quinta-feira, 22 de março de 2012

Monólogos da pedofilia

Ficamos a saber através desta notícia que a eurodeputada Ana Gomes conversou com o respectivo jornal sobre a iniciativa de interpretar “Os Monólogos da Vagina” (1996) no palco da política europeia.

Ela diz:

Quem deu a ideia foi uma das deputadas que representam a peça, a finlandesa Sirpa Pietikäinen, do PPE, e como esta peça já foi representada noutros parlamentos, no Congresso americano, no parlamento britânico ou no das Filipinas, entendemos representá-la também no Parlamento Europeu, a propósito do dia 8 de Março.
O convite para interpretar a peça, que se insere na celebração do V-Day, um movimento à escala global que pretende dar voz a várias campanhas para acabar com a violência contra as mulheres, “foi enviado para todas as deputadas para ver quem estaria interessada em participar”.

Ana Gomes já conhecia a peça.

Via-a representada há uns 14 anos, talvez, em Nova Iorque, quando estreou, com actrizes como a Whoopi Goldberg, a Susan Sarandon e outras, e também a vi representada em Portugal, pela Guida Maria, aderi logo à iniciativa. Acho que é uma experiência interessante.
Ana Gomes adiantou ainda que a iniciativa não tinha sido bem acolhida por todo o parlamento:
Ainda há dias apareceu uma peça no ‘Wall Street Journal’ que citava um deputado alemão conservador a dizer que não havia lugar no Parlamento Europeu para uma coisa destas. O problema é dele. Nós sentimo-nos bem a fazê-la aqui no Parlamento Europeu.
Mas ninguém perguntou a Ana Gomes se ela se sentia bem em fazer a peça. Como é muito comum entre a maioria das mulheres, ela usa sentimentos e emoções como forma de argumento ou forma de defesa duma posição.

Sentimentos são irrelevantes para a veracidade ou moralidade duma práctica. A questão é: quais foram os motivos que levaram o conservador alemão a afirmar que uma peça como esta não tinha lugar num palco como o Parlamento Europeu? A Ana Gomes não diz (e se calhar nem pode) mas há algumas pistas.

Eve Ensler, a autora da peça, parece ser da opinião que a pedofilia feminina pode ser uma experiência "libertadora". Na peça de sua autoria, Ensler conta a historia duma menina de 13 anos que é sexualmente abusada por uma mulher adulta.

Depois de críticas públicas, ela mudou a idade da rapariga de 13 para 16 anos. Deduz-se que se não houvesse criticismo público, a idade da figura literária teria-se mantido.

Isto demonstra mais uma vez que, ao contrário do que muitos conservadores Cristãos podem pensar, a opinião pública tem um peso enorme na forma como a elite esquerdista se move.

O que se segue é uma citação da peça onde o abuso sexual da menina é apresentado como uma "experiência libertadora".

Depois disto, a bela mulher ensina-me tudo sobre a minha Coochi Snorcher [vagina]. Ela faz-me brincar comigo mesma à sua frente e ensina-me as diferentes formas de retirar prazer de mim mesma.

Ela é minuciosa. Ela diz-me para saber sempre como dar prazer a mim mesma como forma de nunca depender dum homem.

No dia seguinte fico com medo de me ter tornado numa butch [lésbica] devido ao facto de estar tão enamorada por ela. Ela ri-se mas nunca mais a vejo.

Apercebi-me mais tarde que ela foi a minha salvação - surpreendente, inesperada e politicamente correcta. Ela transformou a minha triste coochi snorcher e elevou-a para uma espécie de céu.

Mais tarde na peça, Ensler põe a menina a reflectir sobre a sua experiência:
As pessoas agora dizem que o que se passou foi uma espécie de violação . . . . Bem, a isso eu respondo que, se foi violação, foi uma boa violação visto que transformou a minha triste coochi snorcher e elevou-a para uma espécie de céu.
Como se pode ver pelo texto, a escritora da peça "Monólogos da Vagina" está a promover ideias nojentas e imundas.

Para além disso, a dualidade de critérios é assombrosa. Se um homem fosse apanhado a expressar ideias deste tipo em torno de meninas, ele seria perseguido, atacado e provavelmente preso. Com toda a justiça, diga-se de passagem.

Mas quando uma mulher esquerdista faz exactamente isso, as feministas saúdam, aplaudem, financiam e propagam a peça como se fosse o gesto um raio de luz para as mulheres do mundo.

Aparentemente a pedofilia só é má quando é feita por homens.


2 comentários:

  1. "Sentimentos não irrelevantes para a veracidade ou moralidade duma práctica"

    Não seria: Sentimentos SÃO irrelevantes para a veracidade ou moralidade duma práctica

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