sábado, 11 de maio de 2013

Louise Pennington admite que as feministas não querem igualdade mas supremacia


As feministas alegam que o feminismo centra-se na igualdade. Os MRAs ("Men's Rights Acivists") e muitos outros anti-feministas sabem que o feminismo centra-se na supremacia feminina e não na igualdade. Louise Pennington, escrevendo para o Huffington Post, admite isso mesmo (que feminismo = supremacia feminina) e defende que a "igualdade" nada mais é que cortina de fumo feita para impedir a libertação das mulheres:
O meu feminismo original centrava-se na igualdade: as mulheres eram iguais aos homens e tudo o que nós precisávamos eram de leis que forçassem os misóginos a parar de ser misóginos. À medida que vou envelhecendo, mais vou acreditando que a "igualdade" nada mais é  que uma cortina de fumo feita para impedir a verdadeira libertação das mulheres. A igualdade perante a Lei não significa nada quando a violência é endémica.
E o que é a "verdadeira libertação da mulher"? Nada mais que o supremacismo feminino. Uma vez que Pennington é, ao mesmo tempo, contra a igualdade entre homens e mulheres e presumivelmente contra a inferioridade das mulheres perante os homens (visto que desta forma as mulheres não estariam "libertas"), a única opção que sobra é a dela apoiar a supremacia feminina. Isto é confirmado pelo ataque que ela faz à igualdade perante a lei:
O feminismo necessita mais do que a igualdade. Requer a libertação. Requer a libertação de TODAS as mulheres da violência masculina.
Apesar de se saber que a total eliminação do crime (ou da violência) seria impossível, os governos têm desencadeado uma guerra contra o crime desde que os governos começaram a existir. A única forma de se tentar fazer tal coisa (acabar com o crime) seria criar um estado-policial com características nunca vistas até hoje - nem na União Soviética. Nem o socialismo nem o estado-policial da União Soviética foram suficientemente totalitários e suficientemente supremacistas femininos para os gostos da Louise Pennington porque os socialistas afirmavam lutar pela igualdade e pela ideia dos homens e as mulheres terem os mesmos direitos. 
Até dois anos atrás, eu identificar-me-ia como uma feminista-socialista, embora eu soubesse que a opressão estrutural contra as mulheres estava em crescimento. A misoginia implacável e a apologia da violação sexual por parte da Esquerda fez-me reconsiderar a minha posição política, tal como a criação do "Feminist/Women’s Rights" na Mumsnet.
Quanto mais eu lia a Mumsnet, mais feminista radical me tornava. Comecei a ler Andrea Dworkin, Natasha Walters, Kate Millett, Susan Faludi, Susan Maushart, Ariel Levy, Gail Dines, Germaine Greer, e Audre Lorde. Aprendi mais sobre o femicídio cultural e comecei a ler só livros de ficção escritos por mulheres: Isabel Allende, Alice Walker, Maya Angelou, Kate Mosse, Margaret Atwood, Kris Radish, Barbara Kingsolver, e Andrea Levy entre muitas outras. Comecei a ler mais sobre a vida das mulheres e sobre o poder da genuína irmandade.
O meu feminismo, tanto a definição como o activismo, alteraram-se de modo dramático durante os últimos 18 anos. Hoje, eu classifico-me como uma feminista pró-radical anti-capitalista uma vez que acredito que a fonte da opressão da mulher é a violência masculina perpetuada pelas estruturas da nossa economia capitalista. O Patriarcado pode pré-datar o capitalismo mas nós não o conseguiremos destruir sem destruir ao mesmo tempo o capitalismo.
Nem sempre me sinto como uma "feminista genuína" ou uma feminista "suficientemente boa". Tudo o que sei é que sou uma feminista que acredita de modo verdadeiro que as mulheres têm o poder de libertar todas as mulheres da violência masculina; de modo fiundamental, esse feminismo centra-se no poder da irmandade.
O meu activismo feminista envolve privilegiar as vozes femininas acima das vozes masculinas. Hoje em dia eu só leio livros escritos por mulheres. Tento obter as notícias do mundo actual de sites femininos e de jornalistas tais como Soraya Chemaly, Samira Ahmed, Bidisha, Helen Lewis, Bim Adewunmi, e Sarah Smith.
No Twitter e no Facebook só sigo jornalistas que sejam mulheres. Dou o meu apoio a organizações que colocam as experiências femininas no centro do debate público: "Women Under Siege", "The Everyday Sexism Project", e "The Women’s Room UK".
Pennington afirma que ela está a dar privilégio às mulheres acima dos homens. Isto não se esgota no que ela lê ou no seu activismo. Através do seu artigo, Pennington não ataca uma ideia vaga da "igualdade"; ela ataca noções específicas de igualdade, nomeadamente, a igualdade perante a lei. Ser contra a igualdade perante a lei significa que Pennington quer elevar as mulheres acima dos homens aos olhos da lei (que é o aspecto mais importante da supremacia feminina).

O texto não deixa dúvidas de que Pennington é uma supremacista feminina, e de que o feminismo se centra no supremacia feminina.

* * * * * * *

Especialmente dedicado aos idiotas úteis que contraditoriamente se identificam como "homens feministas".



4 comentários:

  1. Que ela deixe de usar o twitter também, o computador, tablet, iPad e outras benesses que foram feitas, quase que exclusivamente pelo homem.

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  2. "Opressão estrutural contra a mulher". Sim, claro. Opressão esta que:

    - Leva homens à cadeia por simplesmente se recusarem a pagar uma cerveja pra uma doida qualquer.
    - Que possibilita e estimula falsas acusações de estupro ou assédio, destruindo a vida de homens inocentes, como no caso de Brian Banks. Aqui no Brasil já começam a aparecer este tipo nefasto de mentiras, principalmente baseadas na Lei Maria da Penha.
    - Que favorece absurdamente a mulher em processos de divórcio, mesmo quanto este decorre de adultério por parte dela. (Vejam um exemplo: http://migre.me/ew0cK). Traído, humilhado e ainda perdeu os bens conquistado com seu trabalho.
    - Que investe muito mais em programas para a saúde da mulher.
    - Enaltece e idolatra a mulher constantemente através da mídia. Comparem a diferença de tratamento dado para o dia das mães em comparação ao dia dos pais. Isso sem falar nos inúmeros programas voltados para o público feminino.

    Enfim, posso passar o dia todo falando sobre a "opressão" gigantesca que as pobres mulheres sofrem nessa tal "estrutura machista".

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  3. Olhe ao seu redor e perceba, estamos vivendo na "era da misandria ",tem que ser muito idiota pra não perceber isso

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  4. Cineasta gera polêmica ao dizer que pornografia faz bem à sociedade
    Leia mais em: http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/entretenimento/2013/05/14/cineasta-gera-polemica-ao-dizer-que-pornografia-faz-bem-a-sociedade.htm

    A cineasta é uma feminista.

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