domingo, 18 de maio de 2014

Porque é que as feministas criticam Ayaan Hirsi Ali?

Por Phyllis Chesler

Os professores da universidade Brandeis, que exigiram que Ayaan Hirsi Ali fosse "imediatamente" des-convidada, escreveram que "estamos cheios de vergonha pela sugestão de que as citações mencionadas em cima [de Hirsi Ali] expressam os valores de Brandeis." Os professores atacaram também Hirsi Ali pela sua "crença fulcral no atraso cultural das pessoas não ocidentais" e pela sugestão de que "a violência contra as raparigas e contra as mulheres é algo particular do islão." Os professores ressalvaram que tal ponto de vista "obscurece a violência semelhante que ocorre entre os não-muçulmanos, incluindo na nossa faculdade."

É exactamente isto que estes professores estão a ensinar aos mais de 4,000 alunos de Brandeis que assinaram a petição para rescindir o prémio dado a Ayaan Hirsi Ali.

Será que as meninas de 8 anos estão a sofrer mutilação genital em Brandeis, ou a serem forçadas para dentro de casamentos polígamos com homens suficientemente velhos para serem seus avós? Será que elas estão a ser forçadas a usar um véu ou a perder a vida por se recusarem a casar com primos de primeiro grau? Talvez elas estejam a ser executadas por terem sido violadas, ou por terem abandonado um casamento violento, ou talvez por darem a sua opinião?

Oitenta e sete professores, ou 29% da faculdade de Brandeis, assinaram esta carta. Estes professores ensinam Física, Antropologia, Estudos Judaicos e do Médio Oriente, Inglês, Economia, Música, Filme, Ciência Computacional, Matemática, Sociologia, Educação e Estudos Femininos e Estudos de Género. Quatro porcento dos assinantes ensina Antropologia, 6pct ensina Estudos Judaicos e do Médio Oriente, 9pct ensina Física, e 21pct ensina Estudos Femininos e Estudos de Género.

No meu livro, "A Morte do Feminismo", eu falo precisamente de coisas como esta, nomeadamente, do abandono das feministas da luta pelos direitos humanos universais, um foco maior no anti-racismo do que no anti-sexismo, e a luta em favor dum multiculturalismo mortífero. Estes feministas de Brandeis, tanto homens como mulheres, estão a defender o supremacismo islâmico (que não é uma raça) e a atacar uma mulher Africana Somali, que por acaso é uma heroína feminista.

Por diversas vezes que as feministas qualificaram Hirsi Ali de "islamofóbica" e de "racista" por defender os valores Ocidentais tais como os direitos das mulheres, os direitos dos homossexuais, os direitos humanos, liberdade religiosa, a importância da diversidade intelectual, etc.

O feminismo dos anos 60 e do princípio dos anos 70 que eu apoiava (ainda apoio) foi inicialmente tomado de assalto por Marxistas e pessoas "Estalinizadas". Depois disso, esse feminismo foi conquistado por islamistas e pessoas "Palestinizadas". Eu e uma minoria honrosa mantivemos uma posição minoritária num vasto leque de tópicos. Eventualmente, as mulheres deixaram de importar para as feministas - pelo menos não tanto tanto quanto os homens Árabes coloridos de Edward Said. Os homens Árabes são melhores vítimas visto que, não só eles foram "colonizados", como são actualmente "ocupados".

As feministas tornaram-se em relativistas multiculturais, e como tal, recusam-se a criticar outras culturas, mesmo a misoginia presente nelas.

Há já alguns anos que as feministas qualificam Hirsi Ali de "racista" e "islamofóbica"; elas são guiadas pelos mesmos equivalentes morais falsos que os professores de Brandeis apoiam. Isto é semelhante à falsa equivalência moral que a autora Deborah Scroggins fez quando ela comparou Hirsi Ali com uma tal de Aafiya Siddiqui no seu livro "Wanted Women. Faith, Lies, and the War on Terror: The Lives of Ayaan Hirsi Ali and Aafia Siddiqui" (2012).

Scroggins é muito mais simpática com a Aafia Siddiqui (nascida no Paquistão, educada nos EUA), que se tornou numa terrorista islâmica e uma mulher cheia de ódio aos Judeus (ela é conhecida como "Lady Al Qaeda") do que ela é com a apóstata Ayaan Hirsi Ali, que de forma eloquente opõe-se à jihad islâmica, ao apartheid sexual e religioso, e apoia o estado Judaico.

Siddiqui casou-se com o sobrinho de Khalid Sheikh Mohammed (KSM), um dos mentores do ataque de 11 de Setembro, e desapareceu no Paquistâo há já alguns anos. Depois disso, ela foi encontrada a divagar pelo Afeganistão - em Ghazni - onde foi presa por soldados americanos depois dela ter sido encontrada a transportar instruções para a construção de bombas e para a guerra química. Quando se encontrava em cativeiro, ela pegou na arma dum dos soldado e disparou contra ele.

E sabem que mais? Siddiqui recebeu um Ph.D. em Neurociência na Universidade Brandeis. Certamente que a universidade não pode ser culpada pelas suas acções, no entanto, segundo Scroggins, como uma estudante nos EUA, SIddiqui juntou-se à infame "Muslim Students Association" e foi enfeitiçada por um dos mentores de bin Laden que dirigia uma instituição de caridade em Brooklyn, New York. Esta é a mesma "Muslim Student Association" (uma organização associada à Irmandade Muçulmana e ao Hamas a operar nos EUA) que desempenhou um papel proeminente na campanha para des-convidar Hirsi Ali.

Scroggins ainda olha para Siddiqui como uma vítima. Siddiqui é uma muçulmana religiosa, velada até aos olhos, e foi condenada a 86 anos de prisão. Muitos muçulmanos olham para ela como uma  combatente da liberdade, e como tal, como uma pessoa inocente e injustamente aprisionada.

Scroggins - e o "des-convite" por parte dos professores de Brandeis - representam o ponto de vista típico dos esquerdistas: o Ocidente causou a jihad devido às suas políticas alegadamente imperialistas, colonialistas, racistas e capitalistas. Qualquer pessoa que não culpe o Ocidente, especialmente os EUA e Israel, é politicamente suspeito. Scroggins, tal como muitas feministas esquerdistas, não faz ideia nenhuma da longa e bárbara história de imperialismo, colonialismo, racismo, escravatura, apartheid sexual e religioso por parte do mundo islâmico.

Hirsi Ali defendeu o Ocidente, a democracia, os direitos das mulheres, os direitos humanos, a tolerância religiosa, etc, acima do islão a que ele foi exposta no Médio Oriente. Ela tornou-se apóstata, membra do parlamento Holandês, e, por fim, uma mulher que precisa de segurança 24 horas por dia devido às ameaças de morte que ela recebeu por parte de muçulmanos.

Mesmo assim, e por todo  livro, Scroggins pactua com a análise política de Aafiya e critica os pontos de vista de Ayaan. Só na última página do livro Scroggins admite que toda premissa da comparação "moralmente equivalente" tem falhas. Ela escreve:

Isto não quer dizer que elas são figuras equivalentes - moralmente ou de outra forma. Elas não são. Ayaan... luta apenas com palavras enquanto que as evidências levam-me a concluir que quase de certeza que Aafiya se encontrava a planear assassinatos durante os anos em que esteve "perdida", e provavelmente preparou um ataque biológico ou químico contra os EUA à escala do 11 de Setembro.

Eu fico na dúvida se os professores mencionados em cima iriam também simpatizar com Aafiya Siddiqui. Lamento a perda de uma universidade  activista, vibrante, independente e politicamente incorrecta.

* * * * * * *
Torna-se cada vez mais óbvio que esta atitude feminista de se colocar do lado do islão mesmo quando ele oprime as mulheres faz mesmo parte da sua estrutura moral. Essencialmente, as feministas são esquerdistas, e os esquerdistas odeiam a Civilização Ocidental (e o Cristianismo) mais do que eles valorizam as mulheres. Consequentemente, elas apoiam tudo o que ataca o Ocidente e o Cristianismo, mesmo que essa ideologia (islão) também ataque o que elas dizem defender.

Na verdade, o feminismo, os "direitos dos homossexuais", etc, são apenas desculpas que os esquerdistas dão para esconderem as suas verdadeiras motivações visto que "eu apoio o bem estar das mulheres/gays/minorias/" soa bem melhor do que "tenho ódio a tudo o que é bom e normal, e quero destruir a Civilização Cristã". Mas é por isso mesmo que é surpreendente.

É óbvio que se observarmos as suas tácticas, elas realmente pensam que a "opressão" imaginária que as mulheres ocidentais "sofrem" nas universidades ocidentais é maior do que a opressão genuína que as mulheres sofrem no mundo islâmico. Mas uma vez que o propósito do feminismo é esconder o ódio esquerdista a tudo o que é bom no mundo Ocidental por trás da falsa preocupação com as mulheres, elas são suficientemente espertas para não dizer publicamente o que elas realmente pensam. 

O feminismo, tal como o multiculturalismo e o movimento homossexual, nada mais são que armas de destruição social escondidas por trás de slogans falsos. A verdadeira natureza destes movimentos torna-se, portanto, absurdamente clara quando os seus aderentes se colocam do lado do islão, que enforca publicamente os homossexuais e sanciona o castigo de mulheres que são violadas mas que não consigam arranjar 4 homens para testemunhar em seu favor, e não do lado de quem resiste a essa mesma ideologia.

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3 comentários:

  1. Deputado missionário propõe lei contra a “marca da besta”
    O PL 7561/2014 quer impedir que os brasileiros recebam chips na pele

    http://noticias.gospelprime.com.br/files/2014/05/projeto-da-marca-da-besta.pdf

    Sei que não tem nada com o presente artigo, mas é interessante a divulgação.

    Abraços e obrigado.

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  2. olha só o título desse livro: "as mulheres mais perversas da História"

    http://livraria.folha.com.br/livros/de-mulheres/mulheres-perversas-historia-shelley-klein-1024094.html


    ...

    ResponderEliminar
  3. Uma autêntica vergonha!

    Isto é a triste herança da Escola de Frankfurt...

    Publiquei:

    http://historiamaximus.blogspot.pt/2014/05/porque-e-que-as-feministas-criticam_1354.html

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