Por Eric Zuesse
Udo Ulfkotte, antigo editor do jornal
Frankfurter Allgemeine
Zeitung (que é um dos mais importantes jornais na Alemanha)
decidiu vir a público falar da forma como ele e resto dos
"média" Ocidentais foram corrompidos, porque ele é de opinião de esta corrupção está a
levar a Europa para perto duma guerra nuclear com a Rússia; Ulfkotte é
de opinião que é precisamente isto que a aristocracia Americana que
controla a CIA quer, ou quer levar as coisas para bem perto desse
estado de coisas.
Falando para a Televisão Russa, ele disse:
Sou
jornalista há cerca de 25 anos, e fui ensinado a mentir,
a trair e a não dizer a verdade ao público. ... Os média Alemães e
Americanos tentam trazer a guerra aos povos da Europa, trazer uma
guerra com a Rússia. Este é o ponto sem retrocesso e vou afirmar
corajosamente que não está certo o que eu fiz no passado - manipular as
pessoas, fazer propaganda contra a Rússia - e não está certo o que os
meus colegas fazem, que eu fiz no passado, porque eles foram subornados
para trair não só a Alemanha, mas toda a Europa.
Temo
muito que uma nova guerra comece na Europa, e não gosto desta situação
visto que a guerra não chega sozinha; há sempre pessoas que forçam as
coisas nessa direcção, e não são só os políticos mas os jornalistas
também. ... Nós traímos os nossos leitores como forma de forçar as
coisas rumo a uma guerra. Já não quero fazer parte disto. Estou farto
desta propaganda. Nós vivemos numa república da banana, e não num país
onde existe a liberdade de imprensa.
Os
média Alemães, especialmente os meus colegas, escrevem diariamente coisas contra os Russos; [estes jornalistas] fazem parte de
organizações transatlânticas, e são apoiados pelos Estados Unidos para
fazerem exactamente isso.
Eu tornei-me "cidadão honorário do estado do Oklahoma’ e porquê? Porque eu escrevo coisas pró-Americanas. Eu tinha o apoio da Central
Intelligence Agency,
a CIA. E porquê? Porque eu sou pró-Americano. Estou farto disto tudo; e
já não quero mais fazer isto.
Devido a isso, acabo de escrever um
livro, não para ganhar dinheiro - claro que não, porque o livro só me
irá causar imensos problemas. [Escrevi o livro] para dar às pessoas
deste país, à Alemanha, à Europa, e a todo o mundo, um vislumbre do que
ocorre por trás das portas fechadas.
[4:40
do vídeo] A maior parte dos jornalistas que se encontram presentes nos
países estrangeiros ... jornalistas Europeus ou Americanos, tal como eu
o era no passado, são os assim chamados cobertura não-oficial.
O que é que significa "cobertura não-oficial"? Tu fazes o trabalho para
uma agência de serviços secretos, mas quando eles [o público] descobre
que não só és um jornalista mas também um espião, eles [a CIA] nunca
irão dizer "Este era um dos nossos homens".
Eu ajudei-os várias vezes
no passado, e sinto-me envergonhado com isso. Fui subornado pelos
bilionários, pelos Americanos, para não reportar a verdade exacta.
Enquanto conduzia para esta entrevista, tentei imaginar o que teria acontecido se eu tivesse escrito um artigo pró-Russo para o Frankfurter Algemeine.
Pois bem, fomos educados a escrever artigos pró-Europeus,
pró-Americanos, mas por favor, nunca pró-Russos. Mas é precisamente
isto que eu não entendo para uma democracia, para a liberdade de
imprensa, e sinto pena que isso aconteça assim.
[6:30]
A Alemanha ainda é um tipo de colónia dos Estados Unidos e isso
pode-se ver em muitas situações. Por exemplo, a maior parte dos Alemães
não quer armas nucleares no seu solo, mas ainda temos armas nucleares
Americanas. Devido a isto, nós ainda somos uma espécie de colónia
Americana, e sendo uma colónia, é muito fácil abordar jovens
jornalistas através de (e isso é muito importante aqui) organizações
transatlânticas.
Todos os jornalistas que trabalham em organizações
respeitáveis e em jornais, revistas, estações de rádio e estações de televisão
Alemães importantes, são todos membros ou convidados destas grandes
organizações transatlânticas, e é nestas organizações somos contactados de
modo a que sejamos pró-Americanos; para além disso, eles convidam-te
para ires ver os Estados Unidos, tudo pago por eles.
Tu és subornado, e vais ficando gradualmente mais corrupto porque eles
arranjam-te bons contactos. Vais fazendo amigos, tu pensas
que são teus amigos, e tu cooperas com eles. Eles perguntam-te "podes-me fazer este favor?", "podes-me fazer aquele favor?", e pouco a pouco o teu cérebro vai recebendo uma lavagem cerebral por parte destas pessoas.
Será
que isto só acontece com os jornalistas Alemães? Eu acho que não, e
acho que isto ocorre de modo especial com os jornalistas Britânicos
devido ao facto deles terem um relacionamento mais próximo. Certamente
que isto ocorre com os jornalistas Israelitas, e claro que ocorre com
os jornalistas Franceses. É o que acontece com os jornalistas
Australianos, Neozelandeses, jornalistas do Taiwan - bem, existem
muitos países, tais como a Jordânia, por exemplo.
[9:17]
Por vezes acontece os serviços secretos irem ao teu escritório e
quererem que tu escrevas um artigo. Lembro-me [dum exemplo] onde os
serviços secretos Alemães no estrangeiro, a Bundesnachrichtendienst - que nada mais é que uma organização-irmã da Central Intelligence Agency,
visto que foi fundada pela agência de serviços secretos Americana -
veio ao meu escritório, e queria que eu escrevesse um artigo sobre a
Líbia e sobre o Coronel Muammar Gaddafi. … Eles deram-me toda esta
informação secreta e apenas queriam que eu assinasse o artigo com o meu
nome.
Eu fiz isso, e o artigo foi publicado no Frankfurter Algemeine; o mesmo falava da forma como ele havia tentado construir secretamente
uma fábrica de gás venenoso…O artigo tinha uma história que dias depois
foi publicada em todo o mundo mas eu não tinha qualquer tipo de
informação em relação a isso [a CIA escreveu o artigo].
[11:25]
Um bom exemplo do que acontece quando se diz não [à CIA]. ... Portanto
[em relação a um empregado particular que tinha dito "não"], o que
aconteceu foi que ele perdeu o seu emprego.
[12:40]
Por seis vezes a minha casa foi revistada, e a minha casa foi atacada
por três vezes, [mas] eu não tenho filhos e como tal, é mau para a
verdade [para os jornalistas cujas famílias podem ser ameaçadas, e não
só para eles próprios].
(....)
Fonte:
http://bit.ly/1oyYggG
* * * * * * *
Como se torna cada vez mais óbvio, as
atitudes irracionais da elite globalista que controla a CIA, e a banca
internacional, revelam que a mesma olha para Putin com um misto de
terror e de desprezo.
A ascensão do bloco geo-político-financeiro com o nome de BRICS [em inglês, Brazil, Russia, India, China, South Africa] está a ameaçar o poder que o dólar ainda tem na economia mundial, e como tal, a elite globalista aparentemente está disposta a dar início a uma guerra contra a Rússia como forma de reter o seu poderio financeiro.
Mas estes gestos da elite Americana são o que os anglófonos chamam de "dead man walking"; estas são as últimas braçadas do império Anglo-Americano (controlado
pelo cartel liderado pela família do escudo vermelho).
Por
mais que eles não se tenham ainda apercebido disso, o seu fim está
próximo e a sua raiva contra a Rússia, ou contra o Brasil, ou contra a
Índia - ou contra qualquer outro país dos BRICS - é tempo perdido. Além disso, os Americanos têm outros problemas internos a resolver.
Sugestão de leitura: How to Start a War and Lose an Empire
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