domingo, 28 de outubro de 2012

Não existe igualdade nas penas de prisão



Se és um criminoso condenado, a melhor coisa que podes ter a teu favor é o teu sexo. Um estudo recente levado a cabo pela professora assistente da Universidade de Michigan, Sonja Starr, apurou que, nos tribunais federais, os homens são alvo de penas de prisão mais longas, mesmo que eles tenham levado a cabo crimes iguais aos cometidos pelas mulheres.

O estudo reportou que, em média, os homens recebem penas de prisão 63% mais elevadas que as penas de prisão conferidas às mulheres.

Sonja Starr descobriu também que as mulheres que são presas por um crime, são significativamente mais susceptíveis de evitar acusação formal e condenação, e duas vezes mais susceptíveis de evitar encarceramento, se condenadas.

Outra pesquisa descobriu evidências do mesmo fosso entre os sexos, embora Starr afirme que a disparidade possa ser ainda maior do que a previamente suspeitado uma vez que outros estudos não levaram em conta os acordos feitos antes dos julgamentos e outros passos jurídicos dados pelos sistemas de justiça criminal antes das condenações.

Um estudo de 2009 sugere que esta diferença existe porque "os juízes tratam as mulheres de uma forma mais permissiva por motivos prácticos, tais como as acrescidas responsabilidades no cuidado de crianças."

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Fonte

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Curioso que cuidar de crianças seja motivo suficiente para conferir às mulheres penas mais reduzidas, mas as mesmas crianças já não sejam razão suficiente para explicar a disparidade existente nos salários. Dito de outra forma: se alguém alega que um dos motivos que gera a diferença salarial entre homens e mulheres é o facto das mulheres serem as principais responsáveis pelas crianças e, devido a isso, escolherem ficar mais tempo junto dos seus próprios filhos, essa explicação não é suficiente.

Isto revela a tradicional duplicidade do esquerdismo: as mulheres são as principais responsáveis pelas crianças se a alternativa a isso é ir para a prisão, mas já não são as principais responsáveis pelas crianças se a alternativa é passar 9 horas fechada num escritório. As crianças parecem ser, assim, peões neste jogo de poder e nesta guerra cultural sem trincheiras.

Pondo de parte este tratamento preferencial dado à "mulher oprimida", seria importante saber se as mulheres sem filhos recebem penas de prisão análogas às recebidas pelos homens no geral. Não tendo neste momento qualquer forma de confirmar ou refutar esta hipótese, pode-se especular e afirmar que a disparidade provavelmente se mantém porque o que causa a que as mulheres recebam penas mais leves não é o facto de terem filhos mas o facto de serem mulheres.

Escusado será dizer isto, mas o movimento misândrico com o nome de "feminismo" não se envolve na luta pela "igualdade nas penas de prisão" porque o feminismo não têm em mente a igualdade entre os sexos, mas - entre outras coisas - tratamento preferencial para as mulheres. Pior ainda, este movimento que supostamente luta pela "igualdade" não tem problemas alguns em defender publicamente que as mulheres não deveriam ir para a prisão precisamente por serem mulheres.

Portanto, quando uma feminista fala em "igualdade entre homens e mulheres", ela não fala em igualdade de responsabilidades  entre os sexos, mas só na "igualdade" de privilégios. Para uma feminista, "igualdade" significa tratamento preferencial sempre que possível, e tratamento idêntico, se for proveitoso.

Outra coisa que convém notar é o que as feministas pensam das mulheres: quando as feministas se esforçam para separar a mulher das consequências dos seus actos (ao desenvolver esforços que visam prevenir que a mulher cumpra penas de prisão), não estão elas a dizer que as mulheres não devem ser responsabilizadas pelo que fazem? Se sim, então o que é que esse movimento realmente pensa das mulheres?
A mulher, segundo o feminismo




2 comentários:

  1. http://oglobo.globo.com/blogs/pagenotfound/posts/2012/10/28/menino-vira-menina-agora-quer-voltar-ser-menino-472454.asp

    O caso de Brad-Ria-Brad está provocando uma discussão no Reino Unido. Cada vez mais cedo adolescentes estão sendo submetidos a tratamento para mudança de sexo. Estariam eles preparados para tal decisão e para o que vem depois?

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  2. Não mediu as consequências dos próprios atos? Agora, pague por eles!

    Feminismo: tratamento privilegiado, sim; igualdade, nunca!

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