sábado, 21 de dezembro de 2013

Remoção de neve sob orientação do feminismo ameaça Estocolmo?


Será boa ideia limpar primeiro a neve das áreas "femininas", tais como paragens de autocarro e infantários, antes das estradas "masculinas" que terminam nesses sítios? Sim, alega o vice-presidente da comissão de tráfego de Estocolmo, Daniel Helldén (MP), escolhido para organizar a estrutura de poder de género [sic] no tráfego da cidade sueca. Esta igualdade na remoção da neve, que foi já iniciada no município de Karlskoga, é proposta por Helldén para que ela seja aplicada em Estocolmo. "Quanto mais cedo, melhor.", disse Helldén ao SvD.

A "Autoridade Local e das Regiões" [SKL, em sueco] produziu um vídeo descrevendo as questões de género [sic] e mostrando como as estradas principais são limpas antes das bermas e antes das zonas públicas para uso dos peões. O SKL informa que, uma vez que as mulheres caminham, andam de bicicleta e usam mais os transportes públicos do que os homens (que andam mais de carro), a remoção de neve municipal tem consequências diferentes para os homens e para as mulheres.

O SKL enfatiza Karlskoga como modelo, que actualmente deixa para o fim a limpeza das ruas com muito tráfego - e a limpeza das estradas - como forma de remediar a questão de género [sic]. Segundo as medidas que estão em estudo, as paragens de autocarro e os jardins de infância terão prioridade.

O município de Karlskoga analisou a forma como a neve era removida a partir duma perspectiva de género [sic] e apurou que as zonas tipicamente "masculinas" tinham prioridade. Inicialmente eram limpas as estradas - geralmente, à noite, quando poucos camiões passavam - e depois das estradas circulares [inglês: "ring roads"], as estradas de maiores dimensões eram limpas - especialmente aquelas que acabavam em zonas laborais maioritariamente masculinas. Depois disso, ressalva a SKL, eram limpos os passeios e as ciclovias "revelando uma prioridade do município pela remoção das áreas masculinas em detrimento das áreas femininas."

Karlskoga decidiu que os infantários e as paragens de autocarro seriam limpas primeiro, e que as avenidas principais e outras áreas com tráfego intenso ficariam para o fim. Desta forma, o município espera que haja um menor número de pessoas afectadas nos passeios do que no tráfego.

Existem, no entanto algumas questões: se as vias "masculinas" não forem limpas primeiro, podem surgir alguns problemas quando os autocarros chegarem às paragens ou quando os pais forem deixar os seus filhos nas creches. Mas o município de Karlskoga afirma que isso não é problema. Stina Kållberg, porta-voz do município de Karlskoga, afirma:

Obviamente que surgiram alguns comentários em torno da forma como as pessoas sentem que a remoção da neve se tornou pior, mas isso é inevitável.

Daniel Helldén propõe que a metodologia de remoção da neve seja imposta em Estocolmo, usando Karlskoga como modelo. Falando para o jornal sueco "Svenska Dagbladet", Helldén diz:

A cidade ficará disponível para todos. Actualmente, a prioridade são as vias de maiores dimensões. A remoção de neve segundo o género [sic] pode ser necessária para a próxima época de Inverno.

 O Conselho de Trânsito irá debater este assunto na Quinta-Feira, onde, entre outras coisas, existe o apoio da Esquerda (claro!).

Segundo a "Swedish Radio", o município de Huddinge já tem a remoção de neve segundo o género [sic] e as paragens de autocarro e outras áreas "femininas" são agora limpas "antes das estradas principais como forma de facilitar o acesso às utilizadoras femininas".

Na internet, várias questões têm surgido. Um comentador, que assina com o nome "Frederick", escreveu o seguinte no artigo da "Swedish Radio":

A neve da paragem de autocarro é limpa em primeiro lugar mas nenhum autocarro chega lá visto que a remoção de neve feminista não se aplica à estrada em si.

Outro comentador com o nome Kjell escreve:

Vamos ter que ir trabalhar com um buggy [transporte para terrenos arenosos como a praia] e não com um carro normal.


Espera-se que a proposta de género [sic] afecte de modo mais negativo os homens do que as mulheres, e eles já se encontram numa posição mais vulnerável. Anualmente, mais de 500 pessoas morrem no trânsito, e segundo estatísticas oficiais, 75% são homens. A maior parte dos acidentes ocorre entre Dezembro e Março, isto é, durante o ponto mais alto do Inverno.

Fonte: http://bit.ly/19xIbOU

* * * * * * *

Isto é o que se chama de "sabedoria feminista": limpar as paragens de autocarro primeiro, e deixar para o fim as estradas que dão acesso a essas paragens.



3 comentários:

  1. Há algum tempo que leio um pouco da história da humanidade bem como das grandes civilizações.

    Sempre li que as civilizações apresentem 5 fases: início, desenvolvimento, apogeu, declínio e fim.

    Podemos dizer que a nossa grande civilização ocidental teve seu início cultural à partir do fim da civilização romana que apresentou essas 5 fases durante toda sua existência.

    O que de certa forma me impressiona nesse declínio atual de nossa civilização ocidental é que o mesmo não está se realizando através de uma guerra ou de um perigo iminente mas sim, de uma total desconstrução de tudo aquilo que as gerações passadas decretaram como fatos e conceitos consumados, não admitindo réplicas ou tréplicas.

    Sinto que estamos chegando a um nível de absurdidade em nossos conceitos e visão de mundo que chega a nos parecer até mesmo loucura generalizada mas será que também o cristianismo não foi visto em seu início como loucura generalizada por aqueles que ainda respeitavam as tradições da época?

    Não faço ideia do maravilhoso mundo novo que surgirá diante de todas essas loucuras atuais mas tenho certeza de uma coisa: à cada avanço que fizemos na civilização houve algum tipo de perda em nossa qualidade de vida, ou seja, mais neuroses vieram se acrescentar àquelas já existentes para permitir ao homem velho se adaptar ao mundo novo.

    Por isso eu me pergunto: o maravilhoso mundo novo valerá a pena? Será que valerá a pena desenvolvermos novas neuroses para vivermos nesse mundo?

    O que penso de verdade sobre esse assunto é que diante de uma superpopulação planetária que já ultrapassa 7 bilhões de almas a natureza começa a provocar nos indivíduos da espécie certas motivações auto-destrutivas como aquelas dos lemingües que se suicidam numa marcha para o oceano depois que um certo número de indivíduos começa a sobrecarregar o ecossistema.

    Na verdade, nossa civilização está se suicidando e procurando razões racionais ou irracionais para isso.

    Esse negócio de acabar-se com as guerras é um tiro no próprio pé da civilização pois a guerra sempre teve o papel de sanear e diminuir o peso de uma população numerosa sobre o ecossistema.

    Enfim, acho que esse processo de autodestruição da civilização já é um processo irreversível e somente terminará quando um certo número aceitável de indivíduos bastante inferior ao de hoje for alcançado tornando a vida no planeta sustentável.

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  2. E em nome dessa medida doentia, pode até aumentar os riscos de acidentes de trânsito.

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  3. "A neve da paragem de autocarro é limpa em primeiro lugar mas nenhum autocarro chega lá visto que a remoção de neve feminista não se aplica à estrada em si."

    Excelente. Agora os ônibus de transporte públicos serão substituídos por tratores. Porque não pensamos nisso antes? Só a Suécia mesmo para ser essa fonte de "luz" para o mundo, mostrando como até mesmo a remoção da neve é uma questão de gênero.

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