sábado, 26 de dezembro de 2015

As mulheres estão a superar os homens mas não onde realmente conta

Por Martin van Creveld

Levando em conta as notas, primeiro nas escolas e depois nas universidades, as mulheres estão a superar os homens. Para alguns, este facto, que supostamente chega depois de milénios de subjugação e opressão, é uma bênção. Mas outros há que olham para este facto como um sinal de perigo que aponta para a feminização da sociedade que, sob o risco de perder a competitividade com outras nações mais viris, é algo que tem que ser evitado a todo o custo.

Mas é isto verdade?

Cinquenta e dois anos depois de Betty Friedan ter levantado o estandarte da revolta, só 5% dos chefes de estado são mulheres; segundo a lista da Forbes relativa aos 10 executivos empresariais mais bem pagos dos Estados Unidos, nenhum deles é uma mulher. Olhando mais abaixo na lista, a situação não é muito diferente. A diferença de rendimento é tão grande hoje como o era no tempo dos Romanos onde, levando tudo em conta, as escravas valiam cerca de 2/3 dos que valiam os escravos.

Factos semelhantes poderiam ser citados indefinidamente, e eles mostram que, hoje, e como sempre foi o caso, quanto mais nós subimos na hierarquia, menos mulheres encontramos. Se levarmos a cabo alguns cálculos, e assumido que a tendência actual se mantém, só no espaço de 150 anos é que a diferença de rendimento terá o seu fim. Isto, claro, se isso algum dia vier a acontecer, algo que eu duvido muito.

Como é que podemos explicar estes factos? A interpretação padronizada, avançada por inúmeros feministas um pouco por todo o mundo, é discriminação. Esta ideia tem a vantagem de conferir às mulheres a oportunidade de se sentarem num ponto moralmente mais elevado. Para além disso, esta explicação permite também que as mulheres perturbem e cheguem até a intimidar os homens - dentro e fora dos tribunais; há poucas coisas mais difíceis de refutar, e poucas coisas mais susceptíveis de destruir a carreira profissional dum homem, que a acusação de ter discriminado uma funcionária.

A dificuldade com este argumento é que em todos os países desenvolvidos as mulheres são a maioria da população. A sua percentagem dentro do número de pessoas a trabalhar está também muito próxima da percentagem masculina. A forma como, dentro duma democracia, a maioria pode discriminar uma minoria é fácil de explicar; partes da Constituição Americana foram feitas precisamente para impedir isso. Este facto faz com que a explicação seja pouco provável. A menos que - como vamos ver de seguida, vamos ver que há motivos para pensar assim - sejam as próprias mulheres a discriminarem-se a elas mesmas.

Seguem algumas possíveis explicações:

1. As notas não significam assim tanto como as pessoas pensam.

Se sim. porque é que há mais de um século as mulheres têm tido melhores notas que os homens? Pode-se alegar que as qualidades necessárias para se ter sucesso na escola - principalmente a habilidade de ficar quieta e a habilidade de repetir o que o professor diz - são muito diferentes das qualidades necessárias para se triunfar na vida. Levemos em conta as carreiras de pessoas muito bem sucedidas tais como Bill Gates e Steven Jobs, duas pessoas que abandonaram a universidade antes de mudarem o mundo.

Ou ainda o caso de George Bush, Jr., um aluno medíocre que, é dito, só conseguiu terminar o curso em Harvard devido ao dinheiro do pai; e muitos outros exemplos poderiam ser citados, tanto do passado como do presente.

2. Nas escolas, tal como nas universidades, as mulheres tendem a escolher áreas que estão associadas a rendimentos mais baixos.

Estas são as áreas das humanísticas, áreas de ensino, trabalho social, e assim por adiante - áreas que são, ou pelo menos são vistas, como fáceis e "macias". Isto causa a que, e tal como dito por um estudioso, "as evidências à nossa disposição indiquem que as mulheres são menos conhecedoras que os homens em áreas da finança pessoal, e estes achados parecem ser verdade para uma variedade de populações."

As tentativas de se mudar esta situação, motivando as mulheres a seguir carreiras dentro da ciência e da tecnologia, remontam pelo menos até aos anos 30, quando Estaline tentou, sem sucesso, usar o seu punho de ferro em favor destas iniciativas.

3. Em média, e obviamente em relação aos homens, as mulheres são menos competitivas e menos motivadas a serem "bem sucedidas".

Um motivo possível para isto é o facto delas terem menos testosterona nos seus corpos; outro, que elas podem sempre escolher sair do mercado de trabalho encontrando um homem que pague a renda. O contrário não acontece. As estatísticas claramente mostram que casamentos onde a mulher ganha mais que o homem são muito mais susceptíveis de acabar do que aqueles onde isso não acontece. Citando as palavras dum conhecido meu, "por duas vezes me casei com uma mulher que ganhava mais do que eu - e por duas vezes elas divorciaram-se de mim"

4. Continuando com este argumento, Douglas Kinnaird, director-administrativo de consultoria de recrutamento da "MacDonald Kinnaird", alega que as mulheres estão-se a discriminar a elas mesmas:

"Cinquenta e três porcento dos advogados licenciados são mulheres, e 52% dos contabilistas licenciados são mulheres. Em média, durante os últimos 25 anos, a resposta feminina que temos tido às propostas de emprego publicitadas é na ordem dos 3.7%; portanto, por cada 100 candidatos de empregos, só 3 são mulheres. Para mim, isto revela que as mulheres estão-se a discriminar a elas mesmas."

[Ed: Seria interessante saber para que tipo de emprego as outras mulheres contabilistas e advogadas se estão a candidatar]

5. Sheryl Sandberg, Directora de Operação dentro da Facebook, e uma das poucas mulheres que se tornou bilionária por mérito próprio, explica que há três motivos que explicam o baixo número de mulheres em posições empresariais de topo.

O primeiro é o bom velho chauvinismo masculino. Os homens não queriam contratar mulheres, mas, e de modo fascinante, em alguns casos, as mulheres não queriam trabalhar para outras mulheres. Elas lá devem ter os seus motivos.

O segundo motivo era o de que, quando a proposta de emprego surgia internamente, as mulheres não se candidatavam; isto de certa forma ajusta-se bem com o ponto anterior.

O terceiro motivo era o de que a maior parte das pessoas avança nas empresas porque há um mentor que lhes prepara o caminho e lhes encoraja. No entanto. os homens de escalão mais elevado já não estão disponíveis para fazer isto junto das mulheres jovens devido às possíveis fofocas, ou pior. Vejam mais sobre isto no meu post com o título de “Here They Go Again,” do dia 28.5.2015.

6. Ainda existem, na nossa sociedade, muitos empregos que exigem força física, capacidade para lidar com o lixo, e disposição para enfrentar o perigo.

O número de mulheres que entram nestes empregos é virtualmente nulo; isto permite que homens com menos educação formal façam mais dinheiro, até mesmo mais dinheiro que mulheres com melhores qualificações profissionais.

7. A vontade de engravidar, dar à luz, e educar crianças, sob pena de se tornar um dos pontos mortos da natureza., ainda é muito forte.

É verdade que a idade em que as mulheres têm o primeiro filho está a subir, mas mesmo assim, 4 em cada 5 mulheres irá ter um ou mais filhos a dada altura das suas vidas, e irá investir tempo e energia a educá-los. Isto explica o porquê das mulheres, que durante a fase inicial das suas carreiras ganham o mesmo que os homens, tenderem a ficar para trás com o passar do tempo. Isto também explica o porquê das mulheres "mais bem sucedidas" serem mais susceptíveis de terem menos filhos.

8. Cada vez mais homens estão a abandonar uma sociedade que eles consideram estar em rota de auto-destruição, preferindo em vez disso observar as coisas de longe [termo em inglês é "going GALT"].

Eles não vão para a universidade, eles não buscam uma carreira, e recusam-se a casar. Tal como era o caso na maior parte da África pré-moderna, e com relativa frequência continua a ser o caso nos dias de hoje, eles formam uniões temporárias com as mulheres - com o nome de “hooking up” - antes de as abandonarem com os filhos que elas podem vir a ter (ao mesmo tempo que eles passam de uma mulher para a próxima).

O resultado disto, nas palavras da autora Ruth Sidel, é "as mulheres e as crianças ficam para o fim". Deixadas sem protecção masculina, essas mulheres são as mais pobres e as menos bem sucedidas de toda a população.

Resumindo: as mulheres podem estar a ter melhores resultados nas escolas, mas elas não estão a ter melhores resultados onde realmente interessa, isto é, na vida. É assim que as coisas estão, e assim que as coisas vão ficar por mais algum tempo.
~ http://bit.ly/1mDhJwQ



segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

O porquê dos governos darem o seu apoio ao feminismo (4ª Parte)

Por Angry Harry  - 4ª e Última Parte do artigo iniciado aqui.

Mas quem é que pode ficar surpreso com isto, dado que milhões de funcionários governamentais com enormes recursos, e milhões de recipientes de benefícios [estatais] tendem a promover os seus interesses em não os interesses das "empresas" ou das "pessoas"?

Há cem anos atrás as coisas eram bem diferentes; a quantidade de impostos era minúscula, as regras e as regulamentações eram poucas, e o número de funcionários governamentais e de recipientes governamentais era pequeno.

Devido a isso, por exemplo, quando o governo distribuía dinheiro aos seus funcionários como forma de avançar com um plano específico, os esforços destes funcionários, a sua habilidade de influenciar as pessoas, e o número de votos com os quais os funcionários do governo - eles mesmos - poderiam contribuir para as eleições eram relativamente pequenos quando comparados com o que "as pessoas" poderiam fazer em tais áreas.

Mas hoje em dia, estes funcionários governamentais têm cerca de 20% dos votos, e têm também recursos que são absolutamente inexpugnáveis. De facto, e como forma de salientar este ponto, imaginem que vocês têm, à vossa disposição, mil milhões de dólares anuais para distribuir a quem quer que vocês queiram.

E, mais ainda, imaginem que, todos os anos, vocês distribuem este milhar de milhões junto de pessoas cujo trabalho serve de apoio a um grupo activista. Vocês podem imaginar o quão grande seria o impacto que este grupo activista causaria por todo o país. Tudo isto com mil milhões de dólares.

Mas, actualmente, e como forma de obterem algum tipo de vantagem com isso, os Joe Bidens do mundo distribuem anualmente milhares de milhões de dólares junto de funcionários governamentais como forma de beneficiar recipientes que são mais susceptíveis de apoiar "o governo". E a consequência disto tem sido o facto dos governos ocidentais terem sido bem sucedidos em enganar o público e levá-lo a acreditar em - e a "votar" em - ideias e noções que são, de facto, para o benefício exclusivo do governo, e não para o benefício das pessoas (sendo a destruição dos relacionamentos apenas um exemplo disto).

De facto, quando falamos de assuntos relacionados com os homens, já vimos os governos de Ocidente de todas as persuasões a mentir, a falsificar, a enganar, a ignorar, a bloquear, e a cometer fraudes em tantas áreas - sempre em direcção ao aumento de problemas para os homens, para as mulheres, e para as crianças quando o assunto são os relacionamentos - que é simplesmente impossível evitar a conclusão de que a destruição dos relacionamentos entre as pessoas é um dos grandes objectivos dos governos ocidentais.

E o motivo por trás disto é bem óbvio.

Tal como falei previamente em relação à nossa idílica sociedade fictícia, destruir os relacionamentos entre as pessoas gera uma mina de ouro absoluta para os governos; é como ganhar na lotaria para sempre. E, obviamente, há muitas outras formas através das quais os governos podem promover a destruição dos relacionamentos - formas que vão para além daquelas que envolvem relacionamentos próximos.

Por exemplo, o encorajamento da imigração em excesso causa a que os relacionamentos dentro das comunidades se tornem mais ténues e incertos. E, claro, o governo irá beneficiar com isto como consequência da crescente desarmonia e da crescente incerteza que isto gerará. Para além disso, o governo lucrará com isto quer se dê o caso dos imigrantes serem produtivos ou não serem produtivos:

- Se eles forem produtivos, o governo pode obter mais dinheiro través dos impostos.
- Se eles não forem produtivos mas improdutivos e disruptivos, então o governo pode desta forma justificar a cobrança de mais impostos e justificar o aumento de poder como forma de lidar com os consequentes problemas.

Portanto, a imigração em excesso também é uma forma do governo obter vantagens em qualquer dos cenários. O propósito central por trás disto tudo claramente é o de destruir (o quanto for possível) qualquer sentido forte de coesão e/ou segurança que as pessoas possam obter umas com as outras.

De facto, as formas através das quais esta lotaria perpétua pode ser ganha estão a ficar cada vez mais reconhecidas e apreciadas pelos governos de todo mundo - e é por causa disso que o feminismo e as políticas feministas estão a ser adoptadas de forma tão ávida por eles - e de forma bem rápida. Vez após vez podemos ouvir falar dum político nos EUA a promover alguma noção inspirada pelo feminismo numa Segunda-Feira, e na Quarta-Feira a mesma noção a ser proposta por outro político na Europa ou na Ásia.

Isto acontece desta forma porque os políticos maduros e os activistas sabem de onde lhes vem o poder, e milhões deles hoje sabem que qualquer noção - qualquer regra, regulamento, política ou lei - que encoraja a que os relacionamentos sejam destruídos traz-lhes sempre mais benefícios, ao mesmo tempo que qualquer coisa que encoraje as pessoas a ficarem próximas umas das outras [tais como o casamento] é mais susceptível de empurrar o governo - e com isso os empregos governamentais - para longe.

Um bom exemplo disso é o meu artigo com o título de "Feminists Destroy the Planet" onde é salientado que o [então] Primeiro-Ministro Britânico Gordon Brown deu entrada a uma vasta gama de políticas que tinham em vista a redução de emissões de carbono como forma de combater o aquecimento global - alegadamente "o assunto mais importante dos nossos dias" - mas nem por uma vez ele lidou com o facto da tendência crescente das pessoas viverem sozinhas ter um impacto negativo maior junto do ambiente - e de muitas formas, não só devido às resultantes e maiores emissões de carbono.

E o motivo pelo qual Gordon Brown nunca fará algo - quer seja retoricamente ou através das suas políticas - que encoraje as pessoas a viveram juntas é porque ele sabe muito bem que quanto mais as pessoas viverem em segurança umas com as outras, menos irão precisar do governo. E, claramente, esta necessidade do governo é muito mais importante para ele do que o que ele, pessoalmente, disse ser  "o assunto mais importante do nosso tempo".

De maneira nenhuma isto poderia ser mais óbvio. Para Gordon Brown, manter a crescente tendência das pessoas viveram longe umas das outras é mais importante que reduzir as emissões de carbono, apesar de toda a retórica em torno desta última ser uma questão com importância planetar. E certamente que isto nos dá uma ideia do quão importante é para os governos ocidentais a destruição dos relacionamentos inter-pessoais.

De facto, os políticos do ocidente, bem como milhões de funcionários governamentais, ficariam horrorizados se de repente as pessoas se começassem a dar bem umas com as outras. E é por isso que os governos ocidentais gostam tanto do feminismo visto que esta ideologia é o martelo perfeito com o qual esmagar os relacionamentos.

Resumindo:

1. A destruição dos relacionamentos é uma mina de ouro para o governo e para os funcionários governamentais. O feminismo é, portanto, uma ideologia que serve de forma perfeita os interesses dos governos ocidentais, bem como os interesses seus funcionários.

2. Actualmente, os governos encontram-se imensamente enormes, com os políticos a serem capazes de dar milhares de milhões de dólares (anualmente) a funcionários do governo, estando estes muito dispostos a promover os seus próprios serviços - que eles farão com sucesso - particularmente se adoptarem o propósito principal feminista de destruir os relacionamentos inter-pessoais.

3. É inconcebível pensar que estes funcionários do governo não irão usar a sua enorme influência para se servirem a eles mesmos.

4. É absolutamente inegável que os governos ocidentais têm, através dos anos, investido uma parte considerável da sua energia, e gasto milhares de milhões de dólares dos nossos recursos, a criar e a promover leis, políticas, e propaganda que foi especificamente feita não só para dificultar a criação de relacionamentos pessoais próximos, como também para dificultar a sua manutenção.

De facto, a [então] líder do Partido Trabalhista Harriet Harman declarou publicamente que o casamento é "irrelevante" para a política pública, e chegou a qualificar a elevada taxa de relacionamentos destruídos como uma "desenvolvimento positivo". (Tal como todas as feministas, ela acredita que os relacionamentos estáveis entre os dois sexos oprimem as mulheres).

A única conclusão realista a que se pode chegar disto tudo é que, no que toca aos relacionamentos inter-pessoais, os governos ocidentais, bem como os funcionários do governo, buscam de forma intencional destruir tais uniões o quanto for possível.

NOTAS FINAIS:

1. As pessoas sentem dificuldade em acreditar que os funcionários do governo tendem a ser maliciosos para com o seu próprio povo ao darem o seu apoio a políticas e a  noções que irão prejudicar esse mesmo povo. Há duas coisas que podem ser ditas em relação a isto:

Primeiro: Não tenho dúvida nenhuma na minha mente que muitas pessoas que se encontram no ponto mais alto do governo e no ponto mais elevado dos departamentos governamentais são maliciosas - frias, insensíveis e maliciosas. E estas pessoas normalmente sabem que estão a prejudicar o seu próprio povo, mas para elas isto é insignificante. Dito de outra forma, elas não se importam com isto visto que a sua única preocupação é, de alguma forma, servirem-se a elas mesmas.

Um bom exemplo disto é a forma como muitos políticos e os funcionários do governo - que deveriam saber destas coisas - há muito tempo que têm evitado discutir a questão das crianças que crescem sem um pai, apesar disto estar claramente a ter um efeito sério junto de muitas pessoas, bem como junto da sociedade como um todo.

Obviamente que discutir isto não interessa a estas pessoas, e porque é que interessaria? Afinal, isto [ausência duma figura paterna na vida da criança em idade de crescimento] dá-lhes emprego, dinheiro, reformas, etc, etc.

Outro exemplo é a forma como, através dos anos, os educacionalistas escolheram ensinar as crianças a ler usando um dos métodos menos eficazes de sempre - um método que se veio a saber colocar em desvantagem os nossos rapazes e a nossas raparigas no que toca a leitura, mas que se sabe colocar mais em desvantagem os rapazes.

Para mim é inconcebível que os educacionalistas dos escalões mais elevados não estivessem cientes da degradação das habilidades de leitura que estavam a ocorrer com o passar dos anos, como consequência do uso de métodos de aprendizagem ineficazes (isto é, a degradação contínua estava a ser escondida), e também é inconcebível para mim que eles não soubessem que os seus métodos de aprendizagem eram ineficazes (particularmente para os rapazes).

Na minha opinião, no que toca à leitura, o método de aprendizagem - bem como uma vasta gama de iniciativas educacionais que foram colocadas em práctica com o passar dos anos, para perda grande dos rapazes - foi, na verdade, criado com o propósito de fragilizar o progresso educacional dos rapazes em relação ao progresso educacional das raparigas.

E se isto é difícil de acreditar, levem em conta que estes mesmos educacionalistas, que durante décadas se encontravam imensamente preocupados com a ausência de exemplos femininos nos locais de trabalho, estão, agora, a dizer que os exemplos masculinos dentro dos centros de ensino (isto é, a presença de mais homens como professores) não é importante.

Para além disso, recentemente, aqui no Reino Unido, tivemos políticos e professores esquerdistas a dizer que nada deveria ser feito para ajudar os rapazes a chegar ao nível das raparigas. Até a assim chamada "Equal Opportunities Commission" está a dizer isso mesmo (por exemplo, vejam o que se encontra no Times, Stop Helping Boys, says Equality Watchdog.

E a pergunta que eu faço com frequência é quantas mais evidências vão ser necessárias até que as pessoas se apercebam que os governos - especialmente os governos esquerdistas - estão a fazer de tudo para destruir as nossas sociedades - tendo como alvo principal os homens dessas sociedades - e que esses governos estão a fazer isso para benefício próprio.

Eu poderia, obviamente, disponibilizar muitos mais exemplos que - para mim - são evidências irrefutáveis de que muitas das pessoas que trabalham para o governo são maliciosas e egoístas, mas vou parar por aqui, e salientar apenas que, quando se avaliam as suas genuínas atitudes em relação ao "povo", a falta de preocupação que os governos ocidentais têm em relação à ausência duma figura paterna na vida da criança em crescimento, bem como a falta de preocupação desses mesmos governos em relação à educação pobre que os rapazes estão a receber, não pode ser descrita de outra forma a não ser de "maliciosa".

Para além disso, as consequências de não fazermos nada para resolver estes dois problemas em especial custa-nos centenas de milhares de milhões de dólares todos os anos no Ocidente, e significa a infelicidade para milhões de famílias. No entanto, os governos lucram imenso com isso, e as pessoas que se encontram no topo sabem disso muito bem. (Para mais evidências de que os funcionários governamentais são frequentemente enganadores e maliciosos, leiam o meu artigo com o título de Do Not Respect Them.)

Segundo: Certamente que é verdade que a vasta maioria dos "funcionários do governo" não têm ideia nenhuma dos danos que eles podem causar às pessoas ao darem o seu apoio e ao promoverem o "governo" - especialmente os governos corruptos, que é o que a larga maioria deles são hoje em dia. O que estes funcionários sabem tende a ser bem pouco e restrito, e eles tendem a só saber o que eles precisam de saber como forma de executarem as suas funções específicas.

No entanto, existem centenas de milhares de funcionários nos pontos mais elevados que farão um pouco de tudo para obterem algum tipo de vantagem para si. Por exemplo, os oficiais policiais de escalão mais elevado irão desejar impressionar os seus suseranos políticos obtendo o maior número possível de condenações por violação. Eles irão tentar obter a maior pontuação possível proclamando que "muito mais tem que ser feito" para se apanharem mais violadores. E eles irão exigir cada vez mais recursos.

Estes oficias policiais não irão admitir publicamente que, de facto, a vasta maioria de acusações de violação que lhes são apresentadas são falsas visto que tal admissão iria fragilizar a sua posição. 

Devido a isto, por todo o mundo ocidental, com a presença de milhares de oficias policiais de escalão mais elevado a tentar impressionar os seus chefes, e com muitos outros milhares a querer mais recursos para os seus departamentos, o efeito deles fazerem força aqui e ali (isto é, a exagerarem, a mentirem em relação aos factos, etc, etc) em direcção ao objectivo de quererem um pouco mais para si mesmos, tudo isto gera uma força enorme.

Esta força gigantesca pode ser tão prejudicial para a sociedade como um todo, ou para um grupo particular dentro dele, que a sua natureza pode ser maliciosa, embora os indivíduos que a estejam a criar (neste caso, os oficiais policiais) não tenham como propósito específico serem maliciosos. Eles podem apenas e só servirem-se a eles mesmos ao distorcerem, por exemplo, alguns assuntos e alguns tópicos.

Mas é exactamente isso que acontece em todos os departamentos governamentais. As pessoas que os gerem querem mais dinheiro, mais poder, mais influência, mais segurança, mais status, mais respeito e melhores perspectivas. E, consequentemente, eles tendem a fazer de tudo para atingirem estes objectivos.

E, claramente, as forças maliciosas que podem surgir do governo podem ser incrivelmente enormes no seu impacto, embora a maior parte das pessoas que criaram estas forças não tenham tido o propósito de serem maliciosas. Digamos que elas apenas estavam a tentar avançar com as suas ambições pessoais - que é algo que todos nós fazemos.

Em resumo: sempre haverá aqueles que se encontram no topo que estarão bem cientes dos danos que estão a causar às pessoas ao fomentarem de modo consciente, por exemplo, a remoção da figura paterna (isto é, eles são maliciosos), mas também haverá centenas de milhares de pessoas mais abaixo na cadeia hierárquica que irão fazer mudanças aqui e ali na mesma direcção (encorajar a remoção da figura paterna) como forma de manter os seus impérios - impérios esses que as pessoas um pouco mais acima deles estão a promover e a financiar. A consequência disto é, de facto, uma força enorme que é genuinamente maliciosa.

2.  Na minha opinião, se formos olhar para o poder actual mantido pelo governo, pelo "grande negócio", e pelo "povo", veremos que "o povo" de facto tem um poder muito pequeno - e os homens practicamente não têm poder algum. E o gráfico que se segue provavelmente representa melhor a forma como as forças destes três grupos se encontram.


Hoje em dia, o governo tem a voz mais poderosa, e as pessoas são a parte mais fraca da sociedade. (Por motivos de brevidade, não coloquei aqui os média mainstream, mas de forma geral, o que sai deles é fortemente influenciado e restrito pelo governo e pelo grande negócio.)

Dado que, de forma geral, o governo serve-se a ele mesmo, e dado que o governo tem recursos virtualmente inatacáveis com os quais fazer isso, dado também que o governo pode lucrar imenso (e manter o lucro) ao continuar a destruir os relacionamentos, e dado que hoje em dia temos evidências irrefutáveis que demonstram claramente que os governos ocidentais estão, de facto, a fazer os possíveis em várias frentes para destruir os relacionamentos inter-pessoais (um desenvolvimento "positivo", segundo a esquerdista Harriet Harman), sou de opinião que as pessoas têm que fazer os possíveis para fragilizar o poder do governo.

E a forma mais simples de fazer isto é só apoiar os políticos que, sem reservas, prometem reduzir reduzir os impostos, e não apoiar os políticos que são mais susceptíveis de os aumentar. Tipicamente, isto significa apoiar a direita e não a esquerda, mas, infelizmente, as coisas já não são assim tão simples visto que os tempos mudaram. E hoje em dia há poucos políticos que têm um genuíno interesse pelo "povo".

Aqueles que se encontram à esquerda são, na minha opinião, totalmente corruptos - sempre em busca de tomar mais poder para si próprios, bem como para os seus camaradas, através duma maior expansão e empoderamento do governo, independentemente do custo que isso possa ter sobre as pessoas - e aqueles que se encontram à direita frequentemente vergam-se perante os desejos das grandes empresas e dos poderosos homens de negócios. Consequentemente, já não existe uma voz forte dentro dos círculos governamentais que representa as pessoas comuns.

E a coisa mais preocupante de todas em relação a isto é que qualquer político - da esquerda ou da direita - que se atreva a defender o "povo" de alguma forma eficaz, será  rapidamente empurrado para o relativo esquecimento pelos outros políticos que irão receber apoio enorme por parte de correctores poderosos cujo interesse único é promover os interesses das grandes empresas ou do governo inchado.

E, de forma geral, sou de opinião que já não há qualquer representação das "pessoas comuns" dentro do governo (e certamente que não há quem represente os "homens" dentro do mesmo), e mais ainda, qualquer entidade ou pessoa que represente o "povo" fora do governo, é, na maior parte das vezes, inundada pela propaganda egoísta (principalmente aquela levada a cabo pelos funcionários do governo) que é feita em favor do "governo inchado".

E, infelizmente para nós, esta inundação de propaganda egoísta chega-nos de pessoas que lucram ricamente com a fragilização e a destruição dos relacionamentos inter-pessoais - e, de facto, lucram com a instalação duma guerra entre as pessoas. A sua estratégia é, claramente, a de "dividir e reinar"......

. . . . . . . . . que é um dos truques mais antigos e eficazes que se encontram nos livros para aqueles que tencionam ganhar poder à custa dos outros.


Parte 1 - http://bit.ly/1SCSnsT

Parte 2 - http://bit.ly/1XCBm3l

Parte 3 - http://bit.ly/1NdrRoB

 .



quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

O porquê dos governos darem o seu apoio ao feminismo (3ª Parte)

Por Angry Harry.

3ª Parte dum artigo iniciado aqui.

Para além disso, se olharmos para a imagem geral que tem emergido durante últimas décadas, duas coisas tornam-se claras:

* Primeiro: as motivações dos funcionários governamentais nesta área pouco têm a ver com o aumento do bem estar das pessoas. Pelo contrário, as suas motivações têm sido frequentemente maliciosas, e elas têm muito a ver com o facto deles buscarem, de alguma forma, servirem-se a eles mesmos causando "desarmonia", com a frase "divide e impera" a encapsular muito do que tem acontecido. 

(De facto, tudo o que temos que fazer é olhar para as últimas 4 décadas e olhar para a forma como os governos ocidentais têm estado na linha da frente no encorajamento das famílias sem pai - e, desde logo, na linha da frente do encorajamento dos consequentes problemas sociais mencionados em cima - para vermos o quão maliciosos eles têm sido.)

* Segundo: os governos ocidentais hoje em dia são tão gigantescos (empregando directamente ou indirectamente cerca de 20% da população total) que os funcionários governamentais representam hoje em dia a maior força política em favor do "governo inchado", que, essencialmente, significa governo esquerdista. Consequentemente, nós já não vivemos em "democracias".

Por exemplo: quando os políticos esquerdistas Americanos tais como Joe Biden entregam milhares de milhões de dólares para grupos como a VAWA, ele não está só a entregar enormes quantidades de dinheiro público a serviços que [alegadamente] prestam ajuda às vítimas de violência doméstica; ele está, de facto, a dar este dinheiro a grupos enormes de funcionários do governo espalhados por toda a América cujos empregos e pensões dependem do seu dinheiro, e que irão, sem surpresa algum, dar o seu apoio político Joe Biden.

E, obviamente, há milhões de outros funcionários do governo (professores, assistentes sociais, académicos, etc) que irão também dar o seu apoio ao governo esquerda exactamente pelos mesmos motivos egoístas.

(Como exemplo disto, muitos académicos que dependem do financiamento governamental irão propagandear evidencias em favor do ponto de vista do governo, ou então o seu financiamento será cortado.)

E, igualmente importante, estes milhões de funcionários irão disponibilizar e promover propaganda política que está criada para lhes servir, e actualmente esses funcionários estão tão impregnados em quase todas as áreas da vida que a sua propaganda propaga-se para a mente da população a partir de quase todas as fontes de informação - até mesma das escolas. 

(Mais ainda, obviamente, muitos milhares de milhões destes dólares vai directamente para algum tipo de assistência social, garantindo assim que milhões de pessoas que beneficiam com isto votem em governos esquerdistas.)

A consequência disto é que hoje em dia a população está fortemente infectada com a visão de que as políticas que promovem governos maiores e mais poderosos são as melhores políticas para as pessoas; devido a isto, e sem surpresa, as pessoas tendem a votar nelas. Mas as pessoas estão a ser enganadas porque não lhes estão a dizer a verdade.

Eles estão a ser inundadas com propaganda proveniente de muitas entidades que só olham para o bem próprio, e as evidências de que estas entidades lhes estão a enganar em numerosas frentes são imensas e irrefutáveis.

Mas quem é que pode fazer frente a esta besta enorme que é o governo - este organismo egoísta? Afinal de contas, o governo tem centenas de milhares de milhões de dólares à sua disposição - todos os anos -, vastos impérios burocráticos que todos os anos invadem todas as áreas da nossa vida, e milhões de pessoas organizadas a trabalhar em prol disto. Para além disso, é governo quem faz as leis.

Portanto, quem é que pode competir com ele? E quem é que pode competir com os enormes recursos que o governo tem para "discutir os tópicos" aos mesmo tempo que avança com um ponto de vista particular? Não há outra organismo que se chega perto para competir com esta besta governamental. 

[ed: A Igreja Católica tem um alcance mundial poderoso, atingindo a alma de milhões de fiéis prontos a dar a vida por ela, e é por isso que os globalistas estão tão interessados e desacreditá-la com "escândalos" e factóides pseudo-históricos sobre a Idade Média e a Inquisição].

Há 100 anos atrás os governos eram de factos mais limitados quando comparados com os de hoje. E, falando de forma geral, a direita representava os ricos e os poderosos  industrialistas e homens de negócio sempre em crescimento, enquanto que a esquerda representava as pessoas comuns e os empobrecidos.

Aquelas pessoas que se encontravam à direita consideravam que as pessoas seriam melhor servidas permitindo que tivessem a liberdade para gerar empregos, riqueza e poder, enquanto que aqueles que se encontram à esquerda defendiam que o governo deveria intervir de forma mais directa, e mais frequentemente, como forma de ajudar os mais necessitados.

Traduzido para os mundo de hoje, isto pode ser descrito de forma bem lata como as grandes e poderosas empresas a serem representadas por aqueles que se encontram à direita, e as pessoas comuns representadas por aqueles que estão à esquerda.


Mas os tempos mudaram dramaticamente desde esses dias idos, e hoje em dia há um novo jogador no campo: o governo em si.


E este novo interveniente é muito mais poderoso que o "grande negócio" e que as "pessoas comuns" - e de longe.

De facto, não só este novo jogador tem o poder muscular, o poder organizacional, o poder financeiro, e o poder legar de ter o que quer, como tem o poder da propaganda para convencer as pessoas em favor do seu ponto de vista. E é totalmente claro que este novo interveniente está a usar este poder enorme para se servir a ele mesmo.

Para se ver isso, basta ver como os governos do ocidente cresceram nos últimos 100 anos - ou mesmo nos últimos 10 anos. Observem o crescente aumento dos impostos. Observem o crescente número de pessoas empregues pelo governo. Observem as milhares e milhares de leis, regulações, restrições e directrizes que são anualmente impostas pelos governos ocidentais ao seu próprio povo.

Estes governos crescem e crescem - e não só em termos de dimensão, mas também em termos de poder e de riqueza. E eles estão-se a infiltrar em todos os aspectos da vida das pessoas: controlando, monitorizando, regulamentando, dirigindo, estipulando, coagindo - sempre a um ritmo crescente.

Mas quem é que os pode parar? Por exemplo, quem é que pode competir com os milhares de milhões de dólares que os Joe Bindens esquerdistas do mundo entregam a causas esquerdistas, empregos esquerdistas, benefícios esquerdistas, e, desde lodo, em favor da propaganda esquerdista e os votos esquerdistas em prol dum governo ainda maior?

Quem é que tem o dinheiro para competir com isto? Ninguém, e nenhuma organização tem a esperança de competir com isto. De facto, e como exemplo, apesar dos Americanos serem conhecidos no mundo pela sua crença maníaca num governo limitado e na liberdade individual, isto não tem impedido o governo federal de ter crescido e crescido, e de ter, de facto, marchado sobre eles.

E o motivo por trás disto é que os governos do ocidente ficaram demasiado poderosos.

Mas quem é que pode ficar surpreendido com este facto, dado que milhões de funcionários do governo, tendo enormes recursos e milhares de recipientes, tende a promover os seus próprios interesses e não os interesses do "grande negócio" e nem "das pessoas comuns"?

[Continua na 4ª Parte]