domingo, 21 de dezembro de 2014

Paglia: "As mulheres jovens não entendem a fragilidade da civilização"

Por Camille Paglia

O desaparecimento de Hannah Graham (aluna do 2º ano da Universidade de Virgina) há duas semanas atrás é o mais recente caso de raparigas-desaparecidas que frequentemente acabam em tragédia. Um antigo jogador de futebol [americano], de 32 anos e com 122 quilos e que havia fugido para o Texas, foi devolvido para a Virginia e acusado de "rapto com intenção de contaminar". Até agora, o destino de Hannah e o seu paradeiro continuam desconhecidos.

Reivindicações descontroladamente exageradas em torno de abuso sexual nas universidades Americanas estão a obscurecer o verdadeiro perigo que as jovens mulheres, muitas vezes distraídas que elas estão a olhar para os seus telemóveis ou iPods em lugares públicos, correm: o perigo do antigo crime sexual de rapto e assassinato. Apesar da propaganda histérica em torno da nossa "cultura de violação", a maior parte dos incidentes que ocorrem nas universidades, descuidadosamente descritos como agressões sexuais, não são casos de violação criminosa (envolvendo força física e drogas) mas melodramas imbecis que ocorrem nos encontros amorosos resultantes de sinais confusos e imprudência das duas partes.

As universidades deveriam-se limitar ao ensino académico e parar com a sua supervisão infantilizante sobre a vida amorosa dos estudantes, uma intrusão autoritária que roça a violação das liberdades civis. Os crimes genuínos deveriam ser reportados à policia e não aos mal-treinados comités de reclamação universitários. Demasiadas mulheres da classe média, educadas longe das áreas urbanas, parecem esperar que a vida adulta seja uma extensão dos seus protectores e confortáveis lares. Mas o mundo continua a ser uma selva. O preço das liberdades femininas actuais é a responsabilidade pessoal pela vigilância e pela auto-defesa.

Os códigos educacionais actuais, que acompanham a Esquerda liberal, estão a perpetuar as ilusões em torno do sexo e do género [sic]. A premissa Esquerdista básica, que descende do Marxismo, é que todos os problemas da vida humana resultam duma sociedade injusta e que as correcções e as afinações desse mecanismo social irão por fim materializar uma utopia. Os progressistas têm uma fé inabalável na perfectibilidade da humanidade.

Os horrores e as atrocidades da História foram editados para fora da educação primária e secundária, a menos que as culpas possam ser atribuídas o racismo, ao sexismo e ao imperialismo - toxinas embebidas nas estruturas externas opressoras que têm que ser esmagadas e reconstruídas. Mas o verdadeiro problema encontra-se na natureza humana, que a religião e a arte genuína olham como dividida numa guerra entre as forças das trevas e as forças da luz.

O liberalismo [= Esquerdismo] carece dum profundo sentido do mal - como também o carece o conservadorismo dos dias actuais, quando o mal é docilmente projectado para uma força política estrangeira em ascenção, unida apenas na rejeição dos valores Ocidentais. Nada é mais simplista do que o actual uso (pelos políticos e pelos especialistas) da qualificação caricatural de "os maus" atribuída aos jihadistas, como se a política externa Americana fosse um  roteiro cinematográfico descuidado dum filme de cowboys.

A ideologia de género que domina o mundo académico nega que as diferenças sexuais estejam enraizadas na biologia, e em vez disso, olha para elas como ficções maleáveis que podem ser revistas à vontade. A crença é de que as queixas e os protestos, reforçados pelos simpatéticos burocratas universitários e reguladores governamentais, podem e irão alterar de modo fundamental todos os homens.

Mas os crimes sexuais extremos, tais como a violação e o assassinato, emanam dum nível primitivo que até a psicologia práctica já não tem uma descrição. A psicopatologia, tal como o macabro Psychopathia Sexualis (1886) de Richard von Krafft-Ebing, era um campo central dentro da psicanálise primordial, mas a terapia actual transformou-se em conversa feliz, ajuste de atitudes e atalhos farmacêuticos.

Há um simbolismo ritualista em operação durante um crime sexual que a maior parte das mulheres não entende, e desde logo, não se pode proteger contra ele. É algo bem confirmado o facto das faculdades visuais desempenharem uma papel maior na sexualidade masculina, que justifica um maior interesse masculino pela pornografia. O perseguidor sexual ["stalker"], que é frequentemente um derrotado alienado consumido pelos seus falhanços, é motivado por um atávico reflexo de caça. Ele é chamado de predador precisamente porque ele transforma a sua vítima numa presa.

O crime sexual brota da fantasia, da alucinação, da desilusão e da obsessão. A mulher aleatória torna-se no bode expiatório duma raiva regressiva contra o poder sexual feminino: "Tu causaste a que eu fizesse isto." Os clichés  académicos em torno da "mercantilização" da mulher sob o capitalismo pouco sentido fazem aqui: é o estatuto biológico superior da mulher como a mágica criadora-de-vida que é profanado e aniquilado através do barbarismo do crime sexual.

Enganadas pelo optimismo ingénuo e pela promoção entusiástica manifesta através da expressão "You go girl!" durante a sua educação, as mulheres jovens não vêem o olhar do animal brilhando contra elas na escuridão.

Elas assumem que a carne exposta e a roupa sexy são uma declaração de moda sem qualquer mensagem que possa ser mal lida e deturpada por um psicótico.

Elas não entendem a fragilidade da civilização e o quão perto está a natureza selvagem.

Fonte: http://ti.me/1ro6Hf1



5 comentários:

  1. Brutal!!

    Que bom seria se as mulheres compreendessem isso tudo...

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  2. Oi cristão. Você se esqueceu de mencionar a raça do suspeito.

    http://abcnews.go.com/US/hannah-graham-abduction-suspect-indicted-2005-sex-assault/story?id=26324897

    Não se trata de um problema de mera estupidez de mulher branca, mas si mais um crime de ódio anti-branco. Mais um omitido pela merdia, e inclusive por cristãos bem intencionados.

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    Respostas
    1. "Você se esqueceu de mencionar a raça do suspeito."

      Não me "esqueci" de nada, mas apenas fui fiel ao texto original.

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  3. Senhores do MARXISMO CULTURAL, eu quero-os avisar que universidades não são lugares para namoros, romances, muito menos afetividades, como afagos, amplexos, cócegas, euquímanos, ósculos e outras, e assim sucessivamente. Elas são lugares acadêmico-educacionais, ou seja, lugar para nós cursarmos uma ou mais faculdades suas. Afetividades exageradas, impróprias ou indesejadas são molestamentos, assim como elogios exagerados, impróprios ou indesejados são lisonjas. Ou seja, eles são crimes que vão dos assédios morais ou dos sexuais aos estupros. Eles são violações do CCB de 2002 e do CPB de 1940. Discriminações e preconceitos vão contra a Constituição de 1988 e contra a Lei 7.716 de 1989. Por isso, não somente combatamos os assédios, as discriminações, os estupros e os preconceitos, mas também os abortos, os bulllyings, os Comunismos, as corrupções, as Cruzadas, as eutanásias, os Feminismos, os genocídios, as injustiças, as Inquisições, os Machismos, os Nazismos, as pedofilias, as piratarias, os terrorismos, os trabalhos escravos e infantis e outros males e defendamos nossas Ambientalidades, nossos Desenvolvimentos, nossas Educações, nossas Justiças, nossos Patriotismos, nossas Saúdes, nossas Seguranças e nossos outros direitos constitucionais. Agradeço-lhes de todo o meu coração! Desejo-lhes um Próspero Advento de 2014! Obrigado!

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  4. Epidemia de assassinatos de brancos promovido pelo governo dos EUA. Brancos sendo mortos por negros em larga escala nos EUA, governo e elite lutam para que nada seja divulgado.

    http://nationalvanguard.org/2014/12/death-in-december/

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