domingo, 29 de setembro de 2013

Quais são as causas da frigidez sexual da mulher moderna?

Por Henry Makow

Marie N. Robinson MD, uma psiquiatra com qualificações obtidas na Universidade Cornell, dedicou-se maioritariamente ao tratamento da frigidez. O seu livro, The Power of Sexual Surrender (1958), é um estudo revelador em torno da psicologia feminina. Infelizmente, o livro está virtualmente fora dos catálogos de venda. E porquê? Porque é politicamente incorrecto.

A Drª Robinson afirma que milhões de mulheres americanas sofrem de frigidez sexual, e embora ela explore várias causas para isto, ela ressalva que, de modo universal, as mulheres frígidas adoptaram o ponto de vista feminista. Esta visão - de que a vida de mãe e esposa são humilhantes - gera um impasse emocional que obstruí a resposta sexual e o desenvolvimento psicológico. Robinson escreve que a identidade da mulher encontra-se dentro dum "altruísmo feminino essencial". A sua auto-expressão e o seu poder fundamentam-se em fazer do marido e dos filhos a sua primeira prioridade. Semelhantemente, a sua satisfação sexual e a sua fecundidade espiritual dependem da sua  auto-rendição (ou auto-entrega).

Diferenças Sexuais

Robinson afirma que os homens e as mulheres são naturalmente distintos; os homens foram criados para dominar o mundo externo (físico) e as mulher para dominar o mundo interno (espiritual) e a casa. Isto não são estereótipos sociais, como defendem as feministas:

As mulheres foram feitas para tarefas distintas daquelas do mercado de trabalho, e inteiramente feitas para outro tipo de stress. . . .  Elas tendem a perder a sua feminilidade essencial se permanecem [no mercado de trabalho] por escolha sua. (página 149)

Segundo Robinson, a mulher moderna sofre duma crise de identidade porque elas pensam que já não são necessárias como mulheres. Antes da revolução industrial, o lar era o centro de toda a vida e a mulher era o coração do mesmo. Ela cuidava e educava as crianças, preparava a roupa e a comida, e ajudava nas tarefas da quinta. A revolução industrial parece ter tornado a mulher obsoleta; as crianças não eram mais necessárias e eram até consideradas uma dependência. Tudo passou a ser comprado nas lojas, e a casa passou a ficar vazia. As crianças foram para a escola e o marido para o emprego.

A resposta feminina para esta nova realidade foi virar-se contra a sua própria essência de mulher. Mary Wollstonecraft escreveu um manifesto feminista - Vindication of the Rights of Women (1792) - onde proclamava que as mulheres eram idênticas aos homens, e onde promovia a masculinidade junto das mulheres. Segundo Robinson, "o credo feminista desacreditou por completo as necessidades e as características femininas, e substituiu os objectivos masculinos pelos objectivos femininos." (53)

A outra resposta feminina para a revolução industrial não foi feminista mas "Vitoriana." Robinson afirma que as mulheres Vitorianas "vingaram-se" dos homens ao afirmarem que as mulheres não tinham qualquer tipo de sentimentos sexuais. Elas "foram surpreendentemente bem sucedidas em convencer os homens no geral e até os cientistas desse tempo de que a frigidez era de facto um atributo básico das fêmeas."(54)

Portanto, as mulheres feministas e as mulheres Vitorianas lançaram as bases para a neurose feminina actual.

A depreciação dos objectivos da feminilidade, tanto biológicos como psicológicos, tornou-se parte integrante da educação de milhões de meninas americanas. As tarefas domésticas, a gravidez, a educação de crianças, as virtudes da paciência, amorosidade e a capacidade de entrega dentro do casamento, foram sistematicamente desvalorizadas. A vida das conquistas masculinas foram substituídas pela vida das conquistas femininas. (55)

A Desvalorização Feminina e o Ódio a Si Mesma

O antagonismo feminista-Vitoriano dirigido aos homens foi passado de mãe para filha de modo a que "para milhões de mulheres, a hostilidade dirigido ao sexo oposto é quase uma lei natural. Embora muitas mulheres modernas possam afirmar da boca para fora o ideal dum casamento apaixonado e produtivo, dentro de si elas têm um ressentimento contra o seu papel feminino, para além de olhar para o homem como alguém fundamentalmente hostil a elas, como alguém que as explora. Dentro do seu coração, e muitas vezes sem se aperceber disso, elas desejam superá-lo e inverter os papéis com ele." (página 56)

Robinson afirma que se o feminismo tivesse trazido felicidade para a mulher, então o jogo poderia valer a pena.

Mas não trouxe. O jogo trouxe frigidez, inquietação, uma taxa de divórcio cada vez mais alta, neurose, homossexualismo, delinquência juvenil - tudo coisas que são o resultado do facto da mulher abandonar a sua verdadeira função. (56)

A Dra Robinson escreve que mal este "impasse" emocional seja removido, os instintos naturais da mulher fluirão e a saúde será restaurada. Essencialmente, isto envolve "ela permitir confiar no seu marido duma forma bem profunda. Isto significa que ela finalmente se apercebe que ela não tem mais que temer ou opor-se à sua força, mas sim que ela pode depender e confiar nela [na força masculina do marido], de modo a dar-lhe o clima de segurança necessário para o pleno florescimento de sua feminilidade." (153)

Para um profundo orgasmo vaginal, escreve Robinson, "a excitação vem do acto de rendição. Há um aumento tremendo do êxtase físico no acto da entrega e no sentimento de ser o instrumento passivo de outra pessoa..." (158) Por outro lado, a mulher que não confia no amor do marido e, como consequência, na sua própria feminilidade, tem uma abordagem de vida "difícil, dolorosa e frenética". Ela encontra-se em guerra contra ela mesma, e na cama, ela tem que se sentir "no controle o tempo inteiro."

Robinson considera o clitóris como um vestígio masculino. Com isto, ela sugere que a mulher pode mesmo assim ser frígida mesmo que ela se encontre sexualmente activa e mecanicamente hábil. A sexualidade feminina depende da "confiança absoluta" no homem, o que permite que a mulher receba em pleno e responda em pleno.

A Drª Robinson afirma que não há nada na vida mais importante que o amor, e que o casamento é a chave para o desenvolvimento humano. Segundo ela, o poder do amor é sentido no mundo através desta relação.

O amor significa, de modo profundo, uma união entre indivíduos.... É o impulso mais básico e mais profundo que temos, e o seu poder para o Bem é ilimitado... o parceiro amoroso torna-se tão importante como a si próprio....Este facto é o porquê do amor verdadeiro não levar à dominação ou a uma luta pelo poder.... (129)

O Feminismo Como Arma da Elite Para o Despovoamento

A importância do livro "The Power of Sexual Surrender" é profundo. Ao coagir as mulheres a abandonar a sua feminilidade e a usurpar o papel masculino, o feminismo lança uma chave-inglesa sobre o mecanismo heterossexual natural da humanidade. Milhões de mulheres encontram-se hoje condenadas a uma vida de solidão e frustração. Semelhantemente, os homens são privados do seu papel de protector e de provedor que é essencial para o seu desenvolvimento e para a realização.

O sucesso de tal ideologia mal-dirigida, e a supressão da verdade, significa que o controle do mundo passou para as mãos duma força maligna. Tal como já mostrei em artigos prévios, uma elite amoral fomenta o feminismo como parte duma agenda de longa duração tendo em vista a separação da cultura ocidental das suas amarras culturais e religiosas.

Instituições com isenção de impostos, os média, a CIA e o Partido Comunista dos EUA estão todos por trás da promoção desta disfunção sexual mascarada de feminismo. O propósito é destruir a família natural, diminuir a população mundial, criar a ilusão dum desenvolvimento humano e desestabilizar a sociedade. Nós somos um luxo que os super-ricos não podem mais sustentar, e o nosso governo faz parte desta agenda que tem como plano criar uma "Nova Ordem Mundial" materialista e totalitária. As feministas que são contra a NOM são, de facto, agentes involuntários [idiotas úteis] dessa mesma organização.

Conclusão:

Encorajo as mulheres a ter uma carreira profissional, se esse for o seu desejo; mas se elas querem uma carreira e uma família, a carreira profissional deve ser algo secundário. (Obviamente que os homens e as mulheres devem ser tratados da mesma forma nos locais de trabalho.)

O livro da Drª Robinson confirma a minha tese de que as mulheres querem amor e os homens querem poder. O casamento heterossexual [ed: o único que existe] fundamenta-se na troca do poder mundano feminino pelo amor masculino. A mulher que busca poder está a neutralizar-se a ela mesma, e a neutralizar o marido. Ela não irá receber o amor dum homem cuja identidade é baseada no poder, e ele não amará alguém com quem está em competição. Ele não tem como amá-la desta forma: este é o dilema que as feministas actuais têm que resolver.

Tal como Marie N. Robinson confirma, a mulher ama confiando o seu poder ao homem certo - o marido. Por sua vez, ele usa esse poder para defender os interesses da esposa. Portanto, ela dá poder ao marido e canaliza esse poder de uma forma socialmente construtiva.

O verdadeiro poder da mulher é o poder do amor e o poder da auto-rendição.

Fonte: http://ow.ly/pjAhV.



sábado, 28 de setembro de 2013

A revolução que vem do topo

Porque é que a "Esquerda" nas suas mais variadas manifestações - Comunistas, anti-fascistas, feministas, proponentes do multiculturalismo e outros inimigos da civilização Europeia tradicional - tem, regra geral, recursos consideráveis ao seu dispor? Porque é que tais pessoas são frequentemente recompensadas com lugares de influência nos média e no mundo académico?

A resposta é bastante simples: a Esquerda genérica é a criação e a protegida do verdadeiro poder - o Grande Capital -, e a dissolução das nações Cristãs ocidentais tem sido o propósito da elite financeira cosmopolita há já muito tempo. É precisamente por isso que o livro de Kerry Bolton se chama "Revolution from Above".

O autor foca-se maioritariamente na destruição dos valores tradicionais e das instituições sociais, especialmente a família, através da política, do mundo académico e dos meios de informação. O livro contém também capítulos valiosos em torno do papel de Wall Street nas revoluções mundiais - desde a usurpação da Rússia por parte dos Bolcheviques em 1917, até aos fortemente subsidiados e amplamente notificados golpes de estado dos últimos anos - tais como as "revoluções coloridas" das várias repúblicas Soviéticas até à Primavera Árabe.

Com este bem documento trabalho, o Neo-zelandês Bolton coloca-se dentro duma orgulhosa tradição Anglo-Saxónica de genuínos historiadores contemporâneos, na mesma linha de Nesta Webster, Douglas Reed, A. K. Chesterton e Ivor Benson.

Raízes

Bolton localiza o princípio do fim da civilização Ocidental no momento em que os mercadores e os banqueiros começaram substituir a aristocracia fundiárias como a classe  dominante, trazendo consigo o nascimento da usura, industrialização, urbanização e a miséria social. O paradoxo aparente é que foram essencialmente estas as forças que criaram e nutriram o socialismo. Como Bolton demonstra, no entanto. o socialismo nunca foi inimigo do Grande Capital, mesmo que a vasta maioria dos socialistas tenha vivido e morrido a acreditar nessa ilusão.

Bolton nota que este desenvolvimento pode ser documentado logo no tempo da Revolução Francesa, mas ele escolhe começar a sua narrativa no período da Revolução Russa de 1917. Que a usurpação Comunista da Rússia foi fortemente financiada por Wall Street é um facto indisputável, mas sistematicamente ignorado pelos livros de história e documentários televisivos. O maior financiador individual da Revolução Bolchevique foi provavelmente Jacob Schiff, líder do banco de investimento Judaico   Kuhn, Loeb & Co. Convém ressalvar que o seu parceiro na firma, o cunhado Paul Warburg, foi o arquitecto do Sistema da Reserva Federal. O irmão de Warburg, Felix, foi casado com a filha de Schiff, Frieda.

Bolton escreve:

Desde os tempos do Presidente Woodrow Wilson que os EUA têm investido numa politica externa que tem sido ditada pelos banqueiros internacionais, principalmente através do CFR. Esta política externa nada mais é que uma "revolução mundial", vasta, extensa e subversiva que nem mesmo Trosky e os Bolcheviques chegaram algum dia a promulgar. [p. 227]

O "Council on Foreign Relations" (o em cima mencionado ”CFR”) foi fundado no ano de 1921, mas esta fundação foi apenas uma formalidade uma vez que o CFR era liderado pela mesma camarilha de plutocratas que, com os seus aliados académicos e jornalísticos, conduziam a economia Americana e a política externa através da presidência de Woodrow Wilson (1913 and 1921). O CFR e o seu gémeo transatlântico, o "Royal Institute of International Affairs" (com sede em Londres), foram na verdade concebidos no dia 30 de Maio de 1919, no Hotel Majestic em Paris, durante as negociações do Tratado de Versailles. Estas duas instituições têm sido as pedras angulares da estrutura de poder global da plutocracia organizada dede então.

Muito pouco mudou desde que o Presidente Woodrow Wilson levou os EUA para uma guerra sob slogan hipócrita "tornando o mundo um lugar seguro para a democracia". O seu sucessor, Franklin D. Roosevelt, envolveu o país na Segunda Grande Guerra com a mesma duplicidade e a mesma retórica pomposa, e, de facto, inaugurou um período de relações ainda mais amigáveis com o mundo Comunista. Ambos estavam sob o controle dos mesmos endinheirados cosmopolitas, tais como  Bernard Baruch, que era conselheiro de ambos. [ed: Baruch foi o homem que cunhou o termo "Guerra Fria", para descrever a relação entre os Soviéticos e os Americanos.]


Claramente, o Senador Joseph McCarthy não se encontrava a batalhar contra moinhos de vento quando ele alertou o seu país da infiltração Comunista nos pontos mais elevados do poder Americano. Embora ele não entendesse, pelo menos inicialmente, esta não era apenas uma rede de espiões, mas sim algo muito mais poderoso e maligno. Bolton cita o historiador oficial do CFR, Peter Grosse, do seguinte modo:

Preocupações que pareciam ser mais importantes no início da década de 1950 abateram-se. A nação estava em perigo de sucumbir ao frenesim de alerta vermelho, marcado pela ascensão mediática do Senador Joseph R. McCarthy. Sem surpresa alguma, a membrasia do Concílio parecia estar solidamente unida no seu desprezo pelo demagogo do Wisconsin; afinal, sob a sua provocativa retórica encontra-se um ataque tímido à política externa do establishment de toda a Costa Este, cujos membros se reuniam regularmente numa sala de conferência fechada na Harold Pratt House. [p. 43]

É por este motivo que o nome do valente Senador continua continua a ser arrastado pela lama até aos dias de hoje, e o seu nome é tido como sinónimo de paranóia política.

Bolton afirma que se não fosse pela existência de Estaline, o rápido desenvolvimento do governo mundial que hoje em dia está a ganhar forma já teria sido estabelecido logo após a guerra. O propósito original das Nações Unidas era o dela se tornar numa instituição ainda mais poderosa e mais eficiente do que aquela que ela se tornou. O tirano Soviético não eliminou todos os seus rivais domésticos para se tornar num mero lacaio dum poder externo e internacionalista. Portanto, a Guerra Fria não foi no seu todo um falso conflito.

Quando a União Soviética finalmente foi dismantelada, as mesmas forças não perderam tempo para avançar com a sua antiga ideia dum governo global que tornaria o mundo seguro para a exploração financeira.

Hoje, o "Council on Foreign Relations" opera através de instituições financiadas pelo governo, mascaradas de organizações independentes agindo para promover ideais nobres, tais como "National Endowment for Democracy", "Freedom House" e o "International Republican Institute".

Um dos méritos do livro é facto de não só listar neo-conservadores infames sedentos de guerra como John Podhoretz, William Kristol, e Paul Wolfowitz, mas também figuras menoso conhecidas tais como Max Schachtman e os seus discípulos tais como Tom Kahn, que teve influência considerável sobre a politíca externa de Reagan, e Carl Gershman, que por muitos anos foi o chefe da "National Endowment for Democracy".

Todas estas pessoas eram Trotskyists que, a dada altura, mudaram a sua estratégia e enrolaram-se com as Listras e as Estrelas [ed: a bandeira americana] como forma de avançarem com a ideia da revolução mundial de um modo mais eficaz.




quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Mãe adoptiva acusada de matar bebé de 2 anos

Uma mãe adoptiva do Texas está a ser acusada de assassinar Alexandria Hill de 2 anos.

Alexandria Hill
Sherill Small chamou o 911 [número de emergência] no dia 29 de Julho e disse que a pequena Alexandria tinha parado de respirar. A menina foi então levada para  um hospital da área de Rockdale area hospital, e daí voada para o "White Children’s Emergency Hospital" em Temple, onde ela permaneceu em coma até que foi retirada do suporte de vida na Quarta-Feira.

Segundo o Chefe-Policial de Rockdale, Thomas Harris, Sherill Small tentou esconder o que causou as lesões de Alexandria. Os médicos afirmaram que Small deu explicações à policia que não estavam de acordo com as lesões da bebé.

Inicialmente, a sua história foi a de que a criança estava a correr para trás quando caiu. Este tipo de lesões não são obtidas por crianças de 2 anos a correr para trás e a cair.

Os médicos afirmaram que a Alexandra tinha hemorragia da retina em ambos os olhos, bem como hemorragia no cérebro. A princípio, Small disse que se encontrava baloiçar a Alexandria em círculos quando acidentalmente largou as suas mãos. Mas tarde ela admitiu que estava frustrada com a menina e que ela a balançou sobre a sua cabeça e para baixo, perto do chão, três vezes. À terceira vez a cabeça de Alexandria bateu no chão. Sherill Small foi presa no dia 1 de Agosto e acusada de homicídio criminal.

O pai de Alexandria, Joshua Hill, disse que a sua filha foi colocada num orfanato porque ele e a mãe da bebé "fumavam maconha por essa altura”. Os registos do tribunal revelaram que a mãe da menina tinha uma condição médica que não lhe permitia ficar sozinha com a criança.

Hill disse que Alexandria foi mudada para a casa de Sherill Small depois dele e da sua esposa se queixarem de que a casa anterior onde ela estava não era suficientemente segura. Ele disse que o bebé chegava para os momentos de visitação com contusões e com mofo e bolor no saco. A dada altura, Hill disse à policia o teria de prender porque ele não queria que ela voltasse para o orfanato.

Mas as coisas não ficaram muito diferentes na companhia de Sherill Small, afirmou Hill. No entanto, Alexandria parecia feliz com ela, e Small era uma mãe adoptiva documentada e com licença obtida na Texas Mentor. Small obteve a custódia de Alexandria em Janeiro último, e teve que passar por treinamento como parte do seu licenciamento.

Joshua Hill e Mary Sweeney, a mãe da Alexandria, trabalham agora para processar o estado e a agência adopção. Sherill Small encontra-se retida com uma fiança de  $100,000.

Fonte

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Portanto, as mulheres

1) Arracam olhos de crianças,
2) São as mais prováveis iniciadoras do ciclo de violência,
3) Entornam molho picante nos olhos duma criança,
4) Esquartejam os ex-maridos e os amantes,
5) Dão 100 (cem) facadas numa criança,
6) São os adultos mais prováveis de matar uma criança,
7) Decapitam os próprios filhos,
8) Tentam afogar os filhos em vasos sanitários,
9) Matam os filhos por estes não as deixarem jogar Farmville,
10) Esfaqueiam crianças,
       ......... etc, etc, etc
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No entanto, embora o homem e a mulher sejam igualmente capazes de actos de violência, a sociedade actual dedica a maior parte do seu tempo e dos seus esforços em medidas que visam "resolver" a violência que aflige exclusivamente as mulheres. (Coloco "resolver" e não resolver (sem aspas) porque, na realidade, os poderes estabelecidos não estão interessados em acabar com a violência doméstica mas sim usá-la como arma de subversão cultural.).





terça-feira, 24 de setembro de 2013

Hungria pagou o que devia e quer FMI fora do país

A Hungria saldou a dívida de 25 mil milhões de euros com o FMI e o primeiro-ministro já afirmou que quer a instituição fora do país.
Em 2011, o primeiro-ministro húngaro, o conservador Viktor Orbán, prometia punir os seus antecessores socialistas, acusando-os de afundar o país em dívida. Agora, de acordo com o site em língua alemã National Journal, o primeiro-ministro nacionalista disse ao FMI que a Hungria não quer nem precisa de mais assistência financeira desta instituição.

Há cinco anos, a Hungria recebeu do FMI um empréstimo de 25 mil milhões de dólares. Depois de saldada a dívida, o primeiro-ministro já anunciou que o país não vai renovar a assistência financeira, para evitar mais escrutínio às suas políticas.

A Hungria quer, assim, assumir a soberania sobre a sua própria moeda, passando a emitir livremente a sua dívida pública, à medida que considerar necessário. Os resultados já são notórios: a economia do país, anteriormente pressionada por um profundo endividamento, recuperou rapidamente.

O ministro da Economia húngaro anunciou que, graças a uma “política orçamental disciplinada”, o país pagou os restantes 2,2 mil milhões de euros do empréstimo a 12 de agosto de 2013, muito antes do prazo definido, março de 2014. 

Orbán declarou que “a Hungria goza da confiança dos investidores”, pelo que não irá assumir mais compromissos com o FMI, a Fed “ou qualquer outro tentáculo do império financeiro Rothschild”. 

Pelo contrário, irá trabalhar com investidores que “produzam na Hungria, para os húngaros, e criem verdadeiro crescimento económico”.

Fonte

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Note-se mais uma vez que dependência financeira resulta em dependência ideológica. É (também) por isso que a União Europeia faz todos os possíveis para empobrecer as nações que caíram no seu laço económica. Isto também explica o porquê da Hungria, apesar dos seus muitos erros, continuar a ser atacada pelos média internacionais de modo incansável, ao mesmo tempo que países como Cuba e Coreia do Norte pouca atenção recebem.



domingo, 22 de setembro de 2013

Álvaro Cunhal - Traidor e servo da URSS

Com um espectáculo bem montado correm as comemorações sobre o centenário de um cidadão nascido em Portugal, a quem foi dado o nome de baptismo de Álvaro Barreirinhas Cunhal (AC).

O moço cresceu varonil e foi revelando um conjunto de qualidades difíceis de reunir numa mesma pessoa: inteligência, coragem e determinação, invulgares; sensibilidade artística aliada a uma inegável força psíquica interior; rara intuição, cultura e coerência política; frieza de raciocínio e calculismo na organização e planeamento; ascetismo, discrição e exemplo nas atitudes, etc.

Testemunhos dados à estampa levam-nos a pensar, até, que o personagem tinha espírito de humor, gostava de petiscos e era um pai, irmão e companheiro, extremoso.

Este, em traços gerais, o retrato que nos aparece do homem, se bem que ele nos tivesse sempre induzido a pensar que não pertencia ao género humano.

Este homem, porém, cresceu e desenvolveu-se embebedando-se (como diria Pessoa) de leituras e convicções marxistas, fixando-se a sua matriz política final, na mais depurada ortodoxia comunista.

Afirmando-se ateu foi, afinal, um crente. Substituiu, apenas, o dogma católico de sua mãe, pelo dogma do Marxismo-Leninismo. Em vez de Deus serviu o Diabo – na eterna luta entre o Bem e o Mal…

Nele, Álvaro, o ideal comunista – uma doutrina profundamente errada por economicamente incompetente, socialmente redutora, inexequível por anti -natural e de implantação tirânica e sanguinária – plasmou-se como uma verdade absoluta, irredutível, terminal.

Uma ciência infalível, mítica, criadora de um “homem novo”, em que os fins justificavam todos os meios.

Nessa voragem apocalíptica se empenhou até ao fim, sem tergiversar, mesmo depois de Gorbatchev e a queda do muro de Berlim, ter deixado o Comunismo órfão e definitivamente desacreditado. Numa coerência, que muitos sublinham como atributo admirável, esquecendo-se de acrescentar que foi uma coerência no erro!

E uma coerência de Anjo caído, maligna.

Não sendo suficiente ter o erro como objectivo e a perfídia como meio, fazia parte da essência da ideologia torna-la extensiva a todos os povos da terra, assim como o imperialismo napoleónico quis transportar a “luz” da “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” – antepassado remoto do novo “sol na terra” – na ponta das baionetas, a fim de libertar os povos dos seus “tiranos”.

Os portugueses sabem bem o que isso foi, pois ficaram com a terra retalhada e cerca de 10% dos seus, trucidados no processo. Alguns descendentes jacobinos ainda hoje lhes tecem loas…

O “quartel – general” das forças “vermelhas” da “foice e martelo, em punho”, que passaram a querer impor o modelo ao planeta, situava-se no centro geopolítico do antigo Ducado da Moscóvia – num antigo edifício conhecido por Kremlin – a quem todas as forças espalhadas pelo mundo passaram a reportar e a obedecer.

O mesmo se passou com o PCP, desde a sua fundação, em 1921, atingindo especial fulgor e empenho, justamente, durante a direcção de AC.

Nisto se consubstanciou a primeira traição do “Comité Central”, à Nação que queriam governar.

Por outras palavras, o PCP nunca se pôde considerar um partido português e serviu sempre de correia de transmissão de uma potência estrangeira, inimiga de Portugal: a URSS.

Não ficou por aqui a traição do PCP – o termo é este, e o crime que configura sempre fez parte (e ainda faz) do Código Penal Português – pois quando os territórios ultramarinos portugueses começaram a ser atacados desde os anos 50 pelo capitalismo apátrida e pelo Comunismo (então ampliado pelo “Terceiro-Mundismo”) o dito Partido, que tem o supremo despautério de se dizer “patriota”, colocou-se ao lado destes últimos e dos movimentos subversivos que nos emboscavam as tropas, promovendo, ainda, a subversão na retaguarda - incluindo a violenta - que era a Metrópole.

E assim se mantiveram até ao golpe de estado de 25/4/1974, quando ajudaram a atirar o poder para a rua; ao abastardamento das FA e à criminosa “Descolonização”, atitude que fez averbar à URSS, a sua maior vitória, no último pico da Guerra – Fria.

Por tudo isto as cerimónias do nascimento de AC deveriam ter lugar em Moscovo - numa praça esconsa por, entretanto, o povo russo se ter livrado dos “slogans” do “comunismo científico”, do “materialismo dialético” e do “internacionalismo proletário”, que custaram à Humanidade centenas de milhões de mortos e sofrimentos inomináveis, apenas comparáveis ao flagelo das hordas de Tamerlão!

Por isso ter cartazes no Liceu Camões, em Lisboa (por ex.), onde se pode ler que AC foi “um grande lutador pela Liberdade, Democracia e Socialismo” é apenas um exemplo despudorado de como “com papas e bolos se enganam os tolos”…

AC era comunista, não socialista; “liberdade” na boca de um comunista é impropério e “democracia” é apenas fachada de uma parede falsa (eles até dizem que é “de vidro”). Pode, até, ser considerado ofensivo para quem milite em semelhante ideologia…

E ver o brilhozinho nos olhos da Judite de Sousa, no programa da TVI, que incensou o personagem é perfeitamente patético e delirante. Deviam enviá-la à Coreia do Norte fazer reportagens, sem se esquecer de levar uns euros - da larga soma com que a ressarciam para fazer destas “reportagens” – a fim de poder distribuir uns óbolos, com que os famintos de lá, pudessem sorver umas malgas de arroz.

Afinal comunismo é isso: distribuir por igual os ganhos obtidos…

Que a maioria da população, com especial destaque para as camadas mais instruídas, forças políticas e órgãos de comunicação social, assistam a tudo isto com uma passividade bovina é que é verdadeiramente preocupante.

Não conseguir reagir às mais grosseiras mentiras – “uma mentira repetida mil vezes, torna-se uma verdade”, é uma das receitas mais afamadas do cardápio leninista – como é o caso da exploração do infeliz incidente com a Catarina Eufémia, em Baleizão, é de uma perigosidade sem limites.

Enfim, qualquer dia ainda lhe fazem uma estátua (ao AC) – paga com os nossos impostos – e transladam os restos mortais de tão prestimoso defensor da classe operária (se bem que os descendentes das vítimas das purgas no interior do Partido, devam ter ideia diferente) para o Panteão Nacional…

Assim se preservam para o futuro as indignidades históricas, as mentiras políticas e as perversões humanas.

Aguardo que as “despesas” sobre este assunto não fiquem apenas por minha conta.

João J. Brandão Ferreira - Oficial Piloto Aviador




Comentário do editor do blogue "Arquivo Reaccionário":

« A memória histórica é muito importante. Sou a favor de uma "Avenida Álvaro Cunhal" em cada cidade portuguesa. Desde que a placa reze assim:

"Avenida Álvaro Cunhal. Traidor da Pátria, Empregado dos Soviéticos, Doente Mental Marxista, Projecto de Ditador Comunista, Autor e promotor moral de Crimes Contra a Humanidade. Inimigo eterno do Povo Português" »





sábado, 21 de setembro de 2013

O fim do estado-providência holandês?


Num discurso televisionado feito a partir do governo, o rei Willem-Alexander da Holanda entregou uma mensagem ao povo onde ele basicamente afirmava o seguinte: o estado-providência [ed: ou estado-social]  do século 20 é coisa do passado. Para o seu lugar, uma "sociedade de participação" está a emergir, uma onde as pessoas têm que assumir a responsabilidade pelo seu futuro e criar as suas próprias redes de segurança financeiras e sociais - uma com menos ajuda do governo nacional.

O rei viajou junto aos fãs, acenando a partir da sua carruagem ornamentada e puxada por cavalos, até chegar ao Salão dos Cavaleiros (construído no século 13) em Hague, lugar donde o monarca fez o tradicional discurso anual precisamente no dia em que o governo apresenta o orçamento para o ano seguinte. Esta foi a primeira aparência pública de Willem-Alexander a nível nacional depois da antiga Rainha Beatrix ter abdicado em Abril último, e ele ter ascendido ao trono.

Lendo um discurso para os legisladores, escrito para ele pelo governo do Primeiro Ministro Mark Rutte, o rei afirmou:

A mudança para uma "sociedade de participação" é especialmente visível na segurança social e a longo termo. ... O estado-providência clássico da segunda metade do século 20 nestas áreas em particular trouxe arranjos que são insustentáveis na sua forma actual.

Mais tarde no dia, Rutte revelou que nutria a esperança de que a pompa e a cerimónia em volta do rei e da sua popular esposa, a Rainha Maxima, providenciariam uma forma de diversão da realidade sombria de um orçamento cheio de cortes nos gastos.

Uma série de sondagens recentes mostraram que a confiança no governo de Rutte encontra-se em mínimos históricos e que a maior parte dos Holandeses - juntamente com os sindicatos, as associações patronais e muitos economistas - acreditam que a austeridade do Gabinete são parciamente responsáveis pelo facto da economia Holandesa ter piorado mesmo quando recuperações económicas estão-se a verificar na vizinha Alemanha, na França e na Grã-Bretanha.

Após vários anos consecutivos de cortes nos gastos governamentais, espera-se que a economia Holandesa tenha "encolhido" em mais do que 1% em 2013, e a agência prevê que no próximo o crescimento seja só de 0,5%.

O rei disse ainda que "As reformas necessárias demoram tempo e exigem perseverança" mas que elas irão "gerar as bases para a criação de empregos e de restauro da confiança." O rei disse ainda que, hoje em dia, as pessoas esperam e "querem fazer as suas próprias escolhas, organizar as suas próprias vidas e tomar conta uns dos outros.

A "sociedade de participação" tem estado em marcha há já algum tempo: os benefícios tais como compensações para os desempregados e os subsídios para a assistência médica têm sido regularmente aparados durante a última década. A idade de reforma foi aumentada para 67.

O rei disse na Terça-Feira que alguns dos custos envolvidos no cuidado com os idosos, nos serviços para os mais jovens, e no re-treinamento profissional após demissões irão ser empurrados para o nível local de modo a que eles sejam organizados segundo as circunstâncias locais.

Fonte.



sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Sussurros - A Vida Privada na Rússia de Estaline

Vozes recuperadas da tragédia de um povo
Sussurros - A Vida Privada na Rússia de Estaline
Autoria: Orlando Figes
Aletheia

Extraordinário levantamento de casos a partir de testemunhos orais e de diários escondidos durante décadas, a obra de Orlando Figes tem a força e o rigor da História e a intensidade das grandes novelas

Havia mais de 500 apartamentos para altos funcionários do Partido e do Estado na Casa da Beira-Rio, em Moscovo. Por isso rara era a noite, durante o período do Grande Terror, em 1937/38, em que o silêncio não era interrompido pela entrada de rompante de várias viaturas do NKVD, a polícia política de Estaline, no pátio para que dava aquele edifício soturno. Os polícias tratavam de selar as entradas e de procurar, num dos apartamentos, a próxima vítima. Esta, muitas vezes, já os esperava, tinha até uma pequena mala já feita ao lado da cama, sinal de uma incrível incapacidade para tentar escapar.

Estas visitas nocturnas sucediam-se mas ninguém fugia da Casa da Beira-Rio, mostrando uma passividade que Orlando Figes identifica como "um dos aspectos mais impressionantes do Grande Terror". Uma passividade ainda mais impressionante se pensarmos que se inspirava numa crença irracional: a de que se poderia ser sacrificado, mas que isso estava a ser feito em nome do Partido e do ideal comunista.

Osip Piatnitsky era, como escreveu Krupskaia, a viúva de Lenine, em 1932, pelo seu quinquagésimo aniversário, um "típico revolucionário profissional, que se entregou por completo ao Partido, vivendo apenas para os interesses do Partido". Mesmo assim este companheiro de Lenine de origem judaica estaria morto cinco anos depois apesar da sua impressionante folha de serviços, nomeadamente no Comintern, a organização internacional dos partidos comunistas. Foi executado pouco tempo depois de ter entrado em choque com Estaline e de não ter feito nada para salvar a vida apesar de conhecer bem o destino dos opositores.

Mais: poucos dias antes da noite em que o próprio Yezhov, o chefe do NKVD, o foi buscar à Casa da Beira-Rio, confessou a uns amigos que "se for preciso fazer sacrifícios pelo Partido, nesse caso, por muito pesados que eles sejam, fá-los-ei jubilosamente". Como escreveria outra vítima do terror estalinista, o argumentista Velerii Frid, "éramos todos coelhos, que reconhecíamos à jibóia o direito de nos engolir; quem caísse sob o poder do seu olhar dirigia-se calmamente para a boca da jibóia, tomado por um sentimento de fatalidade".

Foi assim que bolcheviques como Piatnitsky admitiram as acusações mirabolantes de que eram alvo apesar de se saberem inocentes: bastou-lhes que o Partido o tivesse exigido. Porquê? Porque, como recorda Orlando Figes, "ditava a moralidade comunista que um bolchevique acusado de crimes contra o Partido tinha de se arrepender, de se ajoelhar diante do Partido e de aceitar o juízo que ele fizesse dele". E, contudo, estes homens não eram inúteis desqualificados, bem pelo contrário, eram a elite do país.

Uma elite que, como os coelhos hipnotizados, aceitou ser dizimada sem resistir: dos 139 membros do Comité Central eleitos no congresso de 1934, nos anos de 1937/38, 102 foram presos e executados e cinco suicidaram-se; no mesmo período foram afastados e mortos dois terços dos membros do alto-comando do Exército Vermelho.

O paroxismo atingido durante o Grande Terror representa contudo apenas o episódio mais extremo das várias décadas de poder soviético que Orlando Figes retrata em "Sussurros" através de relatos da vida comum de pessoas comuns. Fruto de um imenso trabalho de recolha de memórias, cartas pessoais e testemunhos orais, realizado quer pelo historiador britânico, quer pela sua equipa, esta obra é um poderoso fresco, com centenas de personagens e uma grandiosidade que o escritor ucraniano Andrei Kurkov já comparou à do "Arquipélago de Gulag", de Aleksandr Solzhenitsyn.

Há também quem evoque "Guerra e Paz", de Tolstoi, ou "Vida e Destino", de Vasily Grossman, mas "Sussurros" não é uma novela histórica, ou mesmo uma novela sobre um fundo histórico: é um livro onde a história é contada pelos próprios e as suas vidas nos surgem tão verdadeiras como inverosímeis, já que muitas ultrapassam a imaginação do maior dos romancistas. Konstatin Simonov, que chegou a ser o escritor mais popular da União Soviética, funciona como uma espécie de anti-herói cuja vida percorre, a par com muitas outras, os diferentes capítulos deste grosso volume de mais de 700 páginas.

Filho uma princesa russa, cresceu a tentar ocultar as suas origens, fez-se operário antes de se aproximar do jornalismo, viajou pelo Gulag para relatar os seus encantos, acompanhou o Exército Vermelho para cantar a sua heroicidade, ascendeu ao topo da União dos Escritores como favorito de Estaline, casou-se e divorciou-se ao sabor das conveniências e das paixões, protegeu alguns amigos e deixou cair outros, fez-se voz do ditador quando este desencadeou as purgas anti-semitas, assistiu atordoado à leitura por Khrushtchev do seu famoso "relatório secreto" ao XX Congresso, acabando por passar o final da vida corroído pelos remorsos.

Noutro plano bem distinto decorre a vida dos membros da família Golovin, camponeses remediados apanhados no turbilhão da colectivização e acusados de serem kulaks. Na aldeia onde viviam, Obukhovo, eram apenas a família mais importante, bons agricultores que ajudavam os demais até ao dia em que um activista desqualificado do Komsomol (a juventude comunista), que tinha a ambição de presidir à nova herdade colectiva - o kolkhoz -, os denunciou. Seguiram então o destino de centenas de milhar de outros agricultores e foram deportados para os campos que haveriam de tornar possível, à força de trabalho escravo, as grandes obras dos "Planos Quinquenais".

No Inverno seguinte Obukhovo veria morrer metade dos seus cavalos e cada um dos seus camponeses proletarizados receberia apenas 50 gramas de pão por dia. A colectivização forçada do mundo rural russo depressa se revelaria um enorme desastre económico e uma ainda maior tragédia humana. Porém ela marcaria, como lhe chama Orlando Figes, "o corte" entre o mundo antigo e o novo mundo soviético, entre uma Rússia ainda a lamber as feridas da guerra civil que se seguiu à Revolução de 1917 e a Rússia uniformemente submetida a Estaline.

Através das inúmeras histórias comuns de que é feito, "Sussurros" permite-nos sentir de uma forma nova, porventura mais próxima e mais sentida, o que foi o gigantesco exercício de engenharia social levado a cabo no primeiro Estado comunista, permitindo perceber até onde chegou a influência dos poderes públicos e onde esta acabou por não conseguir entrar.

O comunismo é, por definição, um exercício contra os indivíduos em nome do colectivo, pelo que não surpreende que a família tivesse sido "a primeira arena de combate dos bolcheviques", como nota Figes. A "família burguesa" era vista como socialmente prejudicial "por ser conservadora e voltada para dentro", "por ser um baluarte da religião", "por promover o egoísmo e o desejo de coisas materiais".

Por isso, inicialmente, na década de 1920, chegou-se a alimentar na Rússia a esperança de que o Estado se substituísse às famílias, ocupando-se das crianças desde o mais cedo possível. "Pelo facto de amar uma criança, a família transforma-a num ser egoísta, incitando-a a tomar-se como o centro do universo", escreveu Zlata Lilina, uma teórica soviética da educação. E um ABC do Comunismo de 1919 defendia que os pais deviam deixar de utilizar termos como "meu" quando se referiam a um filho.

Para conseguirem os seus objectivos os comunistas não hesitaram em criar apartamentos colectivos onde as famílias eram obrigadas a viver em comunidade, quer por ocupação dos apartamentos maiores, quer pela construção de blocos habitacionais onde tudo seria partilhado, da guarda dos filhos à preparação das refeições, passando pela roupa interior e pelos dormitórios divididos por sexos.

Claro que estas utopias mais radicais duraram pouco tempo, mas a promiscuidade em que as famílias foram obrigadas a viver, partilhando muitos espaços comuns, também contribuía para a dissolução dos espaços de privacidade e para a generalização da percepção de que todos espiavam todos. De resto o nome da obra - "Sussurros" - reflecte a prática desses tempos em que ninguém se atrevia a falar alto com receio das "paredes que tinham ouvidos" - até porque as paredes eram, muitas vezes, apenas um lençol pendurado a dividir o espaço de duas famílias.

Conforme os anos passaram a elite do regime foi reivindicando para ela, e para a sua família, o espaço que antes se pretendera negar a todos, numa prova de que destruir a célula base da sociedade não estava sequer ao alcance de um ditador como Estaline. Mas isso não impediu que outro tipo de intrusos se infiltrasse em muitos núcleos familiares: os próprios filhos.

Por um lado, o regime enquadrava as crianças nos pioneiros - e ai de quem não fosse pioneiro... - e, depois, o Komsomol fornecia a via rápida de ascensão nas estruturas do Partido e do Estado. Por outro lado, o sistema incitava à delação, tendo tornado em heróis nacionais crianças que denunciavam os pais como "inimigos do povo", como kulaks ou como membros das antigas classes dominantes, como sucedeu com Pavlik Morozov, um "herói" de 15 anos celebrado por Máximo Gorky por ter percebido "que um parente de sangue também pode ser um inimigo de espírito".

Por fim, criava todo o tipo de estímulos para que o acto de transformação num "bom comunista" fosse não só honroso como, nos anos mais duros, a única hipótese de sobrevivência. "Muitos filhos de kulaks acabaram por ser fervorosos estalinistas, chegando mesmo a fazer carreira nos órgãos repressivos do Estado", conta Orlando Figes. "Para alguns deles, a transformação foi um longo processo consciente de 'trabalho sobre si próprios', que teve custos psíquicos".

O condicionamento da opinião foi tão forte que entre os degredados do Gulag houve quem chorasse a morte de Estaline, da mesma forma que, mesmo passados anos sobre a sua morte, os que entretanto tinham sido reabilitados continuavam a preferir esconder o seu passado.

Figes conta-nos a história de um casal onde só depois de décadas de vida em comum e quando, já no ocaso da existência, o comunismo já estava a entrar em colapso, ambos revelaram um ao outro que eram filhos dos campos de trabalho, um segredo que cada um deles tinha ciosamente escondido do companheiro.

"Sussurros" tem, por tudo isto, o enorme mérito de fazer falar alto vozes que os anos do Grande Terror, mas não só, submeteram ao "grande silêncio". Ao fazê-lo faz mais do que dar rosto e nome às vítimas, ou mais do que dar ambiente e cor à história da Rússia estalinista: consegue também revelar-nos o tremendo poder de um sistema que, ao associar o medo ao orgulho de ideologia redentora, conseguia não apenas aprisionar os corpos como condicionar as mentes.

Ao investirem tudo no sonho do paraíso na terra e na crença da infalibilidade da doutrina e do partido, milhões de russos caminharam mansamente para o cativeiro e para o martírio e, mesmo quando as portas se abriram, continuaram a não ser homens livres. "Sussurros" é pois também a história da tragédia de um povo, no fundo uma brilhante sequela da primeira e marcante obra de Figes, "A People's Tragedy: The Russian Revolution".
 

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Os desertores

"Quase todos os desertores chegam a Hanawon com sintomas de paranoia. Falam aos sussurros e envolvem-se em brigas. Têm medo de revelar nome, idade ou local de nascimento. Seus modos, em geral, ofendem os sul-coreanos. Tendem a não dizer 'obrigado' ou 'desculpe'.

Perguntas feitas por caixas de banco sul-coreanos, que eles encontram em excursões para abrir contas bancárias, com frequência aterrorizam desertores. Eles desconfiam das intenções de quase todas as pessoas em posições de autoridade. Sentem-se culpados em relação aos que deixaram para trás. Angustiam-se, por vezes ao ponto do pânico, em razão de sua inferioridade educacional e financeira em comparação com os sul-coreanos.

Têm vergonha do modo como se vestem, falam e cortam o cabelo.


'Na Coreia do Norte, a paranoia era uma resposta racional a condições reais e ajudava essas pessoas a sobreviver', disse Kim Hee-kyung, uma psicóloga clínica que conversou comigo em seu consultório em Hanawon. 'Mas ela os impede de compreender como as coisas se passam na Coreia do Sul. É um verdadeiro obstáculo à assimilação.'

Adolescentes que vêm do Norte passam de dois meses a dois anos na Escola Secundária Hangyoreh, um estabelecimento de ensino em regime de internato para alunos com dificuldades, filiado a Hanawon. Ela foi construída em 2006 para ajudar jovens recém-chegados do Norte, cuja maioria é inapta para a escola pública na Coreia do Sul.

Quase todos eles se esforçam para aprender rudimentos de leitura e matemática. Alguns têm déficits cognitivos, claramente em consequência de desnutrição aguda na primeira infância. Mesmo entre os jovens mais inteligentes, o conhecimento de história do mundo reduz-se essencialmente a histórias pessoais míticas do Grande Líder, Kim Il Sung, e de seu querido filho, Kim Jong Il.

'A educação que se recebe na Coreia do Norte é inútil para a vida na Coreia do Sul', disse-me Gwak Jong-moon, o diretor de Hangyoreh. 'Quando a pessoa está com muita fome, não vai aprender e os professores não vão ensinar. Muitos estudantes passaram anos escondidos na China, sem nenhum acesso a escolas. Como crianças na Coreia do Norte, eles cresceram comendo cascas de árvore e pensando que isso era normal.'

Durante excursões aos cinemas, jovens desertores muitas vezes entram em pânico quando as luzes se apagam, temendo que alguém possa sequestrá-los. Ficam aturdidos com o coreano falado na Coreia do Sul, onde a língua foi contaminada por americanismos como syop’ing (shopping) e k’akt’eil (coquetel).

Consideram inacreditável que dinheiro seja armazenado em k’uredit k’adus (credit cards; cartões de crédito) de plástico.

Pizza, cachorros-quentes e hambúrgueres — itens básicos da alimentação de um adolescente coreano — lhes dão indigestão. O mesmo efeito é provocado pelo excesso de arroz — o alimento básico de outrora, que na era pós-fome se tornou comida de rico na Coreia do Norte.

Uma adolescente na Escola Hangyoreh fez gargarejo com amaciante de roupa, confundindo-o com antisséptico bucal. Outra garota usou sabão em pó como farinha de trigo. Muitos alunos ficam aterrorizados quando ouvem pela primeira vez o ruído de uma máquina de lavar em funcionamento.

Além de paranoicos, confusos e intermitentemente tecnofóbicos, os desertores tendem a sofrer de doenças evitáveis e males quase inexistentes na Coreia do Sul. Chun Jung-hee, enfermeira-chefe de Hanawon há mais de dez anos, contou-me que uma alta porcentagem das mulheres provenientes do Norte tem infecções ginecológicas crônicas e cistos. Disse que chegam muitos desertores contaminados por tuberculose que nunca foram tratados com antibióticos. 

Eles também chegam comumente com indigestão crônica e hepatite B. Muitas vezes é difícil diagnosticar enfermidades rotineiras, contou a enfermeira, porque os desertores não estão acostumados com médicos e desconfiam daqueles que lhes fazem perguntas pessoais e prescrevem remédios. Homens, mulheres e crianças têm problemas dentários graves resultantes de desnutrição e da falta de cálcio em suas dietas. Metade do dinheiro gasto anualmente em cuidados médicos em Hanawon vai para tratamento dentário protético. "

- Do excepcional "Fuga do campo 14", do jornalista americano Blaine Harden, que narra a história de Shin Dong-hyuk, único sobrevivente até hoje nascido e criado num campo de concentração norte coreano que conseguiu escapar.

Via



quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Mulher arranca os olhos de criança de 6 anos


A polícia da China está oferecendo uma recompensa de US$ 16 mil (R$ 37,9 mil) para quem fornecer informações sobre uma mulher suspeita de ter arrancado os olhos de um menino de seis anos no último sábado, na província de Shanxi, no norte do país.

De acordo com a agência de notícias chinesa Xinhua, a mulher teria levado o menino para um local descampado, onde o atacou.

Ele foi encontrado pelos pais várias horas depois sem os olhos, que foram recuperados pela polícia na cena do crime.

Os médicos do Hospital de Olhos de Shanxi conseguiram reimplantar os olhos do garoto, mas disseram que ele ficará cego pelo resto da vida.

A princípio, a polícia havia informado que as córneas haviam removidas, o que foi retificado horas mais tarde.

As autoridades acrescentaram que não estão investigando a hipótese de que a mulher esteja envolvida em uma rede de tráfico de órgãos.

O menino contou à sua mãe que, antes de atacá-lo, a mulher lhe perguntou se alguém em sua casa jogava Mahjong, um jogo de mesa de origem chinesa.

Os pais dos meninos são camponeses e dizem não ter ideia de quem possa ter atacado seu filho.

* * * * * * *
Tanto o homem como a mulher são igualmente capazes de levar a cabo actos de violência extrema. O movimento feminista, por outro lado, faz todos os possíveis para passar a imagem de que a violência na sociedade só tem origens masculinas.



segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Mindy, a primeira guerreira Maasai do mundo.

Mindy Budgor, uma privilegiada rapariga da Califórnia, encontrava-se aborrecida com o seu emprego na área da saúde e como tal, decidiu tomar parte num safari Africano.  Quando chegou a África, Mindy ficou fascinada com os "fortes homens Africanos" e decidiu ser como eles. Quando ela perguntou quantas mulheres eram guerreiras, os homens disseram "Nenhuma" porque as mulheres eram demasiado fracas e não eram suficientemente corajosas.

Sendo uma moderna mulher americana ("forte e independente") Mindy não gostou de ouvir isto e declarou que também ela se tornaria numa guerreira Maasai. Segundo a própria Mindy, este acto fez com que ela automaticamente se tornasse numa heroína para as pobres mulheres Maasai, que sofriam sob a opressão de não terem permisssão para se tornarem guerreiras.

De alguma forma estranha, ela conseguiu convencer os homens Maasai a tornar-se numa guerreira, e eles condescenderam. Como é normal, a sua entrada estava dependente dum ritual de iniciação.
Segundo se sabe, os seus "testes" incluiam fazer a cama para os homens, matar uma cabra bebé (e beber o seu sangue) e andar com uma lança na mão. E o que foi que ela levou para ao seu ritual? Basicamente, o mesmo que os guerreiros Maasai levam em cada caçada:

Não levamos nada mais do que o essencial (eu, no entanto, levei uma garrafa de verniz vermelho da marca "Chanel Dragon" - isso faziam-me sentir mais feroz - e um par de brincos de pérola como forma de me lembrar da minha casa).

Mindy conta-nos a história:

Durante essa tarde, dirigimo-nos para os arbustos. . . . . Lanet explicou-me que, tipicamente, um grupo de 20 homens jovens passa por rituais de iniciação que duram entre 3 a 7 anos. "A tua situação é diferente e como tal temos que fazer algum tipo de ajuste," afirmou ele. "Vamos testar-te à medida que vamos andando. Se a qualquer altura sentirmos que não estás à altura do desafio, levo-te de volta para Nairobi. Mas se te saíres bem, vamos-te apresentar à comunidade."

Os seis outros guerreiros que se juntaram a nós foram cuidadosamente escolhidos por ele - ele sabia que precisaria de homens persuasivos quando regressássemos à aldeia.

Por "homens persuasivos" entenda-se "contadores de histórias" ou "bons mentirosos".

Olhei para estes homens com corpos magros e faces rudes e fiquei com medo. Lanet sentiu a minha trepidação. "Sei que estás com medo," disse ele. "Mas estas pessoas escolheram ficar contigo. Tens que os aceitar como membros da família ou então isto não vai funcionar." Pensei na Faith e na promessa que lhe havia feito, e disse ao Lanet que haveria de confiar neles, custasse o que custasse.  

A nossa primeira tarefa foi recolher folhas e ramos sobre os quais nós pudéssemos domir. Isto foi muito duro para as nossas costas, mas a tarefa mais dura veio a seguir:  matar uma cabra. Os Maasai sufocam as suas cabras, coisa que eles acreditam ser uma forma mais humana de matar. Eu estava petrificada mas não fugi das minhas responsabilidades logo no primeiro dia. Como tal, mantive a sua boca fechada até que ela parou de se agitar. Outro guerreiro aproximou-se e degolou-a. Os outros guerreiros aproximaram-se e beberam o sangue fresco que jorrava do seu pescoço. Fechei os olhos e fiz o mesmo. Minutos depois vomitei.

Mais uma vitória para o movimento das mulheres, e mais uma facada profunda no opressor patriarcado mundial, certo?

Dai, talvez não.

Parece que tudo não passou duma manobra publicitária tendo em vista a venda de roupa interior. O seu livro Warrior Princess, na página 54, relata algo interessante:
A companhia chama-se "Under Armour" - dedicada à venda de roupa desportiva -  e eu vou tomar parte duma iniciativa que visa aumentar a venda de roupa interior feminina. O meu pai perguntou "Explica lá o envolvimento dos Maasai".
Mindy respondeu:
O envolvimento dos Maasai deve-se ao facto de estarmos a trabalhar numa iniciativa de empoderamento feminino com a tribo, e acreditamos que ela terá um apelo abrangente para as mulheres.
Ou seja, foi tudo uma fraude. Que "desilusão terrível" (como se não estivéssemos cientes de que todas as iniciativas de "empoderamento feminino" envolvem algum tipo de dualidade de critério, exigências inferiores, acção afirmativa e outras coisas que jogam contra a crença no próprio "empoderamento feminino"). Parece que os Maasai ainda não abraçaram a tese da igualdade entre o homem e a mulher, e ainda continuam a enviar só homens para enfrentar os leões das savanas africanas. Maltido patriarcado opressor machista, fascista e homofóbico.

Tudo isto seria 100% hilariante, se não fosse o facto da elite cultural (esquerdistas) se elevar mutuamente, mesmo quando qualquer pessoa pode ver que tudo não passa duma mentira. Um exemplo disso é o facto da BBC se ter dado ao trabalho de promover esta farsa.

Em notícia não relacionada, Omar Hammami, AKA Abu o Americano, um meio-Americano que cresceu no Alabama e viajou para a Somália para tomar parte na jihad (guerra santa), foi alegadamente morto numa batalha com os Al-Shabaab.

Pergunta interessante: uma vez que Mindy Budgor se identifica como uma "guerreira", porque é que ela não busca o seu momento de glória nos campos de batalha tal como o fez Hammami?  Afinal, não se dá o caso de haver escassez de palcos de guerra no continente Africano. Se calhar a relutância das Mindys deste mundo em validar o seu "poder" em locais perigosos é porque é mais fácil lutar pelo "empoderamento feminino" rodeada de homens que fazem todo o trabalho árduo ao mesmo tempo que protegem a "empoderada" das consequências de se colocar em situações que claramente não foram feitas para as mulheres. (OBS: é por isso que as mulheres polícias estão quase sempre acompanhadas por um homem).


Notícia vista no blogue "The Spearhead".



quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Mulheres agridem mais do que os homens, diz estudo

Um estudo realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) aponta que as mulheres são mais agentes de casos de violência doméstica do que vítimas.

O Primeiro Levantamento Nacional sobre Padrões de Consumo de Álcool no Brasil, que foi divulgado nesta segunda (29), entrevistou 1.445 pessoas em todo o país.

Pelos dados, 5,7% das entrevistadas admitiram ter agredido o parceiro pelo menos uma vez nos últimos 12 meses; a acção partiu dos homens em 3,9% dos casos de violência.

A pesquisa também demonstrou que, apesar de mais constante, a agressão feminina é menos violenta.

Os homens afirmaram estavam embriagados em 38,1% dos actos de violência, contra apenas 9,2% entre o sexo feminino. Mas outro dado denota um conflito: 38,1% dos homens assumira ter bebido antes dos conflitos, e as mulheres afirmaram que eles tinham bebido em 44,6% dos casos.

O tipo de violência leve perpetrado por homens (7,4%) e mulheres (9,3%) foi “empurrar, agarrar ou sacudir”. A agressão com tapas foi uma das mais comuns, relatada por 4,2% dos homens e por 3,9% das mulheres em episódios de vitimização.

Entre os actos violentos considerados graves e que foram encontrados em índices mais elevados, as mulheres informam terem sido vítimas em casos de golpes com objectos (2,2%) e sexo forçado (1,2%).

Os homens informam que as duas agressões mais prevalecentes contra eles foram os golpes com objectos (2,9%) e ameaças com faca (1,5%).

Fonte



segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Samantha Brick descobre que Irmandade Feminina não existe

Por Samantha Brick


Num dos cantos encontrava-se a Alice, uma mulher de 27 anos de personalidade forte que sempre dizia o que pensava - independentemente do quanto que isso pudesse magoar os outros. No outro canto encontrava-se a Sarah, uma mulher de altos vôos na casa dos 30, e que vincou bem a sua posição. Mas depois começou a chorar e correu em direcção a casa de banho das mulheres.

A sua efervescente discussão durou horas, instigada por espectadoras que tomavam partido e incendiavam a raiva. Algumas raparigas juntavam-se à discussão - quer seja importunando de modo agressivo ou reunindo-se de modo defensivo na casa de banho. Pode parecer uma cena espalhafatosa dum "Reality Show" tal como o "Big Brother, mas a verdade é um pouco mais prosaica: este era um dia normal no meu escritório.

As mulheres venenosas supostamente eram as empregadas talentosas que eu havia escolhido a dedo como forma de atingir a minha utopia: uma empresa só com mulheres,  com operárias felizes e harmoniosas beneficiando da ausência de homens. Era uma visão idealista rapidamente destruída pelo pesadelo da realidade: comportamento queixoso constante, harmónios à solta, emoções descontroladas, busca de atenção e rivalidade estética tão forte que separou por completo a minha equipa.

Quando li no outro dia que Sienna Miller havia dito que a "Irmandade Feminina" [Sisterhood] não existia, entendi o que ela tinha em mente. Consigo entender o porquê das pessoas quererem acreditar que as mulheres olham umas pelas outras - afinal, com os homens no poder nos empregos e na política, faz sentido que nós nos unamos. Na verdade, houve uma altura na minha vida em que acreditei na Irmandade Feminina - mas isso foi antes de mulheres em guerra me terem conduzido à ruína emocional e financeira.

O Sonho

Há 5 anos atrás, eu trabalhava para a TV como uma produtora-executiva ocupada a fazer programas para canais de topo (como a MTV) e sediada em Los Angeles. Isto soa a um emprego de sonho e até poderia ter sido - se eu fosse um homem. Trabalhar na TV era notoriamente difícil para as mulheres. Existe por lá uma rede de amigos, um telhado de vidro robusto e a maioria dos patrões são homens misóginos.

Gradualmente, aquilo que começou como um devaneio - "Não seria espantoso se não existissem homens no local onde eu trabalho?" - transformou-se num conceito excitante. Decidi criar a primeira empresa de produção 100% feminina onde mulheres espertas, inteligentes e voltadas para a carreira pudessem trabalhar de forma harmoniosa, livres das bravatas do sexo oposto.

Em retrospectiva, eu deveria ter aprendido com as lições do meu passado - na minha escola secundária mista eu fui vítima de bullying por parte dum gangue de raparigas maldosas e sempre prontas a chamar nomes aos outros - portanto eu sabia bem como grupos de mulheres se poderiam tornar. E trabalhando para TV, deparei-me com muitas mulheres super-competitivas e enervadas que fariam qualquer coisa para chegar ao topo. Mas eu convenci-me que, com as mulheres certas, as coisas seriam maravilhosas.

A realidade

Portanto, em Abril de 2005, deixei o meu emprego, re-hipotequei a minha casa , libertando perto de £100,000 - e comecei a pagar-me a mim própria apenas £700 por mês como forma de colocar em marcha o meu negócio utópico. Havendo trabalhado de forma árdua durante 12 anos, eu tinha bastante experiência e uma boa reputação. O que é que poderia correr mal?

Contratei uma equipa de 7 mulheres e instalei um escritório em Richmond em Thames, Surrey. Embora as mulheres entrevistadas tenham alegado sentir entusiasmo pela ideia, isso não as demoveu de pedir salários elevados. Era justo, pensei eu na altura - elas eram profissionais e eu sabia que a maioria delas eram talentosas e conscienciosas porque eu já tinha trabalhado com elas.

Mas passada que estava uma semana, dois grupos exclusivos haviam-se formado: aquelas que já tinham trabalhado juntas, e aquelas que estavam a produzir "novas ideias". A maior parte dos dias gerava um momento tenso onde algumas pessoas eram convidadas para o almoço ou pausa para café e as outras não eram. Nunca era dito algo de forma explícita; a rejeição aguçada era suficientemente óbvia. Mesmo quando íamos todas para o pub, depois do trabalho, as divisões estritas mantinham-se, e elas eram feitas óbvias através da forma como elas se sentavam ao redor da mesa, e com quem é que se era - ou não - cordial.

A moda era um enorme factor de divisão embora neste campo de batalha cada uma olhasse apenas por si própria. Por mais horrivelmente estereotipado e superficial que isto possa soar, as roupas eram uma fonte enorme de comentários insinuosos - desde comentários manhosos em torno da forma como algumas pessoas pareciam estar vestidas de forma inapropriada para a ocasião, até aos méritos do bronzeado artificial.

Eu sempre senti pena das mulheres que inocentemente exibiam a sua mais recente compra no escritório, porque todas murmurariam de forma apreciativa à sua frente, mas pelas suas costas levantariam fortes críticas. Isto aconteceu sempre - sem excepção.

A minha representante, a Sarah, gerente-geral, mostrou inicialmente o quanto que o estilo importava quando ela colocou um anuncio para uma assistente e recusou a rapariga melhor qualificada porque esta não sabia distinguir Missoni de Marc Jacobs. A rapariga em questão teria como funções fazer chá e recados. Mesmo assim, não contestei a decisão de não a contratar porque eu tinha uma política de escolher cuidadosamente as minhas batalhas.

O escritório parecia uma passarelle de Milão, mas com o espírito competitivo dum evento "Miss Mundo" - e a baixa astucia dum evento de luta na lama. Uma discussão em torno da moda acabou com uma amizade quando a Sarah e a nossa jovem pesquisadora de desenvolvimento receberam o mesmo presente de Natal - uma bolsa da marca Chloe Paddington no valor de £900. Quando elas se encontraram no escritório, tendo consigo as bolsas, foi quase como um duelo ao pôr do Sol. Elas bem forçaram alguns elogios, mas infelizmente para a minha empresa, a relação nunca mais se recuperou.

Noutra altura, quando duas mulheres da equipa compraram os mesmos jeans, uma proclamou: "Ficam melhor em mim porque eu sou tamanho 8 e ela é tamanho 10."

Não demorou muito tempo até que o escritório ficasse dividido entre as meninas que usavam maquilhagem e aquelas que não usavam. Os comentários típicos das mulheres que usavam maquilhagem incluíam coisas como "Será que ela não sabe o que é cobrir uma mancha?" ou "Será que ela alguma vez teve um encontro com uma escova para o cabelo?", enquanto que os comentários - pelas suas costas, naturalmente - das mulheres que não usavam maquilhagem eram coisas do tipo "As pessoas com quem ela se encontra de manhã, no autocarro, devem pensar que ela é uma prostituta"; ou "Ela tem a aparência duma baranga."

A obsessão com a aparência significava que quase todas as mulheres do escritório se encontrava numa dieta. Se eu trouxesse uma baguette com atum e maionese, eu ouviria, de passagem, comentários que me qualificavam de "porca". E eu uso tamanho 12. Duas das raparigas mais magras disseram muitas vezes e depreciativamente, que "Eu cometeria suicídio se ficasse assim tão gorda." Isto foi em referência à mulher mais gorda da escritório. Durante várias semanas uma das assistentes assumiu o papel de polícia da alimentação, fingindo que lhes comprava café expresso com cobertura espumosa de leite sem gordura . . . . . quando na verdade esses lattes mantinham toda a gordura.

As funcionárias achavam perfeitamente aceitável fazer pausas no trabalho - em vez de retirarem tempo das suas férias - para tratamentos de beleza. Uma das raparigas chegava tarde com regularidade porque pintava o cabelo; quando eu lhe falei nisto ela explodiu de raiva. Pelo menos ela tinha um motivo; a maioria chegava tarde sem qualquer justificação ou motivo, e se eu apontasse para o relógio, elas diziam coisas coisas do tipo "Este foi o tempo que o meu comboio demorou".

Olhando para trás, posso ver que deveria ter sido mais rigorosa. O meu idealismo foi a minha perdição porque eu tentei ver a melhor parte das pessoas; eu estava convencida de que elas se comportariam da mesma forma que eram tratadas, e como tal, eu tratava-as amavelmente. Se eu tivesse sido mais cínica, eu teria sido melhor sucedida.

A caminho do fim

Com relativa frequência eu encontrava-me fora do escritório tentando fechar contractos; no escritório, entre elas, o trabalho era algo secundário que vinha depois das conversas em torno das compras, dos namorados e das dietas - ah, sim, e depois dos comentários maldosos por parte das minhas duas pesquisadores de desenvolvimento que afiavam as suas unhas de acrílico contra outra mulher da equipa, a Natasha.

Seis meses depois da companhia ter tido o seu início, as tensões atingiram um ponto crítico quando uma das pesquisadoras levou o portátil da Natasha e recuso-se a devolvê-lo. Nesse dia, fui forçada a cancelar as minhas reuniões e a regressar ao escritório para resolver a situação. Embora a Sarah, a minha gerente-geral, estivesse presente, ela recusou-se a envolver-se na discussão porque ela não queria fazer o papel do "polícia mau". Apesar dela ser a pessoa que se encontrava no comando da empresa durante a minha ausência, ela receava a perspectiva de ser vítima de comentários maldosos; era como se num ambiente 100% feminino, a equipa fosse incapaz de manter os seus papéis previamente definidos.

Rapidamente, as discussões tornaram-se ocorrências diárias que começavam com comentários entre duas mulheres e então, à medida que outras se juntavam, a emoção e a raiva cresciam até a erupção - gritos e profanidades - que deixavam sempre alguém em lágrimas. As amigas da mulher que foi atacada seguiam-na, então, para a consolar, deixando um grupo no escritório e outro na casa de banho das mulheres. Seguidamente, estes dois grupos concentrariam-se em fazer comentários enervantes um contra o outro, e nenhum trabalho era feito.

As coisas chegaram a tal ponto que eu escrevi um manual para a equipa descrevendo a forma como elas deveriam ser simpáticas umas com mas outras. O tema do manual centrava-se na ideia de ser respeitosa com todas e tratar todas as pessoas de forma igual - recebendo mensagens de forma correcta quer elas fossem para mim ou para alguém de escalão inferior. Eu disse também que a crítica e os sussurros passavam a ser proibidos no escritório. Embora as pessoas tenham lido o manual e tenham dito ter adorado a ideia, em termos prácticos não se verificou qualquer tipo de diferença.

Muitas mulheres eram agressivas ou defensivas, ou ambas. As mais agressivas escondiam uma lista enorme de inseguranças envolvidas com a sua natureza mais extrovertida, enquanto que as mais defensivas só se abriam quando eram provocadas. No entanto, o pior tipo de mulheres que encontrei eram as "passivas-agressivas" - as piores do grupo - que te atiravam impiedosamente ao chão de forma doce e despretensiosa e tu só te apercebias do que tinha acontecido muito depois do evento. Ela esconde as suas palavras perversas por trás de frases floreadas; uma das mulheres da minha equipa disse: "Eu não quero ser maldosa, mas neste momento não aguento estar na mesma sala e respirar o mesmo ar que tu."

Corações Partidos e Hormonas Descontrolados

Mas a maior força dentro do escritório não eram as personalidades mas os hormonas. Quando uma mulher começou com o tratamento para uma FIV ("Fertilização in Vitro"), ela libertou no escritório toda a sua raiva, sem aviso e sem qualquer tipo de pedidos de desculpas. Durante "aquela altura do mês" - que num escritório composto só por mulheres significava que havia sempre alguém "naquela altura do mês" - qualquer temperamento era rapidamente passado para o resto da equipa por osmose.

Os hormonas vinham em segundo lugar no leque de desculpas para a ausência e para o mau temperamento. Em primeiro lugar estavam os problemas românticos. Quando uma das mulheres acabou o seu namoro com o parceiro, ela disse-me de forma clara (por email) que eu deveria "ser super compreensiva e sensível em relação ao seu trabalho." Uma verdadeira "drama queen", as suas lágrimas continuaram por uma semana. Naturalmente, as suas inimigas dentro do escritório deliciaram-se com o seu coração partido.

Outra rapariga, que fazia malabarismo entre duas relacionamentos ao mesmo tempo, instruiu todas as mulheres do escritório sobre o que dizer a qualquer um dos dois homens se por acaso algum deles ligasse para o escritório. Outra mulher tinha um apetite sexual voraz e, num ambiente totalmente feminino, não via nada de mal em divagar detalhadamente sobre as suas sessões e maratonas sexuais. Recebi queixas frequentes àcerca da sua linguagem rude.

Eu ainda me consigo lembrar do nome dos parceiros das mulheres da equipa do escritório, e dos seus casos, porque isso interferia frequentemente com o trabalho no escritório. Profissionalmente no entanto, a companhia prosperava de alguma forma. Garantimos as comissões de dois programas - um para a ITV e uma série para a Living TV - e passamos a ter dinheiro para um escritório novo no Oeste de Londres. Mas isto gerou mais uma explosão por parte da Sarah uma vez que ela pagava para ter uma permissão de estacionamento enquanto outra rapariga tinha o direito a um espaço livre (dado pelo senhorio do prédio). Durante uma discussão enorme, a Sarah disse que a rapariga tinha ultrapassado o seu escalão, ao que a rapariga respondeu "Azar!" Elas nunca mais falaram uma com a outra.

O efeito da falta de testosterona no nosso escritório foi ainda mais aparente quando nós contratamos temporariamente dois homens para directores de filmes (para trabalhar numa série); os operadores de câmaras normalmente eram homens devido ao peso do equipamento. Depois da chegada destes homens, a equipa subitamente tornou-se mais calma, mais trabalhadora e muito menos perversa - isto aconteceu, parcialmente, porque elas estavam demasiado ocupadas a namoriscar os homens.

Duas das raparigas atacaram um dos directores de forma clara, mesmo sabendo que ele vivia com a namorada. Esta namorada não teve chances nenhumas contra o flirt incansável que o namorado recebia, e foi trocada por uma das duas raparigas que conseguiu vencer a sua afeição.

Sempre que tínhamos reuniões com homens, a equipa tornava-se feroz - cada uma delas tentando provar que era a mulher mais sexy da sala. Com um comissãrio do Channel 4, uma das empregadas disse "Observem isto!", metendo a mão no seu sutiã e torcendo os seus mamilos. O homem e eu ficamos sem palavras.

Neste clima, eu nem me atrevia a contratar homem algum devido à distracção e - pior ainda! - devido às guerras entre as mulheres que isso criava. Odeio o quanto isto soa a esteriótipo, mas isto é o que eu apurei ser a verdade.  E embora eu me mantenha firme na minha decisão inicial de ter excluído os homens - porque eles têm vida fácil na TV - se eu tivesse a oportunidade de voltar a fazer as coisas, eu contrataria homens. Na verdade, eu contrataria homens.

Lucrando quase meio milhão no primeiro ano deveria significar lucro, mas isto foi eliminado pelos elevados salários e pelos erros de tesouraria. Foi então que começamos a ter problemas com o cash-flow, e a Sarah meteu baixa por motivos de stress durante um mês. Ela confessou também que havia começado a evitar chamadas de pessoas a quem nós devíamos dinheiro, efectivamente manchando a reputação da minha firma.

Por essa altura, eu andava de avião entre a Grã-Bretanha e os EUA lidando com uma equipa fracionada em Londres e produtores excêntricos Los Angeles. Ninguém sabia por andava a minha gerente-geral (Sarah), as contas não tinham sido pagas e a tensão no escritório era palpável. Para injectar dinheiro no negócio, vendi os meus dois carros, mas era já demasiado tarde; em Março de 2007 eu dei falência - menos de 2 anos depois de ter formado a empresa.

Conclusão:

Embora eu não me absolva da culpa, acredito que o negócio foi arruinado pela inveja destrutiva e pelas guerras internas da equipa 100% feminina. O seu egoísmo e as suas inseguranças levaram a minha companhia para a falência.

Quando eu precisei da assim conhecida "Irmandade Feminina", acreditem no que vos digo, ela não existia.

* * * * * * *

Samantha foi enganada pela retórica da "opressão" às mulheres alegadamente feita pelas empresas de TV, no entanto, a sua experiência de vida, e a ruína da sua empresa, demonstram a falência desta linha de pensamento. A ignorância da natureza da mulher por parte de muitos idiotas úteis leva-os a enveredar por caminhos e estilos de vida que invariavelmente entram em colapso. Samantha pagou com a sua saúde (e com as suas finanças) a sua fé na mitologia da "opressão"; algo que ela não teria que passar se ela soubesse que os meios profissionais não "discriminam" as mulheres (e nem há telhado de vidro algum para além do qual as mulheres supostamente estão proibidas de atravessar).

Se os homens estão em maior número numa dada área profissional, invariavelmente isso deve-se ao seu esforço masculino e não à uma mitológica e não substanciada rejeição do input laboral feminino.

Samantha, tal como muitas outras mulheres, teve que passar por esta experiência desgatante para aprender que o meio laboral não foi feito para a psicologia feminina. A quantidade de informação que lhe foi disponibilizada previamente mostrando que o meio laboral é um meio masculino não lhe serviu de anda; ela teve que PASSAR por isso para aprender.

"se eu tivesse a oportunidade de voltar a fazer as coisas, eu contrataria homens. Na verdade, eu contrataria homens."





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