3ª Parte dum artigo com começou aqui.
Foi durante este ponto baixo da vida de Steinem que Clive S. Gray fez a sua aparição e abriu-lhe as portas da oportunidade. Steinem havia inicialmente conhecido Gray na Índia, Nova Delhi, “onde ele estava a trabalhar ostensivamente numa dissertação de doutoramento em torno do sistema de ensino superior Indiano.” (141). Na verdade, Gray encontrava-se a trabalhar para a CIA, “buscando potenciais agentes para o movimento estudantil” (142).
Gray pediu a Steinem que liderasse o Independent Service for Information durante o Vienna Youth Festival
(ISI), que Wilford descreve como “um
gigantesco empreendimento estudantil financiado pela CIA iniciado em
1957, com o objectivo de salvar jovens do Terceiro Mundo das garras dos
propagandistas comunistas.” (141).
Gray e os outros fundadores do ISI eram antigos oficias da NSA que
ansiavam influenciar as jovens e impressionáveis mentes dos
participantes do Vienna World Festival
of Youth and Students, um evento planeado por um dos chefes do KGB e antigo estudante Alexander Sheljepin (141-142). Segundo Wilford, a proposta de Gray era demasiado boa para Steinem recusar:
A sugestão apelou
imediatamente a Steinem, não só porque significava um trabalho
remunerado mas também porque oferecia uma saída para o idealismo
político que havia renascido dentro dela devido às suas experiências
Indianas; poucos depois do chamamento de Gray, ela encontrou-se em New
York com outro antigo presidente do NSA transformado em oficial do CIA,
Harry Lunn (que, como quase todos os outros jovens homens que haviam
entrado em contacto com ela, rapidamente apaixonou-se por ela).
Depois disto, ela viajou para Cambridge, sítio onde foi entrevistada
por dois antigos vice-presidentes para Assuntos Internacionais do NSA, Len Bebchick e Paul E.
Sigmund, Jr., bem como com um advogado de Boston chamado George Abrams.
Por volta de Janeiro de 1959, ela haVia ocupado a posição de Directora para a Independent Service for
Information, com escritórios em Harward Yard, e um salário de $100 por semana, mais $5 per diem visto "as rendas em Cambridge eram muito elevadas" (um subsídio generosa estabelecido pelo apaixonado Lunn). (142)
Steinem não era uma agente involuntária ou uma pessoa mal informada
mas sim alguém bem ciente do facto da CIA estar a controlar a sua vida.
Wilford elabora:
Em relação à própria Steinem, ela tornou-se mais alerta quando
começou a fazer perguntas em relação ao financiamento do ISI; agentes
do CIA à paisana explicaram-lhe que os financiadores de Boston e as
fundações que aparentemente subsidiavam o empreendimento eram, na
verdade, caminhos através dos quais chegavam financiamentos oficiais
secretos.(142)
Nas semanas antecedentes ao festival, Steinem e o seu staff do ISI enviaram panfletos e fichas técnicas aos estudantes que planeavam estar presente no evento (143).
A ajudar Steinem estava o executivo da Time, Inc., C.D. Jackson, o mestre da guerra psicológica "que secretamente se ofereceu para coordenar uma gigantesca propaganda anti-festival em prol da CIA, envolvendo a Radio
Free Europe, repórteres da Time, e ministros Austríacos"
(143).
Quando a CBS cancelou os planos para um documentário de uma hora sobre
o festival,
Jackson veio em socorro de Steinem, tentando convencer o presidente da
CBS Frank Stanton a reconsiderar (143). Jackson foi muito bem sucedido
em gerar apoio para os esforços do ISI no festival (143-144).
Muitos
pesquisadores esquerdistas caracterizaram a CIA como uma colecção de
arqui-conservadores que inclinações fascistas. No entanto, o
relacionamento da CIA com Steinem revela uma imagem totalmente
diferente. Falando para o Washington
Post em relação à sua relação com a CIA, Steinem declarou:
Segundo a minha experiência, a Agência [CIA] era totalmente diferente da sua imagem; ela era liberal, pacífica e honrada. (147)
Falando do Vienna Youth Festival, Steinem disse ao New York Times:
Fiquei
feliz em encontrar muitos esquerdistas no governo desses dias, e eles
eram pessoas perspicazes e preocupavam-se o suficiente para fazer com
que Americanos com os mais variados pontos de vista políticos viessem
ao festival (147).
Aparentemente, Steinem viu poucas diferenças entre a sua mensagem
radical e as crenças mantidas por muitos dentro das fileiras da CIA.
Embora ela fosse anti-Soviética, a CIA não era necessariamente
contra as ideias radicais e revolucionárias. A colaboração íntima com
Steinem claramente ilustra este ponto. O facto de Steinem buscar
destruir o casamento tradicional bem como a família nuclear não parecia
alarmar a CIA. A Agência não se parecia importar com o facto das
pessoas se radicalizarem, desde que a Agência controlasse a campanha de
radicalização e seleccionasse a doutrina revolucionária que seria
propagada.
A CIA pode até ter desenvolvido um pedigree radical que até incluía ideias Marxistas. Este pedigree teve início com o precursor da CIA, o Office of Strategic Services (OSS). O General
William “Wild Bill” Donovan,
o chefe do OSS, não se opunha à contratação de comunistas (Smith 9),
justificamdo esse ideia invocando a ameaça dos poderes do Eixo (9). Uma
vitória Aliada, contendia Donovan, tinha que ser obtida a todo o custo.
Para
Donovan, preocupações em torno duma subversão comunista tinham que se
subordinar ao objectivo maior de vencer a Segunda Guerra Mundial.
Donovan chegou a dizer a um assistente do OSS que "Eu seria capaz de colocar Estaline na folha de pagamentos da OSS se isso nos ajudasse a vencer Hitler" (9). O resultado deste tipo de pensamento foi que a OSSA era "muito tolerante em relação às ideias da esquerda política"
(9). Posições estratégicas e sensíveis durante o tempo de guerra não se
encontravam fora do radar para comunistas e Marxistas. O autor Richard
Harris Smith elabora:
Um ex-Comunista duma safra mais antiga correctamente declarou: "No Office of Strategic Services…
a contratação de pró-Comunistas era aprovado por pessoas ao mais alto
nível, desde que eles fossem adequados para um trabalho específico." A
OSS frequentemente aceitava os serviços de entusiastas Marxistas desde
que eles não fizessem tentativas de ocultar as suas afiliações
políticas. (9)
Donovan não só deu pouca importância às afiliações políticas dos
empregados do OSS, como buscou de modo activo comunistas para
recrutamento e como forma de lhes dar emprego. A dada altura, o Federal Bureau of Investigation (FBI)
"presenteou triunfantemente o
general com dossiers em torno de três empregados do OSS com afiliações
ao Partido Comunista, e exigiu a sua expulsão da organização" (9). Em resposta às evidências apresentadas pelo FBI, Donovan declarou:
Eu sei que eles são Comunistas. É por isso mesmo que eu os contratei
Depois da Segunda Grande Guerra, a OSS passou a ser a CIA.
Dado o seu pedigree revolucionário e radical, não é surpreendente
que a Agência tenha contratado Steinem, uma feminista radical que
caracterizava a moralidade e o tradicionalismo como maquinações da
opressão masculina. Embora tanto o CIA e Steinem fossem contra a União
Soviética, eles não eram necessariamente contra o Marxismo. Tal como a
CIA a quem ela servia, abraçou as ideias e os conceitos
Marxistas. Steinem chegou a admitir que a sua oposição à cruzada comunista do Senador Republicano Joseph McCarthy
levou a que ela adoptasse
o Marxismo (Mitchell 130).
O Marxismo Cultural era um elemento importante da campanha de
engenharia social levada a cabo pelos Rockefellers, pela CIA, e
por Steinem.
A escolha de aliados por parte de Steinem é especialmente irónica à luz da misoginia endémica presente no Establishment.
Por exemplo, os Rockefellers dificilmente podem ser caracterizados como
pessoas particularmente simpatéticas com o sofrimento da mulher
moderna. Se as palavras de Nicholas Rockefeller ditas a Russo foram
realmente proferidas, então torna-se dolorosamente aparente que os
motivos da oligarquia dinástica de financiar a ascenção do feminismo
foram puramente pragmáticas.
Mais ainda, o feminismo nasceu dum útero com uma perspectiva
misógina, uma realidade paradoxal enfatizada pelas inspirações
Gnósticas do movimento. Não podemos esquecer que, segundo a criatologia
Gnóstica, a raça humana tem que agradecer a um Aeon feminino
(Sofia) pelo seu dilema colectivo. A consciência defeituosa que que
supostamente preside sobre o intrinsecamente corrompido cosmos físico
emanou do seu ser. Tal criatologia dificilmente é lisonjeira para as
mulheres.
Esta misoginia é explicitamente expressada pela revisão Gnóstica de Cristo no pseudepigráfico Evangelho de Tomás:
Simão Pedro disse a todos os outros discípulos: "Deixem Maria
Madalena ir embora do meio de nós porque as mulheres não são
merecedores de vida." Jesus disse: "Reparem, eu irei orientá-la de modo
a que eu a possa transformar num homem; de modo a que ela, também, ao
se tornar num homem se possa tornar num espírito vivificador semelhante
a vocês machos. Porque todas as mulheres que se transformarem em homens
irão entrar no Reino dos Céus.
Portanto, o feminismo originou-se numa heresia misoginia. Não é
surpreendente que esta ideologia inerentemente misândrica partilhe
tanto com a ordem misógina que ela ostensivamente se opõe. Em última
análise, a hegemonia buscada pelos interesses oligárquicos do Establishment
não se centram em nenhum dos géneros.
A androginia estipula não só a
destruição da masculinidade, mas também da feminidade. Desta forma, a
misândria e a misoginia são perspectivas meramente provisórias em
seguimento para a androginia.
Nenhuma das duas dá ênfase à dinâmica operacional complementar
servida pela outra. Em vez disso, ambas buscam a supremacia. A tensão
dialéctica entre as duas tem como propósito minar gradualmente o género
como determinante definidor da identidade humana.
Uma vez que a
identidade encontra-se indissoluvelmente associada ao género, ela tem
que ser destruída. Afinal de contas, servos não precisam de identidades
pessoais.
A ordem mundial que está a ser consagrada pelas elites depravadas
não será populada nem por machos nem por fêmeas. Essencialmente, se a
elite depravada materializar a sua visão escatológica do mundo, ele
será populada por uma nova raça desumana.
Fontes citadas
- Brown, Bernadette. Recorded ACA workshop. 17 August 2014.
- “Company
Overview of RAND Center for Asia Pacific Policy: Nicholas Rockefeller.”
Bloomberg Businessweek 1 September 2014
- Francis, Darlene and Daniela Kaufer. “Beyond
Nature vs. Nurture.” The Scientist. 1 October 2011
- Herbenick, Debby. Good in Bed Guide to Anal Pleasuring.
New York: Good in Bed Guides, 2011.
- Huxley, Aldous. Ends
and Means: An Inquiry into the Nature of Ideals. New York:
Harper and Brothers, 1937.
- Jones, Peter. Spirit
Wars: Pagan Revival in Christian America. Wine Press
Publishing, 1997.
- Krasner, Robert. The
Microbial Challenge: Science, Disease and Public Health.
Sudbury, MA: Jones & Bartlett Publishers, 2010.
- Lippa, Richard. Gender, Nature, and Nurture. Mahwah,
New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, Inc., Publishers, 2005.
- Mitchell, Susan. Icons, Saints, and Divas. Australia:
HarperCollins, 1997.
- “Reflections & Warnings – An Interview with
Aaron Russo (Full).” YouTube 18 August 2013
- Ruether, Rosemary. Womanguides: Readings Toward a Feminist
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- Saunders, Frances Stonor. 1999. The
Cultural Cold War: The CIA and the World of Arts and Letters.
New York: New Press, 2013.
- Smith, Richard Harris. 1972. OSS:
The Secret History of America’s First Central Intelligence Agency.
Connecticut: Lyon s Press, 2005.
- The Gospel of
Thomas. The Gnostic Society Library. Trans. Stephen Patterson and
Marvin Meyer
- Voegelin, Eric. 1968. Science,
Politics and Gnosticism. Washington, D.C., Regnery Publishing
Inc.: 1997.
- Wilford, Hugh. The
Mighty Wurlitzer: How the CIA Played America. Massachusetts:
Harvard University Press, 2008.
http://nationalvanguard.org/2015/01/jeffrey-epstein-the-uncovering/
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