domingo, 25 de março de 2012

Feminista ataca mulheres que escolhem ficar em casa

Num artigo publicado no Washington Post, Linda Hirshman, uma auto-proclamada "filósofa feminista" (seja lá o que isso for), trata as mães que ficam em casa junto dos filhos com a curiosidade dum antropólogo que se depara com uma anteriormente desconhecida tribo indígena.

Hirshman parece estar "assustada e confusa" pela bizarra criatura conhecida como "mãe caseira". O que é que justifica este comportamento bizarro?

Eis o que Hirshman diz:

As tarefas envolvidas no cuidado da casa e na criação dos filhos não são dignas dos talentos a tempo inteiro dum ser humano educado e inteligente. Esse tipo de actividades não requerem um intelecto notável, não são honradas e não envolvem riscos e as recompensas que são produzidas por esses mesmos riscos.
É incrível como a escravidão de se trabalhar a tempo inteiro num escritório de advocacia é visto como digno para os "talentos a tempo inteiro" da mulher, mas uma mãe que se queira dedicar a educar os filhos já não leva a cabo actividades que requerem um "intelecto notável".

De forma bizarra, Hirshman lança a pergunta:

Oh, e onde estavam os pais durante o tempo em que todas estas funções caseiras estavam a ser distribuídas?
Bem, se eles têm uma esposa a cuidar da casa, então provavelmente eles encontravam-se nos empregos a trabalhar para a família. Para além disso, para a maior parte das mulheres o termo certo é "mãe" e "esposa" e não "trabalhadora doméstica".

Mais tarde Hirshman dá apoio ao ponto de vista que defende que as mulheres deveriam recusar fazer 70% das tarefas domésticas, ignorando por completo o facto de que, se as mulheres fazem apenas 70% das limpezas, isso é muito revolucionário considerando a quantidade de limpeza que os homens têm que fazer antes de passarem a coabitar com uma mulher.

Hirshman apareceu no programa "60 minutes" onde chocou algumas pessoas quando relatou que as mulheres que se licenciam de boas universidades estavam a tomar a "decisão errada" quando abandonam as carreiras e dedicam-se aos filhos e à família.

Portanto, segundo algumas feministas, as mulheres são "livres" de tomar as suas decisões, desde que essas decisões estejam de acordo com o que a elite feminista quer. Isto demonstra de forma cabal que o feminismo não gira em torno das escolhas individuais das mulheres mas sim em torno das "escolhas certas" conforme determinadas por pessoas como a Linda Hirshman. Como uma feminista, seria de esperar que Hirshman resistisse à tentação de infantilizar mulheres adultas, mas ela afirma que "apenas está a fazer perguntas difíceis às mulheres."

Na verdade, ela está a expressar uma visão do mundo intolerante onde as mulheres que não trabalham são umas derrotadas. Hirshman não está apenas a expressar uma opinião em torno do que ela pensa ser o melhor; ela está a afirmar que qualquer mulher que toma uma decisão diferente daquela que ela defende, está "errada".

Pelos vistos, as mulheres não são livres para tomar decisões que contradigam o que as feministas determinam.

Como seria de esperar, Hirshman ficou "perplexa" com a resistência que as suas palavras geraram. No entanto, ela rapidamente concluiu que toda a oposição que recebeu é criada por "fanáticos religiosos" dispostos a impor a visão Bíblica da maternidade em toda a sociedade.

Obviamente que isto é falso. Esta desculpa é apenas uma forma de harmonizar a sua propaganda feminista com a óbvia discrepância entre o que o feminismo diz e o que as mulheres genuinamente desejam para as suas vidas.

Fonte


8 comentários:

  1. Se os homens quiserem ficar em casa, será que as mulheres os vão sustentar?

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    1. Provavelmente sim, mas nem ela nem ele serão felizes.

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  2. Considero-me um ser humano educado e inteligente. Mas tivesse eu um marido que me sustentasse mais à filha que eu passaria a "doméstica" num piscar de olhos.

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  3. Nenhuma mulher admite homem em casa. Taí a igualdade feminista. Inferiorização da mulher que escolhe diferente, por parte das próprias mulheres que alegam defendê-la.

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  4. É o que eu sempre digo aos meus amigos: Se prefere que a mulher fique carimbando documentos, mandando e-mails e atendendo telefonemas do que em casa cuidando dos seus filhos, você precisa cortar seu saco fora

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  5. Se quiserem perceber como a idéia dessa "filósofa" encontra reflexo faz muito tempo em nossas vidas, basta lembrarmos do termo "do lar", muito difundido e disseminado no Brasil pelas mães que começaram a se constranger com a imagem que foi feita de uma dona de casa

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  6. "As tarefas envolvidas no cuidado da casa e na criação dos filhos não são dignas dos talentos a tempo inteiro dum ser humano educado e inteligente. Esse tipo de actividades não requerem um intelecto notável, não são honradas e não envolvem riscos e as recompensas que são produzidas por esses mesmos riscos."

    Eu acho que ela não é, não teve ou nunca conheceu realmente uma boa dona de casa.. Uma boa mulher propõe atividades, brincadeiras, colabora com a educação dos filhos, ensina pra um dia ver os filhos se tornarem grandes pessoas... Nenhuma promoção no emprego, elogio do chefe vai ser maior que isso

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  7. "A mulher que nao trabalha é vista pela sociedade como uma derrotada".Triste realidade :(

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