Quando
eu vivia Austin, Texas, durante o meu tempo de estudante de
pós-graduação, existia uma livraria "gay" com o nome de Lobo. O layout
era interessante. Olhando de fora para dentro, tudo o que se viam eram
livros. Parecia uma livraria normal. Havia uma secção dedicada a
escritores de ficção "gay" tais como Oscar Wilde, Gertrude Stein, e
W.H. Auden.
Havia
também biografias de ícones proeminentes tais como Walt Whitman, que
provavelmente aceitaria a etiqueta de homossexual, mas outros, tais como
o ídolo de Whitman, o Presidente Lincoln, haviam sido listados à causa
com base em nada mais que um mau casamento ou uma intensa amizade com
outro homem. Havia apaixonantes memórias homossexuais modernas e relatos
históricos das origens e do desenvolvimento do movimento dos "direitos
gay".
A
livraria parecia inócua e, de um modo desarmante, muito bourgeois. Mas
se entrássemos dentro da livraria, repararíamos imediatamente numa outra secção, escondida para quem olha de fora para dentro.
A secção pornográfica
Centenas
e centenas de vídeos pornográficos, envolvendo apenas homens, mas
lidando com todos os gostos possíveis e fantasias imaginárias. Para
além disso, notaríamos noutra coisa. Não havia clientes na parte frontal da livraria [onde estavam os livros]. Todos os clientes
encontravam-se na parte traseira da livraria, enraizando-se entre os
vídeos. Tanto quando sei, eu fui a única pessoa que alguma vez chegou a
comprar um livro na livraria Lobo. Os livros eram, de forma bem
directa, uma fachada para a pornografia.
Então,
para quê gastar milhares de dólares em livros que ninguém iria comprar?
Era por demais óbvio através da secção "Saldos" que apenas uma
pequeníssima parcela dos livros chegava a ser vendida ao preço
original. Os donos da Lobo aparentemente estavam a gastar muito
dinheiro em novelas gay e obras da história gay, quando o verdadeiro
dinheiro se encontrava na pornografia. Mas o dinheiro gasto nos livros
não era mal investido.
O mesmo era usado para comprar algo que, para a
comunidade homossexual, era muito mais precioso que o ouro: a respeitabilidade. Respeitabilidade
e a aparência de normalidade. Sem
esse investimento, nós não estaríamos envolvidos num debate sério em
torno da legalização do "casamento" entre pessoas do mesmo sexo.
Durante a altura em que eu vivia em Austin, eu já me identificava como
homossexual há 20 anos. Tendo como base a experiência adquirida durante
estes anos, reconheci na Lobo a metáfora usada para se vender a ideia
dos "direitos gay" ao povo americano, e para a sórdida realidade oculta.
Esta
é a forma como eu desconstruo
a livraria Lobo. Existem dois tipos de pessoas que olharão através da janela:
aquelas que são tentadas a se envolver em actos homossexuais, e
aquelas
que não são tentadas a esse nível. Para aqueles que não são, as
prateleiras com os livros transmitem a mensagem de que os homossexuais
não são diferentes do resto da sociedade, e que a homossexualidade não
está errada; ela apenas é diferente. Como a maior parte deles nunca
saberá muito mais em torno do homossexualismo para além do que
observaram através da janela, essa impressão é de uma importância
política e cultural enorme uma vez que é sobre essa base que irão
reagir sem qualquer tipo de alarme, ou mesmo dando o seu apoio activo,
aos direitos dos homossexuais.
Existem
milhões de americanos bem-intencionados que apoiam os direitos dos
homossexuais porque acreditam que o que vêem quando olham para dentro é
o que realmente se encontra por lá. Não lhes passa pela cabeça que o
que eles estão a ver é um esforço cuidadosamente construído para os
manipular, distraindo-os da verdade com a qual que eles nunca concordariam.
Para
aqueles que se sentem tentados em levar a cabo actos homossexuais, a
visão que eles têm a partir da rua é consoladora visto que faz com que
o
estilo de vida homossexual não parece ameaçador, mas sim
normal. Mais cedo ou mais tarde, estas pessoas irão parar de olhar pela
janela e entrar dentro do estabelecimento. Ao contrário dos compradores
de janela, estes não ficarão distraídos com os livros por muito tempo.
Eles irão descobrir imediatamente a existência da secção de
pornografia. E independentemente do quão desagradados eles fiquem
inicialmente (se
eles de facto ficarem desagradados), eles irão notar que a secção de
pornografia é onde todos os
clientes de encontram, e eles sentir-se-ão
ridículos por serem os únicos a ficar entre os livros. Eventualmente,
eles irão encontrar o caminho até à pornografia, juntamente com o resto
do clientes. E, tal como todos os outros, eles irão começar dedicar a sua atenção aos vídeos.
E,
caro leitor, é aí que a maior parte deles ficará para o resto das suas
vidas, até que Deus ou a SIDA, as drogas ou o álcool, o suicídio ou a
idade avançada solitária, intervenham.
Ralph
McInerny disponibilizou uma brilhante definição do movimento em torno
dos direitos dos homossexuais: auto-decepção como
esforço conjunto.
No
entanto, a decepção do grande público é também vital para o sucesso da
causa, e em nenhuma outra área as formas de decepção são notoriamente e espantosamente mais bem sucedida do que na campanha para
persuadir os Cristãos de que, parafraseando o titulo dum livro recente,
[removido por motivos de blasfémia], e que as igrejas deveriam abrir as
suas portas aos amantes homoeróticos.
O
movimento homossexual "Cristão" depende dum estratagema que é audaz e
desonesto. Eu sei, porque durante muito tempo eu fui levado por ele.
Tal como os donos da livraria Lobo,
o seu sucesso depende de se camuflar a verdade que se encontra o tempo
todo "escondida" à vista de todos. Não é de admirar que o livro "O Mágico de Oz"
seja tão ressonante entre os homossexuais. "Nao liguem no homem por trás da curtina"
poderia ser o lema e o mantra de todo o movimento.
Nenhum
livro foi mais influente na minha decisão de "sair do armário" que o
livro "clássico" do, agora, ex-Padre John McNeill com o nome de
"The Church and the Homosexual".
Esse livro é para
"Dignity" o que
"O Manifesto Comunista" foi para a
Rússia Soviética. A maior parte do livro centra-se na disponibilização de
interpretações alternativas às passagens Bíblicas que condenam o
homossexualismo, e na colocação dos escritos anti-homossexualistas dos
Padres da Igreja, e dos escolásticos, num contexto histórico
duma forma que os torna irrelevantes e até ofensivos para os leitores
modernos.
A
impressão inicial dum leitor ingénuo e sexualmente confuso como eu era
a de que McNeill estava a disponibilizar uma alternativa plausível aos
ensinamentos tradicionais. Isso fez-me sentir justificado em sair do
armário. Eram os seus argumentos persuasivos? Francamente, nem me
interessava nisso, e não acredito que a maior parte dos leitores de
McNeill também se interessassem. Esses argumentos foram redigidos com a
linguagem da erudição e soavam plausíveis. Isso era tudo o que
importava.
McNeill,
tal como todos os membros do seu campo, tratavam o homossexualismo
antes de mais como um debate em torno da interpretação própria dos
textos - tais como a história Bíblica em torno de Sodoma e os artigos
relevantes da Summa. A implicação é que, mal essas passagens fossem
reinterpretadas, ou tornadas irrelevantes, os apologistas
homossexualistas teriam prevalecido e a porta estava aberta para que os
homossexuais activos andassem de cabeça erguida dentro das igrejas.
E
há um certo sentimento de que isto ficou provado como verdadeiro. Visto
que o debate focou-se na interpretação de textos, os apologistas
homossexuais ganharam para si um nível espantoso de legitimidade. Mas,
como qualquer pessoa conhecedora da história do Protestantismo
deverá saber, a interpretação de textos é um processo interminável. Os
esforços de pessoas como McNeill não têm que ser persuasivos mas apenas
úteis.
Esta é a forma como as coisas funcionam: McNeil reinterpreta a história
de Sodoma, alegando que ela não condena o homossexualismo mas a
violação colectiva. Os teólogos ortodoxos respondem duma forma
recomendável mas ingénua, tentando refutá-lo - ingénua porque estes
teólogos realmente acreditam que McNeill acredita nos seus próprios argumentos, e
escreve como um escolástico e não como um propagandista. McNeill ignora os
argumentos dos seus críticos, qualificando as suas objecções de
"homofobia", e repete a sua posição original. Os ortodoxos respondem
outra vez, como se realmente estivessem a lidar com um teólogo. Para a
frente e para a trás durante algumas trocas.
Finalmente, McNeill ou alguém como ele levanta-se e diz:
Sabem
duma coisa? Não estamos a avançar. Nós temos a nossa exegese e vocês têm
a vossa. Porque é que não concordamos em discordar?
Isto
soa tão razoável e tão ecuménico, mas se os teólogos ortodoxos
aceitarem, eles terão perdido o jogo visto que os apologistas do
homossexualismo ganharam um espaço na mesa de onde eles nunca mais
serão removidos. Chegar à verdade em torno de Sodoma e Gomorra, ou
fazer a interpretação correcta da ética de São Tomas, nunca foi o
objectivo; obter a admissão para a Santa Comunhão era o objectivo.
Mesmo
sendo um jovem ingénuo, um aspecto do livro "The Church and the Homosexual"
sempre me soou estranho.
Dado
que McNeill estava a sugerir um revisionismo radical à tradicional
ética sexual Católica, não havia quase nada sobre a ética sexual. A
ética sexual Católica é bem específica sobre o propósito da sexualidade
humana e sobre os tipos de comportamentos que estão de acordo com esse
propósito. A crítica de McNeill à ética tradicional ocupou a maior
parte do livro, mas ele deixou o leitor com uma ideia vaga sobre o que
ele propunha em seu lugar. Em relação a isso, não havia nada lá escrito
sobre a vida real dos homossexuais.
No
seu livro, o homossexualismo foi tratado como uma abstracção
intelectual, mas eu estava desesperado para ter uma ideia do que me
esperava do outro lado do armário fechado. E sem ninguém para além do
[ex-]Padre MacNeill como guia, fui forçado a ler entre as linhas. Há
uma única passagem que eu interpretei como pista. (Na verdade, essa
passagem foi quase que um nota de rodapé.) A dada altura ele comentou
que as uniões homossexuais monogâmicas eram consistentes com os
ensinamentos da Igreja, ou pelos menos com o espírito renovado e de
renovação da Igreja pós-Vaticano II.
Com
nada mais a que me agarrar, interpretei isso no sentido prescritivo e
deduzi que McNeill estava a alegar que os actos homogénitos só eram
morais se fossem feitos dentro do contexto dum relacionamento
monogâmico. Para além disso, assumi o que parecia ser algo
razoável, isto é, que o autor conhecia tais relacionamentos; devido a isso, fiquei com
a expectativa razoável de encontrar tais relacionamentos. Se assim não
fosse, para quem é que McNeill estava a escrever?
Não
fui suficientemente ingénuo (embora tenha sido muito ingénuo) para não
me aperceber da existência de homens homossexuais promíscuos. Mas
colocando de lado McNeill (...) isso levou-me a acreditar
que para além dos homens promíscuos que por aí existiam, havia um
contingente de homens homossexuais que se encontravam comprometidos em
viver uma vida monogâmica. Se assim não fosse, McNeill estaria a
defender a promiscuidade e a própria ideia dum padre a defender a
promiscuidade era inconcebível para mim. (Sim, eu fui ingénuo até esse ponto).
Há
alguns anos atrás McNeill publicou uma autobiografia onde fala
abertamente das suas experiências sexuais enquanto era ainda um padre
Católico - um padre homossexual Católico sexualmente activo e promíscuo.
Ele escreve duma forma quase nostálgica dos tempos em que andava pelos
bares em busca de sexo. Embora ele tenha eventualmente acabado por
encontrar um parceiro estável (enquanto ainda era padre), ele nunca se
desculpou pelos seus anos de promiscuidade, e nem fez qualquer alusão à
disparidade entre a sua vida pessoal e a passagem do seu livro que
tanta importância teve para mim.
É
possível que ele nem se lembre de sugerir que era suposto os
homossexuais permanecerem celibatários até estarem dentro dum
relacionamento monogâmico. É óbvio que ele nunca teve a intenção de que
essa passagem fosse levada a sério, excepto por parte daqueles que nada
mais fariam que olhar para a janela - isto é, os Católicos crédulos,
bem-intencionados não-homossexuais, de preferência aqueles que se
encontravam numa posição de autoridade. Ou ainda, os igualmente
ingénuos e crédulos jovens como eu que buscavam por uma razão para agir
em conformidade com os seus desejos sexuais - de preferência uma razão
que não causasse muita violência às suas consciências (pelo menos não
inicialmente).
Estes
últimos, presumiu o autor, iriam eventualmente encontrar o seu caminho
até à secção da pornografia, onde a sua cumplicidade com o plano
maligno os tornaria indistinguíveis do resto dos clientes regulares.
Claramente, havia um motivo para o facto dele, no livro inicial, ter
escrito tão pouco sobre a verdadeira vida dos homossexuais tais como
ele mesmo.
Eu
não vejo de que forma é que a contradição entre o livro "The Church and the Homosexual"
e a sua autobiografia possa ter sido acidental. Porque é que McNeill
iria fingir que acreditava que os homossexuais se deveriam restringir
ao sexo dentro do contexto dos relacionamentos monogâmicos quando a sua
vida demonstrava que isso foi algo que ele nunca fez? Eu só posso pensar
num motivo: porque ele sabia que
se contasse a verdade, o seu argumento estaria morto à nascença.
Embora
até aos dias de hoje McNeill, tal como todos os propagandistas
homossexuais "Cristãos", evite o assunto da ética sexual como se fosse
algum tipo de praga, a sua vida revela de forma cabal as suas crenças
em relação a isso. Ele acredita na liberdade sexual sem restrições.
Ele acredita que os homens e as mulheres deveriam ter o direito de
copular com quem quer que seja, onde quer que queiram, quantas vezes
quiserem. Muito provavelmente ele acrescentaria algum tipo de brometo
sem sentido em torno da forma como ambas as partes se deveriam tratar
com respeito, sem que ninguém fosse magoado, mas qualquer pessoa
familiarizada com o ninho de cobras que é a cultura sexual moderna (tanto
heterossexual como homossexual) saberá o quão a sério levar isso em
conta.
Para
além disso, ele sabe muito bem que se ele tivesse sido honesto em
relação aos seus propósitos, não existiria a "Dignity", e nem
existiria o movimento homossexual "Cristão" (pelo menos não um com a
mínima chance de ser bem sucedido). Isso seria como deitar fora os
livros e deixar que os comuns compradores de vitrina olhem para dentro e
vejam a secção pornográfica. E de maneira nenhuma podemos deixar isso
acontecer, certo?
Dito de outra forma, o ex-Padre McNeill é um mau padre e um vigarista.
E levando em conta as consequências letais de se envolver em actos
homoeróticos, o ex-Padre é um vigarista com sangue nas mãos.
Uma
coisa
quero deixar bem clara: acredito que as verdadeiras convicções de
McNeill, tal como deduzidas do seu real comportamento, e diferente dos
argumentos que ele avança para o benefício dos ingénuos e crédulos,
representam os verdadeiros propósitos e os verdadeiros objectivos do
movimento em torno dos "direitos" dos homossexuais. Esses "direitos"
são a pornografia que os livros escondem. Dito de outra forma, se tu
apoias o que é actualmente qualificado de "a benção das uniões entre
pessoas do mesmo sexo", na práctica estás a apoiar a abolição de toda a
ética sexual Cristã, e a sua posterior substituição por um mercado
sexual "laissez faire", livre e sem
limites.
O
motivo pelo qual o movimento homossexual conseguiu obter o apoio de
tantos heterossexuais é bastante simples. Uma vez abrogado esse tabu,
nenhum outro tabu permanece. Eu ouvi uma vez heterossexuais
Episcopelianos a colocar as coisas desta forma:
Se
eu não quero que a igreja meta o seu nariz no meu quarto, como é que
posso apoiá-la quando ela limita a liberdade sexual dos homossexuais?
Isso
pode soar escandaloso, mas se ainda acreditam que o assunto se centra no estatuto
religioso dos relacionamentos homossexuais, então preparem-se para me
indicar uma igreja algures pelos Estados Unidos que tenha aberto as suas
portas aos homossexuais activos sem as abrir também a todas as outras
formas imagináveis de acoplamento sexual. Sou demasiado velho para ser
enganado pelo "Padre" McNeill e pelas suas abstracções. Mostrem-me uma
igreja assim.
Há
alguns anos atrás subscrevi-me, através da internet, no grupo Yahoo "Dignity".
Por essa altura estavam por lá várias centenas de subscritores. A dada
altura, um jovem confuso e perturbado colocou uma questão: Será que
algum dos subscritores dava algum valor à monogamia? Eu imediatamente
escrevi-lhe de volta e disse que sim, que eu dava valor à monogamia. Uns
dias mais tarde este jovem escreveu-me de volta; ele havia recebido
dezenas de respostas, algumas delas eram bem hostis e ofensivas, todas
menos uma - a minha - a dizer para ele sair para o mundo exterior e ter sexo
porque isso era o que significava ser homossexual. (Este grupo era
"Católico".)
Este
jovem não sabia o que fazer com estas respostas porque nenhuma da
propaganda a que ele havia sido previamente sujeito o haviam preparado para o que realmente era o outro lado do
"armário". Eu não sabia bem o que lhe dizer porque por essa altura eu
mesmo ainda estava apanhado na mentira. Se fosse hoje, a solução seria
bem óbvia. O que eu deveria ter dito na altura era algo do tipo:
Mentiram-te! Pede perdão a Deus e volta
para Kansas o mais depressa possível. A Tia Em está à tua espera.
À
luz da legítima preocupação com a pornografia na internet, pode parecer
irónico afirmar que a internet ajudou-me a ver-me livre do
homossexualismo. Durante 20 anos eu pensei que havia algo de errado
comigo. Dezenas de pessoas bem intencionadas asseguraram-me que havia
por aí um mundo de homens homossexuais totalmente diferente, um mundo
que por alguma razão eu nunca fui capaz de encontrar, um mundo repleto
de homossexuais tementes a Deus, agindo como heterossexuais,
defensores da monogamia, e practicantes da fidelidade.
Essas
pessoas asseguraram-me que eles mesmos sabiam (factualmente e de
verdade) que tais homossexuais existiam.
Eles mesmos conheciam homens assim (ou pelo menos tinham ouvido falar
deles por parte de pessoas que conheciam homossexuais tais como esses).
E eu acreditei, embora com o passar dos anos tenha ficado cada vez mais
difícil. Foi então que eu comprei um computador e subscrevi-me na AOL.
Foi então que eu pensei:
Então vamos lá!
Claramente os homossexuais moralmente conservadores são tímidos
e assustadiços e pessoas que temem movimentos bruscos. Eles não gostam
de bares nem de balneários [homossexuais]. Nem eu. Eles não se fazem
presentes em encontros na "Dignity" e nem nos cultos da "Metropolitan
Community Church" porque essas "igrejas" homossexuais são, na verdade,
balneários homossexuais mascarados de lugares de oração. Mas não há
motivo que impeça um homossexual moralmente conservador de se
subscrever a AOL e submeter
o seu perfil. Se eu posso fazer isso, qualquer pessoa pode.
E
foi isso que eu fiz. Criei um perfil a descrever-me como um Católico
conservador (mais ou menos) que
gostava de música clássica, teatro, bons livros e conversas cintilantes
sobre esses tópicos. Disse que gostaria muito de conhecer homossexuais
com o mesmo tipo de pensamento tendo o vista uma amizade e romance.
Tentei ser o mais claro possível. Não estava interessado em encontros
só de uma noite. Passados
alguns minutos depois de ter publicado o meu perfil, obtive a minha
primeira resposta. Essa resposta tinha apenas três palavras: "Quantos centimetros tens?" A
partir daí, a minha experiência com a AOL foi sempre a descer.
Quando
eu me assumi como homossexual (no princípio dos anos 80), era comum os
apologistas do movimento homossexual afirmar que a promiscuidade
entre os homens homossexuais era resultado da sua "homofobia
internalizada". Os homens homossexuais, tal como os Afro-Americanos,
internalizaram e agiram em conformidade com as mentiras que eles haviam
aprendido na cultura Americana mainstream.
Para além disso, os homossexuais eram forçados a buscar por amor em
bares com luzes fracas, balneários e parques públicos devido ao medo da
perseguição feita pelo mainstream
homofóbico. Foi-nos dito que a solução para este problema era permitir
que os homossexuais viessem a público, sem medo de retribuição.
Uma
variante deste argumento é ainda avançada por activistas tais como
Andrew Sullivan como forma de legitimar o "casamento" entre pessoas do
mesmo sexo. Há trinta anos atrás isto parecia razoável, mas já se
passaram 35 anos desde os infames tumultos de Stonewall, em 1969 (New
York), o "Lexington" e "Concord" do movimento de emancipação dos
homossexuais. Durante estes anos, os homossexuais encontraram o seu
espaço público nas maiores cidades Americanas, bem como em muitas das
cidades menores. Eles tiveram a hipótese de criar o que eles quisessem
nesses espaços, e o que foi que eles criaram? Novos espaços e novas formas de encontrar novos parceiros sexuais.
Para
além do valor propagandístico, as livrarias tais como a Lobo, que disponibilizam poesia e
pornografia, existem por outro motivo: sem a pornografia,
estas livrarias rapidamente fechariam por falta de clientes. De facto,
apesar da pornografia, a maior parte das livrarias [homossexuais] fecharam
precisamente por falta de clientes. Depois do
eclodir do entusiasmo que ocorreu nos anos 70 e 80, as publicadoras
homossexuais entraram em declínio, e não revelam sinais de "sair do
armário" da bancarrota financeira.
Mal
o brilho da novidade
acabou, os homens homossexuais aborreceram-se de ler sobre outros
homens a ter experiências sexuais com outros homens, preferindo em seu
lugar usar as suas posses para buscar as suas próprias experiências. Os
centros comunitários gays e lésbicos têm grande dificuldade em manter
as suas portas abertas. As "igrejas" homossexuais sobrevivem como
lugares onde os adoradores podem ir apagar o que está nas suas mentes e
limpar suas consciências sujas depois de passarem o dia anterior em bares em
busca de sexo. E aí não há o perigo de alguma vez ouvir uma
palavra do púlpito sugerindo que saltar de bar em bar em busca de sexo
não está de acordo com a Bíblia.
Quando
eu vivia no Reino Unido, fiquei espantado com o quanto que a cultura
homossexual de Londres replicava a cultura homossexual dos Estados
Unidos. O mesmo acontecia em Paris, Amesterdão e Berlim. O
homossexualismo é uma das mais bem sucedidas exportações dos Estados
Unidos. E o foco dos espaços sociais homossexuais Europeus é idêntico
ao foco dos espaços homossexuais Americanos: sexo. O ciberespaço é
actualmente a mais recente conquista do espantoso e mais novo
Magalhães: o homem homossexual em busca de novas conquistas
sexuais.
Mas por esta altura, de que forma é que é possível culpar a promiscuidade entre os homens
homossexuais à homofobia, internalizada ou não? Com base nas evidências pouco mais robustas que wishful
thinking,
Andrew Sullivan quer que acreditemos que a legalização do "casamento"
homossexual irá domesticar os homens homossexuais, e toda aquela
energia dedicada à construção de bares e balneários homossexuais será
canalizada para a construção de cercas e garagens para dois carros.
O
que Andrew Sulllivan se recusa a aceitar [bem como todos os idiotas
úteis
do homoerotismo] é que os homens homossexuais não são promíscuos devido
à "homofobia internalizada", ou devido a leis que proíbem o "casamento"
homossexual.
Os homens homossexuais são promíscuos porque, quando têm a
liberdade para escolher como agir, eles escolhem em larga maioria viver
como promíscuos. E destruir o tijolo de construção mais
importante da nossa civilização, a família, não irá alterar isso.
Certa vez, li um irrefutável e honesto desabafo de Andrew Sullivan onde ele
admitia o verdadeiro propósito do seu apoio à causa do "casamento"
homossexual. Ele encarou a natureza sórdida da sua vida sexual, que é
mais do que a maior parte dos activistas homossexuais está disposto a
fazer, e lamentou-se por ela. Ele desejava ter vivido uma tipo de vida
diferente, e aparentemente ele acredita que se o casamento fosse uma
opção, ele teria sido capaz de viver um outro tipo de vida.
Eu tenho mais respeito por Andrew Sullivan do que pela maior parte dos
activistas homossexuais. Acredito que ele
realmente
gostaria de reconciliar os seus desejos sexuais com as exigências da
sua consciência. Mas com o devido respeito, será que estamos preparados
para sacrificar
a instituição da família com base numa esperança (sem
evidências) de que se assim fizermos, pessoas como Sullivan estarão mais
dispostas a não abrir os fechos das suas calças?
Mas será que não é teoricamente possível que os homossexuais se possam conter
dentro de algo parecido com a ética sexual Católica, excepto na parte
em torno da procriação - isto é, relacionamentos monogâmicos para toda
a vida? Claro que é
teoricamente
possível. Em 1968 também era
teoricamente possível que o uso dos
contraceptivos pudesse ser restrito aos casados, e que o revoltante
declínio para a anarquia sexual dentro da qual vivémos hoje pudesse ter
sido evitado. É
teoricamente possível, mas é
practicamente impossível.
E é impossível porque toda a noção da orientação sexual estável sobre a
qual todo o movimento homossexual se baseia não tem fundamento nos
factos.
René
Girard,
o crítico literário Francês e sociólogo da religião, alega que toda a
civilização humana se baseia no desejo. Todas as civilizações rodearam
os objectos de desejo (incluido desejo sexual) com uma elaborada e
insuperável parede de tabus e restricçôes. Até hoje.
O que estamos a observar actualmente no mundo ocidental não é a
legitimização de, até hoje, formas de amor desprezadas mas honradas, mas
sim a redução da humanidade ao mínimo denominador comum: desejo
desenfreado e irrestrito. Afimar que abrimos a Caixa de Pandora seria
um gigantesco eufemismo. Apertem os vossos cintos de segurança,
senhoras e senhores, porque parece que vamos ter um milénio cheio de
perturbações.
Quando
eu estava em idade de crescimento, era suposto todos nós sermos
heterossexuais. Foi então que o homossexualismo foi introduzido.
Inicialmente, isto não parecia ser uma revisão de dimensões
consideráveis porque, exceptuando a procriação,
o homossexualismo, pelo menos em teoria, deixava o resto da ética
sexual intacta. Duas pessoas com o mesmo sexo poderiam
(teoricamente) gostar uma da outra e viver uma vida de compromisso monogâmico.
Foi então que o bissexualismo foi introduzido e as implicações reais da
revolução sexual tornaram-se claras. A monogamia foi lançada fora. As
normais morais foram também rejeitadas. A sexualidade faz-o-que-quiseres tornou-se
padrão. Se alguém quer saber o que é isso, nada mais precisa de fazer
do que ficar online.
A internet disponibiliza de forma bem clara lugares privilegiados
para quem quer observar o circo da desintegração da nossa
civilização. Tomemos
como exemplo a Yahoo;
esta organização tornou possível que pessoas com interesses comuns
criassem grupos com o propósito de estabelecer contactos e partilhar
informação. Se isto gera em ti a imagens de genealogistas e
coleccionadores de selos, estás enganado. Existem actualmente milhares de
grupos da Yahoo que atendem a todo o tipo de pervesão sexual possível e
imaginária. Muitos desses grupos iriam provavelmente desafiar a
imaginação do Marquês de Sade.
Pessoas
que até poucos anos atrás nada mais poderiam fazer que fantasiar, hoje
podem-se entreter sabendo que há a possibilidade de realizarem as suas
taras. Certa vez conheci um homem online cujo desejo mais valioso era o
de levar palmadas com uma carteira de couro. Tinha que ser de couro.
Tinha que ser uma carteira. E tinha
mesmo que levar palmadas dessa forma. A antiquada fricção genital era
opcional. Este homem queria uma etiqueta Gucci tatuada no seu traseiro.
Ele não conseguia imaginar ponto de paixão mais elevado. E ele insistia
que o seu desejo era tão fundamental para a sua natureza sexual como ir
para a cama com um homem o era para mim. Para além disso, ele criou um
grupo Yahoo que tinha mais de 300 membros, todos eles com a mesma
paixão.
Não
há um objecto no mundo, nenhuma parte corporal humana ou animal que não
possa ser eroticizada. Dito isto, é o desejo de levar palmadas com uma
carteira de couro uma "orientação sexual"? Se não, qual é a diferença?
Houve uma período da minha vida durante o qual eu teria dito algo do
tipo:
Mas
é claro que é diferente. Tu não podes partilhar uma vida comum com uma
carteira de couro. Não podes amar uma carteira de couro. Tu estás a
falar dum fetiche e não duma orientação sexual. Isso são coisas
completamente diferentes.
Mas
a realidade dos factos é que todos os homens homossexuais que eu
encontrei tinham um fetiche pela pele masculina, com toda a
objectificação e despersonalização que ela envolve, e eu hoje olho para
essa distinção um sofisma. Afinal de contas, o couro também é pele. A
diferença real entre o homem da internet e o homossexual comum é que o
primeiro preferia que a sua pele fose italiana, bovina e bronzeada.
Através
dos anos, frequentei várias "igrejas" homossexuais ou simpatéticas com
o homossexualismo. Todas elas partilhavam duma característica comum:
era acordo tácito nunca dizer nada do púlpito - ou de qualquer outra
localização - sugerindo que deveria haver restrições ao comportamento
sexual humano. Se alguém está familiarizado com as igrejas "Dignity", "Integrity" ou a "Metropolitan Community", ou
pode-se dizer, com o Protestantismo mainstream
e maior parte do Catolicismo pós-Vaticano II, deixem-me fazer uma
pergunta: Quando foi a última vez que ouviram um sermão em torno da
ética sexual? Será que alguma vez ouviram um sermão em torno da ética
sexual? Assumo que a resposta seja negativa. Será que os nossos
pastores e padres honestamente acreditem que os Cristãos Americanos não
precisam de sermões em torno da ética sexual?
Eis aqui um facto
assustador: se nós, como nação e como Igreja deixamo-nos levar pela
vigarice das duplas homossexuais monogâmicas, estaremos a aceitar no
nosso
Trilho da Comunhão (assumindo que eles ainda existem) não só o estatisticamente irrelevante número de duplas
homoeróticas que vivem juntas há mais do que alguns anos (a maioria das
quais comprou a "estabilidade" afrouxando a monogamia); estaremos
também a aceitar e a dar legitimidade a todo os tipos de gosto sexual -
desde a antiquada masturbação e o adultério, até a mais estranha forma
de fetiche sexual. Estaremos, dito de outra forma, a abençoar o
suicídio da civilização Ocidental.
Mas
o que dizer de todos aquelas duplas homossexuais que estão desejosas de
se "casar", e que são objecto de devoção incessante por parte dos
média?
Dantes, isto era confuso para mim. Parece que o
New York Times
não tem dificuldade em encontrar duplas homoeróticas bem sucedidas para
fotografar e entrevistar. Mas apesar dos meus esforços, eu nunca fui
capaz de encontrar o tipo de duplas que regularmente aparecem no
programa da Oprah.
Os média são preconceituosos e não têm interesse em
dizer a verdade sobre o homossexualismo.
Conheci online
o Wyatt (nome falso) e durante 5 anos ele esteve num
relacionamento desastroso. O seu parceiro era infiél, alcoólico e tinha
problemas com a droga. O relacionamento era dum tipo que daria
pesadelos a Strindberg. Quando Vermont legalizou o "casamento"
homossexual, Wyatt olhou para isso como uma última oportunidade de salvar o
seu relacionamento: ele e o seu parceiro voariam para Vermont para se
"casarem".
Esta
notícia chegou aos ouvidos do jornal local, e ele levou a cabo uma
história em torno da dupla com fotos da recepção do "casamento". Na
história contada pelo jornal. Wyatt e o parceiro foram caracterizados
como uma dupla feliz que finalmente tinha a chance de celebrar
publicamente o seu compromisso.
Nada foi dito das drogas ou do
alcoolismo ou da infidelidade.
Mas o "casamento" foi um fracasso, e
"acabou em chamas" poucos meses depois. E nenhum jornal seguiu com
história. Por outras palavras, o jornal mais importante de uma das
cidades mais importantes dos Estados Unidos publicou uma história
enganadora em torno dum relacionamemto [homossexual], história essa que provavelmente
persuadiu um jovem rapaz a pensar que era possível ele um dia vir a ser
tão feliz como Wyatt e o seu "parceiro". E essa é a parte mais triste.
Mas nós raramente ouvimos falar de pessoas como o meu amigo "Harry"
(nome falso). Harry era um homem de meia-idade em processo de
envelhecimento e com uma barriga proeminente. Ele era casado e tinha
duas filhas crescidas. Mas ele não era feliz. Harry convenceu-se de que
o motivo da sua infelicidade era o facto de ser homossexual. Harry
divorciou-se da esposa, que está agora casada com outro homem, as suas
filhas deixaram de falar com ele, e ele descobriu agora que homens barrigudos,
carecas e de meia-idade não são populares nos bares gay. De alguma
forma, Oprah esqueceu-se de mencionar isso. Actualmente Harry toma
anti-depressivos como forma de impedir o suicídio.
Houve também aquele caso
de outro conhecido meu, que tinha o mesmo nome que o homem acima
mencionado. Harry (nome falso) tinha cerca de 30 anos (mas
facilmente passava por alguém com 20 anos), e vinha dum lar Mórmon, com
toda a ingenuidade que isso sugere. Ao contrário do primeiro Harry,
este Harry não tinha dificuldade em obter encontros amorosos, ou
mesmo relacionamentos.
O problema é que esses relacionamentos não
duravam mais do que algumas semanas. Para além disso, Harry tinha
também um problema com a bebida. (Lá se vai a tese das palavras sábias
Mórmon.) Se por acaso tu te encontrasses no bar por volta das duas da
manhã, era bem provável que pudesses possuir o Harry, se estivesses
interessado. Ele estava tão bêbado que nem se lembrava de nada no dia
seguinte, e o que ele queria por essa altura era alguém para abraçar.
A cultura homossexual é um paradoxo; a maior parte dos homossexuais
tende a ser Democrata-liberal, ou apoiantes do Partido Trabalhista no
Reino Unido. Eles gravitam rumo a estes Partidos porque acreditam que
as políticas destes são mais compassivas e mais sensíveis para com as
necessidades dos fracos e dos oprimidos. Mas não há nada há nada de
compassivo dentro duma bar homossexual. Esses sítios representam o
livre mercado laissez fairedo
tipo mas Darwiniano imaginável. Não há espaço para aqueles que não
estão prontos a competir, e as regras do jogo são impiedosas e
implacáveis.
Lembro-me dum incidente que ocorreu quando eu estava num
bar
homossexual no centro de Londres. A maior parte dos homens eram
musculados e tonificados, e tinham idades que se encontravam entre os
20 ao princípio dos 30. Por essa altura entrou um homem mais velho, que
parecia estar na casa dos 70. Quando ele entrou no bar, parecia que o
Anjo da Morte tinha entrado. Nesse bar repleto, abriu-se um espaço à
sua volta e ninguém
queria ficar por perto. A sua sombra transmitia contágio. Era óbvio que
a sua presença causava nervosismo nos outros clientes. Ele permaneceu
quieto no seu canto, e pediu uma bebida. Ninguém falou com ele e ele
não falou com ninguém.
Quando eventualmente ele acabou a sua bebida e abandonou o bar, quase que se podai ouvir um
suspiro de alívio de todos aqueles homens musculados e tonificados. Agora eles podiam voltar a fingir que os homens
homossexuais são jovens e bonitos eternamente. Caro leitor, sabes o que
é um "bug chaser"? Um "bug chaser"
é um jovem homem homossexual que quer contrair o HIV de modo a que ele
nunca venha a envelhecer. E esse foi por esse mundo que Harry abandonou
a sua esposa, e o outro Harry abandonou a sua Igreja, como forma de
encontrar felicidade.
Eu conheci muitas pessoas como os dois Harrys mencionados em cima, mas
conheci muito poucos que tinham pouco mais que a aparência superficial
com as imagens idealizadas que vemos em filmes vencedores de Óscares,
tal como o filme Filadélfia, ou na secção magazine do jornal New York Times.
O que eu acho suspeito é o facto dos média ignorarem a existência de
pessoas como os dois Harrys. A infelicidade tão comum entre os
homossexuais é varrida para debaixo do tapete, ao mesmo tempo que
exemplos irrealístas são oferecidos para consumo público. Creio que, pelo menos, há motivos para um debate sério em torno da proposição "gay is good," mas tal debate não está a ocorrer, muito devido ao facto dos média já terem tomado a sua (e a nossa) decisão.
Mas é difícil esconder a pornografia para sempre. Quando eu vivia em
Lonres, tive uma amiga maravilhosa. Maggie (nome falso) era uma
esquerdista; o seu enorme coração doía-lhe em prol dos oprimidos. Tal
como a maioria dos esquerdistas, ela tinha orgulho no facto de ter uma
mente aberta e usava isso como uma medalha de honra. Maggie vivia numa
casa do tamanho do seu coração e todos os seus filhos tinham crescido e
saido de casa. Ela tinha dois quartos para aluguer, e aconteceu que
ambos os jovens homens que se tornaram seus inquilinos eram
homossexuais.
A primeira reacção de
Maggie foi de entusiasmo. Ela nunca havia
conhecido homossexuais, e pensava que a experiência de alugar quartos a
dois homossexuais iria confirmar nela mesma o quanto que ela
tinha uma mente aberta. Ela acreditava que seria um momento de
aprendizagem. De facto, isso foi o que veio a acontecer, mas não da
maneira que ela pensava. Um dia ela contou-me dos seus problemas e
confessou as suas dúvidas. Ela falou do que era acordar todas as manhãs
rumo à mesa do pequeno almoço, e encontrar dois estranhos sentados lá,
os dois estranhos que os seus dois inquilinos haviam trazido para casa
na noite anterior. Raramente eram os mesmos dois estranhos todas as
manhãs.
Um dos inquilinos estava envolvido num relacionamento de longa
distância, mas durante a ausência do parceiro, sentiu-se com a
liberdade de buscar consolo noutro lugar. Maggie falou do que era ter
que lidar diariamente com o tumulto emocional que eram as vidas
tumultuosas dos dois inquilinos. Ela disse-me o que era abrir a porta
de casa uma tarde, e encontrar um polícia a entrada - polícia que
buscava um dos seus inquilinos que havia sido acusado de tentar vender
drogas a crianças. O mesmo inquilino estava envolvido na prostituição.
A Maggie não sabia como ordenar estas coisas no seu pensamento. Ela
tentou desesperadamente manter uma mente aberta, acreditando que os
homossexuais não eram piores que as outras pessoas, mas apenas
diferentes. Mas ela não conseguia harmonizar a sua experiência com essa
suposição "tolerante". A realidade do factos é que quando os dois
finalmente se mudaram, evento que ela aguardava com algum entusiasmo, e
chegou a altura de colocar um anúncio para o aluguer dos quartos, ela
queria incluir a seguinte provisão:
Os homossexuais não precisam de enviar aplicação.
Eu
não sabia o que dizer à Maggie uma vez que eu estava tâo confuso como
ela. Apesar de todas as evidências, eu queria agarrar-me à minha ilusão.
Tenho
a profunda convicção de que a maioria, se não todos, que estão
familiarizados com o estilo de vida homossexual sabem da verdade, mas
recusam-se a aceitar. O meu melhor amigo envolveu-se com o movimento
homossexual quando era um estudante em pós-graduação. Ocasionalmente, ele e a sua colega lésbica
davam aconselhamento a jovens homossexuais que tinham
problemas com a sua sexualidade.
Um dia, os dois conheceram um jovem
rapaz que estava excessivamente acima do seu peso, para além de ter
acne. O
jovem rapaz falou de um modo eloquente em torno da felicidade que ele
esperava encontrar mal ele "saiu do armário". Ele iria encontrar um
parceiro, e os dois iriam viver felizes e juntos para sempre.
Enquanto o rapaz falava, o meu amigo só pensava que, se alguém assim
tão gordo e pustulento entrasse num bar, seria dobrado, empalado e
mutilado antes mesmo de se sentar. Depois do rapaz se ter indo embora, a amiga lésbica virou-se para ele e disse:
Sabes, às vezes é melhor ficar dentro do armário
O
meu amigo disse-me que, para ele, esse foi o momento decisivo. A
lésbica alegava amar e admirar os homens homossexuais. Ela nunca parava
de louvar a bondade deles, bem como a sua compaixão e criatividade, mas
com esse comentário ela disse de modo efectivo o que ela sabia que era
a vida homossexual. Essa vida centra-se na carne, e se tu não tens boas
carnes, nem te dês ao esforço de ires ao supermercado.
Noutra
ocasião, enquanto eu me queixava das minhas desilusões a uma amiga
lésbica, ela fez uma confissão espantosa. Ela tinha um filho
adolescente
que, até essa altura, não tinha exibido interesse sexual por nenhum dos
sexos. Ela sabia que como lésbica não se importaria com qualquer que
fosse o caminho que ele escolhesse. Mas ela confessou-me que ela
importava-se sim com o caminho que ele viesse a escolher.
Baseando-se nas vidas dos amigos homossexuais que ela conhecia, ela
dava por ela a orar secretamente para que o seu filho viesse a ser
heterossexual. Como mãe, ela não queria que o seu filho vivesse o
estilo de vida homossexual.
Uma
definição de insanidade é continuar a fazer as mesmas coisas vez após
vez, esperando obter algum tipo de resultado diferente. Foi isso que
aconteceu comigo durante o período em que batalhava para me tornar num
homossexual feliz. Eu era lunático. Por várias vezes eu busquei
aconselhamento junto de homens homossexuais que pareciam melhor
ajustados que eu. Primeiro, eu queria confirmação de que as minhas
percepções estavam certas e de que a vida dos homens homossexuais
realmente era tão horrível como parecia ser. Depois eu queria saber o
que é que eu poderia fazer em relação a isso. Quando é que as coisas
melhorariam? O que é que eu poderia fazer para melhorar as coisas?
Obtive
dois tipos de reacções a estas questões, e ambas deixaram-me magoado e
confuso. A primeira reacção foi a negação, normalmente negação amarga,
em relação ao que eu estava a sugerir. Foi-me dito que havia algo de
errado comigo, que a maior parte dos homossexuais estavam a viver duma
forma maravilhosa, que eu estava a generalizar com base na minha
própria experiência (com base em que experiências é que eu deveria
generalizar?), e que eu me deveria calar e parar de perturbar os outros
com a minha "homofobia internalizada".
Quando
eu era um estudante de pós-graduação, comecei a visitar um conselheiro.
Matt (nome falso) era um homem casado e feliz, com filhos em idade
universitária. Tudo o que ele sabia do homossexualismo havia sido
aprendido com outros membros da sua profissão, que o haviam assegurado
que o homossexualismo não era doença mental e que não havia motivos
para que os homossexuais não tivessem vidas vidas felizes e produtivas.
Quando eu lhe comecei falar do mal que me apoquentava, Matt disse que
eu nunca havia verdadeiramente saído do armário. (Até hoje, eu não faço
ideia do que é que ele estava a falar, mas suspeito que era algo do
tipo "uma vez salvo, sempre salvo" que os Baptistas usam para responder aos que se afastam da fé, dizendo-lhes que eles nunca haviam sido realmente salvos.)
Matt
disse-me que eu precisava de voltar atrás, voltar a tentar, e continuar
a procurar as experiências positivas que ele estava seguro existirem,
segurança essa fundamentada em nada mais que as decisões da "American Psychiatric Association". Ele quase que não tinha experiência com homossexuais, mas os seus colegas garantiram-no que a secção de livros da livraria Lobo
era a verdadeira iamgem da vida dos homossexuais. Eu sabia que ele não
fazia ideia nenhuma do que falava, mas mesmo assim eu quis acreditar
que ele estava certo.
O
Matt e eu desenvolvemos uma relação terapêutica, e durante o ano que
passamos juntos, ele aprendeu mais comigo do que eu com ele. Tentei
seguir o seu conselho. Por essa altura eu partilhava a casa com outro
aluno pós-graduação que se encontrava no processo de sair do armário e
a experimentar as suas próprias desilusões. Uma vez que eu havia sido o
seu único amigo homossexual, e o havia encorajado a sair do armário, a
sua amargura foi dirigida a mim, e o nosso relacionamento sofreu devido a
isso.
Entretanto,
desenvolvi uma amizade com um membro do corpo docente que era
abertamente homossexual. Quando eu disse isto ao Matt, ele ficou
estático, e pensou que eu estava finalmente a sair do armário como
deveria ser. O membro do corpo docente era o tipo de amigo que eu
precisava, mas, como fiquei a saber mais tarde, e apesar da sua
imaculada fachada profissional, ele era um homem profundamente
perturbado que fazia todos os seus amigos passar por um inferno
emocional, algo que, obviamente, eu partilhei com um silencioso
e chocado Matt. (Tentei ter encontros amorosos, mas, como era normal,
tive as mesmas experiências que caracterizavam os meus relacionamentos
homossexuais.A amizade durou o mesmo tempo que durou a excitação
sexual. Mal esta última esfriou, o interesse do meu parceiro por mim
como pessoa dissipou-se.)
Foi
um bom ano. No final do mesmo, lembro-me de ver o Matt a olhar para
mim, com olhos vidrados, e com um olhar de quem está em estado de choque, e a admitir:
Sabes duma coisa? Ser homossexual é muito mais difícil do que eu pensava
Nem
todas as pessoas com quem eu falei através dos anos rejeitaram à
partida o que eu tinha para lhes dizer. Certa vez correspondi-me com um
Inglês ex-Domincano. Eu estava estático por ficar a saber que ele era
homossexual, e que eventualmente ele foi expulso da sua ordem por se
recusar a manter no armário. Ele incluiu a sua morada num do seus
livros, e eu escrevi-lhe, querendo saber se as suas experiências de
vida como homossexual eram significativamente diferentes das minhas.
Presumi que deveriam ser, visto que ele havia escrito alguns livros
apaixonantes defendendo o direito dos homossexuais terem o seu lugar na
Igreja.
A
sua resposta foi um dos últimos pregos da minha vida como homossexual.
Para surpresa minha, ele admitiu que as suas experiências não eram de
todo distintas das minhas. Tudo o que ele poderia dizer era que eu
continuasse a tentar que eventualmente as coisas iriam funcionar. Dito
de outra forma, este homem brilhante, cujos livros haviam significado muito para mim, não tinha nada mais para sugerir para além
de me dizer para continuar a fazer as mesmas coisas esperando um
resultado diferente. Só havia uma conclusão
razoável: eu seria louco se eu seguisse o seu conselho. Demorei 20
anos, mas cheguei finalmente à conclusão de que não queria ser louco.
Então,
onde é que me encontro hoje? Estou a frequentar uma paróquia
militantemente ortodoxa em Houston, e ela é uma das dádivas mais
espectaculares da minha vida. O meu melhor amigo, o Mark (nome falso),
é, tal como eu, um refugiado do manicómio homossexual. Ele é também um
crente fervoroso, embora seja Presbiteriano (ninguém é perfeito). Com o
Mark aprendi que é possível dois homens amarem-se mutuamente de um modo
profundo mantendo sempre as suas roupas.
É-nos dito que a Igreja opõe-se ao amor entre pessoas do mesmo sexo, mas isto é falso. A Igreja é contra o sexo homogenital,
que segundo a minha experiência, não se centra no amor, mas na
obsessão e numa compensação resultante duma masculinidade comprometida.
Não
sinto orgulho da vida que levei. De facto, sinto-me profundamente
envergonhado com ela. Mas se ler estas palavras impedirem que um homem
ingénuo e crédulo faça os mesmos erros que eu fiz, então com a
assistência da Nossa Senhora de Guadalupe, de São José, o seu esposo
casto,
do meu santo padroeiro Edmund Campion, de São Josémaria Escrivá,
dos abençoados mártires Carmelitas de Compiégne; e, por fim, do meu
guia e mentor sobrenatural, o Venerável John Henry Newman, eu posso
pelo menos esperar a prorrogação de alguns dos muitos séculos de
Purgatório que me aguardam.
Dito isto, o que é que nós como Igreja e como cultura temos que fazer?
Destruir a fachada respeitável e revelar a pornografia que se encontra
por trás dela. Começar a pressionar os homossexuais de modo a que eles
digam a verdade sobre as suas vidas. Parar de debater a interpretação correcta de Génesis 19.
Deixar os homens de Sodoma e Gomorra enterrados no enxofre que eles
merecem. Actualmente, Sodoma encontra-se escondida à vista de todos.
Por uma vez, quando preparava uma palestra sobre o Cardeal Newman, resumi o seu clássico "Essay on the Development
of Christian Doctrine"
desta forma: a Verdade amadurece, o erro apodrece. O movimento dos
pelos direitos dos homossexuais está podre até o seu centro. Ele não
tem futuro e nem há vida nele. Mais cedo ou mais tarde aqueles que
foram apanhados por ele irão acordar do sonho do desejo desenfreado ou
morrer. A pergunta é: quanto tempo? Quantas crianças serão sacrificadas
a este Moleque?
Até há alguns anos atrás havia também uma livraria Lobo
em Houston. Sem surpresa alguma, o seu layout era idêntico ao layout da
livraria em Austin, e ela encontrava-se a apenas alguns quarteirões do
posto de gasolina onde eu levo o meu carro para assistência.
Recentemente, estava eu a andar pela vizinhança enquanto os pneus do
meu carro estavam a ser rodados quando reparei numa coisa: havia um
cadeado no porta da livraria Lobo, e um sinal lá colocado dizia:
O inquilino anterior foi despejado por falta de pagamento da renda.
Os livros e a pornografia, a fachada e tudo o que ela esconde, desapareceram.
Glória a Deus.
--Ronald G. Lee é um bibliotecário em Texas.
Sensacional! Este depoimento devia ser impresso e distribuído nas igrejas e em todas as instituições que se pretendem caritativas e acham que é fazer o bem dizer ao pecador que ele não tem pecado! Meu coração sangra quando eu vejo essa garotada vitimizada pela propaganda gay. São almas perdidas acreditando-se redentoras! Essa definição do grande Ralph McInerny é algo para figurar numa antologia de insights! Por que um post tão bom não tem comentários? Estou ficando fã do blog! Fabio.
ResponderEliminar