sábado, 8 de novembro de 2014

Mulheres são mais susceptíveis de preferir um homem como chefe

Por Vanessa Wong e Natalie Kitroeff

As mulheres que batalham para que haja uma presença alargada de mulheres nos níveis mais elevados da administração empresarial enfrentam pelo menos um obstáculo: a maior parte dos funcionários não as quer lá. Apenas 1/5 das pessoas inquiridas pela Gallup durante esta semana preferiu uma mulher como patrão, e não um homem. Um terço preferiu um homem como patrão, e os restantes não tinham opinião.

A pesquisa, que recolheu respostas junto de mais de 1,032 adultos a viver nos EUA, apurou que as mulheres eram mais susceptíveis que os homens de preferir um homem como chefe: 39% das mulheres queriam ser lideradas por um homem, comparados com os 26% de homens que preferiram ter um homem como patrão. Nos 60 anos que a Gallup já leva a cabo esta pesquisa, as mulheres nunca preferiram ter uma mulher como chefe.


A ausência de fé na liderança feminina junto de algumas mulheres pode estar parcialmente relacionada à amplamente propagada percepção negativa das mulheres em cargos de liderança, algo documentado em estudos científicos e pormenorizadamente no livro de Lean In, de Sheryl Sandberg (Directora de operações da Facebook).

Uma crescente pilha de evidências sugere que as mulheres não confiam, e podem minar, o trabalho de ouitras mulheres. Numa pesquisa levada a cabo em 2010 junto de 142 secretárias legais, nenhuma preferiu trabalhar para uma mulher (cerca de 47% não tinha preferência). Um post do blogue HBR ressalva que os homens ainda dominam a industria legal, e se "tens como plano engatar o teu vagão a uma estrela em ascenção, os homens são a melhor aposta."

Uma pesquisa de 2011 apurou que 95% das mulheres sentia que havia sido minada por parte de outra mulher pelo menos uma vez durante a sua vida profissional. Num estudo de 2008, as mulheres que trabalhavam para supervisoras sofriam mais stress do que aquelas que trabalhavam para homens supervisores, reportou o Wall Street Journal.

Um dos motivos que pode levar a que as mulheres desconfiem uma das outras é o facto de poderem sofrer sanções por se ajudarem mutuamente. Um estudo de Julho levado a cabo junto de centenas de mulheres executivas apurou que as mulheres seniores que trabalham de modo a avançar as carreiras de outras mulheres recebem avaliações mais negativas por parte dos seus superiores.

Seria tentador assumir que a tendência irá mudar à medida que a geração mais jovem ascende nos rankings, mas os dados da Gallup sugerem, no entanto, que muitos que fazem parte da geração milenar [aqueles que atingiram a idade adulta por volta do ano 2000] continuarão a preferir não ter uma mulher em cargos de liderança. 



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As mulheres são mais susceptíveis que os homens de preferir ter um homem como chefe (e não uma mulher). De que forma é que as feministas tencionam resolver este "problema"?

Como sempre, o feminismo encontra-se repleto de inconsistências internas (algo comum nas ideologias que não acreditam numa verdade absoluta): se as próprias mulheres não querem ter mulheres como chefes, então de que forma é que uma verdadeira feminista pode apoiar a ideia de que deveriam existir mais mulheres chefes? Certamente que o feminismo não pode ser uma ideologia que força as mulheres a aceitar coisas que elas não querem.

Para as pessoas que estão mais alertas em relação à psicologia feminina, não existe qualquer tipo de dicotomia: as mulheres estão sempre em competição intra-sexual e como tal, dentro do ambiente de trabalho as mulheres olham para as outras mulheres como rivais pela atenção masculina. Para além disso, é mais difícil para uma mulher assegurar a sua posição tendo uma mulher como chefe do que tendo um homem.


Portanto, sempre que o movimento feminista exigir a presença mais mulheres em cargos de liderança, temos que levar em consideração que essa posição não é mantida pela maioria das mulheres.






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