domingo, 18 de setembro de 2011

Dawn Eden: Sou uma das muitas vítimas do feminismo e do sexo casual

Uma antiga groupie (mulher que acompanha bandas musicais durante as digressões) explica como ela veio a descobrir que a moralidade e a castidade fazem mais sentido do que o "amor livre".

A geração dos anos 60 pensava que tudo deveria ser livre. No entanto, alguns anos mais tarde, os hippies vendiam garrafas de água nos festivais de rock a 5 dólares cada.

Mas para mim o preço do "amor livre" foi ainda maior. Sacrifiquei aqueles que deveriam ter sido os melhores anos da minha vida pela mentira sombria do amor livre. Todo o sexo que alguma vez tive - e tive mais do que a minha conta - longe de trazer o relacionamento duradouro que buscava, apenas tornou o casamento uma miragem.

Não estou sozinha nesta forma de pensar. Podem-me incluir entre as insatisfeitas filhas da revolução sexual, um grupo contra-cultural composto por mulheres que se aperceberam que o sexo casual é uma mentira e estão a preferir permanecer castas.

Tenho 37 anos e como milhões de outras raparigas, nasci num mundo onde as jovens mulheres eram encorajadas a explorar a sua sexualidade. Isto era-nos apresentado como um facto feminista.

Durante os anos 60, a futura editora da Cosmopolitan Helen Gurley Brown perguntou "Pode uma mulher ter sexo como um homem?" Sim, disse ela, uma vez que "tal como o homem, [a mulher] é uma criatura sexual".

A sua perspectiva iniciou o lançamento de artigos em várias revistas femininas contendo coisas como "100 novos truques sexuais". Então, a feminista amante-do-sexo Germaine Greer afirmou que "as grupies são importantes porque elas desmistificam o sexo; elas aceitam-no como algo físico e elas não são possessivas em relação às suas conquistas." Como historiadora da música pop e filha da revolução sexual, aceitei o chamamento da Germaine Greer.

Enquanto eu era ainda ignorante da ordem formal da Greer para ter relações sexuais livremente, li o livro "I’m With the Band" - escrito pela super-grupie Pamela Des Barres (na foto com Keith Moon) - invejando a sua habilidade de absorver tudo o que era desejável nos roqueiros - a sua aparência, humor, criatividade e fama - sem perder parte alguma dela mesma nas suas inúmeras escapadelas com os mesmos.

Tentei imitá-la e acho que fui bem sucedida. De certa forma, o roqueiro em digressão era o meu parceiro sexual ideal . Com ele, eu poderia estabelecer intimidade passageira sem nunca ter que lidar com o [amor] genuíno (e a verdadeira rejeição que poderia ocorrer).

Mesmo sabendo no meu coração que a relação nunca iria funcionar, eu sentia à mesma que havia existido uma conexão mais profunda com o meu parceiro sexual.

Faz parte da natureza do acto sexual despertar emoções profundas em nós, emoções que não são bem vindas quando se tenta manter a relação leve e descomprometida. Nós poderíamos nos enroscar um ao outro, dar risadinhas ou adormecer nos braços um do outro, mas tanto eu como ele sabíamos que era tudo teatral.

Independentemente do que a Greer e a sua corja possa dizer, eu experimentei a sua filosofia - de que a mulher pode fornicar como o homem - e ela não funciona. Nós não estamos construídas dessa forma. As mulheres estão construídas para criar laços. Nós somos vasos que buscam preenchimento.

Por essa razão, por mais que nós tentemos nos convencer do contrário, o sexo vai deixar-nos com um vazio interior a menos que saibamos que somos amadas, que o acto [sexual] faz parte dum grande plano onde nós somos amadas por tudo o que somos e não apenas pelos nossos corpos.

Demorei muito tempo para me aperceber disto.

A nossa cultura - tanto nos média através de programas como "Sex in the City" e nas interacções diárias - avança de um modo asfixiante a ideia de que a luxuria é uma estação a caminho do amor. Não é. Isto deixou-me com uma frágil fachada incapaz de genuína intimidade.

A equivocada e hedonista filosofia força as mulheres a levar a cabo comportamentos que prejudicam ambos os sexos - mas são particularmente mais prejudiciais para as mulheres uma vez que as pressiona a subverter os seus desejos emocionais mais profundos.

As campeãs da revolução sexual são cínicas. Os seus corações de estanho sabem muito bem que sexo casual não faz a mulher feliz.

....

Numa noite do ano passado tive um jantar com um amigo - um jornalista inglês encantador que eu poderia namorar caso ele partilhasse a minha fé (não partilhava) e se ele estivesse interessado em casar (não estava). Ele fez-me várias perguntas sobre a castidade, chegando ao ponto de sugerir que, uma vez que há já tanto tempo que eu procurava alguém, eu poderia muito bem não encontrar o homem que tanto desejava.

"Isso não é bem assim" respondi eu.

As minhas hipóteses são melhores agora do que alguma vez foram uma vez que, antes de ser casta, eu procurava nos sítios errados. Só agora é que estou pronta para o casamento e tenho uma visão clara do tipo de homem que quero.Posso ter 37 anos, mas em termos de anos de busca de marido, eu tenho 22.


O artigo original revelou também como a Eden se converteu ao Cristianismo.
Hoje em dia vivo uma estilo de vida diferente. Ainda estou em contacto com os músicos mas é muito mais provável eu passar o meu tempo com coros de igreja.

Sou casta. A minha decisão de resistir ao sexo casual foi mais uma vez influenciada pela minha mãe - mas não da forma que ela inicialmente esperava.

Embora ela fosse judia, ela abandonou as suas crenças Nova Era em favor do Cristianismo quando eu era adolescente. Por essa altura eu não tinha planos para seguir esse caminho.

Da forma como eu via as coisas, os Cristãos pareciam-me uma massa sem cara, chata e que controlava o mundo.

Foi então que, num dia de Dezembro de 1995, enquanto eu fazia uma entrevista por telefone com o líder da banda de Los Angeles (os Sugarplastic) que lhe perguntei o que ele estava a ler. Ele respondeu "The Man Who Was Thursday" por G K Chesterton.

Adquiri uma cópia só por curiosidade e fiquei cativada. Passado pouco tempo eu comecei a lêr tudo o que Chesterton havia escrito, começando pelo livro "Orthodoxy" - a sua tentativa em explicar o porquê dele acreditar na fé Cristã.

Foi aí que me apercebi que havia algo de excitante no Cristianismo.

Continuei a ler Chesterton à medida que eu dissipava o meu antigo estilo de vida até que numa noite de Outubro de 1999 tive uma experiência hipnagógica - daquelas em que tu não sabes se estás acordada ou a dormir.

Ouvi a voz duma mulher a dizer "Algumas coisas não são supostas serem sabidas. Algumas coisas são supostas serem entendidas."

Eu ajoelhei-me, orei e eventualmente entrei na Igreja Católica.


Conclusão: mais uma mulher que esbanjou os seus melhores anos na realização do ideal feminista da "igualdade sexual"; foi retirada do mercado de casamento (tal como planeado pelo feminismo) e agora, com 37 anos, quer encontrar o homem certo.

Até pode ser que encontre, mas as hipóteses são muito menores agora do que eram quando tinha 22, 27 ou 30 anos.

As ex-feministas fariam um bem à sociedade se pegassem neste tipo de informação e a disseminassem de forma agressiva (mas respeitadora) entre a nova geração de feministas. Basta olhar para a forma como se vestem as mulheres de hoje para vêr que a esmagadora maioria delas vai fazer exactamente os mesmos erros que a geração anterior de feministas fez (e obter os mesmos resultados).

Mas sinceramente, não há motivos para pensar que surja entre as mulheres um movimento anti-feminista tão vocal como o movimento feminista. Espero estar enganado, mas acho que não estou.

Vêr também:

1. Colunista feminista chocada por descobrir que os homens não se querem casar com mulheres promiscuas

2. "Fui enganada pelo feminismo"

3. O amor que nunca vai ser expresso

4 comentários:

  1. Esse é o ponto: a mulher não nasceu para fazer sexo por sexo... ela é um ser especial preparada para o Homem com Amor, sem isso é totalmente impraticável. Não adianta querer mudar a natureza das coisas. Querer se igualar ao homem é o mesmo que pegar toda a construção da mulher e fazer virar pó, ainda mais no sexo. Deus fez o homem e a mulher bem distintos um do outro!

    Mulheres que praticam o sexo livre, mais dia/menos dia lotam as clínicas para tratamento psicológico. Muitas querem ser tão 'iguais' se mostrando para amigas e sociedade e, são tão liberais que quando deitam suas cabeças no travesseiro...choram pelo vazio da vida! É só olhar ao redor e vemos quantas mulheres infelizes existem.

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  2. Pat,

    Mulheres que praticam o sexo livre, mais dia/menos dia lotam as clínicas para tratamento psicológico.

    É exactamente isso que acontece com as raparigas novas que caem no erro de ter sexo enquanto novinhas.

    http://omarxismocultural.blogspot.com/2011/09/na-minha-casa-nao.html

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  3. " mais uma mulher que esbanjou os seus melhores anos na realização do ideal feminista da "igualdade sexual" " --> O negócio é o seguinte, em feminismo não tem igualdade, tem aumento de privilégios, tanto eu quanto vc sabemos disso, assim como posso GARANTIR que igualdade não é nada bom para a mulher... Justamente porque ela é naturalmente diferente do homem.

    Mas, se igualdade querem, igualdade teremos.

    Imagine, nós homens com todos os privilégios que mulheres tem judicialmente? Que maravilha, viva a igualdade.

    O que não aceito é essa coisa de feminismo vir dizer que " NÓS QUEREMOS SER IGUAIS! " quando querem mesmo é privilégios, ora, isto é claro perante os 3 poderes.

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  4. Pois é, mais uma que se cansou de negar a realidade e bateu a cabeça no MURO (na crença que se negar a existência de um MURO ela irá atravessá-lo). Só agora ,depois de muita pancada, começou a perceber que fantasiar um conto de fadas não é suficiente para que ele ocorra.

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