Dediquei muito do meu trabalho de investigação ao estudo do Estado - a sua natureza, o seu crescimento e a sua relação com outros aspectos da vida.
Fui repetidamente atingido por um facto específico em torno de situações de expansão súbita ou extraordinária do Estado: quando os eventos s atingem um ponto crítico, aqueles que oferecem resistência - muitas vezes com a sua vida - tendem a ser pessoas com fé religiosa.
Na História dos EUA este grupo incluiu primariamente Anabaptistas, Testemunhas de Jeová e outras marginalizadas denominações Protestantes. Na Alemanha nacional-socialista, muitos dos opositores do regime eram Católicos Romanos, tal como o eram os polacos que se opuseram ao domínio comunista.
Os ateus como classe não se distinguiram como resistentes à tirania ou ao totalitarismo - embora alguns ateus individuais tenham oferecido resistência..
Claro que alguns do mais terríveis regimes [da História] - a União Soviética, a China comunista, a Coreia do Norte, [...] - tinham o ateísmo como parte integral da filosofia oficial do regime, e na Alemanha a Nacional-Socialista virtualmente nacionalizou muitas das igrejas Protestantes.
Os meus estudos deixam-me pessimista em relação às perspectivas de sobrevivência das sociedades livres, em parte devido a relação acima descrita. Quando os tiranos se apropriam do poder - normalmente em alturas de emergência - e usam a força para manter as pessoas em linha, apenas algumas pessoas com fé religiosa oferecem resistência (em vez de se tentarem aproveitar da situação).
Na maior parte do mundo [ocidental] a cultura moderna é em larga escala secular e mesmo anti-religiosa. Sem uma crença fundamental suficientemente forte para resistir até à morte, é pouco provável que resistência eficiente seja erigida.
Os piores chegarão ao topo, tal como F. A. Hayek avisou, e não prevejo que os membros da elite sejam outra coisa que não ateus devotos (embora em algumas sociedades como os EUA os tiranos possam fingir possuir fé religiosa).
Espero que a minha análise esteja errada visto que as implicações não são encorajadoras para aqueles que amam a liberdade e esperam que ela perdure.
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A implicação da análise do Robert Higgs é óbvia: se os grupos sociais mais susceptíveis de oferecer resistência aos tiranos são aqueles que se identificam com a moral Cristã, o que é que aqueles que tencionam o poder total farão aos mesmos?
Imagina que tu tencionas levar a cabo um golpe de estado bem sucedido, e, com isto, obter e manter o poder absoluto nas mãos dum restrito grupo de pessoas - tradicionalmente na tua família. Se soubesses que um grupo ideológico específico é mais susceptível de oferecer resistência aos teus planos e, por consequência, galvanizar o resto da sociedade contra ti, como é que tratarias esse grupo?
Tendo isso em conta, observa estes textos:
Conclusão:
Se és um ditador e queres manter o poder - ou se és alguém com planos para obter poder absoluto - o melhor que tens a fazer é reduzir a influência do Cristianismo.
Como fazer isso? Avançando com a agenda gay, com o feminismo, com o aborto, com o multiculturalismo e com tudo o que possa ser usado para atacar o Cristianismo histórico.
Se isso não funcionar, faz o que Hitler fez: infiltra-te nas igrejas e subverte-as a partir do interior.
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