Católicos tal como o teve nos países Protestantes? Sem dúvida isto deve-se ao facto dos Católicos terem tido outra revolução cultural para enfrentar, tal como aquela que foi inspirada pela Escola de Frankfurt: aquela que desde os anos 60 tem ocorrido dentro da Igreja.

Foi uma perturbação geral: uma nova e revolucionária Missa, um novo calendário, o abandono do Latim e do hábito religioso, o órgão e as canções tradicionais a serem substituídas por música profana, a transformação da arte religiosa [45], as igrejas a passarem a ser salas de conferência e não templos do Senhor, e uma catequese inconsistente a propor uma religião sem forma e sem exigências.

O ambiente Católico dissolveu-se precisamente no momento em que o fiel mais precisava, o que resultou no desenraizamento dos Católicos da sua cultura, o abandono em massa da práctica religiosa e, devido a isso, uma maior vulnerabilização perante a revolução cultural que veio da Escola de Frankfurt através dos Estados Unidos. O paralelo entre as duas revoluções culturais é espantoso; elas ocorreram basicamente no espaço de 10 anos entre uma e a outra. Os líderes políticos favoreceram a primeira enquanto que os líderes religiosos favoreceram a segunda (ou permitiram que ela ocorresse). Isto levanta a pergunta se não há um certo número de afinidades entre uma e outra.

O que é que podemos fazer se o mistério da injustiça [2 Tess 2:7] já se encontra instalado de forma tão poderosa? Obviamente, dentro das nossas áreas de acção é necessário proteger a cultura Católica, manter vivo o resto da Cristandade que ainda se encontra entre nós, e não seguir a onda dos eventos sob a desculpa de que "é assim que as coisas são". Tudo isto supõe um certo tipo de ascetismo. Consiste em suprimir o que tem que ser suprimido como forma de evitar ser contaminado pela contracultura, tal como os Cristãos dos primeiros séculos evitaram ir aos banhos públicos e aos circos como forma de evitarem a corrupção dos seus dias.

Em resumo, salientemos a utilidade de saber (como forma de o combater) o processo de destruição que foi implentado de forma tão inteligente por parte da Escola de Frankfurt e pelos seus seguidores. Não podemos ignorar esses factos porque, tal como disse Abbot Joseph Lemann:

Na História, aquele que não leva em consideração não só a Providência mas também o Inferno, ficará limitado com uma visão incorrecta e só disponibilizará explicações incompletas. Deus e Satanás batalham pelo coração do homem: todos nós sabemos disso, mas Deus e Satanás também batalham pela orientação da sociedade, o seu desenvolvimento e as suas fases.

As primeiras páginas da Bíblia revelam isso mesmo; Cristo lembra-nos em relação à Igreja que as portas do inferno não a irão prevalecer; e desde então, a História destes 18 séculos deixa-nos ver claramente, acima das nossas batalhas em torno de cidades, países, nações e raças, o espectáculo da Força de Deus e a força de Satanás em combate: a malícia infernal a devastar a sociedade, e a Graça Divina a repará-la, a apoiá-la e a fazê-la avançar. [46]

- http://bit.ly/1XHzQip


    1    A socialist formula from 1968. See further details of this subject, in Pascal Bernardin's L'Empire Écologique, Chapter V, "Techniques of Non-aversive Control," and the commentary on same in "Ecology and Globalism" in the March 2003 issue of Apropos.
    2    See Maciej Giertych's article "The Political and Economic Situation in Poland."
    3    Quoted by Philippe Ploncard d'Assac in Le nationalisme français, p.26.
    4    The Alta Vendita was a high-level Masonry which, during the first half of the 19th century, dominated European Masonry.
    5    The pseudonym of an Alta Vendita agent.
    6    Letter of January 18, 1822; quoted by Cretineau-Joly, L'eglise romaine en face de la Revolution, XI, 104.
    7    The pseudonym of an Alta Vendita agent.
    8    Letter of August 9, 1838; quoted by Cretineau-Joly, op.cit., XI, 128. Cf. the AFS brochure, Connaissance Élémentaire de la franc-maçonnerie, p.110.
    9    Ralph de Toledano, The Frankfurt School, (manuscript, 2000), p.11. This study shows how the idea of cultural revolution was born and piloted by the Frankfurt School.
    10    The creator of the Soviet Secret Police, the Cheka.
    11    Third Communist International, founded in 1919 by Lenin and dissolved by Stalin in 1943. It was reconstituted at Sofia in 1995.
    12    The Marxist Encyclopedia states that he was murdered in 1944.–Ed., Apropos.
    13    De Toledano, The Frankfurt School, p. 23.
    14    Ibid., pp. 4-15.
    15    Willi Munzenberg, quoted by Ralph de Toledano, ibid., p. 5.
    16    Ibid., p. 24. This point will be developed below.
    17    Official date of its creation in February 3, 1923, by a decree of the Ministry of Education (cf. Martin Jay, The Dialectical Imagination: A History of the Frankfurt School and the Institute of Social Research, [University of California Press, 1996], p. 10).
    18    Ralf Wiggershaus, The Frankfurt School: Its History, Theories, and Political Significance (Cambridge, MA: MIT Press), p.17 (Wiggerhaus cites this among the reasons for the extremely favorable circumstances at the outset of the Institute for Social Research).
    19    Jay, The Dialectical Imagination, p. 175.
    20    Ibid., p. 29.
    21    A study on video games and their destructive effect.
    22    Called in future the Frankfurt School Institute for Social Research.
    23    Published in 1950 by Harper & Brothers, New York. It was written by Adorno, along with Else Frenkel-Brunswik, Daniel J. Levinson, R. Nevitt Sanford, in collaboration with Betty Aron, Maria Hertz Levinson, and William Morrow.
    24    The Fabian Society: an English, Socialist movement founded in 1883. It was the origin of the Labor Party.
    25    Jeffrey Steinberg, Michael Steinberg, and Anton Chaitkin, "Draft Report on Manchurian Children," (unpublished study, 2001), pp. 5-8.
    26    Text of H. Marcuse, quoted in The Resister, Summer-Autumn, 1998.
    27    At the same time as the work was being carried out by the Frankfurt School, these ideas were being developed in parallel by the Italian Marxist theoretician Antonio Gramsci (1891-1937), who remained in prison from 1926 until his death.
    28    In Jewish thought, one generally associates esoteric and mystical education with the Cabala. In the widest meaning of a word, this describes the successive esoteric currents which developed from the end of the period of the Second Temple and which became the dynamic elements in the history of Judaism (Encyclopaedic Dictionary of Judaism, s.v. "The Mystical Jew").
    29    The sefiroth Victory, Glory, and Foundation are in Hebrew called Netzach, Hod, and Yesod respectively.–Ed., Apropos.
    30    Cf. The Resister, Summer–Autumn, 1998, p. 54. On group dynamics, see the Apropos pamphlet "Elementary Knowledge of the New Age," pp. 33-37. See also the book by Ed. Dieckermann, Jr., Sensitivity Training and the Cult of Mind Control.
    31    Theodore Roszah, "Youth and the Great refusal," The Nation, on 1968. Quote by News Weekly, February 10, 2000.
    32    "Repens-toi, Laodicée," Bulletin de l'Association de St Pierre d'Antioche et de tout l' Orient (Les Sablons, 61560 Bazoches-sur-Hoeur), No. 23, March, 2001. See the article having the same title in Action Familiale et Scolaire, No. 155 (June, 2001).
    33    P. de Latil., La pensée artificielle, quoted by Le Robert.
    34    J. Steinberg, Draft Report on Manchurian Children, p. 86.
    35    Usually indicated by the abbreviation MIT (Massachussetts Institute of Technology).
    36    British Center of the Psychological Group, of which John Rawling-Rees was Director.
    37    J. Steinberg, Draft Report, pp.12-13. This author is not a Catholic. The above phrase, "Every individual possesses a divine spark of creativity" is a little ambiguous and should be understood as meaning, "Every individual can possess divine grace."
    38    Quote by Ralph de Toledano, The Frankfurt School, p. 26.
    39    J. Steinberg, Draft Report, pp. 90-91.
    40    Ibid., p. 93.
    41    Quote by J. Steinberg, ibid., p.55.
    42    Ibid.
    43    One will find in the oft-quoted study of J. Steinberg other examples of scenarios of video games.
    44    See the study by J. Steinberg, second part "The Killer Children: A Chronology," which analyzes ten cases of child murderers of children, including that at Columbine High School, Littleton, Colorado (April 20, 1999).
    45    Cf. the A.F.S. brochure A Sign of the Times: Evry Cathedral.
    46    L'Entrée des Israélites dans la société française (The Entrance of the Israelites into French Society) (p. 205). Abbot Joseph Lemann (1836-1915), a Jew who was converted at the same time as his brother Augustine. He is the author of remarkable works on the French Revolution.

SOURCES

The first two books are written by authors sympathetic to the Frankfurt School. The remaining authors, other than Marcuse, have a critical view of cultural revolution.

a) Jay, Martin. The Dialectical Imagination: A History of the Frankfurt School and the Institute of Social Research 1923-1950. University of California Press, 1996.
b) Wiggershaus, Rolf. The Frankfurt School: Its History, Theories, and Political Significance. Cambridge, MA: The MIT Press, 1998.
c) De Toledano, Ralph. The Frankfurt School (Unpublished study, 2000).
d) Steinberg, Jeffrey. Draft Report on Manchurian Children (Unpublished study, 2001).
e) Atkinson, Gerard L. "Who Placed American Men in a Psychic Iron Cage?"; Part II "The Thread of Cultural Marxism," The Resister, Summer–Autumn, 1998.
f) Marcuse, Herbert. Eros and Civilisation. 1955; French edition: Les Editions de Minuit, 1997.



sábado, 25 de outubro de 2014

A conspiração e corrupção da Escola de Frankfurt

Por Timothy Matthews

A civilização Ocidental encontra-se actualmente a passar por uma crise que é, essencialmente, diferente de qualquer outra que tenha sido alguma vez experimentada. No passado, as outras sociedades alteraram as suas instituições sociais ou as suas crenças religiosas devido à influência de forças externas ou devido ao lento desenvolvimento de crescimento interno. Mas nenhuma delas, tal como a nossa, enfrentou de modo consciente a perspectiva duma alteração fundamental nas suas crenças e instituições sobre as quais todo o tecido da vida social assenta.... A civilização [Ocidental] está a ser desenraizada dos seus fundamentos naturais e tradicionais, e a ser reconstruída numa nova organização que é tão artificial e mecânica como uma fábrica moderna. - Christopher Dawson. Enquiries into Religion and Culture, p. 259.

A maior parte da obra de Satanás no mundo é feita de modo a que a mesma permaneça oculta mas dois feixes de luz foram recentemente atirados sobre o seu trabalho. O primeiro, um pequeno artigo feito pela ACW Review da Association of Catholic Women; o segundo, um comentário (que inicialmente me surpreendeu) dum padre da Rússia que alegou que nós, no Ocidente, vivemos numa sociedade Comunista. Estes feixes de luz ajudam a explicar os ataques burocráticos que, em muitos países de todo o mundo, foram bem sucedidos em remover os pais como educadores e protectores primários dos seus filhos.

O ACW Review examinou o trabalho corrosivo da "Escola de Frankfurt" - um grupo de intelectuais Germano-Americano que desenvolveu perspectivas altamente provocantes e originais sobre a sociedade e sobre a cultura actual, baseando-se em Hegel, Marx, Nietzsche, Freud e Weber. Não se dava o caso da sua ideia duma "revolução cultural" ser algo inovador. "Até agora", escreveu Joseph Comte de Maistre (1753-1821) que durante 15 anos foi membro da maçonaria, "as nações eram mortas através da conquista - ou seja, por invasão: mas eis que surge agora uma pergunta importante: será possível uma nação morrer no seu próprio solo, sem qualquer tipo de recolonização ou invasão, permitindo que as moscas da decomposição corrompam o próprio cerne desses princípios originais e constituintes que fizeram dessa nação o que ela é".

O que foi a Escola de Frankfurt? Bem, nos dias que se seguiram à Revolução Bolchevique na Rússia, acreditava-se que a revolução do proletariado iria varrer a Europa e, eventualmente, chegar aos Estados Unidos. Mas isto não aconteceu. Mais para o final de 1922, a Internacional Comunista (Comintern) começou a considerar as lições que se poderiam extrair disto e sob iniciativa de Lenine, decorreu um encontro no Instituto Marx-Engels em Moscovo. O propósito deste encontro era o de esclarecer, e dar efeito concreto, à revolução cultural Marxista.

Entre os presentes estava Georg Lukacs (aristocrata Húngaro, filho de banqueiros, que se havia tornado Comunista durante a 1ª Guerra; um bom teórico Marxista, Lukacs desenvolveu a ideia da "Revolução do Eros" - o instinto sexual a ser usado como instrumento de destruição) e Willi Munzenberg (cuja solução proposta era a de "organizar os intelectuais de modo a usá-los para fazer com que a Civilização Ocidental cheire mal. Só então, depois deles terem corrompido todos os valores, e ter tornado a vida impossível, poderiam eles impor a ditadura do proletariado"). Segundo Ralph de Toledano (1916-2007), autor conservador e co-fundador do ‘National Review’, provavelmente, este encontro "mais prejudicial para a civilização Ocidental de que a própria Revolução Bolchevique".

Lenine morreu em 1924. Por essa altura, no entanto. Estaline começava a olhar para Munzenberg, Lukacs, e pensadores com a mesma orientação, como "revisionistas". Em Junho de 1949, Münzenberg fugiu para o Sul da França, onde, sob ordens de Estaline, um esquadrão que fazia parte da NKVD [polícia secreta Soviética] o apanhou e o enforcou numa árvore.

No Verão de 1924, depois de ter sido visto seus escritos atacados durante o 5º Congresso do Comitern, Lukacs mudou-se para a Alemanha, onde ele presidiu o primeiro encontro duma grupo de sociólogos de orientação Comunista, um encontro que levou à Fundação da Escola de Frankfurt. Esta "Escola" (criada para colocar em práctica o seu programa revolucionário) foi iniciada na Universidade de Frankfurt, no Institut für Sozialforschung. Para começar, esta Escola e o Instituto eram indistinguíveis. Em 1923, o Instituto foi oficialmente estabelecido e financiado por Felix Weil (1898-1975).

Weil havia nascido na Argentina e com 9 anos foi enviado para estudar na Alemanha. Ele frequentou as universidades em Tübingen e Frankfurt, onde ele se doutorou em ciência política. Durante o período em que se encontrava nas universidades, Weil foi ficando cada vez mais interessado no socialismo e no Marxismo. Segundo o historiador intelectual Martin Jay, o tópico da suas dissertação foi "os problemas prácticos da implementação do socialismo".

Carl Grünberg, o director do Instituto entre 1923 a 1929, era um Marxista declarado - embora o Instituto não tivesse qualquer afiliação política oficial - mas em 1930 Max Horkheimer assumiu o controle e ele acreditava que a teoria de Marx deveria ser a base para a pesquisa do Instituto. Quando Hitler ascendeu ao poder, o Instituto foi fechado e, através dos mais variados percursos, os seus membros fugiram para os Estados Unidas e migraram para as mais importantes Americanas universidades - Columbia, Princeton, Brandeis, e California em Berkeley.

A Escola contava entre os seus membros o guru da Nova Esquerda dos anos 60, Herbert Marcuse (criticado pelo Papa Paulo VI devido à sua teoria de emancipação que "abre a porta à permissão mascarada de liberdade"), Max Horkheimer, Theodor Adorno, o popular escritor Erich Fromm, Leo Lowenthal, e Jurgen Habermas - provavelmente o representante mais influente da Escola.

Basicamente, a Escola de Frankfurt acreditava que, enquanto o indivíduo tivesse a crença - ou até a esperança da crença - de que a sua dádiva divina da razão poderia resolver os problemas da sociedade, então essa mesma sociedade nunca atingiria o estado desesperança e alienação considerado necessário para que se provoque a revolução socialista. A sua tarefa, portanto, era de o minar o mais rapidamente possível o legado Judaico-Cristão.

Para levar a cabo isto, eles fundamentaram-se na mais destrutiva e negativa critica possível a todas as esferas da vida, que seria formada como forma de desestabilizar a sociedade e destruir o que eles viam como uma ordem "opressora". As suas políticas, esperavam eles, iriam-se propagar tal como um vírus "continuando o trabalho dos Marxistas ocidentais, mas por outros meios", tal como ressalvou um dos seus membros. Como forma de avançar com a sua "silenciosa" revolução cultural - sem nos dar, no entanto, qualquer tipo de indício dos seus planos futuros - a Escola de Frankfurt recomendou (entre outras coisas):

1. A instalação de ofensas raciais.
2. Mudanças contínuas como forma de gerar confusão.
3. O ensino do sexo e do homossexualismo às crianças.
4. A fragilização da autoridade das escolas e dos professores.
5. A imigração em massa como forma de destruir a identidade.
6. A promoção do consumo excessivo de álcool.
7. O esvaziamento das igrejas.
8. Um clima de suspeição sobre o sistema legal (com um viés em favor da vítima do crime).
9. A dependência do Estado ou de benefícios estatais.
10. O controle e redução intelectual dos média.
11. Fomentação da destruição da família.

Uma das ideias principais da Escola de Frankfurt era a exploração da ideia Freudiana com o nome de ‘panssexualismo’ - a busca do prazer, a exploração das diferenças entre os sexos, a subversão dos relacionamentos tradicionais entre os homens e as mulheres. Para avançar mais com a sua agenda, a Escola iria:

atacar a autoridade do pai, negar os papéis específicos do pai e da mãe, e retirar das famílias os seus direitos de educadores primários dos seus filhos.
abolir as diferenças na forma como se educam os rapazes e as raparigas.
• abolir todas as formas de domínio masculino - o que explica a presença de mulheres nas forças armadas.
• declarar as mulheres como "classe oprimida" e os homens como "classe opressora".

Munzenberg resumiu da seguinte forma os planos a longa prazo da Escola de Frankfurt:

Vamos fazer com que o Ocidente cheire mal.

A Escola acreditava que existiam dois tipos de revolução: a (a) política e a (b) cultural. A revolução cultural destrói a partir de dentro. "As formas modernas de sujeição estão marcadas pela brandura". Eles viam isso como um projecto a longo prazo, e mantiveram a sua atenção focada na família, na educação, nos média, no sexo e na cultura popular.

A Família

A "Teoria Crítica" da Escola de Frankfurt pregava que a "personalidade autoritária" é produto duma família patriarcal - uma ideia directamente associada com o livro de Engels com o título "Origins of the Family, Private Property and the State", que promovia o matriarcado. Antes disso, e falando da radical noção da "comunidade de mulheres" (e escrevendo no The German Ideology de 1845), Karl Marx havia já escrito de forma depreciativa sobre o conceito da família como unidade básica da sociedade.

Este era um dos pilares da Teoria Crítica: a necessidade de destruir a família contemporânea. O Instituto pregava que "Até o colapso parcial da autoridade paternal na família tende a aumentar a prontidão da geração vindoura em aceitar alterações sociais".

Seguindo as pegadas de Marx, a Escola demonstrou de que forma é que a "personalidade autoritária" era um produto da família patriarcal - foi Marx quem escreveu de um modo negativo da família como unidade básica da sociedade, o que preparou ainda mais a guerra contra o sexo masculino levada a cabo pela Nova Esquerda durante os anos 60 (promovida por Marcuse sob a máscara de "emancipação da mulher"). Eles propuseram a transformação da nossa sociedade numa sociedade dominada pelas mulheres.

Em 1933, Wilhelm Reich, um dos membros da Escola de Frankfurt,, escreveu "The Mass Psychology of Fascism" onde dizia que o matriarcado era o único e o genuíno tipo familiar da "sociedade natural". Eric Fromm era também um defensor activo da teoria do matriarcado. O masculino e o feminino, disse ele, não eram reflexões das diferenças sexuais "essenciais", tal como os Românticos haviam pensado, mas sim algo que derivava das funções mundanas que eram em parte determinadas pela sociedade. O seu dogma estabeleceu o precedente para os radicais anúncios feministas que, actualmente, aparecem em todos os jornais e programas de televisão.

Os radicais sabiam exactamente o que queriam, e como fazer as coisas. Eles foram bem sucedidos.

Educação

O Lorde Bertrand Russell juntou-se à Escola de Frankfurt no seu esforço de engenharia social e disse de sua justiça no seu livro de 1951 com o título "The Impact of Science on Society". Nele, Russell escreve:

A fisiologia e a psicologia têm dentro de si espaço para técnicas cientificas que ainda aguardam desenvolvimento. A importância da psicologia em massa aumentou consideravelmente devido ao crescimento dos métodos modernos de propaganda. Destes, o mais influente é aquele chamado de "educação". Os psicólogos sociais do futuro irão ter um número de cursos para as crianças em idade escolar, e neles serão testados métodos distintos de forma a produzir a inabalável convicção de que a neve é preta.

Rapidamente, se obterão vários resultados. Primeiro, que a influência do lar é destrutiva. Segundo, que nada mais pode ser feito a menos que a indoutrinação comece antes dos 10 anos. Terceiro, que os versos musicais entoados de forma repetitiva são muito eficazes. Quarto, que a opinão de que a neve é branca tem que ser mantida como forma de demonstrar um gosto mórbido pela excentricidade.

Mas já me estou a antecipar. Cabe aos cientistas do futuro dar precisão a estas máximas, e descobrir quanto é que custa, por cabeça, fazer com que as crianças acreditem que a neve é preta, e quão menos custaria levá-los a acreditar que ela é cinzenta-escura. Quanto a técnica tiver sido aperfeiçoada, todos os governos que estiverem encarregados da educação durante uma geração, serão capazes de controlar os seus súbditos sem a necessidade de exércitos e polícias

Escrevendo para a Fidelio Magazine em 1992, Michael Minnicino nota como os herdeiros de Marcuse e Adorno dominam por completo as universidades, "ensinando os seus alunos a deixar de lado a razão em favor de exercícios ritualistas do Politicamente Correcto. Foram publicados muito poucos livros teóricos de arte, letras, ou línguas nos Estdos Unidos ou na Europa que não reconheçam abertamente a sua dívida para com a Escola de Frankfurt. A "caça às bruxas" que ocorre actualmente nas universidades nada mais é que a implementação do conceito de Marcuse com o nome de "tolerância repressiva" - 'tolerância para com os movimentos da esquerda, ms intolerância para com os movimentos da direita' - forçada pelos estudantes da Escola de Frankfurt."

Drogas

O Dr. Timothy Leary oferece-nos outro olhar para dentro da mente da Escola de Frankfurt com a sua descrição do trabalho da Harvard University Psychedelic Drug Project com o nome ‘Flashback'. Leary citou uma conversa que teve com Aldous Huxley:

Estas drogas mentais, produzidas em massa nos laboratórios, irão levar a cabo alterações gigantescas na sociedade. Isto irá ocorrer comigo e contigo, ou sem nós os dois. Tudo o que podemos fazer é propagar a palavra.
Timothy, o obstáculo a esta evolução é a Bíblia.

Leary prossegue, afirmando:

Tínhamo-nos deparado com o compromisso Judaico-Cristão com Um Deus, uma religião, uma realidade, que há séculos amaldiçoava a Europa, e que também amaldiçova os Estados Unidos desde os seus dias iniciais. As drogas que abriam a mente para realidades múltiplas inevitavelmente levavam-nos para uma visão politeista do universo. Sentíamos que o tempo para uma nova religião humanista fundamentada na inteligência, no pluralismo benéfico e no paganismo científico havia chegado.

Um dos directores do projecto "Personalidade Autoritária", R. Nevitt Sanford, desempenhou um papel fulcral no uso das drogas psicadélicas. Em 1965, ele escreveu o seguinte num livro, publicado pelo braço editorial do Instituto Tavistock (Reino Unido):

A nação parece fascinada com os nossos +/- 40,000 viciados em drogas que são vistos como pessoas rebeldes duma forma alarmante, e que têm que ser refreadas a todo o custo através de dispendiosas actividades policiais. Só um desconfortante Puritanismo poderia dar o seu apoio à práctica de se focar nos viciados em drogas (e não nos 5 milhões de alcoólatras) e tratá-los como um problema de polícia e não como um problema médico, ao mesmo tempo que se suprimem drogas inofensivas tais como a marijuana e o peyote juntamente com as drogas perigosas.

Hoje dia, os principais propagandistas do lobby das drogas fundamentam os seus argumentos (para a legalização) nas mesmas mentiras científicas propagadas há anos pelo Dr. Sanford. Entre tais propagandistas encontra-se o multi-milionário ateu George Soros, que escolheu como um dos seus primeiros programas domésticos juntar esforços que visavam colocar em causa a eficácia dos $37 bilhões por ano gastos na guerra às drogas.

O Lindesmith Center, apoiado por George Soros, á a voz principal dos Americanos que querem descriminalizar ao uso das drogas. Soros é o ‘Daddy Warbucks da legalização das drogas,’ alegou Joseph Califano Jr. do National Center on Addiction and Substance Abuse da Universidade de Columbia (The Nation, Sep 2, 1999).

Música, Televisão e Cultura Popular

Adorno viria a torna-se no líder da divisão focada nos "estudos músicas" da Escola de Frankfurt, que promoveu no seu livro "Theory of Modern Music" a perspectiva de propagar a música atonal, bem como a popular, como forma de destruir a sociedade, formas de música degeneradas como forma de promover a doença mental. Ele afirmou que os Estados Unidos poderiam ser colocados de joelhos através do uso da rádio e da televisão como forma de promover a cultura de pessimismo e desespero; perto do final dos anos 30, Adorno (juntamente com Horkheimer) haviam migrado para Hollywood.

A expansão de jogos de computador violentos também apoiava os propósitos da Escola de Frankfurt. 

Sexo

No seu livro, The Closing of the American Mind, Alan Bloom observou a forma como Marcuse havia atraído os estudantes universitários dos anos 60 com uma combinação de Marx e Freud. Nos seus livros "Eros and Civilization" e "One Dimensional Man"Marcuse prometeu que a superação do capitalismo e da sua falsa consciência iria resultar numa sociedade onde as maiores satisfações seriam sexuais. A música rock foca-se no mesmo ponto junto dos jovens. Expressão sexual sem limites, anarquia, exploração do inconsciente irracional e atribuição de total liberdade, é o que eles têm em comum.

Os Média

Os media actuais - e ninguém menos que Arthur ‘Punch’ Sulzberger Jnr., que assumiu o controle do New York Times em 1992 - baseou-se muito no estudo da Escola de Fankfurt com o nome de The Authoritarian Personality. (New York: Harper, 1950). No seu livro Arrogance, (Warner Books, 1993) o antigo repórter da CBS News Bernard Goldberg, ressalvou que Sulzberger ‘ainda acredita em todas aquelas noções dos anos sessenta em torno da "emancipação" e "o homem que muda o mundo" . . .  De facto, os anos-Punch têm sido uma marcha inabalável pela Avenida Politicamente Correcta, com uma redacção ferozmente dedicada à todas as formas de diversidade, excepto a intelectual.'

No ano de 1953, o Instituto voltou para a Universidade de Frankfurt. Adorno morreu em 1955, e Horkheimer em 1973. O Instituto para Pesquisa Social continuou, mas o que era conhecido como a Escola de Frankfurt não continuou. O "Marxismo cultural" que entretanto tomou posse das nossas escolas e das nossas universidades - aquele "politicamente correcto" que tem destruído os laços familiares, as nossas tradições religiosas, e toda a nossa cultura - emergiu da Escola de Frankfurt.

Foram estes intelectuais Marxistas que, mais tarde, durante as demonstrações contra a guerra do Vietname, cunharam a frase "make love not war"; foram estes intelectuais que promoveram a dialéctica do criticismo "negativo"; foram estes teóricos que sonharam com uma utopia onde os seus líderes iriam governar. Foi o seu conceito que levou à tendência actual de re-escrever a história, e para a moda do "desconstrucionismo". Os seus slogans: "as distinções sexuais são um contracto; se sabe bem, faz; faz o que te apetece".

Nas suas palavras ditas à US Naval Academy em Agosto de 1999, o Dr Gerald L. Atkinson, Comandante da Marinha Americana (Retirado), deu uma palestra geral sobre a Escola de Frankfurt, lembrando à sua audiência de que foram os "soldados rasos" da Escola de Frankfurt que introduziram as técnicas de "treino da sensibilidade" que têm sido usadas nas escolas públicas há mais de 30 anos (e estão actualmente a ser usadas no Exército Americano como forma de educar as tropas sobre o tópico do "assédio sexual").

Durante os treinos de "sensibilidade", foi dito aos professores que não ensinassem mas sim que "facilitassem", técnica esta criada como forma de convencer as crianças de que eles eram a autoridade única nas suas vidas.


Atkinson continua, dizendo:

A Personalidade Autoritária, estudada pela Escola de Frankfurt nos anos 40 e 50 na América, preparou o caminho para a guerra posterior contra o sexo masculino promovida por Herbert Marcuse e o seu grupo de revolucionários sociais (sob a máscara de "emancipação das mulheres"), bem como pelo movimento da Nova Esquerda dos anos 60. A evidência de que as técnicas psicológicas de alteração de personalidade têm como propósito a feminização do homem Americano é disponibilizada por Abraham Maslow, fundador da "Third Force Humanist Psychology" e promotor das aulas psicoterapêuticas, que escreveu, ".... o próximo passo da evolução pessoal é a transcendência para além da masculinidade e da feminilidade para a humanidade geral".

No dia 17 de Abril de 1962, Maslow deu uma palestra a um grupo de freiras do Sacred Heart, colégio feminino Católico em Massachusetts. Maslow ressalvou no seu diário a forma como o seu discurso havia sido "muito bem sucedido", mas ele classificou esse facto de perturbador:

Elas não deveriam aplaudir o que eu dizia mas sim atacar-me. Se elas estivessem plenamente cientes do que eu estava a fazer, eles iriam atacar. (Journals, p. 157).

A Rede

No seu folheto "Sex & Social Engineering" (Family Education Trust 1994), Valerie Riches ressalvou que nos finais dos anos 60 e princípios dos anos 70, existiam campanhas parlamentares intensas que emanavam dum número de organizações das áreas do controle de natalidade (isto é, contracepção, aborto, esterilização):

A partir da nossa análise dos seus relatórios anuais, tornou-se aparente que um número comparativamente pequeno de pessoas encontravam-se, até um nível surpreendemente, envolvida numa gama de grupos de pressão. Esta rede não só se encontrava unida através das pessoas comuns, mas também pelo financiamento comum, ideologia comum, e até moradas comuns.

Esta rede era também apoiada por uma vasta gama de interesses e ocasionalmente suportada com dinheiro de departamentos governamentais. No centro da  rede encontrava-se a Family Planning Association (FPA) com a sua colecção de ramificações.

O que nós descobrimos foi uma estrutura de poder com uma influência enorme.

Investigações mais aprofundadas revelaram que a rede estendia-se para áreas como a eugénica, controle populacional, controle de natalidade, reformas sexuais, direito familiar, educação sexual e educação em torno da saúde. Os seus tentáculos atingiam editoras, instituições médicas, instituições educacionais e de pesquisa, organizações femininas e grupos de orientação matrimonial - onde quer que a sua influência se pudesse fazer sentir. Parecia que essa rede tinha uma influência enorme nos média, sobre os oficiais permanentes de departamentos governamentais relevantes, levando em conta todas as proporções e os números envolvidos.

Durante a nossa investigação, um palestrante do Sex Education Symposium em Liverpool delineou as tácticas da educação sexual, afirmando, "Se nós não entrarmos dentro da educação sexual, as crianças simplesmente seguirão as escolhas dos seus pais". O facto da educação estar em vias de passar a ser um veículo para os vendedores ambulantes do humanismo secular, rapidamente se tornou claro.

No entanto, por essa altura o poder da rede e a totalidade ds implicações decorrentes das suas actividades não eram plenamente entendidas. Pensava-se que a situação se limitava à Grã-Bretanha e as implicações internacionais não eram compreendidas. Pouco depois, surgiu um pequeno livro com o intrigante título de "The Men Behind Hitler—A German Warning to the World". A sua tese era a de que, depois do holocausto na Alemanha Nacional Socialista, o movimento eugénico, que havia obtido popularidade no início do século 20, tinha-se retirado para a clandestinidade mas ainda se encontra activo e funcional através de organizações tais como aquelas que promoviam o aborto, a eutanásia, a esterilização, a saúde mental, etc.

O autor apelou ao leitor que olhasse para o seu país, e para os países à sua volta, porque certamente que ele iria ver que os membros e os comités destas organizações eram comuns até um nível impressionante.

Outros livros e artigos provenientes de fontes independentes vieram mais tarde a confirmar esta situação. . . . Um livro notável foi também publicado nos Estados Unidos documentando as actividades do grupo "Sex Information and Education Council of the United States" (SIECUS). Tinha o título de "The SIECUS Circle A Humanist Revolution". O grupo SIECUS foi estabelecido no ano de 1964 e não passou muito tempo até tomar parte num programa de engenharia social através da educação sexual nas escolas.

A primeira directora-executiva foi Mary Calderone e tinha ligações próximas com a Planned Parenthood, a equivalente Americana da British FPA. Segundo o livro "The SIECUS Circle", Calderone apoiou os sentimentos e as teorias avançadas pelo humanista Rudolph Dreikus tais como:

· misturando ou revertendo os sexos ou os papéis sexuais;
· emancipando as crianças das suas famílias; 
· abolir a família tal como nós a conhecemos.

No seu livro Mind Siege, (Thomas Nelson, 2000) Tim LaHaye e David A. Noebel confirmaram os dados apurados por Riches relativos a uma rede internacional:

As vozes autoritárias do Humanismo Secular pode ser graficamente retratadas como uma equipa de basebol: a atirar a bola está John Dewey; a agarrar está Isaac Asimov; na primeira base está Paul Kurtz; na segunda Corliss Lamont; na terceira Bertrand Russell; entre a segunda e a terceira base ["shortstop"] está Julian Huxley; do lado esquerdo está Richard Dawkins; no meio campo está Margaret Sanger do lado direito está Carl Rogers; o técnico é Ted "o Cristianismo é para derrotados" Turner; a rebatedora designada é Mary Calderone; na lista de jogadores utilitários estão as centenas de nomes presentes no verso do Manifesto Humanista I e do Manifesto Humanista II, incluindo Eugenie C. Scott, Alfred Kinsey, Abraham Maslow, Erich Fromm, Rollo May, e Betty Friedan.

Nas arqui-bancadas encontram-se organizações patrocinadoras ou organizações de apoio tais como ..... a Escola de Frankfurt, a facção esquerdista do Partido Democrata, os Socialistas Democratas da América, as universidades Harvard, Yale, Minnesota, Berkley (Califórnia), bem como outros 2,000 colégios e universidades.

Um exemplo práctico da forma como o pensamento tsunâmico de Maslow engoliu as escolas Inglesas foi revelado num artigo presente no jornal Catholic Family do British Nat assoc. of Catholic Families’ (NACF) (Agosto de 2000), onde James Caffrey lançou um aviso sobre o programa "Citizenship" (PSHE), que seria pouco depois colocado no Curriculo Nacional:

Temos que olhar atentamente para o vocabulário usado neste novo tema, e mais importante ainda, descobrir a base filosófica sobre o qual está assente. As pistas para isto podem ser encontradas na palavra "escolha" que ocorre com frequência na documentação do [programa] Citizenship, e o enorme ênfase que é colocado no acto dos alunos discutirem e "esclarecerem" o seu ponto de vista, os seus valores e as suas escolhas em torno dum dado assunto. Isto nada mais é que o conceito conhecido como "Esclarecimento de Valores" - conceito que é anátema para o Catolicismo (...).

Este conceito foi inicialmente propagado na Califórnia durante os anos 60 por parte dos psicólogos William Coulson, Carl Rogers e Abraham Maslow. O mesmo baseava-se na psicologia "humanista", onde os pacientes eram vistos como os juízes únicos das suas acções e do seu comportamento moral. Havendo promulgado a técnica do "Esclarecimento de Valores", os psicólogos introduziram-no nas escolas bem como em outras instituições - tais como conventos e seminários - com resultados desastrosos.

Os conventos esvaziaram-se, os religiosos perderam a sua vocação e houve uma perda generalizada da fé em Deus [ed: tal como era suposto]. Porquê? Porque as instituições têm como base crenças absolutas tais como o Credo e Os Dez Mandamentos, só para dar alguns exemplos. O "Esclarecimento de Valores" assume o relativismo moral onde não há um bem ou um mal absolutos, e nenhuma dependência de Deus. Este mesmo sistema está em vias de ser introduzido às crianças, aos juniores e aos adolescentes com mentes vulneráveis (...).

A filosofia inerente do "Esclarecimento de Valores" defende que o facto dos professores promoverem virtudes tais como a honestidade, a justiça ou a castidade, é uma forma de indoutrinar as crianças e uma "violação" da sua liberdade moral. É defendido que as crianças sejam livres para escolher os seus próprios valores; o professor deve apenas "facilitar" e evitar toda a moralização e toda a crítica.

Tal como um advogado disse recentemente, em relação à preocupante tendência da educação Australiana, "O tema chave do esclarecimento de valores é o que não existem valores morais certos ou errados. A educação de valores não buscar identificar e transmitir os valores "certos", ensinos da Igreja, especialmente a encíclica papal Evangelium Vitae."

Na ausência de algum tipo de orientação moral, as crianças naturalmente fazem escolhas com base nos seus sentimentos. A poderosa pressão social, liberta dos valores que emanam duma Fonte Divina, garantem que os "valores comuns" afundem-se para o mais baixo denominador comum. Referências à sustentabilidade ambiental levam a uma forma de pensar onde os argumentos anti-vida (para o controle populacional) sejam apresentados não só responsáveis como também como desejáveis.

Semelhantemente, a "escolha informada" em torno da saúde e do estilo de vida são eufemismos para atitudes contrárias às visões Cristãs em torno da maternidade, da paternidade, do sacramento do casamento e da vida familiar O "Esclarecimento de Valores" é dissimulado e perigoso, e ele é a base de toda a racionalidade do Citizenship (PSHE) e ele será brevemente introduzido nas escolas do Reino Unido.

Isto irá dar valores seculares às crianças e encorajá-las a adoptar a atitude de que só eles são a autoridade máxima e judicial nas suas vidas. Nenhuma escola Católica pode incluir este novo tema tal como formulado no documento Curriculum 2000 dentro da provisão do actual currículo O Dr. William Coulson reconheceu os danos psicológicos que a técnica de Rogers infligiu aos jovens e rejeitou-os, dedicando a sua vida a expor os perigos.

Não deveriam aqueles em posição de autoridade dentro das instituições Católicas fazer o mesmo, à medida que o ‘Citizenship’faz a sua mortífera aproximação? Se permitirmos que esta subversão de valores e de interesses, prossiga, iremos perder, nas gerações futuras, tudo pelo qual os nossos antepassados lutaram e morreram. Fomos avisados, disse Atkinson. Uma leitura da história (e tudo isto está nos relatos históricos mainstream) diz-nos que estamos em vias de perder o que nós temos de mais precioso - as nossas liberdades individuais.

Philip Trower, numa carta para o autor, diz:

O que nós estamos a sofrer actualmente é uma mistura de duas escolas de pensamento: a Escola de Frankfurt e a tradição liberal que teve início no Iluminismo do século 18. Claro que a Escola de Frankfurt tem como fonte remota o Iluminismo do século 18, mas tal como o Marxismo de Lenine, ele é um movimento separatista. O objectivo imediato tanto do liberalismo clássico como da Escola de Frankfurt tem sido, essencialmente, o mesmo (ver os 11 pontos de cima), mas o propósito final é diferente. Para os liberais, a sua ideologia leva à "melhoria" e ao "aperfeiçoamento" da cultura ocidental, mas para a Escola de Frankfurt, ela leva à sua destruição.

Ao contrário dos Marxistas da linha dura, a Escola de Frankfurt não faz planos para o futuro. (Mas) a Escola de Frankfurt parece ver mais além do que os nossos liberais clássicos e do que os nossos secularistas. Pelo menos eles vêem que os desvios morais que eles promovem irão tornar a vida social impossível e intolerável. Mas isto levanta uma grande questão em torno da forma como seria um futuro liderado por eles.

Entretanto, a Revolução Silenciosa avança.




domingo, 10 de agosto de 2014

Esquecer Max Horkheimer

Por Alex Kurtagić

Faz hoje [ed: 7 de Julho de 2014] 41 anos que Max Horkheimer morreu. Director do "Instituto de Pesquisas Sociais" entre 1930 a 1953, Horkheimer foi um dos líderes da Escola de Frankfurt, grupo que ficou identificado com a Teoria Crítica - uma mistura totalmente especulativa da psicanálise freudiana com o Marxismo.

Horkheimer nasceu no seio duma abastada e conservadora família de judeus ortodoxos e o seu pai, Moritz - próspero homem de negócios, dono de várias fábricas têxteis - esperava que o seu filho lhe sucedesse no leme.

Tendo em vista esse propósito, começando em 1910, Moritz começou a preparar Max para uma carreira nos negócios. Isto não era, no entanto, suposto acontecer; Max travou conhecimento com Friedrich Pollock num baile, e pouco depois disso, os dois deram início à sua amizade. Pollock havia sido criado por um pai que se havia afastado do Judaísmo, o que desde logo revela que de maneira nenhuma ele era tradicional.

Na sua história da Escola de Frankfurt, Rolf Wiggerhaus declara que a sua amizade [com Pollock] deu um ímpeto rumo à "emancipação" de Max do seu seio burguês e conservador. Com Pollock nos lemos:

Ibsen, Strindberg, e Zola - críticos naturalistas da sociedade burguesa; . . . Tolstoy and Koprotkin - revolucionários sociais que propuseram uma forma de vida marcada pelo asceticismo e pelo amor universal; . . .Os "Aforismos sobre a Sabedoria da Vida" de Schopenhauer, a "Ética" de Spinoza, . . . e a "Aktion" de Franz Pfemfert, que era uma forma de oposição literária à guerra e ao mundo burguês da Europa pré-guerra.[1]

Com o passar do tempo, Max rejeitou a carreira no mundo dos negócios, e ele e Pollock foram descritos como "comunistas". [2] Max começou por estudar psicologia, mas, enquanto se preparava para a sua tese de doutoramento, uma outra tese semelhante foi publicada noutro lugar, frustrando os seus esforços. Consequentemente, ele voltou-se para a filosofia, e completou as suas Habilitações dentro desta disciplina.

O trabalho do grupo de Horkheimer era pseudo-científico, que buscava, entre outras coisas, entender a "personalidade autoritária"; durante os anos 50 publicou o "estudo" homónimo, liderado pelo seu bom amigo e colega, Theodor Adorno, homem cuja forma de pensar era practicamente idêntica à sua.

De modo típico, o trabalho da Escola de Frankkfurt era tendencioso e cheio de padrões duplos. Por exemplo, o seu trabalho ignorou por completo o autoritarismo da Esquerda (embora a maior parte da Ásia e metade da Europa estivesse nas mãos de regimes comunistas brutais, com uma contagem dos mortos já na ordem das dezenas de milhões), e focou-se apenas no autoritarismo da Direita, que é tratado como uma desordem psiquiátrica. A conclusão do grupo, no entanto, era sempre sem nexo e sem apoio adequado das evidências empíricas.

De facto, o grupo era bastante hostil ao empirismo e à ciência positivista, e isso é evidente no livro de Horkheimer de 1947, "The Dialectic of Enlightenment", co-escrito com Adorno. O tom do livro é abstracto e assertivo, sem esforço algum de fundamentar as alegações. Tal como o livro de Adorno et al "The Authoritarian Personality",  este livro é levado a sério pelo mundo académico actual, e aparece na leitura curricular das universidades Ocidentais.

Visto que a Teoria Crítica obteve apoio dos académicos de todo o mundo Ocidental, o grupo de Horkheimer causou danos numa escala que é difícil de quantificar. O propósito da Teoria Crítica era o de sujeitar todo a sociedade Ocidental liberal à critica radical - da Esquerda. Reconhecendo que o Marxismo clássico estava mal preparado para a tarefa, visto que se focava exclusivamente na presumida oposição entre o capitalismo e o proletariado, eles focaram-se na construção dum novo enquadramento.

O trabalho do grupo de Horkheimer permitiu-lhes atingir uma expansão ilimitada dos grupos oprimidos, que incluíam agora vítimas do racismo, do sexismo, da homofobia, do anti-semitismo, e assim por diante. Isto tornou-se na fachada do projecto da Nova Esquerda, cujo "pai", Herbert Marcuse, e sem surpresa alguma, também veio da Escola de Frankfurt.

A essência da crítica Marxista ao liberalismo é o que de este último falhou ao não cumprir a sua promessa de igualdade; através do capitalismo, as sociedades liberais criaram e perpetuaram hierarquias. Logo, o Marxismo focou-se na igualdade. Mas isto resultou na tirania, no assassínio em massa, e na pobreza, e como era obviamente repressivo, ele não poderia derrotar o liberalismo do Ocidente - que, por contraste, havia produzido sociedades seguras, ricas e atraentes. De facto, Antonio Gramsci viu-se forçado a pensar em formas alternativas de se impor o comunismo nas democracias Ocidentais visto que todas as tentativas de revoluções comunistas haviam falhado. Por contraste, e embora se foca-se na igualdade, a Nova Esquerda era ostensivamente emancipatória - um lobo em pele de cordeiro - e isso constituiu um desafio muito mais bem sucedido.

O liberalismo não foi derrubado mas foi permanentemente alterado. Uma vez que mantinha a igualdade com um dos seus valores fundamentais, tal como toda a Esquerda, a Nova Esquerda não se poderia opor a apelos para uma maior igualdade (em princípio); a Nova Esquerda poderia, no entanto, acomodar-se. Devido a isto, o liberalismo alterou o seu ênfase na liberdade individual para a igualdade sem limites. Isto resultou numa síntese Hegeliana. O grupo de Horkheimer, portanto, tem que ser visto como um agente, ou um dos agentes-chave, que tornou possível esta transição. As suas teorias tenebrosas tornaram-se políticas comuns e posteriormente na ideologia estabelecida.

Superficialmente, muitas pessoas podem ter a ilusão de que isto é uma coisa boa, e certamente havia espaço para reformas e atitudes mais iluminadas em algumas áreas - nenhuma pessoa razoável iria negar isso - mas quando analisamos mais profundamente a situação, apercebe-mo-nos que a igualdade ilimitada - abordagem particular para a reforma - não criou uma sociedade mais justa e harmoniosa, mas sim uma guerra sublimada contra todos - com a politica da identidade, a política de género, a política de classes, e a política racial num permanente estado confrontacional, constantemente irritados por um sentido de queixa e injustiça histórica.

Semelhantemente, o mudança do ênfase da liberal igualdade de oportunidade para a Marxista igualdade de resultados significou que na luta contra o "privilégio" as políticas em uso não o eliminaram, mas simplesmente transferiram-no duma classe de cidadãos para outra classe: habilidades distintas significam que os mais hábeis têm que ser punidos de modo a abrir caminho para os menos hábeis, que se tornam então na classe privilegiada com um sentido de merecimento à medida que recebem prémios que não merecem. Pior ainda, nós já ouvimos falar de departamentos de ciência das universidades a deixarem de ser financiados, drasticamente reduzidos, ou fechados de todo, à medida que departamentos de igualdade e diversidade são ricamente iniciados, com o salário de apenas um oficial da igualdade a ser o suficiente para pagar dois pesquisadores do cancro.

A busca pela igualdade, então, não só privilegia aqueles que não merecem, mas causa também dor, sofrimento e até morte. No que toca os relacionamentos entre os sexos, hoje em dia em vez de termos mais casamentos felizes, temos mais divórcios, mais lares desfeitos, mais antagonismo entre os sexos, e guerra entre os sexos. Quão irónico que Horkheimer tenha nascido no dia de São Valentim. Nós somos capazes de continuar a listar as consequências. Os custos materiais têm sido incalculáveis, e os custos sociais ainda mais.

Segundo Wiggerhaus, o argumento principal de Horkheimer era de que aqueles que viviam em miséria tinham o direito ao egoísmo materialista. Ao mesmo tempo que Kevin MacDonald nota que Horkheimer eventualmente se reconciliou com a sua herança - abraçando mais uma vez a metafísica judaica, não podemos fugir â conclusão de que a cruzada anti-burguesa foi, essencialmente, uma rebelião subliminar contra o seu pai.

A rebelião contra a autoridade paterna é um dos temas do livro "The Psychotic Left", de Kerry Bolton, onde ele a ressalva como um traço psicológico dos igualitaristas militantes. Isto foi considerado pelo livro "The Authoritarian Personality" como algo saudável. No entanto, a visão de Horkheimer, particularmente mais no final da sua vida, carrega o estigma dum conflito interno.

Portanto, Max Horkheimer não é pessoa para ser lembrada mas sim alguém que tem que ser esquecida. Se o "Inferno de Dante" pinta um mapa acertado do lugar para onde os malfeitores vão depois da morte, o lugar de Horkheimer é no malebolge, juntamente com os facilitadores sexuais e os sedutores, os elogiadores, os simonistas, os adivinhos, os politiqueiros, os hipócritas, os ladrões, os falsos conselheiros, os fomentadores de discórdia, os falsificadores e os falseadores. A sua vida foi demasiadamente longa, e como tal temos que ficar gratos pelo facto da sua vida finalmente ter parado de causar males maiores. Quanto ao seu legado: melhor serviço seria prestado se o mesmo caísse no esquecimento de onde ele pode fazer algum bem como objecto de refutação.

Notas

1. Rolf Wiggerhaus, "The Frankfurt School: Its History, Theories, and Political Significance" (Cambridge, Mass.: MIT Press, 1995), 42.
2. Ibid., 46.





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