sexta-feira, 29 de março de 2013

O intragável carreirismo de Erin Callan

Sem surpresa alguma, à medida que as mulheres vão sendo involuntariamente forçadas para o mercado de trabalho, a sua fertilidade vai entrando em declínio acelerado (tal como era o plano). A esta altura a única coisa que constitui "surpresa" é a existência de mulheres que ainda se admiram com as consequências desta obra de engenharia social imposta sobre as mulheres (carreirismo).

Nas linhas que se seguem conta-se a história duma mulher que colocou a carreira profissional acima da construção da família, só para descobrir, amargamente, que já não consegue iniciar uma família - e nenhum homem com opções disponíveis vai preferir uma carreirista de 40 anos no lugar duma esposa tradicional.

Por Sandra Parsons

Erin Callan é uma antiga advogada tributarista (inglês: "tax-lawyer") que chegou a ser chamada de "a mais poderosa mulher de Wall Street". Ela diz agora que fez um erro ao escolher a carreira profissional em vez de escolher a maternidade - e que agora, com 47 anos, ela tenta ter um filho.

Ela é um exemplo extremo, mas existe um número crescente de mulheres como ela. Durante a semana passada, uma pesquisa recente da "Office of National Statistics" revelou o devastador número de que uma em cada cinco mulheres britânicas com mais de 45 anos não tem filhos.

De todas as mulheres solteiras sem filhos que conheço, nenhuma foi tão extraordinariamente bem sucedida na sua carreira como Erin (que ascendeu para a posição de directora financeira da "Lehman Brothers"). No entanto, todas elas têm bons empregos e todas elas disfrutaram de algum tipo de liberdade económica, coisa que as suas mães só poderiam ter em sonhos.

Mas então porque é que elas se encontram solteiras e sem filhos? Temo que o motivo seja intragável mas simples: a maior parte delas investiu mais tempo nas suas carreiras, nas suas economias, nas suas casas e nos seus guarda-fatos do que nos seus relacionamentos amorosos.

Ao contrário das gerações anteriores, estas mulheres não dependeram dos homens para estatuto social, para ter um tecto sobre as suas cabeças, e nem precisavam de permissão para comprar sapatos. Seguindo um caminho distinto do caminho seguido pelas suas mães, que fizeram do casamento a sua prioridade, estas mulheres não precisavam. Em vez disso, elas jogaram o jogo, tal como muitos homens sempre o fizeram, e tal como muitos homens, quando as coisas ficaram mais difíceis, elas abandonaram a relação. Até que um dia acordaram e viram que os homens decentes haviam desaparecido.

[ed: na verdade, os "homens decentes" não desapareceram; eles apenas seguiram a sua biologia e voltaram a sua atenção para as mulheres mais jovens]

Hoje em dia as mulheres têm mais educação que os homens [ed: sobre o porquê disto ser assim, ver aqui, aqui, e aqui], dando-se o caso delas obterem mais qualificações que os homens, e entrarem para as profissões de topo (tais como a área jurídica e a medicina) em números maiores que os homens. Devido a isto, o número de homens igualmente qualificados diminuiu, e estas mulheres encontram-se relutantes em "casar para baixo" (isto é, com homens dum estrato social/económico mais baixo), e os que existem desaparecem rapidamente do "mercado".

Mas quando perguntamos aos homens o porquê de tantas mulheres ainda estarem solteiras, todos eles oferecem outro motivo: a maior parte das mulheres carreiristas que eles encontram são manipuladoras e intransigentes - e os homens acham este comportamento muito castrador.

Tal como ela diz no título do seu livro, Sandberg defende que as mulheres têm que "abrandar" com o seu trabalho à medida que consideram começar uma família (e não acelerar, como muitas delas fazem). É precisamente por isso que as mulheres jovens - as nossa filhas, irmãs e colegas - têm que entender que encontrar o parceiro certo é tão importante como construir uma carreira profissional satisfatória. Se isso significa entrar num tipo de entendimento, então que seja - o casamento é um comprimisso feito por duas partes.

E digo-vos mais: não encontrarão muitas mulheres em casamento felizes que acordam um dia, com 45 anos, e descobrem que estavam demasiado ocupadas para ter filhos. Actualmente, a directora operacional da empresa Facebook , Sheryl Sandberg, encontra-se nas manchetes por ter escrito um livro com o nome "Lean In", que apelas às mulheres para não abdicarem das suas carreiras quando têm filhos, mas para encontrar uma forma de poder ter ambas.

É uma ideia interessante e uma que eu acho ser possível - mas na práctica isto requer 1) um parceiro que dê muito apoio e 2) a renúncia de qualquer tipo de ambição de chegar ao topo dos topos da hierarquia laboral.  Eu sei que não é justo, mas é muito melhor do que descobrir, aos 40 anos, que chegaste ao topo da árvore mas que o "atraso mensal" não se deve a uma gravidez mas à menopausa, e que nunca mais vais ter a chance de ser mãe.

Sim, a carreira profissional é gloriosa, e eu estimo a minha. Para além disso, eu apelo a todas as mulheres que não abdiquem das suas se puderem, mas não se isso significar a perda de algo muito mais precioso: uma família. Tal como Erin Callan diz:
O trabalho vinha sempre em primeiro lugar. Apercebo-me agora que não me valorizei. Infelizmente, apercebi-me disso tarde demais.

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5 comentários:

  1. Carreira em primeiro lugar dá mesmo nisso:

    Perde de conhecer um Homem especial
    Perde a oportunidade de formar uma família.
    Perde a capacidade de ter um filho
    Perde a feminilidade, doçura, delicadeza
    Perde o melhor tempo da sua vida para viver em família
    Perde a sua natureza feminina completamente

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  2. Percebam que ela quis arrumar um filho, naão um marido primeiro, se ela o tiver. Com essa feiúra, acho pouco provável.

    Nenhum carreirista tem família e carreira juntos sem apoio de cônjuge ou pais. Contem essa verdade para as feministas.

    Que elas continuem decepcionando-se com essas miragens. Como gostam de miragens, essas feministas! Parecem viajantes em desertos.

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  3. Contem essa verdade para as feministas.

    Me desculpe, mas é melhor contar para as paredes.

    Se contar às feministas elas vão dizer que a culpa é do machismo opressor, como sempre, ao invés de admitirem que as mulheres é que costumam errar em certas coisas.

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    1. Tem razão: feminista não escuta homem; só escuta as "amigas", os amigos gays, os especialistas de auto-ajuda e os psicólogos (geralmente feministas ou homos). O resto da comunicação com elas é um monólogo histérico. E se a lógica ameaçar os fracos argumentos delas, então apelam para os insultos ou nos viram as costas, fazendo com que falemos para as paredes. Só para provar que o homem com ela fala é um macho troglodita e opressor, intolerante, insensível, sexista, preconceituoso, estúpido, etc.

      Pura projeção, pois nos acusam de ser o que são.

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    2. As carreiristas estarão ocupadas demais posando de super-poderosas, fazendo compras fúteis e inúteis, exibindo-se para as amiguinhas, torrando dinheiro nos consultórios psicológicos ou psiquiátricos, fofocando ao telefone, etc. Mesmo quando conseguem filhos, estes ficam entregues às baratas ou em atividades-babás: cursos inúteis, tele-jogos, vícios, más companhias, entretenimentos perniciosos, etc. Um estilo de vida fracassado e falido.

      É bom que nem se lembrem de nós e sejam muito felizes criando gatos e assistindo (sozinhas) a filmes hidro-açucarados.

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