terça-feira, 1 de maio de 2012

A tradicional dualidade de critérios dos esquerdistas

Nos anos Bush qualquer episódio menos próprio que envolvesse soldados americanos era culpa do Presidente. Abu Ghraib foi o exemplo mais explorado pelos media (europeus e americanos, aqui não há diferença), apesar dos responsáveis terem sido punidos.

Mas nessa época, a responsabilidade terminava sempre em George W. Bush, qual diabo na terra. Com Obama tudo mudou.

Infelizmente, continuaram a aparecer em público condutas menos próprias de soldados americanos no Afeganistão (exemplo das fotos divulgadas esta semana pelo LA Times), mas o critério já não é o mesmo.

Agora a responsabilidade é apenas dos malvados soldados, mas nunca do Presidente. Este passa incólume, como se fosse nada com ele. Eu até penso que Obama não tem culpa pelos abusos cometidos, tal como W. Bush também não. Mas a duplicidade de critérios é inacreditável. Será que os media não coram de vergonha?

PS: Claro que ajuda à festa que a esquerda europeia, que anteriormente estava sempre escandalizada com tudo o que os Estados Unidos faziam, agora estar caladinha: seja por Guantanamo, aumento do esforço de guerra no Afeganistão, assassinatos de terroristas ou por estas situações menos próprias.

Se Mitt Romney for eleito em Novembro, voltaremos a ouvir falar esta gente.

* * * * * * *

Repito o que já disse aqui:

Isto tem muito a ver com a teoria da "tolerância selectiva" proposta pelo marxismo cultural. Segundo esta ideologia, a tolerância só se aplica a ideologias que podem directa ou indirectamente avançar com o movimento revolucionário.

Se uma forma de pensar for contrária ao movimento revolucionário, ela deve ser vítima de intolerância e crítica, mesmo que seja verdade.

Por exemplo, se um conservador diz que uma desproporcional percentagem do crime norte-americano é levado a cabo por membros da etnia negra, ele vai ser vítima de críticas e ataques pessoais, apesar disto ser factual.

Se um homem disser que, em média, os homens são melhores que as mulheres em algumas áreas da vida social e profissional (sendo as mulheres melhores em outras), isto será visto como "sexismo" e "descriminação", apesar de ser uma verdade auto-evidente.

Não se pode criticar a "igualdade" entre os sexos e nem a "igualdade" entre os comportamentos raciais porque o avanço do marxismo cultural depende destas mentiras.

Por outro lado, se um esquerdista acusar a Michelle Bachman ou a Sarah Palin ou o conservador negro Allen West de serem mentirosos, racistas e ignorantes, este tipo de atitude será desculpabilizada pela esquerda política visto que este comportamento ajuda o movimento revolucionário (críticas ao conservadorismo).

Por estas é que o Padre Paulo Ricardo diz o que diz neste vídeo.

No caso do Obama, e dos escândalos em torno dos soldados americanos, é por demais óbvio o porquê da esquerda militante americana e mundial não querer associá-lo com os mesmos: estamos em ano de eleições e Obama está muito fragilizado (tão fragilizado que ele tenta falar de tudo menos da economia e dos elevados preços dos combustíveis).

Ou seja, para além da normal dualidade de critérios que a esquerda militante usa no seu discurso, temos ainda o facto de Obama precisar mais do que nunca de ajuda da imprensa para tentar um segundo mandato na presidência.


3 comentários:

  1. Esta mordeu o namorado quando este desconfiou dela e lhe tirou o telemovel ...
    http://globalgrind.com/news/former-miss-new-hampshire-usa-nicole-houde-facing-assault-charges-details

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  2. Esta mordeu o namorado http://globalgrind.com/news/former-miss-new-hampshire-usa-nicole-houde-facing-assault-charges-details

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  3. No vídeo do link, fala-se de Hitchens como um esquerdista. Analisando friamente sobre ele, vê-se que a visão política hitchensiana é, no mínimo, polêmica. Mal visto por alguns esquerdistas, os quais ele chamou de "estalinistas sem remorso" e por eles foi chamado de neoconservador. Apesar, é claro, dele ser supostamente vinculado ideologicamente à esquerda política e ter sido marxista (trotskista) na década de 1970.Então o vejo mais como um pensador independente do que necessariamente um seguidor de agendas ideológicas utópicas. Não o percebo como um crente em coisas como mão invisível reguladora de mercado ou igualdade inconteste... Atos que sugerem isto:


    Ele defendeu a política externa bélica intervencionista de Bush;

    Era frequente por ele o uso do termo islamofascismo;

    Fez um compilado sobre as obras de George Orwell*, onde um capítulo nada politicamente correto é especialmente dedicado às feministas;

    Também há este vídeo feministamente incorreto com o Hitchens: http://www.youtube.com/watch?v=bpA7pfR0FIc


    *Autor de 1984, onde introduziu termos como duplipensar, polícia do pensamento e crimidéias, recorrente entre os "camaradas" do partido. Mesmo Orwell que, entusiasta do "socialismo democrático"(rsrs...), teve sua crença nele abalada após vislumbrar o socialismo real.

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