segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Hormonas e o voto feminino

Ao mesmo tempo que as campanhas avidamente buscam o voto feminino, há algo mais que pode aumentar as possibilidades dos candidatos presidenciais mas que está totalmente fora do seu controle: o ciclo de ovulação das mulheres. Sim, leram correctamente. Pesquisas recentes sugerem que os hormonas podem influenciar as escolhas de voto das mulheres de maneiras distintas, variando consoante o seu estatuto civil - isto é, se ela se encontra solteira ou se encontra numa relação séria.

Continuem a ler com cuidado. Embora o estudo vá ser publicado na publicação científica revista por pares Psychological Science, vários cientistas políticos que levaram o estudo expressam cepticismo em torno das suas conclusões.

Um pequeno pano de fundo: outros estudos apuraram que as mulheres são mais susceptíveis de votar do que os homens. Os dados actuais, e segundo o estudo, sugerem que as mulheres casadas favorecem o Governador Mitt Romney - numa diferença de 19% - do que o Presidente Barack Obama, ao mesmo tempo que Obama lidera as intenções de voto entre as mulheres solteiras - com um margem de 33%. Estudos prévios demonstraram que as atitudes religiosas e políticas podem ser influenciadas pelos objectivos reprodutivos.

Na primeira experiência deste mais recente estudo, Kristina Durante da Universidade do Texas (San Antonio) e os colegas levaram a cabo uma pesquisa através da internet  a 275 mulheres que não se encontravam a tomar contraceptivos hormonais e tinha ciclos menstruais regulares. Cerca de 55% encontravam-se num relacionamento sério, incluindo casamento.

Eles apuraram que as mulheres que se encontravam no período mais fértil do seu mês eram menos susceptíveis de ser religiosas se estivessem solteiras. e mais religiosas se estivessem num relacionamento. E um dado ainda mais controverso: 502 mulheres, também com períodos regulares e que não se encontravam a tomar contraceptivos hormonais, foram pesquisadas em relação às suas preferências de voto e em relação à uma variedade de tópicos políticos.

Os pesquisadores apuraram que durante o período fértil do mês, quando os níveis do hormona estrogénio se encontram no seu ponto mais alto, as mulheres solteiras parecem mais susceptíveis de votar em Obama e as mulheres em relacionamentos sérios parecem mais dispostas a votar  em Romney por uma margem de pelo menos 20%. Isto parece ser o factor condutor por trás das observações gerais dos pesquisadores: as mulheres solteiras são mais susceptíveis de votar em Obama enquanto que as mulheres em relacionamentos sérios inclinam-se mais por Romney.

Esta é a forma como Kristina Durante explica as observações:

Quando as mulheres estão a ovular, elas sentem-se mais "sexy" e desde logo, inclinam-se mais para atitudes mais liberais em torno do aborto e da igualdade no casamento. As mulheres casadas sentem a mesma explosão de hormonas, mas tendem a adoptar a posição contrária em relação a estes assuntos. Acho que elas estão a compensar  pelo aumento dos hormonas que as motivam a ter relações sexuais com outros homens. É uma forma delas se convencerem de que elas não são o tipo de mulheres que cede a tais impulsos sexuais.

 A pesquisa prévia de Durante apurou que as os ciclos de ovulação das mulheres também influencia os seus hábitos de compras, fazendo com que elas comprem roupas mais sexy durante a sua fase mais fértil.

Nós ainda temos os hormonas ovulatórios que têm o mesmo impacto no cérebro feminino das outras espécies. Queremos sexo e queremos fazê-lo com o melhor macho que conseguirmos encontrar. Mas isto tem custos elevados, especialmente para as mulheres que já se encontram num relacionamento sério.

Esta não é a primeira vez que os harmónios foram analisados à luz das intenções de voto. Durante o ano passado [2011] pesquisadores Israelitas que publicaram um estudo no  European Neuropsychopharmacology examinaram o hormona de stress com o nome de cortisol nos eleitores de Israel. Os níveis deste hormónio eram mais elevados nas pessoas pouco antes delas votarem do que nas mesmas pessoas depois de votarem.

Os estudo de Durante focado nas mulheres revelou que as atitudes liberais [esquerdistas] favorecem a igualdade social e tendem a ser menos associadas à religião organizada. O conservadorismo centra-se mais nos valores morais tradicionais e está ligado à maior participação na religião organizada.

Segundo Paul Kellstedt (professor-assistente de ciência política na Universidade Texas A&M), a parte mais controversa do estudo não é só que os ciclos hormonais estão ligados às preferências femininas pelos candidatos e ao comportamento eleitoral, mas também que as mulheres solteiras em ovulação são mais susceptíveis de terem uma atitude socialmente mais liberal, enquanto que as mulheres que estão num compromisso sério são mais inclinadas a adoptar uma atitude socialmente mais conservadora.

Kellstedt diz ainda que uma das maiores ressalvas que este artigo falha ao não mencionar é que os homens também têm alterações bioquímicas:

O leitor pode ficar com a impressão de que as mulheres são inconstantes e instáveis em formas que estão para além das suas preferências políticas, mas os homens não são propriamente Rochas de Gibraltar.

Kellstedt não estuda biologia mas ele já esteve envolvido em pesquisas que sugerem que as preferências políticas dos homens são ainda mais voláteis que as das mulheres.

Susan Carrol, professora de ciência política, de estudos de género e de estudos femininos na Universidade Rutgers, disse o seguinte num email:

Não há qualquer motivo para se esperar que os hormonas femininos afectem a forma como as mulheres votam da mesma forma que não há motivo para se pensar que variações nos níveis de testosterona são responsáveis pelas variações na performance de Obama e Romney durante os debates.

Carroll olha para a pesquisa uma que segue a tradição "longa e perturbadora de usar os hormonas femininos como desculpa para as excluir da política e de outras oportunidades sociais":

Antigamente pensava-se que as mulheres nunca deveriam ocupar a posição de Presidente dos Estados Unidos porque, Deus nos poupe, uma crise internacional poderia ocorrer durante o seu período!

Carrol afirma que uma mulher explicação para a divisão nas preferências de voto entre as mulheres solteiras e as mulheres casadas é a diferença no estatuto económico. Um perito deu mais poder a esta alegação: Israel Waismel-Manor, cientista político da Universidade de Haifa, e a pessoa que levou a cabo o estudo dos níveis do cortisol durante o ano passado.

Ele não tem a certeza de que este efeito hormonal que Durante apurou junto das mulheres não é real, mas ele disponibilizou também uma explicação alternativa: Algumas pesquisas já revelaram que as mulheres preferem "homens mais  masculinos" quando se encontram no seu período mais fértil do ciclo. Tanto Obama como Romney são atraentes, em boa forma física e ajustam-se ao tipo "provedor". Portanto, tanto um como o outro são ideias, dependendo da preferência das mulheres.

Assumindo que existe uma explicação hormonal, os efeitos podem-se cancelar uns aos outros visto que mulheres distintas podem-se encontrar em fases distintas no momento em que votam, e ambos os candidatos têm níveis de atractividade semelhantes, afirmou Waismel-Manor. O que faz falta é um tipo de pesquisa mais elaborado de modo a examinar esta questão duma forma mais profunda:

Mesmo que os dados apurados estejam correctos, existe a possibilidade deles não virem a ter um feito cumulativo junto do eleitorado.


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Se as mulheres solteiras estão mais inclinadas a votar em partidos esquerdistas, enquanto que as mulheres casadas em partidos e políticos mais conservadores, isto pode explicar o porquê do esquerdismo militante fazer todos os possíveis para separar o homem da mulher. 

Para além disso, o facto da mulher solteira (com filhos ou não) ter tendência para votar em partidos e políticos mais dedicados ao aumento da influência do Estado não é surpresa alguma visto que se a mulher não depender do marido, ela irá depender do Estado.


"Poder" é dependência do governo, e "liderar" é seguir o que o governo manda,

Quando a mulher coloca de lado o marido, ela não fica "independente" mas sim dependente do Estado. A diferença é que enquanto o marido quer o seu bem, o Estado olha para ela como um número no meio de outros milhões. Para o esquerdismo, no entanto, isto é irrelevante visto que o mais importante é trazer mais e mais pessoas para o controle estatal (e isso é mais complicado quando a mulher tem um marido).

Nota final: apesar das palavras da feminista Susan Carrol, a CNN viu-se forçada a retirar o artigo do seu site.



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